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CHECKLIST
- Neoconstitucionalismo;
- Conceito de Constituição: Sentido Material/Substancial; Sentido Formal; 
- Norma formalmente constitucional, norma materialmente constitucional, norma formal e materialmente constitucional; 
- Norma constitucional Orgânica, Impositiva e de Procedimento;
- Parte Orgânica da Constituição e parte Dogmática;
- Característica da Sanção Imperfeita da norma constitucional;
- Determinante positiva da norma constitucional;
- Determinante negativa da norma constitucional;
- Classificação da Constituição: COMEEFF CCLIS ( correspondência com a realidade – normativa; conteúdo ideológico – social; local de decretação – autoconstituiçao; ideologia – heterodoxa, pragmática e eclética; sistema – princicpiologica ou aberta. 
- Constituição Normativa ( limita efetivamente o poder); 
 - Constituição Nominal ( ela não se adequa ao processo político-estatal e nem a realidade social, não corresponde a esses); 
 - Constituição Semântica ( é uma adesão de boca aos princípios do constitucionalismo, ela somente se adequa a própria realidade da época ou realidade social daquele dado momento, não se adequa ao processo politico-estatal). 
( essa classificação é feita levando-se em consideração a correspondência entre 2 pontos: a pretensão normativa dos seus preceitos e a realidade do processe de poder).
- Constituição Cesarista
- Constituição Nominalista
- Constituição Dualista
- Constituição Plástica
- Fontes do Direito Constitucional: fontes primarias escritas e fontes complementares. 
- Aplicabilidade e Eficácia na Normas Constitucionais – classificação de JOSÉ AFONSO DA SILVA: . Normas constitucionais de eficácia plena e de aplicabilidade direta ou imediata, autoexecutável e de aplicação integral; . Norma constitucional de eficácia contida e de aplicabilidade direta ou imediata, autoexecutável e de aplicação não integral; norma constitucional de aplicabilidade indireta ou mediata e de eficácia reduzida, não autoexecutavel, diferida, se divide em: Princípio institutivo e de Princípio programático.
- classificação de CRISAFULLI; normas programáticas em sentido estrito; normas programáticas em sentido lato ( decorrem das normas perceptivas o constitutivas, por isso tem caráter coativo, imperativo e direto/imediato) e normas de eficácia diferida ( dependem de uma atuação legislativa).
- ADCT
- Preâmbulo
- Elementos da Constituição: Elementos Formais de aplicação; Elementos de Estabilidade constitucional; Elementos Limitativos; Elementos Orgânicos; Elementos Sociológicos.
- Regras e Princípios: conflito entre regras; conflito entre princípios; metacritérios para solução de conflitos entre regras; critério cronológico, critério da especialidade e critério da hierarquia; Ponderação; Antinomia Real ou lacuna de conflito e Antinomia Aparente; Antinomia de primeiro grau; Antinomia de segundo grau.
OBS – Normas – elas são regras ou princípios, elas decorrem do texto constitucional ou infraconstitucional.
Postulado – são metanormas, elas decorrem do contexto constitucional ou infraconstitucional e servem como critérios para a aplicação das normas. 
- Analogia: analogia legis e analogia iuris.
- Métodos de interpretação da Constituição: Método clássico de SAVIGNY – a) interpretação gramatical ou literal: legislativa ou autêntica ( contextual ou extracontextual), doutrinaria e jurisprudencial. B) interpretação teleológica ou finalística; c) interpretação sistemática; d) interpretação sociológica; e) interpretação histórica; f) interpretação declaratória; g) interpretação extensiva; f) interpretação restritiva. Método da tópica ou tópico problemático; Método hermenêutico-concretizador; Método normativo estruturante; Método científico espiritural; Método da comparação constitucional.
- Princípios de Interpretação Constitucional: 1 – Princípio da Unidade; 2- Princípio da conformidade funcional, correção ou da justeza; 3 – Princípio da concordância prática ou da harmonização – KONHAD HESSE; 4- Princípio da força normativa da Constituição – KONHAD HESSE; 5 - Princípio do efeito integrador; 6 - Princípio da efetividade ou da máxima efeciência; 7 – Princípio da interpretação conforme a Constituição: a) com redução de texto; b) sem redução de texto e com acréscimo de sentido; c) sem redução de texto e com retirada de acréscimo de sentido.
- Ambigüidade: ela resulta da vagueza do termo ou expressão. Pode ser Semântica ( se tem uma multiplicidade de sentidos) e Sintática ( incerteza do sentido do termo ou expressão).
- Incoerências normativas: são palavras inúteis no texto.
- Lacuna: caso em que o constituinte deixa de mencionar determinado assunto porque a sua intenção é que tal assunto fosse tratado pelo legislador infraconstitucional ( matéria é extraconstitucional). Ou pode ser por Silencio Eloqüente: significa que a ausência de norma constitucional permissiva implica a proibição de determinadas práticas. Lacuna intra legem: é uma lacuna resultante de uma omissão legislativa. Lacuna prater legem ou axiológica: é quando uma circunstancia constitucionalmente relevante não for prevista. Há uma solução normativa formal para o problema, mas o intérprete a tem como insatisfatória. Apesar de ter uma solução no ordenamento jurídico para a matéria ela é considerada como axiologicamente inadequada. Lacuna contra legem: também é criada pelo intérprete e vai de encontra a lei.
