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Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 60 AULA 1: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte II SUMÁRIO PÁGINA Apresentação do tema 1 Limitação de Empenho e Movimentação Financeira 2 Renúncia de Receita 11 Geração de Despesa 19 Despesa Obrigatória de Caráter Continuado 20 Transferências Voluntárias 28 Mais questões de concursos anteriores - ESAF 35 Memento (resumo) 43 Lista das Questões Comentadas nesta Aula 46 Gabarito 60 Olá amigos! Como é bom estar aqui! É com enorme alegria que tenho você como aluno e assim ter a satisfação de que você inicialmente aprovou nossa aula demonstrativa, decidindo continuar o curso. É sinal que você busca o crescimento, que corre atrás dos seus objetivos, que põe em prática o sonho de alcançar o sucesso na aprovação de um concurso público. "Confiar, totalmente, em nossa boa vontade e na força em querer crescer já significa o próprio crescimento." (Maria Luiza S. Teles) Você verá que esse caminho rumo à aprovação pode ser prazeroso. No início é mais difícil, mas à medida que você for evoluindo nos estudos, terá satisfação em perceber que está aprendendo a matéria e resolvendo aquelas questões do CESPE e da ESAF que no início pareciam impossíveis. Depois de alcançar um bom ritmo e uma rotina consistente de estudos, sentirá falta de estudar naquele dia que não ler ao menos um pouquinho da matéria. "O sucesso é uma jornada, não um ponto final. Metade do prazer está em percorrer o caminho." (Gita Bellin) E vamos prosseguir no estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal! Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 60 1. LIMITAÇÃO DE EMPENHO E MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA É o previsto de maneira explícita no caput do art. 9.º da LRF, o qual dispõe que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Note que tal verificação é bimestral, a fim de que em vários momentos do ano tenhamos a possibilidade de correções e monitoramento das metas. A limitação de empenho também será promovida pelo ente que ultrapassar o limite para a dívida consolidada, para que obtenha o resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite. Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com o objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma busca de socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados. Em outras palavras, a limitação de empenho, usualmente usada como sinônimo de contingenciamento, consiste no bloqueio de despesas previstas na LOA. É um procedimento empregado pela Administração para assegurar o equilíbrio entre a execução das despesas e a disponibilidade efetiva de recursos. A realização das despesas depende diretamente da arrecadação das receitas. Assim, caso não se confirmem as receitas previstas, as despesas programadas poderão deixar de ser executadas na mesma proporção. As despesas são bloqueadas a critério do governo, que as libera ou não dependendo da sua conveniência. Os contingenciamentos têm sido decretados com frequência, e como a liberação depende da conveniência da Administração, estimula a negociação política entre o Poder Executivo e os parlamentares que querem ver suas bases eleitorais atendidas na execução orçamentária e financeira. Outra possibilidade a ser pensada em caso de frustração de receita seria o endividamento público. O ente faria operações de crédito para cobrir a defasagem entre as receitas efetivamente arrecadas e a previsão na LOA. No entanto, isso não é mais recomendado com a LRF, já que medidas desse tipo não contribuiriam para o cumprimento das metas fiscais. Restaria apenas a contenção de despesas por meio da limitação de empenho, até que ocorra a melhora da arrecadação. Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 60 Analisando o art. 9.°, não há a possibilidade de limitação de empenho por excesso de despesa, a não ser por divida. O gestor público só tem permissão legal para proceder à limitação de empenho quando a realização da receita (e não a execução da despesa) comprometer as metas fiscais, como o superávit primário. Outra observação é que além do Poder Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo e Judiciário e ao Ministério Público. A LRF apresenta despesas que não podem sofrer a limitação de empenho. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. Limitação de empenho Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. Consoante o art. 65 da LRF, no caso de estado de defesa e/ou de sítio, decretado na forma da Constituição, ou na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9.o. Cabe ressaltar que, em relação ao § 3.° do art. 9.°, foi proposta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) perante o Supremo Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficácia deste dispositivo: § 3.o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 60 Art. 9º, § 3º, da LRF Atualmente, devido à ADIN, o Poder Executivo não é autorizado a limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público caso estes não promovam alimitação no prazo estabelecido no caput do art. 9.°. Há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por ato próprio. 1) (CESPE – AUFC – TCU – 2011) Considerando que o orçamento público se tornou peça fundamental no planejamento da ação dos governos em todo o mundo, particularmente no Brasil, após a promulgação da CF, julgue o item subsequente. Se a LOA de determinado município previr receitas e fixar despesas no total de R$ 90 milhões, mas a administração pública verificar, no último trimestre do ano, que a arrecadação de receitas somente atingirá R$ 89 milhões, as despesas desse ente federado terão de ser cortadas para que seu montante total corresponda ao da receita. A limitação de empenho está prevista de maneira explícita no caput do art. 9º da LRF, o qual dispõe que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30 dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Note que tal verificação é bimestral, a fim de que em vários momentos do ano tenhamos a possibilidade de correções e monitoramento das metas. No caso em tela, a apuração foi no último trimestre. Assim, deve-se esperar mais um mês, para se chegar ao período bimestral, pois nesse período pode haver a recuperação da arrecadação. Resposta: Errada 2) (CESPE – AUFC – TCU – 2011) A CF introduziu no ordenamento jurídico brasileiro um documento, a LDO, com características inéditas no mundo, que depois chegou a ser copiado em vários países. Acerca da LDO, julgue o item subsequente. Os critérios para limitação de empenho nos casos em que a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal somente são aplicáveis ao Poder Executivo, devendo os órgãos dos demais poderes instituir seus próprios critérios. Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 60 Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias (art. 9°, caput, da LRF). Logo, os critérios para limitação de empenho são aplicáveis a todos os Poderes e ao Ministério Público, devendo os critérios serem fixados na LDO. Resposta: Errada 3) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) Considere a seguinte situação hipotética. Verificou-se, ao final de determinado bimestre, que a realização da receita poderia não comportar o cumprimento das metas de resultado primário e nominal. Passados três dias, os órgãos do Poder Judiciário não limitaram os empenhos nem as movimentações financeiras, de acordo com os critérios fixados na LDO. Nessa situação, é a existência de uma ação direta de inconstitucionalidade — que suspendeu cautelarmente a eficácia do dispositivo autorizando o próprio Poder Executivo a limitar os respectivos valores financeiros, de acordo com os critérios da LDO — que assegurou a independência do Poder Judiciário. Cabe ressaltar que, em relação ao § 3.° do art. 9.°, foi proposta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) perante o Supremo Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficácia deste dispositivo: § 3.o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, atualmente, devido à ADIN, o Poder Executivo não é autorizado a limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público caso estes não promovam a limitação no prazo estabelecido no caput do art. 9.°. Há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por ato próprio. Resposta: Certa 4) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) Os critérios para limitação de empenho, no caso de não realização de receitas, devem ser estabelecidos na própria lei orçamentária anual. Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 60 A limitação de empenho está prevista de maneira explícita no caput do art. 9.º da LRF, o qual dispõe que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Resposta: Errada 5) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) A limitação de empenho abrange as despesas que constituem obrigações legais do ente, mas exclui as destinadas ao pagamento do serviço da dívida. A LRF apresenta despesas que não podem sofrer a limitação de empenho. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. Resposta: Errada 6) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) Somente os Poderes Legislativo e Judiciário podem promover a limitação do empenho de seus respectivos orçamentos. Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, a limitação de empenho inclui o Poder Executivo e o Ministério Público, não somente os Poderes Legislativo e Judiciário. Resposta: Errada 7) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Se um órgão federal tiver parte de seu orçamento bloqueado em virtude da limitação de empenho decorrente de insuficiência de receita, ele só poderá dispor desses recursos no caso de restabelecimento da receita originalmente prevista. No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. Logo, o órgão federal poderá Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 60dispor desses recursos ainda que não tenha ocorrido o restabelecimento da receita originalmente prevista. Resposta: Errada 8) (CESPE - Assessor Técnico de Controle e Administração - TCE/RN - 2009) Em relação à limitação de empenho e movimentação financeira, segundo critérios estabelecidos na LDO, não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. Resposta: Certa 9) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Quando for necessário promover a limitação de empenho, seja por insuficiência de receita, seja por excesso de dívida, a LDO pode autorizar os poderes da República a excluir da limitação a totalidade dos recursos previstos para tipos de despesa específicos. Não serão objeto de limitação de empenho as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. Tais ressalvas na LDO podem autorizar os poderes da República a excluir da limitação de empenho a totalidade dos recursos previstos para tipos de despesa específicos. Exemplo: pagamento de bolsas de pesquisa. Resposta: Certa 10) (CESPE - Analista Judiciário - Controle Interno - TJDFT - 2008) A programação da despesa é necessária para compatibilizar os fluxos de desembolsos com o ciclo de realização dos serviços, das compras e das obras, e com o comportamento da arrecadação. Contingenciando-se as dotações orçamentárias, não podem ser efetuados os empenhos correspondentes nem, consequentemente, as respectivas programação e liberações de recursos. A limitação de empenho, usualmente usada como sinônimo de contingenciamento, consiste no bloqueio de despesas previstas na LOA. É um procedimento empregado pela Administração para assegurar o equilíbrio entre a execução das despesas e a disponibilidade efetiva de recursos. As despesas são bloqueadas a critério do governo, que as libera ou não dependendo da sua conveniência. Contingenciando-se as dotações orçamentárias, não podem ser Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 60 efetuados os empenhos correspondentes nem, consequentemente, as respectivas programação e liberações de recursos. Resposta: Certa 11) (CESPE - Analista Judiciário - Administrativo - STJ - 2008) O princípio do equilíbrio orçamentário é o parâmetro para a elaboração da LOA, o qual prescreve que os valores fixados para a realização das despesas deverão ser compatíveis com os valores previstos para a arrecadação das receitas. Contudo, durante a execução orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando-se necessário limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados. Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com o objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma busca de socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados. Resposta: Certa 12) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Constatando-se, após a aprovação e publicação do orçamento, a impossibilidade de arrecadação da receita prevista no exercício, a alternativa de que dispõe o governo para cumprir a programação aprovada é a obtenção de empréstimos a título de antecipação da receita orçamentária. A alternativa de que dispõe o governo para cumprir a programação aprovada em caso de impossibilidade de arrecadação da receita prevista no exercício é a limitação de empenho. Resposta: Errada 13) (CESPE - Analista Ambiental - MMA - 2008) De acordo com a LRF, as despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida não serão objeto de limitação, ainda que se verifique, ao final de um bimestre, que a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. Resposta: Certa Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 60 14) (CESPE - Contador - Ministério dos Esportes - 2008) A limitação do empenho é uma das medidas que deve ser adotada pelo ente federativo que exceder o limite da dívida consolidada. A limitação de empenho também será promovida pelo ente que ultrapassar o limite para a dívida consolidada, para que obtenha o resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite. Resposta: Certa 15) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Não estão sujeitas a limitação de empenho e movimentação financeira as despesas relativas às atividades dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União, exceto no caso de frustração da arrecadação caracterizada por ser a estimativa atualizada da receita inferior à receita estimada na própria proposta orçamentária. Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com o objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma busca de socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados. Lembrando que, devido à ADIN, o Poder Executivo não é autorizado a limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público caso estes não promovam a limitação no prazo estabelecido no caput do art. 9.°. No entanto, a questão permanece correta, pois há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, desde que efetuada por ato próprio. Resposta: Certa 16) (CESPE - Técnico Administrativo - MPU - 2010) O Poder Executivo deve desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação, que servirão de parâmetro para a limitação do empenho e da movimentação financeira. As receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Se verificado, ao final de um dos bimestres, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br10 de 60 dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, as metas bimestrais de arrecadação servirão de parâmetro para a limitação do empenho e da movimentação financeira. Resposta: Certa 17) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) Com o objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, no caso de frustração da receita estimada no orçamento, não há necessidade de limitação de empenho e movimentação financeira, pois é possível contornar o problema por meio de empréstimos junto a instituições financeiras. Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com o objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma busca de socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados. Resposta: Errada 18) (CESPE - Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde - 2008) Sabe-se que todos os Poderes devem respeitar as metas fiscais relacionadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Se, no entanto, o comportamento da receita pública demonstrar que as metas não serão atingidas, deve-se proceder ao bloqueio parcial de uma série de despesas, que não incluem o pagamento do serviço da dívida. A limitação de empenho, usualmente usada como sinônimo de contingenciamento, consiste no bloqueio de despesas previstas na LOA. É um procedimento empregado pela Administração para assegurar o equilíbrio entre a execução das despesas e a disponibilidade efetiva de recursos. As despesas são bloqueadas a critério do governo, que as libera ou não dependendo da sua conveniência. No entanto, não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. Resposta: Certa 19) (CESPE – Analista Administrativo – IBRAM/DF - 2009) Segundo os critérios fixados pela LDO, os poderes e o Ministério Público deverão promover limitação de empenho e movimentação financeira, se verificado que a realização de despesas afetará o cumprimento das metas de resultado primário e nominal. Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 60 Analisando o art. 9.° da LRF, não há a possibilidade de limitação de empenho por excesso de despesa, a não ser por dívida. O gestor público só tem permissão legal para proceder à limitação de empenho quando a realização da receita (e não a realização da despesa, como afirma a questão) comprometer as metas fiscais, como o superávit primário. Resposta: Errada 20) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LDO é responsável pelo estabelecimento de normas, critérios e limitações de empenho para os entes da Federação. As LDOs de cada ente são responsáveis pelo estabelecimento de critérios. Entretanto, as normas estão na LRF e as limitações de empenho são promovidas por ato próprio dos Poderes e do Ministério Público. Resposta: Errada 2. RENÚNCIA DE RECEITAS Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Desta forma, os entes possuem tributos de competência própria e devem explorar efetivamente seu potencial arrecadatório. No entanto, em geral, os municípios brasileiros de menor porte são os que têm demonstrado menor interesse em arrecadar os tributos, devido a proximidade do eleitor-contribuinte com o prefeito e os vereadores, o que desmotiva tais políticos a adotarem medidas benéficas aos cofres públicos, porém desgastantes e antipáticas politicamente. Visando coibir práticas semelhantes, a LRF traz meios e sanções para que o gestor público tenha um melhor gerenciamento no tocante à receita pública, como no que se refere à renúncia de receitas. A renúncia de receitas compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. Note