Buscar

Diabetes Mellitus

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

DIABETES MELLITUS 
O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da 
incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose 
(açúcar) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio 
insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este 
hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). 
(1)
 
A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue 
possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta 
desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, 
consequentemente, o diabetes. 
(1) 
A glicose, também chamada de dextrose, é uma molécula simples de carboidrato (monossacarídeo), 
cuja principal função é fornecer energia para as células funcionarem. A maioria dos carboidratos da 
nossa dieta é composta por três monossacarídeos: glicose, frutose e galactose. 
(2)
 
O nosso corpo precisa de glicose para funcionar, ela é o nosso combustível. Na verdade, desde 
bactérias até o ser humano precisam da glicose para sobreviver. A glicose é a única molécula de 
carboidrato que pode nos fornecer energia. Tanto a frutose quanto a galactose precisam antes serem 
transformadas em glicose pelo fígado para poderem ser aproveitadas pelas células. 
(2)
 
Após uma refeição, os carboidratos que foram ingeridos passarão pelo processo da digestão. Digerir 
um carboidrato significa quebrá-lo em vários micro pedaços até que se libertem todos os “tijolos” 
de glicose, frutose e galactose. No intestino delgado, estas moléculas serão absorvidas, chegando à 
circulação sanguínea. 
(2)
 
Após uma refeição, uma grande quantidade de glicose, frutose e galactose chegam à corrente 
sanguínea, aumentando a glicemia [glicemia = concentração de glicose no sangue]. Sempre que há 
uma elevação na glicemia, o pâncreas libera um hormônio chamado insulina, que faz com que a 
glicose circulante no sangue entre nas células do nosso corpo. A insulina também estimula o 
armazenamento de glicose no fígado, para que, em períodos de necessidade, o corpo tenha uma 
fonte de glicose que não dependa da alimentação. Estas duas ações da insulina promovem uma 
rápida queda na glicemia, fazendo com que os níveis de glicose se normalizem rapidamente. 
(2) 
Diabetes mellitus é o nome dado ao grupo de doenças que cursam com uma dificuldade do 
organismo em controlar os níveis de glicose do sangue, mantendo-os sempre acima do normal. 
Dizemos que o diabetes é um grupo de doenças porque existe mais de um tipo de diabetes, 
apresentando causas diferentes e mecanismos distintos para a desregulação da glicemia. 
(2)
 
Habitualmente o diabetes surge por falta de produção insulina ou por uma incapacidade das células 
reconhecerem a presença da mesma, ou seja, existe insulina, mas ela não consegue colocar a glicose 
para dentro das células. Há casos ainda em que o paciente apresenta os dois problemas, além de 
produz pouca insulina, ela ainda funciona mal. 
(2)
 
O resultado final desta redução da produção de insulina, ou do seu mal funcionamento, é o acúmulo 
de glicose no sangue. O paciente se alimenta, recebe uma carga de glicose no sangue, mas as células 
não conseguem captá-lo, mantendo a glicemia elevada constantemente. Esta glicemia elevada, 
chamada de hiperglicemia, provoca dois grandes problemas. O primeiro, a curto prazo, é a falta de 
glicose nas células, que precisam da mesma para funcionar adequadamente. O segundo, que ocorre 
após anos de doença, é a lesão dos vasos sanguíneos. O excesso de glicose é tóxico para as células 
dos vasos, fazendo com que as artérias sofram progressivas lesões, levando às complicações típicas 
do diabetes, como problemas renais, cegueira, doenças cardiovasculares, lesões neurológicas, 
gangrena dos membros, etc. 
(2) 
Tipos de Diabetes Mellitus 
 Diabetes Mellitus Tipo 1: 
No diabetes tipo 1, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um 
defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que 
produzem a esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com 
diabetes. 
(1) 
É uma doença autoimune, isto é, ocorre devido a produção equivocada de anticorpos contra as 
nossas próprias células, neste caso específico, contra as células beta do pâncreas, responsáveis pela 
produção de insulina.
 (2)
 
Conforme as células beta do pâncreas vão sendo destruídas, a capacidade de produção de insulina 
vai se reduzindo progressivamente. Quando mais de 80% destas células encontram-se destruídas, a 
quantidade de insulina presente já não é mais capaz de controlar a glicemia, surgindo, assim, o 
diabetes mellitus tipo 1. 
(2)
 
Como o diabetes tipo 1 é provocado pela falta de insulina, o seu tratamento consiste basicamente na 
administração regular de insulina para controlar a glicemia. 
(2)
 
