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tg IV

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TRABALHO EM GRUPO – TG
EDUCAÇÃO FÍSICA
ALUNOS:
JOSÉ CARLOS SIMÃO FILHO RA: 1726152
MARCOS BRAGA JÚNIOR RA: 1734482
MARIA GABRIELA FRANÇA PIRES RA: 1725938
Processo de Reprogramação Celular
ESTUDOS DISCIPLINARES IV
POLO
Aquarius, São José dos Campos, SP
2017
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO......................................................................................................01
2 - O QUE SÃO CÉLULAS-TRONCO?.....................................................................01
3 - UTILIZAÇÃO DE CÉLULA-TRONCO COM FINS TERAPEUTICOS..................02
4 - CÉLULAS-TRONCO TOTIPOTENTES................................................................03
5 - CÉLULAS-TRONCO PLURIPOTENTES.............................................................03
6- CÉLULAS-TRONCO DE PLURIPOTENCIA INDUZIDA (iPS)..............................04
7 - CÉLULAS-TRONCO MULTIPOTENTES.............................................................05
8 - BREVE HISTÓRICO SOBRE AS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS.........05
9 - CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS E ADULTAS..........................................06
10 - CÉLULAS TRONCO DO CORDÃO UMBILICAL...............................................07
11 - REPROGRAMAÇÃO CELULAR........................................................................08
12 - RESUMO.............................................................................................................09
13 - BIBLIOGRAFIA..................................................................................................10
1 - INTRODUÇÃO.
Esse trabalho aborda as questões éticas que permeiam o uso de embriões humanos nas pesquisas e terapia celular, a partir do reconhecimento de sua essência de humanidade.
O processo de reprogramação celular é feito através da manipulação do núcleo, introduzindo, na célula, fatores de transcrição para regular o DNA.
Os avanços no campo da engenharia genética, que tiveram seu marco inicial com o Projeto Genoma Humano, têm proporcionado à humanidade esperança de longevidade e de superação dos obstáculos físico-corporais para se alcançar uma melhor qualidade de vida e, provavelmente, a imortalidade.
A ciência tem se progredido rapidamente no estudo relacionado com os limites da vida e quanto aos recursos possíveis para que o homem tenha uma qualidade de vida cada vez maior, atualmente, a grande esperança.
2 - O QUE SÃO CÉLULAS-TRONCO?
O nome células-tronco foi originado da tradução do inglês para “stem-cell”. “Stem” significa caule, haste. O verbo “to stem” por sua vez, significa originar. As células-tronco têm essa denominação por terem a capacidade de regenerar células do sangue e de diversos tipos de tecidos que compõem o corpo humano. Por exemplo: células da pele só podem constituir a pele, mas as células-tronco podem constituir diversificados tipos de tecidos no organismo.
As células-tronco são células que não sofrem diferenciação, ou seja, células não especializadas, que podem ser definidas por duas propriedades peculiares que são: auto renovação e potencial de diferenciação. A auto renovação é a capacidade que as células-tronco têm de reproduzir-se, gerando células idênticas à original. O potencial de diferenciação é a capacidade que as células-tronco têm de, quando em condições favoráveis, gerar células especializadas e de diferentes tecidos. Pesquisas mostram a existência de células-tronco adultas em diversos tecidos como hematopoiético, hepático, muscular, epitelial e nervoso. As células-tronco de linhagem hematopoiéticas já são usadas, com sucesso, no tratamento de linfomas, leucemias e algumas doenças lisossomais.
Entretanto as células-tronco podem ser classificadas em totipotentes, quando conseguem se diferenciar em todos os tecidos do corpo humano, e pluripotentes ou multipotentes, quando são capazes de se transformar em quase todos os tecidos, exceto placenta e anexos embrionários. 
Potencial das células-tronco. 
3 - UTILIZAÇÃO DE CÉLULA-TRONCO COM FINS TERAPEUTICOS.
As pesquisas com células-tronco estão na mídia leiga há alguns anos por conta de vários experimentos com animais. A Internet proporcionou aos pacientes e a seus familiares amplo e fácil acesso a informações sobre linhas de pesquisa, debates éticos e possíveis usos terapêuticos dessas células. Existem trabalhos publicados envolvendo doença de Parkinson, diabetes tipo 1, distúrbios circulatórios e doenças neuromusculares; seus resultados, porém, ainda carecem de melhores bases científicas para a utilização diária e prática do método.
No Brasil, a Lei Federal 11.105, de 24 de março de 2005, regulamentou as pesquisas nessa área e permite o uso de célula-tronco embrionária para pesquisa e terapia. Essas células devem ser obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização “in vitro” (em tubo de ensaio), não utilizados no procedimento, devem ser embriões inviáveis e que tenham sido mantidos congelados por mais de três anos. É obrigatória a obediência às seguintes condições: haver manifestação favorável dos genitores, bem como a submissão prévia dos projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa. A lei veta a comercialização de material biológico para esse uso. Vale ressaltar que a clonagem humana foi proibida pela mesma lei.
