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Otites aguda cronica - resumo rapido

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OTITE MÉDIA AGUDA (OMA)
- Inflamação da mucosa da orelha média, podendo haver extensão para processo mastoide e tuba auditiva
- Pelo fato de haver relação com a tuba auditiva, também está relacionada à nasofaringe
- É a causa mais comum de atendimento médico na infância, sendo que 1/3 das crianças com 1 ano de idade apresentarão pelo menos 1 episódio de otite média aguda
- Até os 7 anos de idade 90% das crianças terão 1 episódio de otite média aguda
Ouvido normal: triângulo luminoso, mucosa rósea, tímpano transparente
Ouvido doente: diagnóstico clínico, não necessitando de exames complementares
Por que a otite média é mais comum em crianças? R= Porque a tuba auditiva infantil é mais curta, reta (horizontalizada a 10o) e fina, sendo mais fácil colabar
Epidemiologia: > incidência entre 6 e 8 meses
2ª maior incidência entre 4 e 5 anos de idade
Até 2 anos de idade OMA e OMS são bilaterais
Após 2 anos de idade OMA e OMS são unilaterais
Fatores de risco: é tudo o que influencia o funcionamento da tuba (ex.: fenda palatina, hipertrofia de adenoide, anomalia de palato)
- Fatores intrínsecos: malformação craniofacial, anomalia de palato, imunossupressão, doenças ciliares, obstruções anatômicas (adenoide/tumor), alergias (controverso!)
- Fatores extrínsecos: fumo passivo, frequentar berçários e creches
Infecção*: IVAS (viral/bacteriana) edema na tuba auditiva acúmulo de muco/fluidos na orelha média contaminação por bactérias
Microbiologia*: Streptococcus pneumoniae (34%), Haemophilus influenzae (30%), Moraxella catarrhalis (15%)
- Outros: Streptococcus sp., Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa
Quadro clínico: história recente de IVAS (infecção das vias aéreas)
Sinais: otalgia, plenitude auricular, hipoacusia, dor, febre, zumbido pulsátil, irritabilidade
Sintomas: membrana timpânica hiperemiada ou amarelada, perfuração de membrana timpânica, supuração e secreção no conduto auditivo externo
Estágio de evolução: 
Hiperemia: de caixa timpânica + mastoide obstrução timpânica alteração de pressão em orelha média (pressão negativa)
- Sinais e sintomas: otalgia, irritabilidade, choro contínuo, febre, hiperemia membrana timpânica periférica e de cabo do martelo, hipoacusia condutiva leve
Exsudação: abaulamento timpânico exsudato (secreção sob pressão) 
- Sinais e sintomas: otalgia mais intensa, membrana timpânica amarelada e abaulada (espessa), hipoacusia condutiva, sintomas toxinfecciosos em lactentes
Supuração: perfura tímpano secreção em conduto auditivo externo
- Sinais e sintomas: diminuição da dor pela perfuração do tímpano e extravasamento de líquido, queda de temperatura. A perfuração geralmente fecha de 1 semana-2 meses
Coalescência: é uma complicação que acomete 1-5% dos não tratados, ocasionando uma das maiores complicações (mastoidite). Gera obstrução da drenagem e acúmulo de secreção purulenta pus sob pressão osteólise da cavidade coalescência de céls do mastoide
- Sinais e sintomas: mastoidite, febre, otalgia (7-10 dias pós início da otite média aguda), dor e abaulamento retroauricular
Complicações: podem ser intratemporais e intracranianas
- Intratemporais: otite média crônica, timpanoesclerose, mastoidite, petrosite, paralisia facial periférica, perda auditiva e labirintite infecciosa
- Intracranianas: meningite, empiema subdural, abscesso cerebral ou extradural, trombose de seio sigmoide, sepse
Tratamento*: Amoxicilina (1ª escolha – 50mg/kg, 10-14 dias)
- Em alérgicos usar Macrolídeo ou Sulfametoprim
- Em caso de falha terapêutica realizar miringotomia(Incisão cirúrgica de membrana timpanica) com cultura da secreção, utilizando Amoxi+Clavulanato ou Cefalosporina de 2ª ou 3ª geração
9) Indicações de miringotomia (trompa de Eustáquio) otite média aguda refratária ao tratamento clínico adequado, mastoidite aguda, complicações do SNC, PFP, pacientes imunodeprimidos
OTITE MÉDIA AGUDA RECORRENTE: 3 ou + episódios de OMA em crianças nos últimos 6 meses ou 4 episódios ou + nos últimos 12 meses