 Diabetes Mellitus Tipo 2: 
No diabetes tipo 2 existe uma combinação de dois fatores - a diminuição da secreção de insulina e 
um defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina. Geralmente, o diabetes tipo 2 pode 
ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer o 
agravamento da doença. O diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes. 
(1) 
O diabetes mellitus tipo 2 é uma doença que também apresenta algum grau de diminuição na 
produção de insulina, mas o principal problema é uma resistência do organismo à insulina 
produzida, fazendo com que as células não consigam captar a glicose circulante no sangue. 
(2)
 
O diabetes tipo 2 ocorre em adultos, geralmente obesos, sedentários e com histórico familiar de 
diabetes. O excesso de peso é o principal fator de risco para o diabetes tipo 2. A associação entre 
obesidade e diabetes tipo 2 é tão forte, que muitos pacientes podem até deixar de serem diabéticos 
se conseguirem emagrecer. O modo como o corpo armazena gordura também é relevante. Pessoas 
com acúmulo de gordura predominantemente na região abdominal apresentam maior risco de 
desenvolver diabetes. 
(2)
 
O diabetes tipo 2 vem muitas vezes acompanhado por outras condições, incluindo hipertensão 
arterial e colesterol alto. Esta constelação de condições clínicas (hiperglicemia, obesidade, 
hipertensão e colesterol alto) é referida como síndrome metabólica, sendo um grande fator de risco 
para doenças cardiovasculares. 
(2)
 
Além da obesidade e do sedentarismo, há outros fatores de risco para o diabetes tipo 2: Idade acima 
de 45 anos, história familiar de diabetes, hipertensão arterial, história prévia de diabetes gestacional, 
glicemia de jejum maior que 100 mg/dl (pré-diabetes), ovário policístico, colesterol elevado. uso 
prolongado de medicamentos, como corticoides, tacrolimo, ciclosporina ou ácido nicotínico, 
tabagismo e dieta rica em gorduras saturadas e carboidratos e pobre em vegetais e frutas. 
(2)
 
Inicialmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicações por via oral. Geralmente são drogas 
que estimulam a produção de insulina pelo pâncreas ou aumentam a sensibilidade das células à 
insulina presente. 
(2)
 
Com o tempo, a própria hiperglicemia causa lesão das células beta do pâncreas, fazendo com que 
haja uma redução progressiva da produção de insulina. Por este motivo, é comum que pacientes 
com diabetes tipo 2, depois de muito anos de doença, passem a precisar de insulina para controlar 
sua glicemia. 
(2) 
 
 Pré-Diabetes 
A pré-diabetes é um termo usado para indicar que o paciente tem potencialpara desenvolver a 
doença, como se fosse um estado intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2 - pois no caso 
do tipo 1 não existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma predisposição genética ao problema e a 
impossibilidade de produzir insulina, podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade. 
(1) 
O pré-diabetes é a situação na qual o organismo não consegue manter a glicemia em níveis normais, 
mas ela ainda não encontra-se elevada o suficiente para o diagnóstico do diabetes. 
(2)
 
Em pessoas com funcionamento normal da insulina, a glicemia de jejum (pelo menos 8 horas de 
jejum) encontra-se sempre abaixo dos 100 mg/dl. Para o diagnóstico de diabetes é preciso uma 
glicemia de jejum persistentemente acima de 126 mg/dl. Portanto, todos aqueles com glicemia de 
jejum entre 100 e 125 mg/dl são considerados pré-diabético. 
(2)
 
Habitualmente, o que ocorre nos pacientes com glicemia de jejum alterada é uma falta de resposta 
do organismo à insulina produzida. O pâncreas pode funcionar bem, mas as células não respondem 
como deveriam à insulina presente no sangue, fazendo com que a passagem da glicose para os 
tecidos fique prejudicada. A principal causa desta resistência à insulina é o excesso de peso e o 
acúmulo de gordura na região abdominal. As células de gordura têm mais dificuldades em utilizar a 
insulina do que as células dos músculos. Além disso, o excesso de gordura produz vários 
mediadores químicos que diminuem o efeito da insulina no corpo. Como podemos ver, os fatores de 
risco e os mecanismos do pré-diabetes são semelhantes aos do diabetes tipo 2. 
(2) 
 Diabetes Gestacional: 
É o aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando aos aumento nos níveis de 
glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o 
parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida, mas envolve mecanismos 
relacionados à resistência à insulina. 
(1) 
Durante a gravidez a placenta produz uma série de hormônios, sendo que alguns deles inibem a 
ação da insulina circulante, fazendo com que a glicemia da mãe se eleve. Imagina-se que parte deste 
efeito seja para assegurar uma boa quantidade de glicose para o feto em desenvolvimento. É bom 
lembar que a mulher grávida precisa de glicose para ela e para o feto. Se não existisse essa ação 
anti-insulina, haveria mais riscos de hipoglicemia durante períodos de jejum, como, por exemplo, 
durante o sono noturno. 
(2)
 
