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Estudo Dirigido D. Civil IV

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CENTRO UNIVERSITARIO NEWTON PAIVA
DIREITO CIVIL IV – DIREITOS REAIS
Everton Renan Pereira Coelho
ESTUDO DIRIGIDO – DIREITO DAS COISAS
Belo Horizonte
2016
Os Direitos Pessoais correspondem a seu titular a faculdade de exigir o cumprimento de uma prestação determinada.
Já os Direitos Reais são aqueles que concedem a seu titular a faculdade de atuar sobre determinada coisa.
Nos Direitos pessoais os Sujeitos são determinados, o Objeto é a prestação, a Eficácia em regra os Direitos Pessoais tem eficácia relativa, possui relação apenas entre os sujeitos e o Exercício e marcado pela meaticidade, o exercício desse Direito depende da outra parte. 
Nos Direitos Reais os Sujeitos podem ser determinados ou indeterminados, o Objeto correspondem ao poder de dominação da coisa, a Eficácia “Erga Omnes” possui a relação entre todas as pessoas e o Exercício se da pela Imediaticidade . 
Obrigações Propter rem correspondem as prestações impostas ao titular de um Direito Real pelo simples fato de ter assumido a esta condição. Ex.: IPTU, IPVA, taxa de condomínio. 
Direito pessoal e transmitido obrigatoriamente ao novo proprietário da coisa, obrigação vinculada à coisa. O direito real poderá ser criado somente a partir da lei e por isso e limitado, diferentemente do direito pessoal, que poderá ser criado através de contratos por parte dos interessados, são numerus apertus, e ilimitado e proporciona novas criações em contratos.
O que caracteriza as obrigações com eficácia real e elas sem perder o caráter de direito a uma prestação, elas se transmitem e são oponíveis a terceiro que adquiram direito sobre determinado bem. Um Bom exemplo de obrigação com eficácia real, podemos citar a que se resulta de compromisso de compra e venda em favor do comprador , quando não se pactua o arrependimento e o instrumento é registrado no cartório de registro de imóveis, o comprador passa a adquirir este direito real à aquisição do imóvel e a sua adjudicação compulsória 
A teoria subjetiva de Savigny define e posse como o poder que o sujeito tem de dispor materialmente sobre uma coisa com a intenção de tela para si. 
Elementos: Corpus e Animus 
Corpus corresponde ao controle material sobre a coisa (contato físico) corresponde ao elemento (objetivo).
Animus corresponde a intenção de ter a coisa para si, considerado elemento (subjetivo ).
Para Savigny a detenção corresponde apenas ao controle material sobre a coisa, pois se faltar à relação jurídica a presença do animus, não haverá posse e sim mera detenção . 
A teoria objetiva de Ihering, define que a posse requer somente a presença do Corpus. Na teoria objetiva o corpus não possui o mesmo significado que a teoria subjetiva, ou seja nessa teoria o corpus é a visibilidade de propriedade o comportamento de proprietário , ou seja e possuidor aquele que age como se possuidor fosse . 
 
A teoria objetiva de Ihering entende que a detenção é uma posse que em virtude da lei é desqualificada pelo ordenamento jurídico, ou seja, é o legislador que decide o que será detenção. A detenção e uma espécie de posse cujo ordenamento jurídico não concede proteção. A detenção tem sua hipóteses taxadas na lei, a própria lei ira nos dizer as hipóteses de detenção Art. 1198 do código civil . 
A teoria objetiva de Ihering trouxe um grande avanço do ponto de vista econômico e pratico, pois ao excluir a existência do animus domini, desenvolveu o rol dos possuidores, concedendo a proteção possessória direta e imediata aos que, na teoria subjetiva, eram meros detentores da posse. Com a teoria objetiva, eles podem atuar propriamente na tutela de sua situação jurídica. Além disso, a posse e agora dita como uma situação fática, pois a mesma reincide sobre a coisa. 
Do ponto de vista da proteção possessória, que seria uma guarda avançada da coisa, temos um retrocesso, em que tem se um precursor de tutela a função social da posse.
