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Plano de Aula 6 Un. VII aula 01 Dissídio Individual alunos

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Unidade VII
Dissídio Individual Trabalhista
	Plano de Aula 6
	Dissídio Individual
	Aula 01
I – AÇÃO TRABALHISTA:
A ação é meio pelo qual o Estado é provocado para solucionar os conflitos de interesse que lhe são submetidos. A essa atividade do Estado, dá-se o nome de Jurisdição. Em verdade, podemos dizer que o Estado tem o monopólio da jurisdição, salvo situações peculiares e excepcionais.
II – CONCEITO:
“Ação é o direito público, autônomo e abstrato, constitucionalmente assegurado à pessoa, natural ou jurídica, e a alguns entes coletivos, para invocar a proteção jurisdicional do Estado, objetivando a tutela efetiva de direitos materiais.” �
Os elementos da ação são os seguintes: PARTES, CAUSA DE PEDIR e PEDIDO.
III – CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES TRABALHISTAS:
► CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL:
● TRINÁRIA de Chiovenda (ação de CONHECIMENTO ou cognitiva, ação EXECUTIVA e CAUTELAR); 
 → Pontes de Miranda acrescenta uma quarta espécie: ação MANDAMENTAL;
► CLASSIFICAÇÃO MODERNA:
● QUINÁRIA (ação de conhecimento ou cognitiva, ação executiva, cautelar, mandamental e executiva lato sensu).
III.1 – AÇÕES DE CONHECIMENTO:
O autor invoca a jurisdição com objetivo de um provimento que ponha fim ao conflito de interesses no qual está envolvido. Aqui se faz necessário o conhecimento da matéria, por meio de um procedimento.
Subdividem-se em: 
	• CONDENATÓRIA:
	objetiva uma condenação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa, bem como de desfazer ou arcar com perdas e danos (ex: condenação do réu no pagamento de adicional de periculosidade não pago ao longo do contrato de trabalho);
	• CONSTITUTIVA:
	visa à modificação, criação ou extinção de uma relação jurídica, não se cria direito novo, apenas se reconhece um direito já existente, a fim de torna-lo efetivo.
	• DECLARATÓRIA:
	objetivam a declaração de existência ou de inexistência de uma relação jurídica, bem como a de autenticidade ou falsidade de um documento.
III.2 – AÇÕES EXECUTIVAS:
Configurava-se como meio pelo qual o vencedor da demanda tornava efetivo o provimento jurisdicional (execução forçada ou execução de sentença).
Todavia, com a introdução do processo sincrético, não existe mais ação de execução de sentença, hoje, o que temos, é o procedimento de cumprimento de sentença, como mais uma fase do processo.
Permanece, no entanto, a ação executiva para a satisfação do credor, no tocante aos Títulos Executivos Extrajudiciais.
Na esfera trabalhista, os Títulos Executivos Extrajudiciais capitulados no art. 784 do Novo CPC, dependem de uma sentença a lhes conferir força executiva.
III.3 – AÇÕES CAUTELARES:
Objetivam assegurar direitos ou interesses, tutelados na fase cognitiva do processo, ou ainda, satisfeitos na fase de execução. Tem como fundamento assegurar um resultado útil ao processo principal.
Tem como requisitos: fumus boni iuris e o periculum in mora.
Podem ser preparatórias e incidental.
A cautelares podem ser nominadas e inominadas.
Observação importante:
Como bem destaca MAURO SCHIAVI in Manual de Direito Processual do Trabalho, LTr, p. 1.367, 2016, a tutela cautelar, mas conhecida como medida cautelar no CPC de 1973, faz parte do gênero tutelas provisórias de urgência (CPC/2015), sendo uma providência eminentemente acautelatória, tendo por objeto resguardar um direito, ou o resultado útil de um processo. Desse modo, como regra geral, não se destinam à satisfação do direito. 
Outra mudança introduzida pelo Novo CPC é que nela não se faz distinção entre cautelares nominadas e inominadas, havendo, apenas menção a algumas cautelares típicas no art. 301, as quais se apresentavam como nominadas, no CPC/1973 (arresto, sequestro, arrolamento de bens, protesto, ...).
No Novo CPC, o assunto é tratado no Livro V – DA TUTELA PROVISÓRIA, Títulos I (Disposições Gerais), II (Da Tutela de Urgência) e III (Da Tutela de Evidência).
III.4 – AÇÕES COLETIVAS:
Na seara trabalhista, as ações coletivas podem ser: stricto sensu ou lato sensu.