 
Na maioria das mulheres esta resistência à insulina não causa maiores problemas, já que o pâncreas 
é capaz de controlar a glicemia aumentando a sua produção de insulina. As mulheres grávidas 
produzem em média 50% mais insulina que as mulheres não grávidas. 
(2)
 
O problema surge nas gestantes que já apresentam algum grau prévio de resistência insulínica ou 
cujo pâncreas não consegue aumentar sua produção de insulina além do basal. Os principais fatores 
de risco para o diabetes gestacional são o excesso de peso, gravidez tardia e o pré-diabetes. 
(2)
 
O diabetes gestacional costuma surgir somente após a 20ª semana de gestação, época em que os 
hormônios anti-insulina começam a ser produzidos em grande quantidade e está associado a 
diversos problemas para o feto, incluindo parto prematuro, problemas respiratório, hipoglicemia 
após o parto, bebês de tamanho acima do normal e maior risco de diabetes tipo 2 para a mãe e para 
o filho. 
(2)
 
 Outros tipos de diabetes: 
Esses tipos de diabetes são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras doenças ou ao uso 
de medicamentos. Podem ser: 
(1)
 
 Diabetes por defeitos genéticos da função da célula beta 
 Por defeitos genéticos na ação da insulina 
 Diabetes por doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose 
cística etc.) 
 Diabetes por defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, 
betabloqueadores, contraceptivos etc). 
Além destes tipos de diabetes, existe também a Diabetes Insipidus que não está relacionada com a 
diabetes mellitus, pois é causada pelo mau funcionamento do hormônio antidiurético e ocorre 
frequentemente devido a insuficiência renal. 
(3) 
Sintomas de Diabetes 
Os principais sintomas do diabetes são vontade frequente de urinar, fome e sede excessiva e 
emagrecimento. Esses sintomas acontecem em decorrência da produção insuficiente de insulina ou 
da incapacidade de a insulina exercer adequadamente sua ação, causando assim um aumento da 
glicose no sangue. 
(1)
 
Confira a seguir os sintomas característicos de cada tipo de diabetes. 
(1) 
 
 Principais sintomas do diabetes tipo 2: 
Pessoas com diabetes tipos 2 não apresentam sintomas iniciais e podem manter a doença 
assintomática por muitos anos. No entanto, devido a uma resistência à insulina causada pela 
condição de saúde é possível manifestar os seguintes sintomas: 
 Fome excessiva 
 Sede excessiva 
 Infecções frequentes. Alguns exemplos são bexiga, rins e pele 
 Feridas que demoram para cicatrizar 
 Alteração visual (visão embaçada) 
 Formigamento nos pés e furúnculos. 
Qualquer indivíduo pode manifestar diabetes tipo 2. No entanto ter idade acima de 45 anos, 
apresentar obesidade ou sobrepeso e ter histórico familiar de diabetes tipo dois podem aumentar o 
risco de ter a doença. 
(1)
 
 Sintomas do diabetes tipo 1: 
Pessoas com diabetes tipo 1 podem apresentar os seguintes sintomas: 
 Vontade frequente de urinar 
 Fome excessiva 
 Sede excessiva 
 Emagrecimento 
 Fraqueza 
 Fadiga 
 Nervosismo 
 Mudanças de humor 
 Náusea e vômito. 
O diabetes tipo 1 pode ocorrer por uma herança genética em conjunto com infecções virais. 
(1)
 
A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum ser diagnosticada em crianças, 
adolescentes ou adultos jovens. 
(1)
 
 
 
 Sintomas do diabetes gestacional: 
O diabetes gestacional, na maioria das vezes, não causa sintomas e o quadro é descoberto durante os 
exames periódicos. No entanto, devido ao aumento da glicemia durante a gravidez é possível 
manifestar os seguintes sintomas: 
 Sede excessiva 
 Fome excessiva 
 Vontade constante de urinar 
 Visão turva. 
Qualquer mulher pode manifestar o diabetes gestacional. No entanto, ter histórico familiar de 
diabetes, excesso de peso antes da gravidez e ganho de peso durante a gestação podem favorecer o 
quadro. 
(1)
 
 Sintomas do Pré-diabetes: 
O pré-diabetes é a situação clínica que precede o diagnóstico do diabetes tipo 2. Geralmente o pré-
diabetes não é acompanhado de sintomas. Por isso é uma condição de saúde que muitas vezes não é 
diagnosticada. 
(1)
 
No entanto, se o indivíduo apresentar ganho de peso, ter casos de diabetes na família, ingerir uma 
dieta rica em alimentos hipercalóricos e for sedentário, é importante procurar orientação médica 
para investigar como estão os níveis de glicose no sangue. 
(1)
 
