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Estudo dirigido av2 behaviorismo. 
1° A- comportamento verbal é um comportamento operante, que ocorre quando um indivíduo se comporta e existe a mediação do outro. Segundo Skinner (1957) o ouvinte responde aos estímulos verbais produzidos pelo falante. O indivíduo é falante ao comportar-se verbalmente perante o outro e torna-se um ouvinte ao comportar-se funcionalmente a estímulos verbais produzidos por outros indivíduos.
B- Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através dos signos convencionais, 
C-Relação entre uma resposta e o estímulo produzido por ela. Dito de outro modo, é um comportamento em que a resposta é controlada por suas consequências. Enquanto o comportamento respondente é controlado pelos eventos do meio anteriores à resposta do organismo, o comportamento operante é controlado, principalmente, pelos eventos ambientais que ocorrem após a resposta. O paradigma do comportamento operante é R–>S : uma resposta produz um estímulo e esse estímulo controla a resposta. Ou seja, a resposta é controlada por uma modificação ambiental que ela mesma produziu. Na linguagem da análise do comportamento, diz-se que comportamentos operantes são emitidos pelo organismo. Eventos ambientais anteriores à resposta podem controlar comportamento operante (ver Controle de Estímulos). Algumas vezes, eventos ambientais podem controlar respostas operantes de forma acidental (ver Comportamento supersticioso). Ver Comportamento, Comportamento respondente e Interação Respondente-Operante. Exemplos: falar, ler, andar em uma avenida, atravessar a rua, prestar atenção, etc.
D-É a quebra na relação estímulo – resposta é o rompimento de um comportamento operante. Como efeitos colaterais ela produz a variabilidade comportamental, o enfraquecimento da resposta.
E-Diz-se que desenvolveu a discriminação de estímulos quando uma resposta se mantém na presença de um ou mais determinado(s) estímulo(s), mas sofre certo grau de extinção na presença de outros. Isto é, um estímulo antecedente à resposta adquire a possibilidade de ser conhecido como discriminativo da situação reforçadora. Sempre que ele for apresentado e a resposta emitida, haverá reforço. Exemplo: Motorista de ônibus para no semáforo, pois o sinal está vermelho, ou seja, o semáforo vermelho se tornou um estímulo discriminativo para emissão do comportamento de "parar" ser reforçada.
F- Na generalização de estímulos, um estímulo adquire controle sobre uma resposta devido ao reforço na presença de um estímulo similar, porém diferente. Frequentemente, a generalização depende de elementos comuns a dois ou mais estímulos. É o caso de uma criança aprendendo sobre animais, chamar todo animal que mama de "mamífero", independente da espécie… se mama… será mamífero, embora estímulos diferentes há a generalização para classe "mamíferos".
G- Chamamos de reforço tudo aquilo que afeta uma resposta, ou seja, toda consequência que seguida de uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência desta resposta. (Exemplo: Se o rato com sede pressiona a barra e recebe a água, certamente, estamos fortalecendo a probabilidade de que sempre que tiver sede, poderá pressionar a barra e obter
a preciosa água para eliminar a sua sede.) Dentro dos chamados “reforçadores”, destaco ainda que, chamamos de reforçadores positivos, quando a adição de um evento aumenta a probabilidade futura de uma resposta. Chamamos de Reforço negativo, quando a subtração de um evento aumenta a probabilidade futura de uma resposta, ou seja, o reforçamento positivo oferece algo ao organismo (Exemplo: acesso a gotas de água) enquanto o negativo elimina algo indesejável (a retirada do choque, o desligar de um ventilador, etc.).
2° Em um esquema de razão fixa (FR: Fixed Ratio), o reforço é apresentado após um número fixo de respostas. Geralmente, este esquema é representado, colocando-se o número de respostas exigidas para apresentação do reforço, após a sigla FR. Por exemplo: FR-10 significa que a cada 10 respostas emitidas pelo organismo, é apresentado o reforço. O esquema de reforçamento em razão fixa tem como resultado uma frequência alta e constante de respostas e uma pausa após a apresentação do reforço. A duração desta pausa dependerá da razão; quanto maior a razão, maior será a pausa após o reforçamento.
Em um esquema de razão variável (VR: Variable Ratio), o reforço é apresentado após um número variável de respostas. Geralmente, este esquema é representado, colocando-se o número médio de respostas exigidas para apresentação do reforço. Por exemplo: VR-10 significa que a cada 10 respostas em média, é apresentado o reforço. O esquema de reforçamento em razão variável tem como resultado uma frequência alta de resposta, sem gerar pausas após a apresentação do reforço.
