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CASO 4 cpp

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SEMANA 4
Em um determinado procedimento investigatório, cujo investigado estava solto, a autoridade policial entendeu com base nos indícios apontados em encerrar a investigação apresentando como termo final, o relatório conclusivo do feito com indiciamento do sujeito, bem como encaminhou as respectivas peças a autoridade judiciária, na forma do artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. Tendo como parâmetro o nosso sistema processual penal, analise a questão à luz da adequada hermenêutica constitucional.
À luz dos princípios do contraditório e a ampla defesa dispostos expressamente na nossa carta maior, no dizer do artigo 5º, inciso LV, nos incute entendimento que são preceitos que devem ser respeitados em todo o ordenamento jurídico pátrio, quando se há qualquer feito de cunho acusatório contra quem quer que seja. 
Não custa lembrar a supremacia da nossa constituição sobre as outras normas, podendo-se dizer em um corolário da verticalização kelsiana das leis. Daí então se pode extrair um surgimento de uma garantia penal, seria, pois, este o garantismo que acusado dispõe em todo percurso do processo. 
O ato do caso em tela ainda não concedeu uma oportunidade para o investigado tomar ciência do que é acusado e tanto menos ocorrera o seu interrogatório perante a autoridade policial, concedendo assim a ampla defesa e contraditório, embora tal ato não eive de nulidade o procedimento, que poderá seguir normalmente até a conclusão do inquérito com o indiciamento do investigado, pois aqui todo o rito rege-se pelo sistema inquisitivo, não há partes ainda, tampouco estabelecido um processo, há a figura do “sujeito investigado”, como afirma a doutrina. A autoridade policial pode conduzir o feito como bem lhe aprouver. Entretanto, uma vez a esta concluindo seu relatório com o indiciamento, segue-se para a análise do magistrado, e este deverá conceder vistas ao ministério público, que decidirá se oferece denúncia (se a ação for ação pública) ou requer o arquivamento do inquérito. Caso o juiz acolha a primeira pretensão do parquet, inicia-se, agora como requisito fundamental, todo o espaço de ampla defesa e contraditório ao indiciado, que passa a ser réu e poderá requerer todas as disposições dilatórias para comprovação de sua defesa que o código de processo penal permita. 
Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta. 
A-É indispensável a assistência de advogado ao indiciado, devendo ser observadas as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 
B- A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação possua elementos suficientes para a propositura da ação penal. 
C-Trata-se de procedimento escrito, inquisitivo, sigiloso, informativo e disponível. 
D- A interceptação telefônica poderá ser determinada pela autoridade policial, no curso da investigação, de forma motivada e observados os requisitos legais
3-Leia o registro que se segue. Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por via estreita, que impedia ultrapassagem de autos. Túlio, septuagenário, seguia com seu veículo à frente do de Mévio, em baixíssima velocidade, causando enorme congestionamento na via. Quando Túlio parou em semáforo, Mévio desceu de seu táxi e passou a desferir chutes e socos contra a lataria do auto de Túlio, danificando-a. Policiais se acercaram do local e detiveram Mévio, que foi conduzido à Delegacia de Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime era de dano, com pena de detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura do Termo Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou a Mévio para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial Criminal, o que foi por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado.
Registro apenas em Boletim de Ocorrência para futuras providências. 
 Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não assinatura do Termo de Comparecimento ao JECRIM, deve o Delegado de Polícia lavrar auto de prisão em flagrante, fixando fiança. 
 Deve o Delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e permitir que Mévio se livre solto. 
 O Termo Circunstanciado deve ser remetido ao Juízo, mesmo que Mévio não tenha assinado o Termo de Comparecimento, para que o Magistrado, ouvido o Ministério Público, tome as providências que julgar cabíveis, podendo até decretar eventual prisão temporária.

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