- Norma constitucional de reprodução obrigatória ou normas centrais: isso foi uma construção jurisprudencial do STF, em diversos julgados do tribunal ele mencionou quais normas são de reprodução obrigatória. Considera-se que a norma de reprodução obrigatória está presente na Constituição Estadual, mesmo que a Carta Estadual não preveja expressamente, ex: art. 18 da CF ( prevê que os Municípios são autônomos). 1 – Princípios constitucionais sensíveis:estabelecem limites da atuação organizatória dos Estados-membros, art. 34, inciso VII da CF. 2 - Princípios constitucionais extensíveis: estabelecem normas organizatórias para a União e se estendem aos Estados, artigos 28 e 75, implícitas no artigo 58, p.3 e 59 seguintes.3 – Princípios constitucionais estabelecidos – restringem a capacidade organizatória dos Estados federados por meio de limitações expressar, art. 37 ou implícito – art. 21.
PODER CONSTITUINTE
Poder Constituinte Originário: é a força política consciente que inaugura a ordem jurídica e organiza os Poderes do Estado ( Poderes constituídos).
- Momentos de expressão do Poder Constituinte Originário: Histórico ( Constituição de 1824); Revolucionário ( todas as demais Constituições).
- Formas de Manifestação do Poder Constituinte Originário: Constituição Outorgada ( 1824, 1937, 1967 e 1969) e Constituição Promulgada ( 1981, 1934, 1946 e 1988).
. Procedimento constituinte direto: o texto elaborado pela Assembleia Nacional Constituinte é levado a apreciação e aprovação da população por meio e plebiscito ou referendo. 
. Procedimento constituinte indireto ou representativo: a participação do povo se limita a eleição dos seus representantes. 
- Características do Poder Constituinte Originário: 
. Inicial/inaugural: inicia uma nova ordem jurídica. Ocorre em momentos e formas diferentes. 
. Ilimitado/ autônomo: quer dizer que o direito anterior não o pode limitar. O Poder Constituinte Originário pode decidir tudo. 
. Incondicionado: a ordem jurídica existente não pode limitar a sua atuação. Mas o Poder Constituinte Originário está subordinado aos valores políticos e sociais que deflagraram à sua existência. 
. Permanente: mesmo quando não está em execução efetiva ela permanece produzindo efeitos implicitamente. O Poder Constituinte Originário permanece adormecido e não se extingue.
- Questões práticas do Poder Constituinte Originário: 
a) Direito Constitucional Intertemporal: 1 – Fenômeno da Recepção global ou sistêmica:
2 – Recepção x Revogação: serão recepcionadas todas as normas que não forem materialmente incompatíveis com a nova Constituição,mesmo que exista uma incompatibilidade de forma. Ex: o Código Penal, decreto-lei n. 2.848 de 1940, a atual CF não prevê a figura do decreto-lei, mas mesmo assim ele foi recepcionado, tem compatibilidade material com a nova CF. o mesmo acontece como CTN, ele é uma lei ordinária, embora a CF/88 determina que a matéria de direito tributário deve ser tratada por meio de lei complementar. 
Conclusão: não se discute a forma devido ao princípio do tempus regict actum – a forma é regida pela lei da época do ato. A recepção pode ser expressão ( CF de 1937) ou implícita ( caso do nosso ordenamento jurídico).
Revogação: tudo o que for materialmente incompatível com a nova ordem constitucional é considerado como revogado. Não se aceita o fenômeno da inconstitucionalidade superveniente – que a norma, a princípio, é aceita de veria posteriormente passar por um controle de constitucionalidade.
Represtinação: somente é admitida se for expressão e não tácita. Ex: norma da CF de 1967 revogada pela CF de 1969 que volta depois a ser admitida pela CF de 1988.
Desconstitucionalização: não é admitida no Brasil. Se trata de admitir a recepção de ormas constitucionais ( de CF anteriores) no atual ordenamento jurídico, compatíveis com a atual Constituição, como normas infraconstitucionais. Ex: recepcionar uma norma da CF de 1969 como lei complementar.
- Federalização das normas estaduais e municipais: norma de competência estadual ou municipal não pode passar a ser da União com o advento de uma nova Constituição, não há se cogitar de uma federalização de normas estaduais e municipais, a solução para isso seria prorrogar a vigência da lei federal quando se tratar de competência dos estados e municípios, isso não repele ou viola o principio da continuidade do ordenamento jurídico.
- Poder Constituinte Originário e direito adquirido: premissa básica do STF – não se pode invocar coisa julgada ou direito adquirido contra a determinação do Poder Constituinte Originário, salvo se a Constituição possibilitar ou prevê alguma hipótese expressamente. Isso ocorre porque as normas oriundas do Poder Constituinte Originário são dotadas de eficácia retroativa mínima ( se relacionam com efeitos futuros de fatos passados, esta é a regra; eficácia retroativa média ( atingem prestações vencidas e não pagas no passado), como exceção. Eficácia retroativa mínima ( atingem fatos consumados no passado). A eficácia retroativa mínima é apanágio ou requisito essencial das normas oriundas do Poder Constituinte Originário.