Em um esquema de reforçamento contínuo, toda vez que uma dada resposta for emitida, ela será reforçada, dessa forma, o aprendizado ocorre mais rápido.
Esquema de reforçamento é o modo pelos quais as respostas produzem reforçadores, ou seja, o modo pelo qual a ocorrência do reforço é programada.
3° exemplos.
Depois de fazer uma coreografia certa uma vez durante uma aula de dança, seu instrutor grita, “Bom trabalho!”
No trabalho, você excede a cota de vendas deste mês, por isso o seu chefe lhe dá um bônus.
Na sua aula de psicologia, você assiste a um vídeo sobre o cérebro do ser humano e escrever um artigo sobre o que você aprendeu. Seu instrutor lhe dá 20 pontos de crédito extras pelo seu trabalho.
Você pode identificar o reforço positivo em cada um desses exemplos? O instrutor de dança oferece elogio, o patrão dá um bônus, e o professor fornecendo pontos de bônus são todos exemplos de reforços positivos. Em cada uma destas situações, o reforço é um estímulo adicional que ocorre após o comportamento que aumenta a probabilidade de que o comportamento irá ocorrer de novo no futuro. Uma coisa importante a se notar é que o reforço positivo nem sempre é uma coisa boa. Por exemplo, quando uma criança se comporta mal em uma loja, alguns pais podem dar-lhes atenção extra ou até mesmo comprar para a criança um brinquedo. As crianças aprendem rapidamente que, agindo assim, elas podem ganhar a atenção do pai ou mesmo adquirir objetos que elas querem.
Essencialmente, os pais estão reforçando o mau comportamento. Neste caso, a melhor solução seria a utilização de reforço positivo quando a criança está exibindo bom comportamento.
Reforçadores sociais envolvem expressar aprovação de um comportamento, como quando um professor, pai ou empregador diz ou escreve “Bom trabalho” ou “excelente trabalho”.
Por exemplo: o terapeuta ABA programa que diante da demanda pintar um desenho, a resposta de pintar será consequência da por um carrinho (que a criança gosta muito, principalmente de girar as rodinhas dele) + elogio (o elogio varia de criança para criança). O carrinho não é uma consequência social (nem natural, nem arbitrária da resposta de pintar. Pelo menos não vemos na nossa cultura, as crianças na escola ganhando carrinhos como consequência de pintar desenhos. É mais comum elas ganharem estrelinhas, notas, etc.). O elogio é uma consequência social arbitrária (conforme definição acima).
Exemplos de reforço negativo
Antes de sair para um dia na praia, você se entope de protetor solar (o comportamento) para evitar queimaduras solares (remoção do estímulo aversivo).
Você decide limpar sua bagunça na cozinha (o comportamento) para evitar entrar em uma briga com seus companheiros de república (remoção do estímulo aversivo).
Na segunda-feira de manhã, você sai de casa cedo (o comportamento), para evitar ficar preso no trânsito e chegar atrasado para a aula (remoção de um estímulo aversivo).
Na hora do jantar, uma criança faz beicinho e se recusa a comer cada um dos vegetais no seu prato. Seus pais rapidamente tiram os legumes ofensivos para longe. Uma vez que o comportamento (pirraça) levou à remoção do estímulo aversivo (os legumes), este é um exemplo de reforço negativo.
Você consegue identificaro reforçador negativo em cada um desses exemplos?
Queimaduras solares, uma briga com seu companheiro de casa e estar atrasado para o trabalho são todos os resultados negativos que foram evitados através da realização de um comportamento específico. Ao eliminar esses resultados indesejáveis, os comportamentos preventivos tornam-se mais prováveis de ocorrer novamente no futuro.
4° John B. Watson era um psicólogo pioneiro que desempenhou um papel importante no desenvolvimento do behaviorismo. Watson acreditava que a psicologia deve ser principalmente a ciência do comportamento observável. Ele é lembrado por suas pesquisas sobre o processo de condicionamento, bem como a experiência do pequeno Albert, na qual ele demonstrou que uma criança poderia ser condicionada a temer um estímulo anteriormente neutro. Sua pesquisa também revelou que este medo poderia ser generalizado para outros objetos semelhantes. 
De acordo com John Watson, a psicologia deve ser a ciência do comportamento observável.
“A psicologia como o behaviorista a vê é um ramo experimental puramente objetivo da ciência natural. Seu objetivo teórico é a predição e o controle do comportamento. Introspecção não faz parte essencial de seus métodos, nem o valor científico de seus dados depende da facilidade com que se prestam a interpretação em termos de consciência “, explicou ele (1913).