- Fatores determinantes: hipertrofia de adenoides, alergia respiratória, alergia a leite de vaca, imunossupressão, rinossinusite, fenda palatina
- Tratamento: quimioprofilaxia (subdose de Amoxi ou Sulfametoprim – ½ a da dose diariamente de 2 dias a 3 meses. Esse tratamento caiu em desuso, pois serviria para prevenir infeção), miringotomia e tubo de ventilação, adenoidectomia, tratar fator de risco, timpanotomia, imunoprofilaxia (cobre 85% dos sorotipos causadores da doença: Streptococcus pneumoniae, antipneumocóccica, heptavalente, Haemophillus – sem influência para otite média, pois quem dá a doença é sua forma encapsulada)
OTITE MÉDIA SECRETORA: é a principal causa de deficiência auditiva na infância, provocando atraso no aprendizado. Causa presença de líquido na orelha média (seroso-mucoso) com membrana timpânica íntegra e sem sinais e sintomas de processo inflamatório agudo
- Fisiopatogenia: alterações funcionais (suporte cartilaginoso) e alterações mecânicas (inflamação/obstrução)
- Quadro clínico: assintomático, otalgia leve, plenitude auricular, hipoacusia, autofonia, crianças desatentas
- Avaliação audiológica: audiometria (PAC leve), audiometria comportamental e BERA, imitanciometria (curva B ou C com RE ausentes)
- Tratamento: é feito em OMS que dura 2 meses ou mais com intuito de reverter grau de perda auditiva e previne perpetuação das alterações de orelha média
- Tratamento clínico: antibióticos orais associados a corticoides (Amoxi ou Cefalosporina 2ª/3ª geração e corticoides irão inibir edema, viscosidade de secreções, acelera resolução do quadro – Prednisona), descongestionante e AINES (sem eficácia comprovada), manobras de insuflação (Valsava – aceleram cura em alguns casos, mas podem ajudar a disseminar germes de rinofaringe para orelha média), timpanotomia+tubo de ventilação (perda auditiva >20dB, OMA recorrente, retração/atrofia memb timpânica com possib de atelectasia, crianças com alterações do desenvolv da linguagem
- Controvérsias: descongestionantes e manobra de Valsava
- Indicação de adenoidectomia: se hipertrofia é tratamento de 1ª escolha, associada ao tubo de ventilação
- Complicações – evolução da otite média secretora:
a) Atelectasia e adesões: perda de camada média colágena aspiração para cav timpânica parcial/total adesão e fibrose entre membrana timpânica e promontório
b) Retração atical e colesteatoma: pressão negativa bolsa de retração atical contato de promontório/ ossículos colesteatoma
c) Descontinuidade ou fixação de cadeia ossicular
d) Labirintite aguda serosa ou supurativa
e) Timpanoesclerose: efusão contínua degeneração hialina de colág calcificação. É a condição mais comum em acompanhamento de OMS
OTITE MÉDIA CRÔNICA (OMC)
OTITE MÉDIA CRÔNICA SIMPLES, SUPURATIVA OU COLEASTOMATOSA: 
processo inflamatório da mucosa da orelha média por + de 3 meses e é acompanhada de secreção atrás de membrana timpânica intacta ou otorreia associada com perfuração de membrana. Geralmente possui perfuração de membrana timpânica 
Simples: forma mais comum. Causa alterações na orelha média, mastoide não permanente, longo período de acalmia, infecção IVAS, contato com água, otorreia
- Clínica: otorreia intermitente, hipoacusia condutiva leve, ausência de otalgia, plenitude
- Etiopatogenia: otite média aguda e trauma
- Otoscopia: perfuração em memb timpânica, mucosa da orelha media relativam preservada
- Tratamento clínico: proteção auricular contra água, higiene aural e aspirativa, antibioticoterapia tópica, antibioticoterapia sistêmica (apenas em casos mais exuberantes), gota otológica (com quinolona – não tóxica)
 Supurativa: inflamação crônica da mucosa da OM e mastoide, perfuração de tímpano, otorreia persistente
- Clínica: otorreia permanente, hipoacusia (plenitude), possível dor
- Tratamento: antibiótico tópico, gota otológica, limpeza, antibiótico sistêmico 
Coleastematosa: lesão epidermoide que segue estrutura da orelha média constituída de epitélio escamoso, causando acúmulo de queratina (tumor –secreção fétida), consistindo num tratamento cirúrgico 
- O acúmulo de queratina causa: infecção, destruição óssea, perda auditiva, paralisia de nervo facial
- Pode ser ocasionada por via congênita ou adquirida (principal!)