	• Ações Coletivas
STRICTO SENSU:
	Também conhecida como DISSÍDIO COLETIVO, destina-se à defesa dos interesses gerais e abstratos da categoria (profissional ou econômica);
	• Ações Coletivas
LATO SENSU:
	Configuram-se, principalmente, pelas ACPs (Ações Civís Públicas) movidas pelo MPT. Objetivam, via de regra, a condenação, imposição ou abstenção do réu em obrigações de fazer ou não fazer, ou ainda, a condenação em dinheiro quando impossível o cumprimento da obrigação específica.
Legitimados naturais: MPT e Sindicatos.
IV – CONDIÇÕES DA AÇÃO (art. 337, XI c/c 485, VI, ambos do Novo CPC):
O direito brasileiro segue a Teoria Tricotômica das condições da ação�, inserida no art. 485, VI do Novo CPC.
A) POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO:
Será possível o pedido quando, a pretensão do autor estiver amparada pelo direito objetivo e/ou quando não existir uma vedação expressa do ordenamento, no tocante à pretensão deduzida em Juízo.
B) LEGITIMIDADE AD CAUSAM:
Pode ser ordinária ou extraordinária. Senão vejamos:
	• ORDINÁRIA:
	inerente aos titulares dos interesses conflitantes (os sujeitos da lide). Atuação em nome próprio;
	• EXTRAORDINÁRIA:
	ocorre quando pessoas ou entes atuam EM NOME PRÓPRIO, mas em defesa DE DIREITO ALHEIO, desde que autorizados por lei. 
A doutrina majoritária vem entendendo que SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL consiste na permissão legal para que alguém atue em Juízo, como parte, em nome próprio, mas postulando direito de terceiro.
Legitimados naturais: MPT e Sindicatos.
Há ainda, a chamada legitimação autônoma para a condução do processo. Essa, inerente a direitos metaindividuais. Aqui não se trata de direito individual, mas sim de interesses difusos ou coletivos strictu sensu.
C) INTERESSE DE AGIR:
Nasce do trinômio: NECESSIDADE, UTILIDADE e ADEQUAÇÃO.
• NECESSIDADE: sem o processo, o autor da ação ficaria impedido de ver sua pretensão acolhida ou rejeitada pelo Estado Juiz;
• UTILIDADE: o processo deve prestar-se a remediar ou prevenir o mal alegado pelo autor;
• ADEQUAÇÃO: deve haver uma relação entre o fato alegado pelo autor da ação e o provimento jurisdicional, sob pena de o processo não lhe ser útil.
V – RITOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS:
a) PROCEDIMENTO SUMÁRIO:
Instituído pela Lei 5.584/1970, no art. 2.º, §§ 3.º e 4.º, que dispõe sobre normas de Direito Processual do Trabalho, altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho, disciplina a concessão e prestação de assistência judiciária na Justiça do Trabalho e dá outras providências.
• Configuram ações raramente manejadas.
• Não se aplica às Pessoas Jurídicas de Direito Público, em razão da inexistência da remessa necessária.
b) PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO (arts. 852-A a 852-I da CLT):
Não se aplica órgãos da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional, aplicando-se, no entanto, aos órgãos da Administração Pública Indireta.
• LIMITAÇÃO ECONÔMICA ↔ 40 SALÁRIOS MÍNIMOS (ART. 852-A CLT);
• PRAZO DE 15 DIAS PARA APRECIAÇÃO (ART. 852-B, III CLT);
• AUDIÊNCIA UNA (ART. 852-H, § 1.º CLT);
c) PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (arts. 837 a 852 da CLT):
É o procedimento trabalhista mais comum.
Neste procedimento, a audiência é una, sendo que, em virtude de prática forense trabalhista, geralmente ela se subdivide em inaugural, de instrução e de julgamento;
O não comparecimento do Reclamante à audiência, implica no arquivamento do processo, enquanto que, o não comparecimento da Reclamada na audiência, implica na imposição da pena de revelia e confissão ficta, quanto à matéria fática.
• Primeira tentativa de conciliação.
• Segunda tentativa de conciliação e Sentença.
• Intimação dos litigantes, acerca da decisão.
� LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho,5a. ed., p. 286, LTr: 2007.
� Com base na doutrina de Enrico Tulio Liebman.
Prof. Luiz Augusto Bellini�E-mails: � HYPERLINK "mailto:luizaugusto.bellinilessa@gmail.com.br" ��luizaugusto.bellinilessa@gmail.com� ou � HYPERLINK "mailto:Luiz.bellini@metodistaes.edu.br" ��luizaugusto@bellinilessa.adv.br� ��

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