B.F Skinner
Conduziu trabalhos pioneiros em psicologia experimental e foi o propositor do behaviorismo radical, abordagem que busca entender o comportamento em função das inter-relações entre a filogenética, o ambiente (cultura) e a história de vida do suposto individuo. A base do trabalho de Skinner refere-se a compreensão do comportamento humano através do comportamento operante (Skinner dizia que o seu interesse era em compreender o comportamento humano e não manipulá-lo. A principal contribuição de Skinner para a Psicologia foi o conceito de Comportamento Operante que descreve um tipo de relação entre as respostas dos organismos e o ambiente. Diferente da relação descrita no comportamento respondente onde um estímulo elicia/gera uma resposta, o comportamento operante descreve uma relação onde uma resposta que gera uma consequência (ou apenas é acompanhada por essa como no caso do comportamento supersticioso) tem a sua probabilidade de ocorrer novamente em um contexto semelhante modificada pelo efeito desta consequência sobre a interação. Consequências que têm valor de sobrevivência para os organismos têm as respostas que as geraram reforçadas, aumentando a probabilidade de que a mesma volte a ocorrer em um contexto semelhante, ao passo que consequências que trazem prejuízos aos organismos têm as respostas que as geraram punidas, reduzindo a probabilidade de que a mesma volte a ocorrer em um contexto semelhante. Nesse sentido, o behaviorismo radical vai entender o comportamento do ser humano e dos outros organismos como uma interação entre estímulos do ambiente e respostas do organismo, sendo determinado por três tipos de seleção, a saber: filogenética, ontogenética e cultural. O primeiro nível de seleção, a seleção filogenética se refere aos repertórios compartilhados por uma mesma espécie, o qual é determinado pela história evolutiva da mesma. O segundo nível de seleção, a seleção ontogenética se refere ao repertório particular de cada indivíduo ou organismo, o qual é determinado por sua história de vida ou histórico de reforçamento. E o terceiro nível de seleção, a seleção cultural se refere ao repertório compartilhado por indivíduos de uma mesma cultura, sendo este de maior importância para compreender o comportamento humano e de outros animais que apresentam algum tipo de comportamento social. Nenhum pensador ou cientista do século 20 levou tão longe a crença na possibilidade de controlar e moldar o comportamento humano como o norte-americano Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). Sua obra é a expressão mais célebre do behaviorismo, corrente que dominou o pensamento e a prática da psicologia, em escolas e consultórios, até os anos 1950.
Ivan Pavlov: Condicionamento Clássico
Pavlov, ao estudar as glândulas salivares dos cães, deparou-se com o efeito condicionado quando reparou que os cães começavam a salivar assim que ele chegava ao laboratório. Após esta constatação iniciou uma série de estudos com cães e concluiu que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados (reações naturais/não apreendidas) e outros são reflexos condicionados apreendidos através do emparelhamento com situações agradáveis ou desagradáveis simultâneas e posteriores. Com a repetição destes emparelhamentos (fenómenos de reforço) seria possível favorecer ou remover determinadas respostas em seres humanos e animais. O fenómeno descrito foi denominado por Condicionamento Clássico (Tavares et al, 2007).O reforço consiste, assim, no emparelhamento contínuo dos estímulos condicionados e incondicionados que, se não for efetuado ao longo de um período de tempo, poderá conduzir ao decréscimo das respostas condicionadas levando mesmo à sua extinção.
O investigador também identificou, durante os seus estudos, processos de generalização condicionada e discriminação. A generalização condicionada é verificada quando o processo pelo qual uma resposta condicionada a um estímulo tende a estar presente na presença de outros estímulos idênticos. Representa a capacidade de reagir a novos estímulos/situações na medida em que são idênticos a situações vivenciadas no passado. A discriminação é um processo complementar à generalização sendo uma resposta à diferença. É o processo que leva o indivíduo a responder a certos estímulos que são reforçados e a não responder a estímulos simulares que não foram condicionados (Pinto, 2001).