A teoria que foi adotada pelo nosso ordenamento jurídico foi a teoria objetiva de Ihering, pois não trouxe como requisitos para a configuração da posse a apreensão física da coisa ou a vontade dela. Pois se exige tão somente a conduta de proprietário . De acordo com o Artigo 1196 do código civil, considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não de algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Em relação a natureza jurídica da posse há duas correntes, a primeira sustentada por Savigny, nos diz que a posse é ao mesmo tempo um direito de fato. E se considerada em si mesma é um fato, se considerarmos os efeitos que ela gera, podemos citar o usucapião e interditos, ela se apresenta como um direito . A segunda sustentada por Ihering, nos diz que a posse nada mais é que um direito . Partindo Ihering de sua definição de direito subjetivo, segundo a qual aquele é o interesse juridicamente protegido. Segundo Ihering em verdade a posse é uma situação de fato tutelada pelo ordenamento jurídico e constitutiva de direitos subjetivos.
Foram essas teorias, em sede possessória, que sucederam à criação da função social do bem (propriedade), sendo uma exteriorização da propriedade. Estas foram responsáveis pelo novo conceito de marcantes institudos do mundo moderno. 
. 15) São identificados quatro hipóteses taxativas de detenção em nosso ordenamento brasileiro, sendo elas:
Os servidores da Posse: são pessoas nomeadas para exercer ações possessórias sobre a coisa, em cumprimento da vontade de outrem, condição de subordinação social.
Os Atos de Permissão ou Tolerância: Permissionários são considerados detentores em duas situações, quando a permissão provém de uma prévia permissão - autorização expressa e induvidosa - do verdadeiro possuidor ou quando há tolerância - consentimento posterior e tácito - para a utilização da coisa. Tais práticas não excluem do possuidor o direito sobre a coisa, podendo fazer a supressão do uso, quando quiser.
A Prática de Atos de Violência ou Clandestinidade: Violenta é caracterizada quando a posse é obtida através de grave ameaça à pessoa ou autentica violência. Clandestina é aquela posse caracterizada por não existir violência, mas, sim, destreza. Enquanto ambos acontecerem, não induzem a posse, caracterizando uma detenção independente, logo ilícita. 
A Atuação em Bens Públicos de Uso Comum do Povo ou de Uso Especial: a mera ocupação de bens públicos não é posse, mas mera detenção. Não é possível usucapião de bens públicos, contudo, o Estado pode efetivar a posse da propriedade através da transferência de um dos poderes da mesma. 
16) Desdobramento da posse é o nome do fenômeno que se da quando o possuidor entrega algum poder típico de propriedade para outrem, mediante um entendimento, um acordo jurídico válido. A concessão deste poder pode ser total ou parcial.
 
17) Podemos distinguir posse em direta e indireta, a primeira, também conhecida como imediata, é a posse do novo possuidor, que está recebendo o poder, temporariamente (relação transitória), de fato sobre a coisa (não proprietário) e tem um limite de atuação pelo possuidor (proprietário), e a indireta ou mediata é a posse exercida pelo proprietário da coisa.
Pois, com o desdobramento da posse em direta e indireta pode ocorrer a concorrência ou sobreposição de posses (existência de posses de natureza diversa sobre a mesma coisa), neste caso, dá-se o nome de posses paralelas, também denominadas posses múltiplas.
A posse direta não anula a posse indireta. O dono, ao transferir a coisa, conservou seu direito de posse (indireta), através do seu direito dominial. Ambos podem recorrer a ações para defender suas posições diante de terceiros, além do possuidor direto poder defender a sua posse contra o possuidor indireto, caso seja necessário. 
Pode sim o desdobramento de posse admitir uma verticalização em vários graus. Admiti-se pelo menos umatripartição da posse. Caso no contrato de locação, não tenha uma clausula proibindo a sublocação do imóvel, o locatário poderá fazer essa assim, passando o sublocatário a ter a posse direto, com isso, o proprietário e o locatário terão a posse indireta. Ou seja, sempre terá somente um possuidor direto da coisa, atuando de forma material sobre a coisa. A posse indireta será a verdadeiramente partilhada, cabendo tanto ao proprietário como ao locatário. Em suma, o proprietário nem sempre será o possuidor indireto, pois pode ocorrer o titular de um direito real ou obrigacional transferir a posse direta a um terceiro.
