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redação instrumental 05

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REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0130
Título
SEMANA 5
Descrição
NADA DE DESCULPAS E MÃOS À OBRA!
Ao procurar um advogado, o cliente fará, logo de início, um relato dos acontecimentos que, em sua perspectiva, causaram-lhe prejuízo do ponto de vista moral e/ou material. Relatará a sua versão do conflito, marcada, geralmente, por comoção, com reiterados detalhes - descrições minuciosas dos fatos - nem sempre muito relevantes juridicamente e com muita parcialidade.
Já aprendemos, nas aulas anteriores, que saber selecionar essas informações é muito importante e esse procedimento depende não só do tipo de texto que se quer redigir, mas também de uma visão crítica, madura e bastante aprimorada, pois desses fatos selecionados que serão construídos os argumentos, sem se esquecer da função persuasiva da narrativa.
Proposta de trabalho
Considere que as informações juridicamente importantes são aquelas que precisam constar da narrativa jurídica porque o julgador necessita desses fatos para esclarecer o conflito e solucionar a lide. Assim, redija uma narrativa jurídica sobre o caso concreto abaixo, selecionando todas as informações relevantes em ordem cronológica e verifique, ainda, se constam dela os seguintes elementos que a constituem: o quê, quem, por quê, quando, onde, como (passo a passo da narrativa). Faça uso dos tempos verbais no passado e na terceira pessoa do singular em busca de maior veracidade para os fatos narrados.
Caso Concreto
No dia 9 fevereiro de 2015, em uma segunda-feira ensolarada, Iolanda de Araújo Nogueira, aposentada, 72 anos, portadora de doença degenerativa, com muita pressa, toda maquiada e com um belo coque e óculos escuros vermelhos, com roupas e sapatos estranhos à moda atual, dirigiu-se à agência do Banco do Estado do Rio Grande Sul (Banrisul) na cidade de Pelotas, com o propósito de sacar dinheiro para custear o seu tratamento médico em Porto Alegre. Ficou em duas filas aguardando atendimento, no período das 14h 55min às 16h 26min.
Neste intervalo, sentiu-se mal, tendo sido acometida por forte diarreia. Pediu, então, à estagiária do banco, moça muito magra e extremamente bem vestida, com olhos de ressaca alencariana, acesso ao banheiro, mas foi informada de que os banheiros dos funcionários não podiam ser emprestados e o destinado aos clientes passava por reformas para tornar-se mais modernoso e atraente aos clientes e aos funcionários.
Sentindo fortes dores abdominais, a aposentada explicou a situação à gerente, que prometeu ceder o banheiro privativo assim que dispusesse de uma funcionária para acompanhá-la.
Com a demora, a aposentada pediu a um dos vigilantes da agência, que era muito alto, forte e malhado, o telefone da prefeitura e o número da Lei das Filas. Como o atraente vigilante não lhe deu atenção, ela resolveu ligar para a Brigada Militar (a polícia militar gaúcha). O atendente, após ouvir seu relato, desligou o telefone, sem nenhuma explicação.
Só depois de uma hora, a Srª. Iolanda foi conduzida ao banheiro por uma estagiária chamada Helena Miranda.
Ao sair da agência, acompanhada de Hilda Thomás dos Santos, secretária, 29 anos, morena, muito elegante e simpática, cliente do Banco, que também se encontrava no interior da agência e que se prontificou a servir de testemunha do constrangimento, martírio e descaso por que passou, a aposentada registrou Boletim de Ocorrência, no qual informou que se sentiu constrangida, humilhada e desrespeitada em sua dignidade quando precisou expor o problema físico que a acometia, sem que nenhuma providência fosse tomada.
Matilde Correa, baixinha e nada elegante, gerente da agência bancária, ao ser interrogada, alegou que a situação que se criou foi fruto da impaciência da cliente, num dia de pagamento de benefícios, em que a agência se encontrava cheia e ainda por cima com o aparelho de ar condicionado com defeito. E disse, ainda, que a presença de funcionário para acompanhá-la se fazia necessária, pois o trajeto até o banheiro privativo dos funcionários passa pelo cofre do Banco. (Texto adaptado)
Resposta aberta - Produção do aluno.
Na correção da narrativa jurídica, deverão ser observados os seguintes tópicos: I. seleção adequada de conteúdo e organização cronológica;
II. estrutura da narrativa;
III. adequação dos elementos de coesão e de coerência no discurso jurídico; IV. uso da polifonia;
V. presença dos elementos da narrativa;
VI. observância da modalidade culta da língua.
Desenvolvimento
No dia 9 fevereiro de 2015, Iolanda de Araújo Nogueira, aposentada, 72 anos, portadora de doença degenerativa, dirigiu-se à agência do Banco do Estado do Rio Grande Sul (Banrisul) na cidade de Pelotas, com o propósito de sacar dinheiro para custear o seu tratamento médico em Porto Alegre. Ficou em duas filas aguardando atendimento, no período das 14h 55min às 16h 26min.
Neste intervalo, sentiu-se mal, tendo sido acometida por forte diarreia. Pediu, então, à estagiária do banco, acesso ao banheiro, mas foi informada de que os banheiros dos funcionários não podiam ser emprestados e o destinado aos clientes passava por reformas.
Sentindo fortes dores abdominais, a aposentada explicou a situação à gerente, que prometeu ceder o banheiro privativo assim que dispusesse de uma funcionária para acompanhá-la.
Com a demora, a aposentada pediu a um dos vigilantes da agência, o telefone da prefeitura e o número da Lei das Filas. Como o vigilante não lhe deu atenção, ela resolveu ligar para a Brigada Militar (a polícia militar gaúcha). O atendente, após ouvir seu relato, desligou o telefone, sem nenhuma explicação.
Só depois de uma hora, a Srª. Iolanda foi conduzida ao banheiro por uma estagiária chamada Helena Miranda.
Ao sair da agência, acompanhada de Hilda Thomás dos Santos, secretária, 29 anos, cliente do Banco, que também se encontrava no interior da agência e que se prontificou a servir de testemunha do constrangimento, martírio e descaso por que passou, a aposentada registrou Boletim de Ocorrência, no qual informou que se sentiu constrangida, humilhada e desrespeitada em sua dignidade quando precisou expor o problema físico que a acometia, sem que nenhuma providência fosse tomada.
Matilde Correa, gerente da agência bancária, ao ser interrogada, alegou que a situação que se criou foi fruto da impaciência da cliente, num dia de pagamento de benefícios, em que a agência se encontrava cheia e ainda por cima com o aparelho de ar condicionado com defeito. E disse, ainda, que a presença de funcionário para acompanhá-la se fazia necessária, pois o trajeto até o banheiro privativo dos funcionários passa pelo cofre do Banco.

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