Essas pesquisas poderão proporcionar novas opções terapêuticas para diversas doenças. No entanto, deve-se saber que ocorrerão debates éticos acerca da obtenção desse material biológico e a aplicabilidade clínica dessas novas modalidades terapêuticas ainda está muito complexa e distante para a maioria das doenças. No entanto, a ampla divulgação e ênfase que os meios de comunicação deram a todo o processo de votação da citada lei geraram grande e falsa expectativa nos milhares de pacientes e de seus familiares que, desesperados e fragilizados, acreditaram na cura, em curto prazo, de doenças neurológicas crônicas. Mais grave ainda é a constatação de que tais ideias falsas tenham contaminado também a mente de alguns profissionais médicos que, por vezes, passaram a transmitir a seus pacientes a possibilidade de cura de moléstias sem tratamento eficaz nos dias atuais. 
É importante lembrar que, no caso de pacientes com sequelas neurológicas graves, como as crianças com Encefalopatia Anóxico-Isquêmica, os recursos terapêuticos disponíveis promovem poucos benefícios do ponto de vista neurológico.
4 - CÉLULAS-TRONCO TOTIPOTENTES.
Células-tronco Totipotentes são o único tipo capaz de originar um organismo completo, uma vez que têm a capacidade de gerar todos os tipos de células e tecidos do corpo, são exatamente 216 tipos de tecidos para a formação dos organismos, incluindo tecidos embrionários e extra embrionários. 
São encontradas nos embriões nas primeiras fases de divisão, isto é, quando o embrião tem até 16 - 32 células, que corresponde a 3 ou 4 dias de vida. Os únicos exemplos de células-tronco totipotentes são o óvulo fecundado (zigoto) e as primeiras células provenientes do zigoto, até a fase de 16 células da mórula inicial (um estágio bem precoce do desenvolvimento embrionário, antes do estágio de blastocisto).
5 - CÉLULAS-TRONCO PLURIPOTENTES.
As células-tronco pluripotentes têm a capacidade de gerar células dos três folhetos embrionários que são tecidos primordiais do estágio inicial do desenvolvimento embrionário, que darão origem a todos os outros tecidos do organismo, são chamados de ectoderma, mesoderma e endoderma. Em oposição às células-tronco totipotentes, as células pluripotentes não podem originar um indivíduo como um todo, porque não conseguem gerar tecidos extraembrionários. O maior exemplo de células-tronco pluripotentes são as células da massa celular interna do blastocisto, as chamadas células-tronco embrionárias.
Na natureza, após a fecundação, o óvulo se divide e rapidamente aparecem as células que dão origem a todos os tecidos do corpo. São as células-tronco embrionárias pluripotentes que têm a capacidadepara gerar todos os tipos de células. Porém, com o desenvolvimento do embrião, as células se especializam e perdem a capacidade de se transformar em células com diferentes funções (células nervosas, cardíacas, etc).
Recentemente, cientistas desenvolveram uma técnica para reprogramar geneticamente células adultas – diferenciadas – para um estado pluripotente. As células geradas por essa técnica são chamadas de células-tronco de pluripotência induzida (iPS, da sigla em inglês induced pluripotent stem cells) e apresentam características muito parecidas com as células-tronco pluripotentes extraídas de embriões.
6- CÉLULAS-TRONCO DE PLURIPOTENCIA INDUZIDA (iPS).
Em 2006, um pesquisador japonês (Shinya Yamanaka), de 50 anos, descobriu uma técnica revolucionária real para a produção de células pluripotentes, através da reprogramação genética de células adultas de camundongos e, em seguida, em células humanas em 2007. As células são reprogramadas pela adição de quatro genes chamados oct-4, sox-2, Klf-4 e c-Myc, através do uso de vetores virais, que são um tipo de vírus modificado que transportam os fatores para dentro da célula a ser reprogramada. Isso significa que é possível reprogramar uma célula adulta para fazê-la recuperar as características de uma célula-tronco embrionária.
A reprogramação pode ser feita com diferentes tipos celulares, mas, em geral, são usadas células da pele. As células derivadas por esse método, chamadas de células-tronco de pluripotência induzida (iPS) são muito similares às células-tronco embrionárias, apresentando as mesmas características de auto renovação e potencial de diferenciação. Com estas novas células IPS, "você pode obter praticamente qualquer tipo de célula do corpo", explica o pesquisador francês que tem usado esta técnica para rejuvenescer células centenárias, e mostra que o processo de envelhecimento é reversível. 
Com elas podem ser feitas uma fonte de células para fazer tudo, por exemplo, testar novas drogas ou estudar doenças. Para a terapia celular experimental, elas não levam o risco a priori de rejeição por parte do corpo, porque vêm do próprio paciente. Mas ainda há um longo caminho a percorrer antes de assegurar a sua total segurança.
