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Consentimento do menor no tratamento medico

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Consentimento do menor no tratamento medico, e os limites da autoridade parental.
Resumo
Este artigo tem como objrtivo analisar a autonomia da criança em confronto com a autoridade parental, no intuito de mostrar que uma criança pode sim tomar suas proprias desisões relacionados a tratamentos medicos. Ao Observamos uma nova formatação familiar, algo nos chama a atenção que a crinça de hoje esta cada dia mais esperta.
Na decada de 80 e 90, as crinças eram mais dependentes dos pais, tudo tinha sua hora, pois eram crinças que não tinham tamnaha inteligencia para dicernir o qe era melhor pra si, de um tempo pra ca, a coisa mudaram muito, hoje as crianças nascem praticamente falando, com uma inteligencia surreal. Antes de chegar na fase da adolecencia, elas ja começam conversar com os coleguinhas sobre namoro, balada, sexo e etc.
Tudo ta passando muito depressa, em uma velocidade que quando asustmos não damos conta que tudo passou, na realidade o que para os pais os filhos nunca crescem, paraecem que vão continuar crinças pro resto da vida, mas eles precisam entender que os menosre de 18 anos já detém um espaço próprio de vida privada estandos aptos à decidir sobre os rumos de de sua vidas sem nescessidades de representação ou assistencia , notadamente quando se trata de situações subjetivas existenciais .
Corroborando com essa hipotes, em atenção a toda platforma principiológica que zela pelo infante e pelo jovem, observa-senq que, embora sem larga legislação específica alterando ou expandindo a estrutura das capacidades daqueles considerados absolta ou relativamente incapazes, a defesa de autodeterminação da crinaça, como expressão última da dignidade, já se faz perceber em certas seras, ou devia, devido os valores que orientam o sistema jurídico.
INTRODUÇÃO
Todos nós sabemos que familia ou autoridade parental, nomenclatura pos nós proferida, expressão que melhor se adequa ao sistema juridico - tem duração equivalnte à menoridade dos filhos, de cordo com art. 229 da Constituição Federal de 1988.
‘’Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.”
 
E também que a autoridade parental é um munus de direito privado, um poder jurídico, isto é, um aglomerado de poderes atribuidos pelo Estado aos pais, para serem exercidos no interesse dos filhos. A constituição estabelece que é dever dos pais a tarefa de criar, educar eassistir os filhos enquanto menores. O poder familiar nos coloca diante de duas questões: a abrangencia quantitativa e qualitiva da autoridade parental. 
 A vigor, até que a prole alcance a mioridade, ou seja, complete 18 (dezoito) anos, os pais devem guiar sua vida, bem como decidir por ou com eles, vez que, dependendo da idade, irão representá-los ( até 16 anos) ou assisti-los ( de 16 a 18 anos). Entretando a Constituição Federal determinou que a criança e o adolescente são alvos de proteção especial, por serem pessoas em fase de desemvolvimento, o que valiriza a contrução da perssonalidade, é uma analise criteriosa a forma de exercer a autoridade parental. Isso porque a criação e educação dos filhos ocorrem como um processo: tanto maior é a atuação dos pais quanto menosr são os filhos, ou melhor, quanto menos discernimento eles tem. Á medida que vão crescendo faz-se menos necessária a intervenção parental, vez que, através dessa mesma convivencia e do processo educacional, vivenciam situações que lhes conduzem a paulatina aquisição da maturidade.
Dessa forma vão se tornando mais aptos para o exercicíos dos direitos fundamentais e, principalmente a fazerem opções , com mais liberdade. Entretando, dicernimento importa, para nós, o exécicio da liberdade com a correlata responsabilidade, ou seja, ter condições psíquicas de assumir as consequências de seus atos, ainda de acordo com Art. 227 da Constituição Federal de 1988.
“ É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. 
Nas relações pessoais ou não patrimoniais, há a necessidade de superar a rígida contraposição entre maioridade e minoridade, capacidade e incapacidade, expressões de uma alternativa jurídica formal que simplesmente não corresponde à realidade.6 A capacidade de entender e de querer é expressão da gradual evolução da pessoa humana, titular de direitos fundamentais por definição intransferíveis, a qual deve ser posta em condições de atuá-los, concomitantemente à sua idoneidade, devendo ser afastados os obstáculos ao seu exercício pessoal.7 Se a função do poder familiar passou a ser educar para contribuir para o bom desenvolvimento da personalidade da criança, não há como fazê-lo somente mediante o cerceamento da liberdade, sendo preciso também, e principalmente, promovê-la e respeitá-la.8 A despeito da multimilenar limitação à capacidade de exercício do menor, parece hoje imprescindível reconhecer-lhe a capacidade de agir que já houver alcançado no seu processo de amadurecimento e emancipação, conferindo-se a ele as escolhas existenciais, personalíssimas, para as quais demonstra a competência necessária. O desafio está em identificar a justa medida entre o cuidar e o emancipar.
