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AV2 CC CCJ001712 Semana 12

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DIREITO CIVIL VI - CCJ0017
Título
SEMANA 12
Descrição
Caso Concreto 1
Fábio, hoje com setenta anos, há 15 está casado com Mariana, sua segunda esposa, vinte anos mais nova. Fábio não tem filhos e tão pouco tem ascendentes vivos. Há pouco mais de um ano Fábio descobriu que seu neto tem um caso amoroso com sua esposa Mariana. Já bastante doente e entristecido com a situação Fábio, silencia, mas em testamento, com fundamento no art. 1.962, III, CC, deserda seu neto, nada dispondo quanto a Mariana. Fábio morre poucos dias depois de concluir os procedimentos referentes ao testamento.
Supondo que a única parente viva de Fábio seja sua outra neta Célia, que medidas poderá ela tomar para evitar que Cássio, seu irmão mais novo que tinha um caso com Mariana, participe da herança? Explique sua resposta.
RESPOSTA:
O ato de deserdação se dirigiu apenas a Cassio e, portanto, só em face dele poderia Célia invocar o testamento para excluí-lo da sucessão. No entanto, o ato praticado por Cássio não se enquadra na hipótese prevista do art. 1.962, III, CC/02 que versa apenas no relacionamento ilícito entre a madrasta e o filho do testador; bem como não corresponde a nenhuma hipótese de indignidade (art. 1815, CC/02). Portando, Cássio terá direito a participar da herança concorrendo com Célia e Mariana (art. 1.829, I, CC/02). Como Fábio silenciou a respeito de sua esposa e sendo o ato de deserdação um ato personalíssimo, Célia então, concorrerá com Mariana e Cássio na sucessão de Fábio (art. 1.829, I, CC/02), além de Mariana, como cônjuge sobrevivente, ter direito a meação dos bens adquiridos onerosamente na constância do casamento. Lembre-se que o silêncio de Fábio quanto à Mariana não significou que ela a tenha perdoado.
Caso Concreto 2
Roberto faleceu em 20 de dezembro de 2010 deixando um patrimônio total de R$ 120.000,00. Roberto tem duas filhas Anelise, Aline e Alberta, mas deixou em testamento sua casa de campo no valor de R$ 100.000,00 à sua amiga Helena. Anelise, Aline e Alberta indignadas com a deixa de seu pai lhe procuram para saber se poderia ter ele realizado o testamento. Explique às herdeiras as consequências dessa deixa testamentária e quais caminhos poderiam elas tomar.
RESPOSTA:
A deixa testamentária, sem dúvida ultrapassou a parte disponível de Roberto que era de apenas R$ 60.000,00 (art. 1.789, CC). Sendo o prédio (casa de campo) objeto do testamento indivisível e o excesso chega a mais de ¹/4 do valor da legítima o imóvel deverá permanecer na herança e a legatária Helena deverá receber das herdeiras a quantia de R$ 60.000,00 (art. 1.968, §1º, CC). No entanto, as herdeiras, porém, podem ingressar com uma ação de redução do testamento, mas serão responsáveis pelo valor equivalente em dinheiro quanto à parte correspondente do valor da casa de campo.
Caso Concreto
Paulo, por ser casado e famoso político, não reconheceu a paternidade de Joana. Contudo, sempre se relacionou com a filha sem esconder os verdadeiros laços de família, apresentando-se como seu pai em diversas ocasiões.
Aberta a sucessão de Paulo, descobre-se que o falecido deixou testamento válido em que confere toda a sua disponível para o seu partido político. Contudo, após a sua morte, Joana move ação declaratória de investigação de paternidade em face dos irmãos de seu pai, parentes mais próximos do morto além dela, a qual foi julgada procedente. Ante o exposto, foi rompido o testamento de Paulo? Justifique.
RESPOSTA: Está correta a decisão pois a metade da legítima (o equivalente aos 50%) pertence efetivamente aos herdeiros legais de Paulo (art. 1789, CC/02 – seus filhos) e a outra metade da herança, aquela sim, poderá então ser destinada a quem o testador assim o determinou, neste caso, ao seu partido político, que como pessoa jurídica (art. 1799, II, CC/02), poderá perceber um certo quinhão determinado pelo falecido em seu testamento.
Questão Objetiva
Assinale a alternativa correta:
A cláusula que estipula a irrevogabilidade do testamento é válida.
Uma vez que o testamento pode ser revogado, o ato de reconhecimento de filhos nele constante também o poderá ser.
O testamento será rompido ainda que o testador disponha de sua metade, não contemplando os herdeiros necessários de cuja existência sabia.
O testamento revogador,	após também	ser revogado, automaticamente restaura a eficácia do testamento anteriormente revogado.
O testador pode prever o excesso testamentário e determinar a forma de como a redução seria realizada. Essa disposição testamentária irá prevalecer sobre a ordem de redução prevista em lei.

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