- Controle de constitucionalidade das normas advindas do Poder Constituinte Originário: não cabe.
Poder Constituinte de Reforma: 
- Denominações: Poder Constituinte Constituído – Poder Constituinte Instituído – Poder Constituinte de Segundo grau – Poder Constituinte Derivado
- Conceito e divisão: é criado pelo Poder Constituinte Originário que lhe estabelece os limites, condições e regras a serem observadas. Se divide em: Reformador ( processo de emendas à Constituição), Revisor ( art. 3 do ADCT – “ a revisão constitucional será realizada após cinco anos contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral) e Decorrente ( os Estados-membros elaboram suas próprias constituições).
- Características:
. não inicial ou não inaugural
. não ilimitado
. não incondicionado 
. não permanente
- Limites ao poder de reforma:
. limites de ordem material: art. 60, p. 4 da CF;
. limites de ordem circunstancial: art. 60, p.1 da CF;
. limites de ordem temporal, procedimental ou formal: art. 60, p.2 da CF.
- Cláusulas pétreas: 
1 – Finalidade das cláusulas pétreas: é evitar ou prevenir um processo de erosão da Constituiçao.
2 – Procedimento da Dupla Revisao: as cláusulas pétreas não podem ser alteradas, art. 60, p.4, mas se ocorrerem mudanças nas leis que regem o seu procedimento de alteração isso poderia abrir espaço para possíveis alterações futuras, alterações de ordem indireta.
3 – Alcance das cláusulas pétreas: proteção não da norma constitucional em si, mas dos princípios e valores transmitidos por ela. Por isso quando ocorre a alteração do texto do artigo 60, p.4, não, obrigatoriamente, se tem uma inconstitucionalidade se há preservação desses valores subjacentes à norma.
4 - Controle de constitucionalidade em face Às Emendas que atentam contra a cláusula pétrea: é possível, porque a emenda/projeto de emenda é inconstitucional desde o início. O Parlamentar federal pode usar-se do controle difuso-concreto em sede de mandado de segurança. Ele tem o direito subjetivo de não se ver participando de um processo que afronte a Constituição. O mesmo ocorre com relação ao processo legislativo que é eivado de ilegalidade, o Parlamentar federal, pode por meio do mandado de segurança, impugnar o processo legislativo com vistas a coibir a sua participação.
5- Direitos Sociais e cláusulas pétreas: como são direitos de prestação estão sujeitos a mudanças constantes no tempo, por isso não podem ser tidos como imodificáveis.
6 – Cláusulas pétreas implícitas: não são apenas os limites ao poder de reforma previstos no art. 60, p.4 da CF, mas também, tudo aquilo que for ínsito a identidade básica da CF
7 – Cláusulas pétreas e o direito adquirido: uma emenda À CF não pode afastar um direito já adquirido e concebido em data anterior a entrada dela no ordenamento jurídico.
- Criação de novos direitos fundamentais: não pode o Poder Constituinte de Reforma criar cláusulas pétreas, apenas o Poder Constituinte Originário o pode. O que o Poder Constituinte de Reforma pode fazer é especificar ou ampliar os direitos já existentes, mas nunca inovar. Ex: EC 45/2004, que trouxe inovações ao Poder Judiciário.
- Direitos previstos em tratados sobre direitos humanos:
. tratados que versem sobre direitos humanos que forem aprovados pelo procedimento do p.2 do art. 60 da CF tem status de norma constitucional.
. tratados que versem sobre direitos humanos e que não forem aprovados pelo procedimento do p.2 do art. 60 da CF tem status de norma supralegal.
. tratados que não versem sobre direitos humanos tem status de norma infraconstitucional, bem como os tratados aprovados antes da EC n. 45/2004.
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
1 – Classificação dos direitos fundamentais: 
a) Direitos fundamentais de 1º geração ou dimensão – aqui se tem uma obrigação de não fazer por parte do Estado / negativa / dever de abstenção, para que assim ele não intervenha por demais nas relações particulares. São os direitos ligados com as liberdades civis e políticas. 
b) Direitos fundamentais de 2º geração ou dimensão – aqui se tem uma obrigação de fazer por parte do Estado / dar coisa / prestacional. São os direitos sociais, artigo 6 da CF.
c) Direitos fundamentais de 3º geração ou dimensão – são os direitos ou interesses difusos e coletivos ( incisos I e II do parágrafo único do artigo 81 da lei 8.078 de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor – CDC). Direito do consumidor, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito econômico, direito à paz, direito PATEH – paisagístico, artístico, turístico, estético, histórico e outros. 
d) Direitos fundamentais de 4º geração ou dimensão – sem concepção em concreto do que seriam, mas majoritariamente na doutrina diz que estão ligados com a engenharia genética ( técnicas de clonagem, proteção do patrimônio genético etc.) e a globalização voltada para a democracia, informação e pluralismo. 
e) Direitos fundamentais de 5º geração ou dimensão – sem concepção em concreto do que seriam, mas majoritariamente na doutrina diz que estão ligados com a engenharia genética ( técnicas de clonagem, proteção do patrimônio genético etc.) e seriam uma conjugação dos direitos de primeira, segunda, terceira e de quarta geração desembocados para a paz.
