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ExercicioAmostragem com gabarito

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Universidade de Brasília 
Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária 
Laboratório de Epidemiologia Veterinária – EpiPlan 
 
 
Prof. Vitor Salvador Picão Gonçalves – vitorspg@unb.br 
 M.V. Ana Lourdes Arrais de Alencar Mota – analourdes@unb.br 
 
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Exercícios - Indique qual a melhor forma de realizar a amostragem para o objetivo proposto. 
 
1. Foi realizado em 2002 no Estado de Minas Gerais um estudo de prevalência de Brucelose 
Bovina. O Estado na época tinha um total de 300.730 propriedades rurais com atividade reprodutiva 
animal e um rebanho de fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses de 8.604.390 animais. O 
delineamento amostral do estudo considerou o cadastro de todas essas propriedades e a estimativa da 
quantidade de animais por faixa etária em cada uma delas disponibilizados pelo Instituto Mineiro de 
Agropecuária (IMA), órgão estadual de defesa agropecuária. 
Considerando que a Brucelose Bovina é uma doença crônica com maior importância em fêmeas em idade 
reprodutiva e que em Minas Gerais há diferentes sistemas de produção bovina que levam o IMA a dividir 
administrativamente o Estado em sete regiões produtoras, responda as perguntas abaixo: 
 
 
 
Figura 1. Mapa do estado de Minas Gerais com a divisão 
em regiões produtoras. 
 
 
 
 
 
a) Qual tipo de amostragem indicado para se estimar: 
i. Prevalência de propriedades positivas para Brucelose Bovina em cada região produtora? 
Amostragem aleatória simples 
 
ii. Prevalência de propriedades positivas para Brucelose Bovina em todo o estado? 
Amostragem estratificada 
iii. Prevalência de animais positivos para Brucelose Bovina em cada região produtora? 
Amostragem de conglomerados 
 
b) Defina qual foi a população alvo e a população fonte do estudo. 
População alvo: Bovinos fêmeas acima de 24 meses População fonte: Bovinos fêmeas acima 
de 24 meses 
Se as fêmeas acima de 24 meses fossem uma boa representação do que ocorre em toda a 
população, poderiam ser a população fonte de uma população alvo maior, mas o que ocorre nas 
outras idades e nos machos é diferente, temos menos doença. Estaríamos superestimando a 
prevalência. 
 
2. A anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença causada por um lentivirus que possui 
distribuição mundial. Essa enfermidade é um entrave ao desenvolvimento da equinocultura no Brasil, 
devido à obrigatoriedade de eutanásia dos animais positivos. Em 2011, realizou-se um estudo com o 
objetivo estimar a prevalência de AIE em equídeos de tração no Distrito Federal. Foram sorteados 
aleatoriamente 350 proprietários cadastrados na Secreataria de Agricultura e foram amostrados todos os 
equídeos de cada proprietário, totalizando 496 animais. 
a) Qual tipo de amostragem utilizado para estimar: 
i. Prevalência de propriedades com equinos de tração (considerar um proprietário como uma 
propriedade) positivas para Anemia Infeciosa Equina no DF? 
Amostragem aleatória simples 
ii. Prevalência equinos de tração positivos para Anemia Infeciosa Equina no DF? 
Amostragem de conglomerados em um estágio 
 
b) Defina qual foi a população alvo e a população fonte do estudo. 
População alvo: Equídeos de tração do DF População fonte: Equídeos de tração 
cadastrados na SEAPA do DF 
 
3. A artrite e encefalite caprina possui relevante importância econômica na caprinocultura mundial 
e é causada pelo Lentivírus de Pequenos Ruminantes (LVPR). Um estudo em Minas Gerais em 2013 
buscou determinar a soroprevalência do LVPR nas propriedades comerciais cadastradas na associação de 
criadores de Minas Gerais (Caprileite/ACCOMIG). Para tanto foram coletados dados de todas as 
propriedades cadastradas na associação e dentro de cada propriedade foi coletado sague de 10 a 15 
animais. Descreva o tipo de estudo utilizado para estimar a proporção de propriedades com a doença e a 
prevalência de animais acometidos. 
Propriedades: Censo 
Animais: Amostragem de conglomerados 
4. Em um estudo sobre Leishmaniose Canina no Maranhão, o pesquisador testou 1000 animais 
atendidos no Hospital Veterinário da universidade onde trabalhava com o teste imunocromatográfico 
DPP® (Bio-Manguinhos®) para estimar a frequência de animais soropositivos do estado. Os animais 
selecionados foram todos aqueles que se encontravam na sala de espera para atendimento durante o ano 
que os donos aceitaram coletar sangue do animal para pesquisa. 
 
a) Qual a população alvo e a população sob estudo deste trabalho? 
População alvo: Animais atendidos pelo Hospital Universitário. População fonte: Animais 
atendidos pelo Hospital Universitário durante o ano de estudo. 
 
b) Com base nos resultados deste trabalho podemos inferir qual a situação epidemiológica da 
população canina do estado onde o hospital veterinário se localiza? 
Não , pois há claramente um viés neste estudo para inferirmos seus resultados para todos os 
animais da região. Os animais que chegam para atendimento no Hospital já possuem uma 
probabilidade muito maior de ter uma patologia de múltiplos efeitos debilitantes, como a 
Leishmaniose, do que se fossem escolhidos aleatoriamente por toda a população (sadia ou 
doente). O hospital, além disso, pode possuir como sua clientela somente animais de algumas 
regiões geográficas mais próximas ou de uma certa classe sócio-econômica, não sendo 
representativo da população como um todo. 
 
c) Qual o tipo de amostragem utilizada neste estudo? 
Amostragem não-probabilística de conveniência.

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