Dentre os documentos sobre os direitos humanos, a necessidade de proteção especial à infância foi mencionada pela primeira vez em 1924, na Declaração de Genebra, embora desde 1919 a incipiente “Sociedade das Nações” houvesse já criado o Comitê de Proteção da Infância. Bem mais tarde, a UNICEF promulgou a Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959), à qual se seguiram diversos Pactos Internacionais de Direitos (1966, 1968, 1972), bem como outros estatutos e instrumentos internacionais e multilaterais (1969)9 voltados para a promoção do bem-estar da criança, reiterando a importância e a necessidade de uma tutela especial e ampla, inclusive jurídica, tanto antes como depois de seu nascimento. Já na Declaração Universal de 1959 são estabelecidos os marcos para a inflexão em relação à da doutrina da proteção integral, em substituição à doutrina então vigente da proteção dita “menorista”, voltada exclusivamente para os menores em situação de risco. Embora o texto não fosse de cumprimento obrigatório, nele é possível reconhecer o início do fim do patriarcalismo.10 A Declaração conta com apenas dez princípios e os mais relevantes são o Princípio II, intitulado “Direito à especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social”, estipula que “a criança gozará de proteção especial e disporá de oportunidade e serviços a serem estabelecidos em lei e por outros meios, de modo que possa desenvolver-se física, mental, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade” e o Princípio X, denominado “Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos”, o qual prevê que “a criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação racial, religiosa, ou de qualquer outra índole, devendo ser educada dentro de um espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universais e com plena consciência de que deve consagrar suas energias e aptidões ao serviço de seus semelhantes”.
Em 1989, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Convenção sobre os Direitos da Criança,11 anunciando um conjunto de direitos voltados especificamente para a população infanto-juvenil, consolidando a doutrina da proteção integral, por considerar seu estágio de desenvolvimento e sua condição de vulnerabilidade. A Convenção foi assinada pelos 194 países que compõem a ONU e ratificada por 193 nações: configura-se,portanto, como o instrumento jurídico mais amplamente aceito na história da humanidade.
No Brasil, sua ratificação se fez pelo Decreto nº 9.710/1990, mas o país já incorporara a doutrina da proteção integral do menor na Constituição de 1988 e reafirmou-a no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990). Sob a fundamentação de tais normas, crianças e adolescentes passaram a ser considerados como sujeitos de direitos humanos e fundamentais, destinatários de especial proteção, inclusive na esfera intrafamiliar. Pode parecer estranho que a criança e o adolescente gozem de respeito, privacidade e liberdade, dentre outros direitos, diante daqueles a quem cabe criá-los, assisti-los e educá-los, garantindo-lhes proteção e segurança (art. 229, CF e art.1.634, CC). Na realidade, ecoa ainda entre nós a ideia de que os filhos são sujeitos passivos na relação com seus pais, figurando mais como “objetos de direito” da autoridade parental.
E todavia, a Constituição de 1988, em seu art. 227’, caput, ( mensionado a cima)já preconizava a “absoluta prioridade” dos direitos da criança e do adolescente à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Da mesma forma, o legislador do Estatuto da Criança e do Adolescente lhes assegurou expressamente, no art. 15, o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade, como pessoas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Foi além, afirmando, no art. 16, que a tutela da liberdade consiste no direito de locomoção, de opinião e expressão, de crença e culto, de brincar e divertir-se, bem como de participar da vida familiar, da vida comunitária e da vida política, sendo-lhes deferida a possibilidade de buscar refúgio, auxílio e orientação.13 Tal direito implica a inviolabilidade de sua integridade física e psíquica, abrangendo a preservação de sua imagem, identidade, autonomia, valores, ideias e crenças, dos espaços de autonomia e de seus objetos pessoais (art.17).
Os pais têm o poder familiar. Mas que poderes têm os filhos menores?