2 – Concepções filosóficas justificadoras sobre os direitos fundamentais:
Jusnaturalistas: falam que os direitos fundamentais se originamdo direito natural e não do direito positivo; 
Positivistas: falam que os direitos fundamentais são concessões dadas pela norma ou lei. 
Idealistas: falam que os direitos fundamentais surgiram a partir de princípios abstratos;
Realistas: falam que os direitos fundamentais surgiram a partir de lutas e conflitos sociais e políticos ao longo do tempo.
3 – Noção Fundamental/ Fundamentalidade / Noção Material dos direitos fundamentais: Os direitos fundamentais decorrem do princípio da dignidade da pessoa humana. 
4 – Características dos direitos fundamentais:
Universal e absoluto: quer dizer que os direitos fundamentais se estendem além das esferas públicas, abrangendo também a esfera privada. 
Historicidade: quer dizer que os direitos fundamentais se constroem ao longo das eras, eles acompanham as modificações politicas, sociais e econômicas de um Estado. 
Indisponibilidade e Inalienabilidade: é Inalienável. É Indisponívell porque não pode haver disposição jurídica ( compra e venda, doação) ou material ( destruição daquele direito). 
Aplicabilidade direta ou Imediata: artigo 5, parágrafo 1º da CF. os direitos fundamentais tem aplicação direta e imediata, mas em algumas situações seu exercício depende de regulamentação ou tratamento infraconstitucional. 
5 – Diferença entre Direitos Humanos e Direitos Fundamentais:
Direitos Humanos – são os decorrentes de tratados de direito internacional, reconhecidos mundialmente. 
Direitos Fundamentais - decorrem de uma Carta Política/ Constituição de um Estado em específico. 
6 – Vinculação dos 3 Poderes aos Direitos Fundamentais: os 3 Poderes devem obediência aos direitos fundamentais, isso implica dizer que o Poder Legislativo não pode legislar de modo a afrontar os direitos fundamentais, ou no caso em que ele deixa de legislar e isso afronta os direitos fundamentais, aqui caberia uma ADIN ou mandado de injunção para solucionar o caso. O Poder Executivo não pode administrar a coisa pública em afronta aos direitos fundamentais. O Poder Judiciário não pode dizer o direito no caso concreto as custas de afronta aos direitos fundamentais.
7 – Tendência da especificação dos direitos fundamentais: os direitos fundamentais não são vistos como algo abstrato e genérico, agora uma certa categoria de pessoas se encontra protegida por eles em especifico, como as pessoas portadoras de deficiência, crianças, adolescentes, mulheres, idosos e outros.
8 – Teoria dos 4 Status de Jelinek: 
Status Ativo: o indivíduo tem possibilidade de participar da formação do Estado, isso ocorre por meio do exercício dos direitos políticos, o instrumento é o voto. 
Status Passivo: o indivíduo se encontra subordinado aos mandamentos estatais. 
 Status Positivo: obrigação de fazer ou dar por parte do Estado, é prestacional. 
Status Negativo: estabelece uma abstenção por parte do Estado, obrigação de não fazer, o Estado deve evitar intervir por demais nas relações particulares. 
Essa Teoria sofreu depurações ao longo do tempo, agora tem-se:
Direito de Defesa: obrigação de não fazer ou abstenção. Aqui o Estado deve evitar intervir por demais nas relações dos particulares. São normas de competência negativa. Elas são autoexecutáveis. 
Direito de Prestação ( Prestação Jurídica e Prestação Material): obrigação de fazer ou dar coisa, pode ser prestação jurídica ou prestação material. 
Prestação jurídica – normas penais: o Estado tutela os direitos fundamentais editando normas para coibir ou evitar pratica de condutas hábeis a violar tais direitos tutelados. 
Prestação jurídica – normas de procedimento: são as técnicas ou instrumentos para efetivar o direito material já consubstanciado. 
. Direitos originários de prestação: alguns direitos de prestação dependem de uma regulamentação infraconstitucional, aqueles que independem dessas necessidade são conhecidos como direitos originários dep prestação. 
. Condições do momento de riqueza nacional e econômicos: a concessão desses direitos de prestação por parte do Estado fica condicionada as possibilidades econômicos deste, aos momentos da riqueza nacional, isso porque o Estado não pode dar o que não se tem condições para tanto, nos termos do respeito ao principio da vedação ao retrocesso e principio da reserva do possível. 
. A atuação legislativa: esses direitos de prestação dependem necessariamente de concessão por parte do legislador, não podendo o juiz os dar. 
. Teoria do grau mínimo de efetividade dos direitos a prestação: o Estado deve garantir um patamar mínimo relacionado com os direitos de prestação. 
Ex: art. 201, p.2 da CF – salário mínimo; concessão gratuita de medicamentos para portadores do vírus do HIV; art. 208, inciso IV da CF – acesso das crianças a creches e unidades de pré-escola. 
Direito de Participação: seria o status ativo. É o direito de participação do cidadão na formação do Estado. Os direitos de participação configuram-se como um somatório dos direitos de defesa e prestação. 
Índole ambivalente dos vários direitos fundamentais: os direitos de prestação possuem direitos de defesa e os direitos de defesa possuem direitos de prestação. 