5° A terminologia “controle de estímulo” se refere à influência dos estímulos antecedentes sobre o que o organismo faz, ou seja, o efeito que um determinado contexto tem sobre o comportamento. Apesar do principal determinante do comportamento operante ser a consequência por ele produzida, ele não ocorre no vácuo, visto que os eventos antecedentes também influenciam a probabilidade de sua ocorrência. Tal influência dos estímulos antecedentes se dá pela relação que possuem com as consequências do responder. Os estímulos associados ao reforço aumentam a probabilidade da ocorrência do comportamento, conquanto que os estímulos que sinalizam a extinção ou a punição diminuem a probabilidade do comportamento quando tais estímulos forem apresentados. Segundo Baum (1999, p.111) “frequentemente na vida nos empenhamos em sequência de comportamentos, fazendo uma coisa a fim de poder fazer outra”. Essa cadeia de comportamentos é baseada e mantida pelo reforço último. O controle de estímulos é fazer que um estímulo controlasse o comportamento, fazer com que este mude diante da presença do estímulo. Anteriormente foi definido que o comportamento operante é aquele que produz mudanças no ambiente e que é afetado por elas. Assim, quando inserimos uma nova variável (o contexto), passamos a falar sobre os comportamentos operantes discriminados, ou seja, aqueles que se emitidos em um determinado contexto, produzirão consequências reforçadoras. Dessa forma, os estímulos consequentes cuja apresentação aumenta a probabilidade de um comportamento, recebem o nome de reforço. Porém aqueles estímulos que são apresentados antes do comportamento e controlam sua ocorrência são considerados estímulos discriminativos “Sd”. Ao inserimos os Estímulos Discriminativos nas contingências temos a unidade básica de análise do comportamento operante, Skinner denominou esse processo de Tríplice Contingência. A Tríplice contingência pode ser explicada pela seguinte Expressão “Sd – R – C” ou “S∆ – R – C” Os estímulos discriminativos “SdS” sinalizam que uma dada resposta será reforçada caso ocorra um determinado comportamento, ficando claro que o Sd tem uma relação intima com as consequências. Os S∆s sinalizam que uma resposta não será reforçada, ou seja, sinalizam a indisponibilidade do reforçoou sua extinção. Segundo Reese (1975, p.28) “… a discriminação se estabelece pelo fato de um comportamento ser reforçado na presença de uma situação estimuladora e não ser na presença de outra situação estimuladora, processo esse chamado de ‘reforçamento diferencial’”. A “Discriminação de estímulos”, conforme Cabral e Nick (2003, p.80), é o “processo de decompor ou controlar generalizações. […] Assim um organismo é capaz de discriminar entre dois estímulos diferentes quando responde diferentemente a cada um deles”. Partindo desses princípios dizemos que o controle discriminativo de estímulos foi estabelecido quando um determinado comportamento tem alta probabilidade de ocorrer na presença do Sd e baixa probabilidade de ocorrer na presença do S∆. Aprendemos a discriminar os estímulos, pois passamos por um processo chamado treino discriminativo, no qual consiste em reforçar um comportamento na presença de um Sd e extinguir na presença de um S∆. É importante frisar que embora o Sd assuma uma importância na tríplice contingência, ele não tem a função de eliciar uma determinada resposta, apenas fornecer um determinado contexto, dando chances para que as respostas ocorram.
A Análise do Comportamento constitui-se como uma ampla área de conhecimento que por vezes é confundida com suas próprias sub-áreas. Conforme propõe Carvalho Neto (2002), a Análise do Comportamento seria a amplitude da prática behaviorista, contendo três áreas interligadas: O Behaviorismo Radical (uma filosofia, base para os demais subsequentes da Análise do Comportamento); a Análise Experimental do Comportamento (uma ciência básica) e a Análise Aplicada do Comportamento ( uma ciência aplicada).A Análise do Comportamento é uma linguagem em psicologia que vê o objeto como estudo de interações organismo- ambiente, seja este objeto humano ou animal. A Análise Experimental do Comportamento busca relações funcionais entre variáveis, controlando condições experimentais, manipulando variáveis independentes, e observando as mudanças causadas no comportamento ( variáveis dependentes) ( Todorov, 2004).Conforme propõe Skinner (1978) “As variáveis externas, das quais o comportamento é função, dão margem ao que pode ser chamado de análise causal ou fundamental. Tentamos prever e controlar o comportamento de um organismo individual. Esta é a nossa ‘ variável dependente’ – o efeito para o qual procuramos a causa. Nossas ‘variáveis independentes’- as causa do comportamento – são as leis de uma ciência” (p. 45). Desta forma, o material analisado provém de muitas fontes, entre elas da Análise Experimental do Comportamento. Assim, a Análise Experimental do Comportamento utiliza-se de relações funcionais e contingências como instrumentos para o estudo das interações organismo-ambiente. Desta forma, busca relações funcionais entre as variáveis, controlando condições experimentais, manipulando variáveis independentes (mudanças no ambiente) e observando o efeito em variáveis dependentes (mudanças no comportamento) (Todorov, 2004). É importante lembrar que as contingências são grandes instrumentos na análise do comportamento, portanto merecem definição aqui mais explicitada: são, segundo Todorov (2004), regras que especificam relações entre eventos ambientais ou entre comportamentos e eventos ambientais, que assim gerarão consequências para os indivíduos que delas a utilizam.