- Quadro clínico: secreção purulenta fétida e constante, hipoacusia, fístula labiríntica
- Diagnóstico: TC (planejam cirúrgico) e extensão 
- Tratamento: cirúrgico (masteidectomia), retirada completa de colesteatoma (1ª escolha) ou preservar audição (2ª escolha)
Qual a diferença entre OMC supurativa e simples? R= Otorreia persistente e crônica, respectivamente
OTITES EXTERNAS
FATORES DESENCADEANTES:	1) altas temperaturas e umidade
	2) repetidas lavagens
	3) ausência de cerume
	4) lesões escarificadas
	5) reações alérgicas
Cerume: possui coloração da amarela (+ tecido epitelial) a negra
- Manifestação clínica: autofonia, otalgia, hipoacusia súbita. A conduta utilizada é lavagem
Corpos estranhos: são animados (ex.: aranhas) ou inertes (ex.: rolha de cera, algodão, miçangas)
Otoematoma: provocado por discrasia sanguínea ou por traumas. A clínica é um abaulamento indolor de cor violácea
- Complicação: pericondrite
Pericondrite: provocado por traumatismos
- Gera dor, calor, edema, flutuações e evolui com endurecimento
- Cultura: gram-negativos
Herpes zoster: não pode ser utilizado corticoide, pois piora o quadro. Um quadro gerado pela herpes é a síndrome de Ramsay-Hunt (paralisia n. facial, distúrbios da audição e de equilíbrio)
Otite externa localizada: furúnculo – ponto no conduto que gera sinais flogísticos, linfonodomegalia, otalgia, hipoacusia e tumefação
- Tratamento: limpeza local, ATB+ corticoides tópicos, ATB sistêmico, 
Otite externa difusa aguda: todo o conduto edemaciado. Gera dor ao mastigar, prurido, desconforto, plenitude, eritema, edema, secreção
- Tratamento: limpeza local, ATB+ corticoides tópicos, ATB sistêmico, 
Otite externa crônica: altera toda a anatomia do conduto. Gera redução da espessura, sinais de atrofia e resseca epitélio
- Clínica: indolor, prurido, hipoacusia
- Tratamento: limpeza local, ATB+ corticoides tópicos, vacinas
Otite externa granulosa: localizada no 1/3 interno do conduto auditivo externo e tímpano. Está associada a Diabetes
- Tratamento: limpeza local, ATB+ corticoides tópicos, ATA 70%
Otite externa maligna: acomete conduto externo, podendo atingir parótida, osteomielite. Considerar diabetes e pseudômonas
- Clínica: otalgia, otorreia, hipoacusia
- Tratamento: limpeza local, ATB+ corticoides tópicos, ATB sistêmico, 
Otomicoses: podem ser isoladas/secundárias, sendo ocasionada pelo Aspergillus. Devido ao prurido o conduto pode ser ferido e colonizado por bactérias, precisando de tto misto
- Clínica: prurido, otalgia intensa, secreção abundante, edema, hiperemia
Exostoses: hiperplasia do periósteo, bilateral, nadadores, sexo masculino, assintomático
TRATAMENTOS: limpeza local, uso de corticoide tópico, corticoide sistêmico, vacinação (imunitárias, Streptococcus, Stafilococcus)

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