- Posse civil: aquisição da propriedade / coisa;
		- Desdobramento de posse (posse direta e indireta): relação jurídica de direito real com o proprietário / possuidor;
		- Dentição: poder material sobre a coisa em decorrência de um vínculo empregatício, permissão ou tolerância, estadia na coisa por meio de violência ou clandestinidade, estadia em bem público (uso comum ou especial); e
		- Posse natural: atuação material sobre a coisa (não proprietário e sem qualquer vínculo jurídico).
É a posse exercida quando tem somente uma pessoa física como proprietária da coisa.
Se da quando duas ou mais pessoas possuem a coisa (posse comum), que é indivisível. Ambas exercem seu poder possuidor, mas sem que a ação de um anule a ação de outro compossuidor. Temos como requisitos para a ocorrência da composse a Pluralidade dos sujeitos e a Coisa ser Indivisa ou estar em uma condição de indivisão.
Relação externa é o vínculo existente entre compossuidores e outrem / terceiros. No caso de ter que defender o direito possuidor poderá somente um compossuidor fazer isto, sem a aprovação de outro compossuidor. A relação interna é o vínculo existente entre os compossuidores.
 - Quando a coisa poder ser dividida, transfigurando posse exclusiva sobre a mesma. A divisão pode ser consensual ou judicial.
- Quando ocorrer a violação do direito de composse por uma das partes, em razão dos seus atos possessórios prejudicarem o outro compossuidor, extinguindo assim, a composse. Se o prejudicado não adotar medidas legais, a posse exclusiva será estabelecida, até uma providência do mesmo para reestabelecer a composse, por meio judicial ou extrajudicial.
Não. A posse paralela ocorre em função do desdobramento da posse, onde o proprietário transfere a coisa a outro (relação jurídica), existindo diferença entre o poder exercido por ambos. Já na composse, os compossuidores exercem igual poder sobre a posse, estando no mesmo plano de posse.
 a) A classificação dos vícios objetivos está associada ao modo como foi adquirido à posse; o exercício da posse em si; e sobre a coisa em si.
b)	Violência – Necessariamente imposta pelo proprietário da coisa, se dá com uso da força física, constrangimento, energia desmedida ou violência moral; Pode convalescer após um ano da posse viciada.
	Clandestinidade – é posse adquirida às ocultas, sem oferecer ao titular do direito a oportunidade de defesa; ocorre uma ocupação da coisa. Do mesmo modo que a posse violenta, a posse viciada em clandestinidade pode convalescer após um ano.
	Precariedade – é uma posse que decorre de abuso de confiança, aquela pessoa que deve restituir a coisa, mas se recusa. Essa posse é sucedida de uma relação legal, que passou a ser ilegal. Pode convalescer no caso de boa fé, além disto não convalesce.
c) A classificação dos vícios subjetivos está associada à condição psicológico do possuidor da coisa, conhecendo ou não que a sua posse é indevida; De acordo com a pessoa e sua conduta, estado como ela percebe sua posse. 
d)	 Boa fé - É quando há desconhecimento sobre os vícios ou impedimento sobre a adquirição da posse.
	Má fé - Quando há consciência por parte do possuidor sobre a irregularidade da posse. 
Verifica-se um fenômeno conhecido como transmutação da posse, que é a transformação da posse de boa-fé em posse de má fé. Pode ocorre a perde deste caráter no caso de circunstâncias que façam presumir que o possuidor tem conhecimento que a sua posse é indevida. 
Sim, o uso da violência obrigatoriamente caracterizará posse injusta sobre a coisa.
Sim, a violência mesmo sendo exercida pelo proprietário é uma posse injusta. Se o esbulhado readquirir a posse da coisa por uso de força, depois do apossamento, o possuidor injusto poderia dispor da ação de reintegração e se beneficiar da posse. Existem dois meios para o proprietário reaver a posse da coisa, por meio de acao possessória ou fazer o pedido de acao petitória. 
Não. Podemos citar como exemplo o motorista de um veículo particular em relação ao carro do patrão, ou seja, em relação a coisa do proprietário, tal pessoa tem somente detenção sobre a coisa e não posse, devido a isso nunca poderão obter a propriedade por usucapião dos bens que ocupam. O usucapião obrigatoriamente decorre da posse prolongada sobre a coisa e a detenção prolongada não possibilita direito algum.

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