9 – Dimensão Subjetiva e Dimensão Objetiva dos direitos fundamentais: 
Dimensão Subjetiva: status positivo – o Estado deve prestar assistência aos seus administrados, condições para possibilitar o exercício dos direitos e garantias fundamentais, aqui se verificam as obrigações de fazer e de dar. 
Status negativo – o Estado deve respeitar as relações dos particulares procurando sempre intervir minimamente o possível, aqui se tem uma abstenção ou obrigação de não fazer. 
Dimensão Objetiva: os direitos fundamentais constituem-se como objetivos e valores básicos do Estado democrático de direito. A dimensão objetiva dos direitos fundamentais decorre da eficácia ou do efeito irradiante dos direitos fundamentais – isso significa que os direitos fundamentais se estendem além da esfera pública e dos 3 Poderes, ele também abrange as relações privadas ( isso começou muito a surgir a partir da década de 50). 
Teoria dos que postulam uma eficácia direta ou imediata dos direitos fundamentais nas relações privadas; 
Teoria dos que postulam uma eficácia indireta ou mediata dos direitos fundamentais nas relações privadas - dizem que a influencia dos direitos fundamentais nas relações privadas deveria somente ocorrer por meio de pontos de irrupção ( cláusulas gerais, boa-fé, bons costumes etc.).
10 – Titularidade dos direitos fundamentais: são titulares todas as pessoas físicas e jurídicas, de direito público e privado. As pessoas jurídicas de direito público se tem, por exemplo: a diferenciação de prazo para as manifestações processuais.
Direitos fundamentais e estrangeiros: a regra se encontra prevista no caput do artigo 5 da CF – se estende os direitos e garantias fundamentais a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil. Aos estrangeiros somente se estendem os direitos e garantias fundamentais que constituem-se como emanação natural do principio da dignidade da pessoa humana e não os relacionados com o exercício da cidadania ( como os direitos políticos). Os direitos de cunho penal se estendem. Os direitos e garantias fundamentais se estendem também aos estrangeiros que se encontrem em transito no Brasil. 
11 – Capacidade de direito e Capacidade de fato: a capacidade de direito se liga com a teoria da especificidade dos direitos fundamentais ( algumas categorias de pessoas tem proteção mais especifica de direitos em virtude da particularidade em que esstas se encontram investidas, como: criança, adolescente, mulheres, idosos, enfermos etc.
Capacidade de direito: é a aptidão para estar sujeito a direitos e obrigações;
Capacidade de fato: é a aptidão para exercer os direitos.
O exercício dos direitos e garantias fundamentais, alguns deles, independe de verificação de capacidade de direito ou capacidade de fato. 
12 – Trottoir: é a prática da prostituição nas vias públicas. O salvo-conduto ( habeas corpus preventivo)não pode servir de defesa à pratica dessa atividade. A prostituição não configura crime em si, ela é regulada no manual de ocupação do Ministério do Trabalho n º 5198-5. O que legitima a condução dessas pessoas para a prisão, temporariamente, é a configuração de contravenção penal, artigo 61. 
13 – Limitação dos direitos fundamentais:
Limitação expressa, direta ou imediata ou limitação imanente: decorre do próprio texto constitucional as limitações dos direitos e garantias fundamentais. 
 Limitação tácita, indireta ou mediata: aqui não se tem uma limitação propriamente dita, mas se trata de uma conformação ou restrição feita pelo legislador que se instrumentaliza por meio da reserva legal simples e reserva legal qualificada.
- reserva legal simples: quando a Constituição descreve o seguinte: “ nos termos da lei”, “ nos casos e hipóteses em que a lei estabelecer “ etc. 
- reserva legal qualificada: aqui o legislador não só trata normalmente da matéria como ocorre na reserva legal simples, mas ele especifica e vai mais profundamente sobre o tema, como exemplo se tem o tribunal do júri, artigo 5º, inciso XIII da CF.
Teoria Interna – a limitação dos direitos e fundamentais decorre da própria norma constitucional. Principal expoente dessa teoria é FRIEDERICH MULLER 
Teoria Externa - a limitação dos direitos e fundamentais se dá a partir do momento em que ocorre choque ou conflito entre direitos, daí se deve fazer um sopesamento entre eles. Principal expoente dessa teoria é ROBERT ALEXY.
Restrição dos direitos fundamentais sem expressão legal – o legislador somente pode restringir algum direito fundamental que não tenha previsão de reserva legal simples ou reserva legal qualificada no caso máximo de necessidade de proteção de direitos de terceiros, em respeito ao principio da hierarquia constitucional. 
Os limites dos limites ou SCHRANKEN-SCHRANKEN - a limitação da atuação do legislador para limitar os direitos fundamentais decorra da própria Constituição, isso ocorre para balizar ou regular a atuação do legislador para que quando ele for tratar, restringir ou conformar algum direto fundamental não destrua ou cause erosão no seu núcleo essencial/ núcleo essencial do direito fundamental.
Teoria Absoluta - em alguns direitos parte do seu núcleo essencial está totalmente e absolutamente protegido de qualquer intervenção legislativa, enquanto em outros direitos fundamentais essa alteração por parte do legislador seria possível.