O menor tem o poder e o direito de lutar pelos seus direitos e interesses com a ajuda da família, da sociedade e do Estado. Se a família falhar em sua missão, o menor terá a sociedade ao seu lado. Se isso não for suficiente, o menor terá acesso ao Poder Judiciário, onde ele será ouvido.A lei prevê expressamente que o menor seja ouvido, de acordo com o seu grau de desenvolvimento e compreensão, e que seus direitos fundamentais sejam respeitados com absoluta prioridade, de acordo com o seu melhor interesse.
O Código Civil, em seu artigo 1.634, acerca do exercício do poder familiar, diz que compete aos pais obrigações tais como: dirigir a criação e educação dos filhos menores; tê-los em sua companhia e guarda; conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; representá-los ou assisti-los consentindo em nome dos menores; exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
Enquanto os filhos não atingem a maioridade, os pais têm poder familiar não para dominá-los, mas para educá-los com carinho e diálogo, aplicando medidas disciplinares moderadas. Há quem defenda e quem abomine as palmadas e castigos físicos, mas eles não são expressamente proibidos pelo Direito. A famosa lei anti-palmada, que ainda não é lei, mas apenas projeto de lei, ainda precisa ser aprovada pelo congresso. Já a lesão corporal e os maus-tratos são crimes, sendo ainda mais graves quando cometidos contra menores.
A lei não diz que os pais têm o dever de aplicar castigos físicos nos filhos e, por outro lado, diz que os responsáveis não podem causar lesões corporais, danos à saúde, danos psicológicos ou morais. O menor tem o direito ao respeito, previsto no artigo 227 da Constituição e nos artigos 15 e 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069 de 1990).
O moleque esperto já entendeu que o poder familiar dos pais é sobretudo um dever. Os pais não podem abandonar os filhos. Eles são responsáveis pelo atendimento às necessidades materiais e afetivas dos menores. Não podem renunciar a participar ativamente da formação, orientação e proteção dos filhos.
Os pais têm o poder familiar ao qual correspondem vários deveres. Será que os deveres e direitos do menor correspondem a poderes? Que poderes tem o menor?
O menor tem o poder e o direito de lutar pelos seus direitos e interesses com a ajuda da família, da sociedade e do Estado. Se a família falhar em sua missão, o menor terá a sociedade ao seu lado. Se isso não for suficiente, o menor terá acesso ao Poder Judiciário, onde ele será ouvido.
O menor tem poder de influenciar as decisões dos adultos e o poder de buscar proteção na sociedade e no Estado quando a vontade dos pais revela abuso do poder familiar. “A vontade dos absolutamente incapazes (…)”, menores de 16 anos, “é juridicamente relevante na concretização de situações existenciais a ele concernentes, desde que demonstrem discernimento bastante para tanto”, diz o enunciado 138 da Primeira Jornada de Direito Civil promovida pelo Conselho da Justiça Federal, de setembro de 2002, em que diversos juristas brasileiros reuniram-se para propor e votar as melhores interpretações para determinados artigos do então recém aprovado Código Civil. Ora, se a vontade do menor de 16 anos é relevante, com maior razão ainda a vontade do menor de 18 anos será relevante.
Apesar de impossibilitado de praticar diretamente os atos da vida civil, o menor tem direitos com absoluta prioridade e tem a seu favor a doutrina da proteção integral e o princípio do melhor interesse da criança (ver, ao final da página, lista de posts relacionados para explorar esses temas). Se o menor tem direitos, prioridade absoluta e as decisões que afetam sua vida devem atender ao seu melhor interesse, nada mais natural que ele seja ouvido por seus responsáveis. Se isso não acontecer, o menor poderá recorrer ao Conselho Tutelar mais próximo ou ao Poder Judiciário para que um juiz ouça sua vontade.
A lei prevê expressamente que a criança seja ouvida, de acordo com o seu grau de desenvolvimento e compreensão, nos casos, por exemplo, em que o menor deva ser adotado ou deva escolher em que lar ou com que família deverá morar (artigos 28 § 1º e 45 § 2º do ECA).
Não podemos esquecer que o artigo 1.513 do Código Civil proíbe a qualquer pessoa interferir na vida de qualquer família, em suas relações internas. Mas como os interesses dos menores estão acima dos interesses dos seus pais, a sociedade e o Estado podem e devem intervir quando os pais desrespeitam os direitos dos filhos menores.
Heloisa Helena Barboza nos relata um exemplo real de como a sociedade pode agir no interesse do menor, contra o poder familiar dos pais:
Art. 3 do Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8069/90
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

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