A Teoria do Reforço, conclui que as ações com consequências positivas sobre o indivíduo fazem que as práticas tendem a ser repetidas no futuro, enquanto o comportamento que é punido tende a ser eliminado. As consequências são positivas sempre que as pessoas sentem prazer com a sua própria performance Segundo a Teoria do Reforço, o comportamento das pessoas pode ser influenciado e controlado através do reforço (recompensa) dos comportamentos desejados e ignorando as ações não desejadas (o castigo do comportamento não desejado deve ser evitado na medida em que tal contribuiria para o desenvolvimento de sentimentos de constrangimento ou mesmo de revolta). Skinner defende mesmo que o comportamento das pessoas pode ser controlado e informado por longos períodos de tempo sem que estas se apercebam disso, inclusivamente sentindo-se livres. Uma técnica defendida por Skinner é a modificação do comportamento organizacional que consiste na aplicação da Teoria do Reforço aos esforços para a mudança nas organizações e assenta em dois princípios basilares: primeiro as pessoas atuam da forma que acham mais gratificantes e recompensadoras; segundo, o comportamento pode ser influenciado e determinado pela gestão das recompensas a ele associadas.
A dessensibilização sistemática é uma técnica de ajuda que consiste na evocação ou na repetição da vivência real de situações que consideramos ameaçadoras. De forma simultânea, é realizada uma terapia de relaxamento profunda para reduzir os estados de desconforto. A dessensibilização sistemática é uma técnica muito eficaz para suavizar o processo de extinção de um reflexo condicionado e amenizar o sofrimento do indivíduo explicam que, com base na generalização respondente, tal técnica consiste em dividir o procedimento de extinção em pequenos passos, ou seja, consiste em expor o indivíduo gradativamente a estímulos que eliciam respostas de menor magnitude até o estímulo condicionado original. De acordo com Knapp e Caminha (2003) e Negrão (2011), a dessensibilização sistemática foi desenvolvida originariamente por Wolpe em 1958 e diz respeito a um conjunto de técnicas de exposição/apromimação à experiência traumática, envolvendo três etapas básicas: treinamento do cliente ao relaxamento físico, estabelecimento de uma hierarquia de ansiedade em relação ao estímulo fóbico e contra condicionamento do relaxamento como uma resposta ao estímulo temido, iniciando-se com o elemento mais baixo na hierarquia de ansiedade até chegar ao ponto mais alto dessa hierarquia previamente estabelecida na segunda etapa. Moreira e Medeiros (p. 41, 2007) discorrem acerca do assunto explicando que para utilizá-la na prática clínica é necessário primeiramente “construir uma escala crescente da intensidade do estímulo (hierarquia de ansiedade)”, ou seja, descobrir quais são os estímulos relacionados ao objeto fóbico que causam no indivíduo maior ou menor medo. Em seguida, treina-se o cliente em uma resposta que é antagonista à ansiedade (relaxamento muscular progressivo) e solicita-se ao mesmo que imagine uma série de situações que provoquem ansiedade enquanto está profundamente relaxado (REMOR, 2000). Imaginemos alguém que sente medo muito intenso de cães e consegue um emprego bem remunerado em um canil: “Em função da generalização respondente, a pessoa em questão não tem medo apenas do cão que a atacou (supondo que a origem do medo de cães esteja em um ataque) ou de cães da mesma raça. Ela provavelmente tem medo de cães de outras raças, de diferentes tamanhos e formas.” (MOREIRA e MEDEIROS, p. 41, 2007). Sendo assim, para que essa pessoa possa entrar no canil em que irá trabalhar sem sentir medo, o processo de dessensibilização se inicia levando-a a pensar em cães, ver fotos de cães, tocar em cães de pelúcia, observar de longe cães diferentes daquele que a atacou, observar de perto esses cães, tocá-los e assim por diante, até que se chegue ao ponto mais alto da hierarquia de ansiedade (MOREIRA e MEDEIROS, 2007). Cabe destacar aqui que a exposição ao vivo é precedida pela exposição imaginária, construída dentro do consultório e trabalhada numa hierarquia de situações temidas, desde as consideradas mais fáceis de enfrentamento até as mais difíceis.

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