Teoria Relativa – o núcleo essencial dos direitos fundamentais deve ser verificado em cada caso sendo feito uma ponderação pelo principio da proporcionalidade ( adequação, exigibilidade e proporcionalidade em sentido estrito). Essa proporcionalidade permitiu a conversão do principio da reserva legal em princípio da reserva legal proporcional. 
14 – Colisão de Direitos fundamentais: 
Em sentido estrito: quando se envolvem direitos fundamentais somente. Pode ser colisão de direitos fundamentais idênticos ou colisão de direitos fundamentais diversos. 
4 tipos básicos: Colisão de direitos fundamentais idênticos:
 Colisão de direito fundamental enquanto direito liberal de defesa: decisão de grupos diversos querendo fazer alguma manifestação em praça pública. 
Colisão de direito fundamental de defesa e direito de proteção: atirar no sequestrador para salvar a vida da vítima. 
Colisão entre o caráter positivo e caráter negativo de um mesmo direito fundamental: é o que ocorre com a liberdade religiosa. 
 Colisão entre o aspecto fático e jurídico de um direito fundamental: é o direito de igualdade. 
Em sentido amplo ou lato: quando se envolvem direitos fundamentais e outros direitos, normalmente direitos que protegem a coletividade. 
DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE 
1 – DIREITO A VIDA
Tem inicio com o nascimento e o fim com a morte. Independe da verificação de capacidade de fato para o seu exercício. 
Tem cunho de direito de defesa, isso porque o Estado deve adotar praticas de proteção a esse direito. Não se inclui aqui a opção por não viver, o Estado deve adotar práticas de coibição do suicídio, por isso existe a sua responsabilidade civil por mortes nas penitenciárias dos presidiários. 
O Poder Público não pode autorizar praticas voltadas para a eutanásia. 
O direito a vida não compreende somente viver, mas viver de forma digna abrangendo a alimentação, saúde, habitação/moradia, vestuário etc. 
** prestação e ** abstenção. 
2 – LIBERDADE DE EXPRESSAO:
Artigo 5, IX, XIV e artigo 220 da CF.
Conteúdo da liberdade de expressão: abrange a opinião de qualquer assunto de interesse público ou privado, desde que não seja protegido pela violência. 
A liberdade de expressão tem caráter negativo/abstenção em se tratando do Estado, essa liberdade em regra é exercida contra o Poder Público. 
Não se verifica uma liberdade de expressão interna corporis. 
 Direito de resposta e liberdade de expressão: art. 5, V. o direito de resposta se limita tão somente ao acesso a mídia contra quem o atacou e não para outros canais de comunicação a pretexto de exercício de liberdade de expressão ou para passar ideias, opiniões etc. 
- Modos ou vidas de expressão da liberdade de expressão: 
. Pelo direito de reunião ( marcha da maconha que propugna pela descriminalização ); 
. Manifestações não verbais;
. Expressões corporais, arte, símbolos e outros meios expressivos. 
- Limites do direito de expressão: art, 5m IV, V, XIII, XIV, artigo 220.
Ex: classificação para efeito indicativo dos espetáculos públicos e diversões. 
Restrição da publicidade de bebidas, cigarros e medicamentos. 
Limite externo da liberdade de expressão – artigo 220, parágrafo 1º da CF: os limites são a vedação ao anonimato ( assegurada a identificação do comunicador para assegurar a responsabilização por danos morais e materiais em face as informações divulgadas) – direito de resposta ( assegura a retificação de informações falsas)- indenização por danos morais e materiais – direito à honra e direito a privacidade.
Limite interno da liberdade de expressão - é a necessidade de veracidade pelos fatos que são divulgados.
 - Fighting Words: não se incluem no direito de liberdade de expressão as palavras belicosas, as que incitam uma ação coletiva, como o grito de “perigo” ou “ fogo” etc.
- Discurso de ódio: não é amparado pelo direito constitucional da liberdade de expressão. 
- A verdade como limite da liberdade de expressão: somente tem proteção constitucional as informações que sejam verdadeiras, as falsas não merecem proteção, salvo se posteriormente for comprovado a sua veracidade. Isso é mais voltado par aos profissionais do jornalismo. 
- expressão, honra E sensibilidade: a liberdade de expressão é limitada pelo respeito aos direitos de terceiro. 
- Proibição de manifestações em casos concretos: se alguém verificar que a publicação e alguma matéria jornalística possa vir ferir a sua moral, a pessoa pode pedir por via judicial que aquela material não seja publicada ao invés de fazer isso somente depois da publicação para pedir indenização por danos morais e materiais. 
3 – DIREITO À INTIMIDADE E A VIDA PRIVADA: o direito a vida privada é mais amplo e dentro dele está inserido o direito a intimidade. O direito à vida privada ou a privacidade abrange as atividades e práticas de cunho pessoal ou comercial que o indivíduo não quer que se espalhem ou fiquem as vistas do conhecimento público. A intimidade seria qualquer tipo de evento ou acontecimento pessoal ou interpessoal. 
Sujeitos – tem nítida eficácia horizontal, sendo assim, são sujeitos todas as pessoas físicas ou jurídicas. 
Limites do direito de privacidade ou vida privada: há se considerar no caso concreto se o que se está divulgando realmente é ou não de conteúdo público para verificar se ocorre violação do direito de privacidade. 