Diagnóstico de Diabetes 
O diagnóstico de diabetes normalmente é feito usando três exames: 
Glicemia de jejum: A glicemia de jejum é um exame que mede o nível de açúcar no seu sangue 
naquele momento, servindo para monitorização do tratamento de diabetes. Os valores de referência 
ficam entre 70 a 99 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL). O que significam 
resultados anormais: 
 Resultados entre 100 mg/dL e 125 mg/dL são considerados anormais próximos ao limite e 
devem ser repetidos em uma outra ocasião 
 Valores acima de 140 mg/dL já são bastante suspeitos de diabetes, mas também devendo ser 
repetido em uma outra ocasião, mas sempre é necessária uma avaliação médica. 
Hemoglobina glicada: (HbA1c) É afração da hemoglobina ( proteína dentro do glóbulo vermelho) 
que se liga a glicose. Durante o período de vida da hemácia – 90 dias em média – a hemoglobina 
vai incorporando glicose, em função da concentração deste açúcar no sangue. Se as taxas de glicose 
estiverem altas durante todo esse período ou sofrer aumentos ocasionais, haverá necessariamente 
um aumento nos níveis de hemoglobina glicada. Dessa forma, o exame de hemoglobina glicada 
consegue mostrar uma média das concentrações de hemoglobina em nosso sangue nos últimos 3 
meses . Os valores da hemoglobina glicada irão indicar se você está ou não com hiperglicemia, 
iniciando uma investigação para o diabetes. Valores normais da hemoglobina glicada: 
 Para as pessoas sadias: entre 4,5% e 5,7% 
 Para pacientes já diagnosticados com diabetes: abaixo de 7% 
 Anormal próximo do limite: 5,7% e 6,4% e o paciente deverá investigar para pré-diabetes 
 Consistente para diabetes: maior ou igual a 6,5%. 
Curva glicêmica: O exame de curva glicêmica simplificada mede a velocidade com que seu corpo 
absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é feita a medida das 
quantidades da substância em seu sangue após duas horas da ingestão. No Brasil é usado para o 
diagnóstico o exame da curva glicêmica simplificada, que mede no tempo zero e após 120 minutos. 
Os valores de referência são: 
 Em jejum: abaixo de 100mg/dl 
 Após 2 horas: 140mg/dl 
Curva glicêmica maior que 200 mg/dl após duas horas da ingestão de 75g de glicose é suspeito para 
diabetes. 
(1)
 
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda como critério de diagnóstico de diabetes mellitus as 
seguintes condições: 
 Hemoglobina glicada maior que 6,5% confirmada em outra ocasião (dois testes alterados) 
 Uma dosagem de hemoglobina glicada associada a glicemia de jejum maior que 200 mg/dl 
na presença de sintomas de diabetes 
 Sintomas de urina e sede intensas, perda de peso apesar de ingestão alimentar, com glicemia 
fora do jejum maior que 200mg/dl 
 Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl em pelo menos duas amostras em dias 
diferentes 
 Glicemia maior que 200 mg/dl duas horas após ingestão de 75g de glicose. (1) 
 
Tratamento para Diabetes Mellitus 
O tratamento para a diabetes mellitus tipo 1, tipo 2 e gestacional inclui: 
 Fazer uma alimentação equilibrada e pobre em açúcar; (3) 
 Praticar exercício físico diariamente, pelo menos 30 minutos por dia; (3) 
 Medir a glicemia de acordo com a indicação médica; (3) 
 Administrar insulina por indicação médica, antes das refeições através de uma injeção, no 
caso da diabetes mellitus tipo 1; 
(3)
 
 Tomar remédios antidiabéticos, como Glipizida e Metformina segundo a indicação do 
médico, no caso da diabetes mellitus tipo 2; 
(3)
 
 O tratamento para mulheres que apresentam diabetes gestacional visa diminuir os níveis de 
açúcar na corrente sanguínea da mãe, a fim de evitar que também prejudique o 
desenvolvimento do bebê. 
(1)
 
Pacientes com diabetes devem ser orientados a realizar exame diário dos pés para evitar o 
aparecimento de lesões - vale à pena usar um espelho para visualizar as plantas dos pés todos os 
dias. 
(1)
 
Quando o tratamento para diabetes mellitus não é feito de forma adequada, podem surgir possíveis 
complicações que incluem: hipertensão, retinopatia diabética, nefropatia diabética, arteriosclerose, 
infecções, infarto agudo do miocárdio, AVC, neuropatia diabética ou pé diabético.
 (3) 
Prevenção 
Pacientes com história familiar de diabetes devem ser orientados a: 
(1)
 
 Manter o peso normal 
 Não fumar 
 Controlar a pressão arterial 
 Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas 
 Praticar atividade física regular. 
Referências 
1. http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes 
2. https://www.mdsaude.com/2008/10/diabetes.html 
3. https://www.tuasaude.com/diabetes-mellitus/

Outros materiais