que ao considerar renúncia termos como “isenção em caráter não geral”, “redução discriminada” e “tratamento diferenciado”, a LRF visa evitar que haja preferências para apenas alguns poucos em prejuízo dos demais. Por exemplo, a isenção em caráter geral não se enquadra no conceito de renúncia de receitas da LRF. De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público: Anistia: é o benefício que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 60 concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança, em débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido. Remissão: é o perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, etc. Não implica em perdoar a conduta ilícita, concretizada na infração penal, nem em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte. Contudo, não se considera renúncia de receita o cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. Subsídio: é um incentivo do Estado a determinadas situações de interesse público. Por exemplo, para aquisição de casa própria para a população de renda mensal inferior a três salários-mínimos. Crédito presumido: é aquele que representa o montante do imposto cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria. É o caso dos créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações e prestações destinadas ao exterior. Todavia, não é considerado renúncia de receita o crédito real ou tributário do ICMS previsto na legislação instituidora do tributo. Isenção: é a espécie mais usual de renúncia e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido. Redução da base de cálculo: é o incentivo fiscal por meio do qual a lei modifica para menos sua base tributável por meio da exclusão de qualquer de seus elementos constitutivos. Pode ocorrer isoladamente ou associada a uma redução de alíquota, expressa na aplicação de um percentual de redução. Ainda, outras situações podem caracterizar renúncia de receitas e não apenas as listadas, já que o conceito compreende também outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.Por exemplo, segundo o art. 146 da CF/1988, cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. De acordo com o § 6.º do art. 150 da CF/1988, qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição. Assim, é vedada ao Poder Executivo, através de ato regulamentar Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 60 ou de delegação legislativa, a concessão de benefícios fiscais, bem como a edição de lei geral sobre a matéria. A LRF determina que a renúncia de receitas deve ser precedida de um planejamento pormenorizado, a fim de que se identifiquem as consequências sobre a perda inicial de arrecadação e as medidas para a compensação dessa perda para o ano que entrar em vigor e nos dois seguintes. Assim, segundo o art. 14, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO; ou Estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. Nesse caso, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas citadas. Vale destacar que a LRF é taxativa, logo, medidas como diminuição de despesas ou aumento de fiscalização contra a sonegação não são medidas de compensação. O disposto acima sobre renúncia de receitas não se aplica às alterações das alíquotas dos impostos de importação de produtos estrangeiros (II), de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE), de produtos industrializados (IPI), de operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. As limitações da LRF sobre a renúncia de receitas não se aplicam às alterações das alíquotas II, IE, IPI, IOF e ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. Relembro que, segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 60 21) (CESPE - Especialista - Administração - SESA/ES - 2011) Não se considera renúncia de receita o aumento do número de beneficiários de um incentivo fiscal regularmente concedido nos termos da lei. O aumento do número de beneficiários acarreta em aumento da renúncia de receitas. Resposta: Errada 22) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Segundo a LRF, o benefício concernente à ampliação de incentivo de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita, dependente de medidas de compensação, por meio do aumento de receita, só entrará em vigor no primeiro dia do exercício seguinte. Segundo o art. 14, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: _ Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO; ou _ Estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. Nesse caso, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas citadas (que pode até coincidir com o primeiro dia do exercício seguinte, mas essa não é a regra). Resposta: Errada 23) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) Considere que o estado de Pernambuco tenha débitos a receber de R$ 10 milhões, cujos custos de cobrança ultrapassem a esse valor. Nessa situação, não se admite o cancelamento dos referidos débitos, a título de renúncia de receita. As limitações da LRF sobre a renúncia de receitas não se aplicam às alterações das alíquotas II, IE, IPI, IOF e ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. Resposta: Errada Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 60 24) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Contabilidade - ABIN – 2010) Benefícios fiscais regionais que impliquem renúncia de receita deverão ser demonstrados no projeto de lei orçamentária e terão de ser aprovados por lei específica. De acordo com o § 6.º do art. 150 da CF/1988, qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. Resposta: Certa 25) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) A redução da alíquota do imposto sobre produtos industrializados (IPI) pelo Poder Executivo deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentáriofinanceiro, no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, além de atender aodisposto na lei de diretrizes orçamentárias e de estar acompanhada de medidas de compensação, no período definido acima, por meio de aumento de receita. As limitações da LRF sobre a renúncia de receitas não se aplicam às alterações das alíquotas II, IE, IPI, IOF e ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. Resposta: Errada 26) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A remissão é o benefício que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo. A anistia é o benefício que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a concedeu. Resposta: Errada 27) (CESPE - Contador - Ministério dos Esportes - 2008) Se um incentivo ou benefício de natureza tributária do qual decorre renúncia Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 60 da receita é ampliado, dispensa-se a estimativa do impacto orçamentário-financeiro, fornecida anteriormente, no momento da concessão. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá seguir as normas da LRF. Logo, a ampliação de um incentivo ou benefício de natureza tributária do qual decorra renúncia da receita seguirá as mesmas regras da concessão, portanto não haverá dispensa de nenhuma das condições. Resposta: Errada 28) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) A LDO somente deve demonstrar, de forma regionalizada, o efeito decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. O projeto de lei orçamentária anual será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. Resposta: Errada 29) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MA – 2009) As medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado devem acompanhar o projeto de LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. Resposta: Certa 30) (CESPE - Procurador de Contas - TCE/BA - 2010) Considere a seguinte situação hipotética. O estado da Bahia concedeu redução da alíquota de ICMS. Para isso, realizou estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deverá ser iniciada sua vigência e nos dois seguintes, atendendo ao disposto na lei orçamentária vigente, mediante a instituição de medidas de compensação, por meio de aumento de receita, com a elevação de alíquotas de outros tributos de sua Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 60 competência. Nessa situação, as medidas de compensação poderão ser implementadas posteriormente à concessão do benefício. Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das condições estabelecidas na LRF, que poderá ser a instituição de medidas de compensação, no período mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. No entanto, nesse caso, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas citadas. Resposta: Errada 31) (CESPE - Analista Judiciário - TST - 2008) As chamadas renúncias de receitas, apesar de não representarem dispêndios de recursos, devem ser objeto de estimativa que acompanha o projeto de lei orçamentária, de forma a se evidenciarem os seus efeitos segundo critério de distribuição regional dessas renúncias. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. Resposta: Certa 32) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A isenção é a espécie mais usual de renúncia de receita e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido. A isenção é a espécie mais usual de renúncia de receita e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido. Resposta: Certa 33) (CESPE - AUFC - TCU - 2007) O projeto da lei orçamentária deve ser acompanhado do demonstrativo regionalizado dos efeitos sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 60 anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. Resposta: Certa 34) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008) Se a prefeitura de um grande município brasileiro, que já concede, para a instalação de indústrias novas, isenção de impostos municipais por 20 anos, quiser estender o prazo de isenção para 25 anos, poderá fazê-lo sem a necessidade de medidas compensatórias, porque o benefício já está criado por lei. A ampliação de um incentivo ou benefício de natureza tributária do qual decorre renúncia da receita segue as mesmas regras da concessão. Portanto, não há dispensa de nenhuma das condições. Resposta: Errada 35) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) A renúncia de receita compreende, entre outros benefícios, anistia, remissão, reconvenção a posteriori, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter geral, alteração de alíquotaou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições. A renúncia de receitas compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. Logo, reconvenção a posteriori e isenção em caráter geral não se enquadram no conceito de renúncia de receitas. Resposta: Errada 36) (CESPE - AUFC - TCU - 2008) No mínimo sessenta dias antes do prazo final para a remessa da proposta do orçamento, o Poder Executivo deve colocar à disposição dos Poderes Legislativos e Judiciário, do TCU e do Ministério Público as estimativas das receitas para o exercício subsequente e as respectivas memórias de cálculos, devendo a concessão ou ampliação de benefício de natureza tributária, da qual decorra renúncia de receita, ser acompanhada de estimativa do impacto orçamentário financeiro no exercício de sua vigência. Segundo o art. 12 da LRF: § 3º O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 60 estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. Ainda, segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada, entre outros, de estimativa do impacto orçamentário- financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. Resposta: Errada 3. GERAÇÃO DE DESPESA A geração de despesa se refere ao aumento de despesa por meio de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental. Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: I – estimativa, com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. O referido art. 16 ainda define despesa adequada com a LOA e despesa compatível com PPA e LDO. Adequada com a LOA: a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que, somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício; Compatível com PPA e LDO: a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições. Tais normas constituem condição prévia para empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras, bem como para desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3.o do art. 182 da CF/1988. A geração de despesas ou assunção de obrigações que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17 da LRF serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público. Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 60 Ressalva-se dessas determinações a despesa considerada irrelevante, de acordo com o que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 4. DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO Ainda relacionado ao tema geração de despesas, temos que algumas despesas são consideradas com maior potencial para causar danos ao equilíbrio das contas públicas do que outras. Para essas, a LRF estabeleceu regras mais rígidas para que se realizem ou sejam aumentadas, especialmente aquelas que se prolongarem por mais de dois exercícios, como as despesas obrigatórias de caráter continuado. Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Por exemplo, o aumento da remuneração de servidores públicos. Muita atenção que nos remeteremos outras vezes ao art. 17 da LRF, o qual ainda determina que são exigências para criação ou aumento das despesas obrigatórias de caráter continuado: atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser instruídos com estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; demonstração da origem dos recursos para seu custeio; comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO; compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa. Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. Já a prorrogação de despesa criada por prazo determinado considera-se aumento da despesa. A despesa obrigatória de caráter continuado não será executada antes da implementação das medidas referidas, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar. Logo, o administrador público deverá implementar essas medidas antes da criação ou aumento das despesas obrigatórias de caráter continuado. Entretanto, as despesas destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 60 remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da CF/1988 estão excluídas dessas regras. Tal inciso versa sobre a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices da remuneração dos servidores e do subsídio de membro de Poder, de detentor de mandato eletivo, de Ministros de Estado e de Secretários Estaduais e Municipais. É uma revisão para manter o poder de compra, logo reajustes para aumentar o poder aquisitivo, como os que ocorrem em percentuais acima da inflação do período, devem seguir as regras da LRF. 37) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Não se obriga a apresentação, por parte do gestor público, da estimativa do impacto orçamentário- financeiro de aumento de despesas, no exercício em que esse aumento entrar em vigor e nos dois subsequentes, quando esse aumento for considerado irrelevante. Ressalva-se das determinações no que tange a geração de despesa aquela considerada irrelevante, de acordo com o que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. Resposta: Certa 38) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) As despesas com reajuste de servidoresestão compreendidas no conceito de despesas obrigatórias de caráter continuado. As despesas destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da CF/1988 estão excluídas das regras das despesas obrigatórias de caráter continuado. Tal inciso versa sobre a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices da remuneração dos servidores e do subsídio de membro de Poder, de detentor de mandato eletivo, de Ministros de Estado e de Secretários Estaduais e Municipais. É uma revisão para manter o poder de compra. Os reajustes para aumentar o poder aquisitivo, como os que ocorrem em percentuais acima da inflação do período, devem seguir as regras da LRF. A questão considerou apenas as despesas do inciso X do art. 37 da CF/1988, as quais não estão compreendidas no conceito de despesas obrigatórias de caráter continuado, daí a incorreção do item. Entretanto, a questão foi mal elaborada, pois se considerarmos os reajustes para aumentar o poder aquisitivo, o item estaria correto. Resposta: Errada Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 60 39) (CESPE – Auditor Substituto de Ministro - TCU – 2007) Para compensar os efeitos financeiros advindos de despesa corrente de caráter continuado derivada de lei, o ente da Federação obrigado ao pagamento dessa despesa poderá criar aumento permanente de receita pela ampliação da base de cálculo de tributo. São exigências para criação ou aumento das despesas obrigatórias de caráter continuado: _ atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser instruídos com estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; _ demonstração da origem dos recursos para seu custeio; _ comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO; _ compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa. Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. Resposta: Certa 40) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Além de estabelecer regras para a realização das chamadas despesas obrigatórias de caráter continuado, a LRF atribuiu às leis de diretrizes orçamentárias a competência para definir limites e condições para a expansão dessas despesas. A própria LRF é que define limites e condições para a expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Resposta: Errada 41) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Entre outras determinações, a LDO estabelece limites e condições para a expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. A própria LRF é que define limites e condições para a expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Resposta: Errada 42) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) No caso de um ente da federação sancionar lei que permita que uma despesa corrente possua período de execução superior a dois exercícios, essa despesa será classificada como obrigatória de caráter continuado. Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 60 Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios (art. 17 da LRF). Resposta: Certa 43) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) De acordo com a LRF, a contratação de serviços, por meio de licitação, que acarrete aumento de despesa deve vir precedida de demonstrativo da estimativa do impacto orçamentáriofinanceiro apenas do exercício em que deva entrar em vigor a referida despesa, bem como da declaração de responsabilidade do ordenador de despesa. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de estimativa, com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, bem como de declaração do ordenador da despesa. Resposta: Errada 44) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) Despesa obrigatória de caráter continuado é aquela derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios e para a qual não haja a necessidade de demonstração da origem dos recursos envolvidos em seu custeio. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. No entanto, uma das exigências para criação ou aumento das despesas obrigatórias de caráter continuado é a demonstração da origem dos recursos envolvidos em seu custeio. Resposta: Errada 45) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Qualquer nova ação governamental que implique aumento de despesa deve ser considerada irregular e lesiva ao patrimônio público, se não houver a estimativa do impacto orçamentáriofinanceiro no exercício em que deva entrar em vigor. Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado, entre outros, de estimativa com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 60 impacto orçamentáriofinanceiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes. Logo, se não houver a estimativa do impacto orçamentáriofinanceiro no exercício em que deva entrar em vigor a despesa já será considerada irregular e lesiva ao patrimônio público. Resposta: Certa 46) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, de medida provisória ou de ato administrativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Segundo a LRF: Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Resposta: Certa 47) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008) Se a criação de um novo programa pelo governo o obrigar a realizar investimentos adicionais, em cada um dos próximos dois exercícios, de R$ 100 milhões, e se o aumento esperado da arrecadação com o crescimento do PIB for suficiente para cobrir esses dispêndios, as exigências concernentes às despesas obrigatórias de caráter continuado serão atendidas. O aumento esperadoda arrecadação com o crescimento do PIB é condição necessária, porém não é suficiente para atender as exigências concernentes à criação das despesas obrigatórias de caráter continuado. Há ainda mais três exigências, conforme o artigo 17 da LRF. A questão está errada porque diz que as exigências concernentes às despesas obrigatórias de caráter continuado serão atendidas. Resposta: Errada 48) (CESPE - Administrador - Ministério dos Esportes - 2008) Para um município instituir um serviço permanente de atendimento telefônico, a fim de prestar informações turísticas locais, a prefeitura municipal deverá, antes, fazer uma estimativa do custo total do serviço para o ano em curso e para os dois anos seguintes, além de demonstrar que a despesa adicional será compensada pelo aumento permanente de receitas ou pela diminuição permanente de outras despesas. Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 60 Repare a sutileza. A questão anterior estava errada porque dizia que as exigências parciais apresentadas concernentes às despesas obrigatórias de caráter continuado seriam atendidas. E não seriam porque, como vimos, faltariam outras. Essa é diferente. Apesar de também faltarem outras, a questão simplesmente afirma que deve fazer uma estimativa do custo total do serviço para o ano em curso e para os dois anos seguintes, além de demonstrar que a despesa adicional será compensada pelo aumento permanente de receitas ou pela diminuição permanente de outras despesas. Está correta porque não exclui nenhuma outra regra. Estaria errada apenas se abordasse o tema como a questão anterior, ou dissesse “somente”, “exclusivamente”, etc. Olha essa comparação como exemplo. Para um vendedor receber uma gratificação, as exigências são: pontualidade, cortesia e atingir a meta de vendas da empresa. Se eu disser que se o vendedor for pontual as exigências para a gratificação foram atendidas, está errado, pois falta a cortesia e a meta de vendas (foi o que aconteceu na questão anterior). No entanto, se eu disser que para receber a gratificação o vendedor tem que ser pontual, está correto, pois é verdade. O fato de ele ter que ser pontual, não exclui as outras duas exigências. Resposta: Certa 49) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Considera-se obrigatória e de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Resposta: Certa 50) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN – 2010) Caso acarrete aumento de despesa, uma proposta de reestruturação de órgão público deve ser encaminhada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, juntamente com a documentação necessária a sua aprovação e com a estimativa de seu impacto orçamentário-financeiro, que deve conter as premissas e memória de cálculo utilizadas, bem como o quantitativo de cargos ou funções a serem criados ou providos. Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 60 estimativa, com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; e da declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. As demais informações da questão, como envio ao Ministério do Planejamento, não constam da LRF, porém estão corretas. Resposta: Certa 51) (CESPE – Analista – Finanças e Contabilidade - FINEP - 2009) Os municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes podem usufruir de regras especiais de aplicação das determinações constantes na LRF, entre as quais inclui-se a dispensa da estimativa de impacto orçamentário no caso de criação de despesa obrigatória de caráter continuado. Os municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes podem usufruir de regras especiais de aplicação das determinações constantes na LRF, como no que se refere a apuração semestral dos limites da dívida consolidada. Não se inclui nas regras especiais a dispensa da estimativa de impacto orçamentário no caso de criação de despesa obrigatória de caráter continuado. Resposta: Errada 52) (FCC – Procurador de Contas - TCE/RO – 2010) A despesa obrigatória de caráter continuado conceitua-se legalmente como despesa (A) de custeio derivada de lei que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a um exercício financeiro. (B) corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. (C) com pessoal e despesa com seguridade social. (D) de capital derivada de lei que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a um mandato do chefe do Executivo, devendo vir prevista, necessariamente, no plano plurianual. (E) com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução de seu fim. Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Resposta: Letra B Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 60 53) (FCC – APOPF/SP – 2010) Sobre despesa pública, é correto afirmar que: (A) basta, para o aumento da despesa, que o ato contenha declaração do ordenador de que há adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual. (B) não caracteriza aumento a simples prorrogação de prazo, quando a despesa foi criada por prazo determinado, mas apenas criação de nova despesa, desde que haja dotação orçamentária suficiente. (C) dispensa compatibilidade com o plano plurianual, desde que adequada à lei orçamentária anual e à lei de diretrizes orçamentárias, bem assim que esteja inserida em dotação específica e suficiente ou abrangida por crédito genérico. (D) é considerada não autorizada, irregular e lesiva ao patrimônio público a geração de despesa não acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes. (E) exclui-se da definição de despesa total com pessoal a despesa com inativos e pensionistas, bem assim adicionais, gratificações, horas extras e encargos sociais e contribuições recolhidas pelosentes às entidades de previdência. a) c) Erradas. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de estimativa, com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do impacto orçamentário- financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; e de declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. b) Errada. A prorrogação de despesa criada por prazo determinado considera- se aumento da despesa. d) Correta. A geração de despesas ou assunção de obrigações que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17 da LRF serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público, como no caso de não estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes. e) Errada. Segundo o art. 18 da LRF, para os efeitos dessa Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência. Resposta: Letra D Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 60 5. TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS 5.1 Conceito e Exigências De acordo com o art. 25 da LRF, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na LDO: a) Existência de dotação específica; b) Observância do disposto no inciso X do art. 167 da CF/1988, o qual veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. c) Comprovação, por parte do beneficiário, de: que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos; cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal; previsão orçamentária de contrapartida. É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social. 5.2 Transferências Voluntárias e Descentralização A execução de despesas mediante descentralização a outro ente da Federação processar-se-á de acordo com os mesmos procedimentos adotados para as transferências voluntárias, ou seja, empenho, liquidação e pagamento na unidade descentralizadora do crédito orçamentário e inclusão na receita e na despesa do ente recebedor dos recursos objeto da descentralização, identificando-se como recursos de convênios ou similares. No entanto, ao contrário das transferências voluntárias realizadas aos demais entes da Federação que, via de regra, devem ser classificadas como operações especiais, as descentralizações de créditos orçamentários devem Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 60 ocorrer em projetos ou atividades. Assim, nas transferências voluntárias devem ser utilizados os elementos de despesas típicos destas: 41- Contribuições e 42-Auxílios; enquanto nas descentralizações devem ser usados os elementos denominados típicos de gastos: 30-Material de Consumo, 39- Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica, 51-Obras e Instalações, 52- Material Permanente, etc. 54) (CESPE - Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Com base no que dispõe a LRF, julgue o item seguinte, relativo a transferências voluntárias. Não se aplicam sanções de suspensão de transferências voluntárias em ações de educação, saúde e assistência social. O §3º do art. 25 da LRF registra que a vedação não alcança as transferências relativas a ações de educação, saúde e assistência social. Resposta: Certa 55) (CESPE - Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Com base no que dispõe a LRF, julgue o item seguinte, relativo a transferências voluntárias. Para que seja realizada a transferência voluntária, o beneficiário deve comprovar previsão orçamentária de contrapartida. No art. 25 da LRF: § 1º São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias: I - existência de dotação específica; II - (VETADO) III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição; IV - comprovação, por parte do beneficiário, de: a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos; b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal; d) previsão orçamentária de contrapartida. Resposta: Certa 56) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) As eventuais receitas financeiras auferidas com a aplicação dos recursos de Lei 4320/1964 e Lei de Responsabilidade Fiscal p/ DNIT - Todas as áreas Teoria e 800 Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 60 convênios, enquanto não utilizadas nos respectivos objetos, serão devolvidas ou revertidas exclusivamente às atividades-fim dos órgãos e entidades beneficiárias. É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. Não podem nem mesmo ser revertidas às atividades-fim dos órgãos e entidades beneficiárias. Resposta: Errada 57) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) No caso das transferências voluntárias de recursos públicos, a celebração de convênios para gastos correntes afetará diretamente a receita corrente líquida, principal denominador utilizado para verificação dos limites de gastos previstos na LRF, ainda que se leve em conta o fato de as transferências voluntárias
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