Privacidade e sigilo bancário/fiscal: os funcionários de instituições financeiras devem zelar pelos dados bancários das pessoas.Certamente esse sigilo não é absoluto e pode ser quebrado em prol do interesse coletivo. O STF admite que a quebra do sigilo bancário possa ser feita por meio de autorização do Poder Judiciário , mas não diretamente pelo Minsitério Público. 
As CPIs podem fazer a quebra do sigilo bancário desde que seja feito de modo motivado. 
O STF não admite que a Receita Federal tenha acesso aos dados dos contribuintes antes de passar pelo crivo do Judiciário. 
Não pode a autoridade policial que preside o inquérito ficar compartilhando informações com a Receita Federal que sejam referentes aos dados do contribuinte. 
O STF entendeu que o TCU não pode decertar a quebra de sigilo bancário das pessoas.
No âmbito judicial, a quebra do sigilo bancário não exige a previa oitiva do investigado. O individuo que não aceita a quebra do sigilo bancário poderá contestar no meio judicial pela via do Habeas Corpus.
Quando ocorre a quebra do sigilo bancário de alguém os autos devem correr em segredo de justiça, sob pena de responsabilidade civil do Estado.
A proteção do sigilo também impede que se publique lista de devedores da Fazenda Pública. 
Necessidade de especificação dos dados obtidos por meio do inquérito: se se destina obter com a medida a informação X, não se deve abranger a informação Y. qualquer dado ou informação apurada que seja diversa da intenção principal da investigação é prova ilícita, somente sendo permitido que o individuo utilize essas provas como matéria de defesa, ai nesse caso não vai ser proa ilícita.
Privacidade e inviolabilidade do Domicílio: art.5, inciso XI da CF. o objeto da tutela da inviolabilidade do domicilio é mais amplo do que a da lei civil. Pode ser qualquer lugar onde a pessoa exerce funções que quer se ver livre da intervenção de terceiros, seja na terra, agua ou ar. Ex: pode ser considerado como casa um trailer, um barco, um barraco na calçada na rua etc. 
Privacidade e sigilo das comunicações: o sigilo do artigo 5, inciso XII abrange somente a comunicação dos dados e não os dados em si mesmos, segundo o STF.
STF – é possível interceptar carta de presos se houver suspeita que o direito do sigilo de comunicações estiver sendo utilizado para a prática de crimes. 
STF – as provas obtidas por meio de interceptação telefônica não autorizadas pelo Judiciário não tem serventia processual e são imprestáveis, exceto se a pessoa usa essa prova a titulo de defesa. 
STF – não se confunde comunicação telefônica e registro telefônico. A proteção do artigo 5, inciso XII não se estende ao registro de dados. A proteção constitucional é da comunicação dos dados e não os dados em si. Casos práticos sobre o tema: autorização de gravação de conversa telefônica com autorização de um dos interlocutores e sem o consentimento do outro é licito por legitima defesa e essa gravação não pode ser invoada como prova ilícita, nos termos do artigo 5, X, e nem de violação ao artigo 5, LVI. 
STF – entende que os elementos de informação obtidos por meio de interceptação telefônica valida podem subsidiar processo administrativo.
STF – admite ser legitimo o encontro fortuito de prova no curso de realização de escuta telefônica licita que tinha por objeto outro fato ou investigado. 
STF – decidiu que a prova do crime punido com reclusão pode servir para a prova de crime punido com detenção, a prova obtida por meio de escuta autorizada. 
4 – LIBERDADE DE REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO:
Direito de reunião: é um direito de livre manifestação do pensamento e de protestar. É um direito individual, mas de exercício coletivo. Inclui também o direito de voto. 
Elementos do direito de reunião:
Elemento teleológico: deve haver uma finalidade da reunião, pode ser de cunho político, artístico, religioso, filosófico etc. por isso não há reunião constitucionalmente protegida em uma fila de banco. Existe aqui uma eficácia horizontal entre os integrantes porque eles comungam da mesma ideia. 
Elemento temporal: o agrupamento das pessoas do direito é transitório e passageiro. Se o agrupamento adota laços duradouros passará então do campo de reunião para associação. 
Elemento objetivo: a reunião deve ser pacifica e sem o emprego de armas. A reunião não pacifica é aquela em que os seus integrantes utilizam-se de violência colocando em risco pessoas e bens. A reunião pacifica é aquela em que não ocorre conflagração física.
Não é violenta a reunião que atrai a reação violenta de outrem. Não se descaracteriza o direito de reunião se a violência ocorrer por pessoa externa ao grupo da reunião. 
Licitude: a reunião deve ser licita.
Limites do direito de reunião: necessidade de prévio aviso ou comunicação a autoridade competente, não é necessário ter autorização. Isso porque o exercício do direito de reunião não está condicionado a prévio assentimento do poder público. 
Essa comunicação/aviso é para resguardar os participantes da reunião e as pessoas que dela vão participar, bem como os seus bens. Em casos extremos a doutrina admite que o Poder Público impeça a realização de reunião, quando o direito de propriedade não pode ser protegido.
- Concorrência de direitos: direito de reunião x direito de expressão. O dirieto de reunião esta ligado com o dirieto de expressão. Nem toda a interferência no direito de reunião pode ser considerado como intererencia também no direito de expressão. O dirieto de reunião é mais amplo do que o dirieto de expressão porque aquele possui mais elementos do que este. 
- Direito de reunião – aspecto de direito de prestação: os integrantes da reunião tem o direito de repelir invasores que não comunguem da mesma ideia, como por exemplo, não se pode ter no meio de uma reunião religiosa ( católica) integrantes hindus. 
Aspecto de direito de defesa: uma vez preenchido os requisitos para o exercício do direiot de reunião ( comunicaao/aviso prévio a autorizada competente) deve o Estado zelar pela condução saudável do direito de reunião e a proteção dos participantes. 
Defesa do direito de reunião contra as ações do Estado: pode-se utilizar do habeas corpus se fere a atuação estatal a liberdade individual; pode-se usar também o mandado de segurança.
Liberdade de associação: artigo 5, XVII. 
Prestação positiva – criar uma associação, o Estado deve propiciar meios para isso. 
Prestação negativa – não pode o Estado obrigar a pessoa a se associar. 
Base constitutiva/ constituição da associação – deve-se haver uma pluralidade de pessoas, não se tem um mínimo legal exigido. Não deve-se ter uma obrigação de pessoas, se tiver obrigação não é uma associação. 
Finalidade da associação - qualquer finalidade, desde que seja licita, aqui se tem permanência, se fosse transitória seria uma reunião e não associação. 
Nas associações que tem natureza econômica/patrimonial os atos de exclusão dos seus associados dependem de contraditório e ampla defesa e, bem como soa passiveis de revisão pelo judiciário tendo em vista a possibilidade de tais atos ocasionarem danos a esfera econômica do individuo. Diferentemente do que ocorre em associações de natureza diversa, ou seja, que não comunguem fins econômicos ou lucrativos, aqui os atos de admissão e revisão não tem que ser revistos pelo judiciário, como uma associação religiosa 
Também é passível de revisão pelo judiciário as associações que excluem seus associados sem observância dos direitos constitucionais do contraditório e ampla defesa ( aqui se tem um exemplo de incidência dos direitos fundamentais nas relações privadas). 
Entidades associativas e a representação dos associados: para a impetração do mandado de segurança coletivo não é necessário a autorização de todos os associados, o que ocorre aqui é uma hipótese de substituição processual, bastando que exista previsão no estatuto + autorização pela assembleia geral da associação. Isso se limita no âmbito civil e não no penal. Por exemplo, para tutelar a defesa da honra da associação/ associados não se pode manejar o mandado de segurança coletivo porque se trata de direitopersonalíssimo. 
5 – LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E LIBERDADE DE RELIGIÃO: 
Liberdade de consciência – artigo 5, VI e VIII da CF.
É a liberdade e faculdade de o individuo formular opiniões e ideias de valor sobre si mesmo e o ambiente externo que o circunda. O Estado não pode interferir nessa esfera íntima do individuo impondo alguma concepção filosófica. 
O Estado deve propiciar meios para estimular a formação autônoma das ideias da pessoa – esse seria um aspecto positivo/prestação dessa liberdade. 
Objeção de consciência: direta – manifestada diretamente em face a conduta imposta. Indireta - manifestada por meio de outra conduta que se incompatibiliza com a conduta exigida. 
Violação absoluta da liberdade de consciência – obriga as pessoas a assumirem uma conduta sob pena pessoal. Ex serviço militar obrigatório. 
Violação relativa da liberdade de consciência - o comportamento objetado é condição para obter um beneficio ou evitar um prejuízo. 
A objeção de consciência não é o mesmo que desobediência civil. Na desobediência civil se desrespeita um ordenamento jurídico como um todo.
Objeção da consciência fiscal – é a dirigida a impostos, o contribuinte não pode se recusar a pagar impostos sob a alegação de financiamento de alguma atividade, como atividades de guerra, que são contrárias as suas ideias e concepções. Isso porque não tem como se precisar para onde irão aquelas contribuições em específico.
Objeção da consciência a tratamentos médicos – não pode a pessoa se opor a vacinação por ideias próprias e colocar em risco a saúde da coletividade. 
Liberdade religiosa - se incluem a liberdade de crença, exercício de culto religioso, liberdade de organização religiosa.
As manifestações religiosas podem ocorrer em logradouros públicos porque estão protegidas pelo direito constitucional de reunião. 
O Estado não pode intervi nas relações das organizações religiosas. 
Imunidade aos templos de qualquer culto: artigo 150, inciso VI, b da CF. abrange qualquer imposto. A imunidade deve ser somente para a organização religiosa e não para qualquer seita. A atividade religiosa seria aquela em que se tem envolvida orações, rituais, texto religiosos e a adoração de uma divindade, procedimentos próprios. 
Aspecto de direito de prestação da liberdade religiosa – art. 5, VII da CF.
Cemitérios que são tidos como extensões de entidades religiosas estão também amparados pela imunidade dos impostos. Sumula 724 do STF.
A liberdade religiosa não pode ser invocada para a prática de ilícitos penais, por isso o STF decidiu que o curandeirismo não se insere na liberdade religiosa.
Relação entre pastor e igreja – é uma relação religiosa ou eclesiástica e não empregatícia/ vocacional – STF, salvo quando a instituição religiosa busca lucrar com a palavra de Deus.

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