Esquema mostra como é feita a reprogramação das células da pele através da inserção dos vetores virais.
7 - CÉLULAS-TRONCO MULTIPOTENTES.
As células-tronco multipotentes têm a capacidade de gerar um número limitado de células especializadas. Elas são encontradas em quase todo o corpo, sendo capazes de gerar células dos tecidos de que são provenientes. São responsáveis também pela constante renovação celular que ocorre em nossos órgãos. As células da medula óssea, as células-tronco neurais do cérebro, as células do sangue do cordão umbilical e as células mesenquimais são exemplos de células-tronco multipotentes.
8 - BREVE HISTÓRICO SOBRE AS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS.
As primeiras linhagens de células-tronco embrionárias foram derivadas em 1981, a partir de embriões de camundongo.
As dificuldades técnicas, além das questões legais e éticas envolvidas, atrasaram a derivação das primeiras linhagens humanas. Só em 1998 (17 anos após a derivação da linhagem de camundongo), foram descritas as primeiras linhagens de células-tronco embrionárias humanas. Uma delas é chamada H9 e é até hoje a mais utilizada em pesquisa, já que as células podem ser expandidas (pelo processo de auto renovação) e congeladas. Estas linhagens foram obtidas a partir da massa celular interna de blastocistos humanos, produzidos por fertilização in vitro. Os embriões usados seriam descartados e foram doados para pesquisa, com o consentimento informado dos doadores.
Células da Massa Celular Interna sendo extraída do blastocisto para obtenção das células-tronco embrionárias.
9 - CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS E ADULTAS.
As células coletadas do sangue do cordão umbilical e da placenta são chamadas de células-tronco adultas e não embrionárias, como a maioria das vezes são confundidas. Para entendimento as células-tronco embrionárias só são encontradas nos embriões nos dias imediatamente posteriores à sua concepção, quando as células são ainda indiferenciadas entre si, envoltas por uma membrana que formará a placenta. Só a partir de uma semana de vida, mais ou menos, é que essas células embrionárias começam a se diferenciar transformando-se em células sanguíneas, cardíacas, cerebrais, musculares e assim por diante. A metamorfose é que permite que um embrião se transforme num feto e, finalmente, numa criança. 
Na fase adulta, as células-tronco encontram-se, principalmente, na medula óssea e no sangue do cordão umbilical, mas cada órgão do nosso corpo possui um pouco de células-tronco para poder renovar as células ao longo da nossa vida, como mostra a figura. Elas podem se dividir para gerar uma célula nova ou outra diferenciada. As células-tronco adultas são chamadas de multipotentes por serem menos versáteis que as embrionárias.
As pesquisas, ainda em andamento, indicam que as células embrionárias seriam capazes de diferenciar-se em quase todos os tecidos humanos. Mas, no Brasil, a Lei de Biosegurança - que gera muitas polêmicas - só permite que sejam usadas para fins científicos e após estarem armazenadas por mais de 3 anos, com o consentimento dos pais.
Células-troncos na sua fase adulta. São chamadas de multipotentes por serem menos versáteis que as embrionárias.
10 - CÉLULAS TRONCO DO CORDÃO UMBILICAL.
O cordão umbilical do bebê, que normalmente é descartado após seu nascimento, é extremamente valioso por ser rico em células-tronco. Essas células são mais jovens que as da medula óssea e ainda não foram expostas a fatores ambientais – efeitos do tempo e da exposição a vírus, bactérias e ao meio ambiente – que poderiam comprometer.
Os diferentes tipos de células-tronco de sangue de cordão umbilical atualmente estão classificadas como multipotentes de origem adulta. Atualmente são utilizadas em tratamentos de desordens hematológicas e em experimentos clínicos para tratamento de doenças autoimunes e degenerativas. Desde 1992 são armazenadas em bancos de células-tronco do sangue do cordão umbilical, onde os pais tem a possibilidade de resguardá-las para um possível tratamento de uma doença que venha acometer seus filhos.
Desenvolvimento embrionário desde o zigoto até o indivíduo adulto.
11 - REPROGRAMAÇÃO CELULAR.
Ovelha Dolly (jul/1996): Clonagem da Dolly mostrou pela 1ª vez que célula já diferenciada de mamífero pode ser reprogramada e voltar a ter o potencial de CTE PLUTIPOTENTE (formar qualquer tecido).
Camundongo tiny (set/2009): Clonagem de tiny com células IPS (células de pluripotência induzida) mostrou que algumas células adultas podem voltar ao estágio de CTE com o potencial de se diferenciar em qualquer tecido.
12 - RESUMO.
As células-tronco são células com a capacidade de se transformar (diferenciar) em qualquer célula especializada do corpo, ou seja, células características de uma mesma linhagem. Elas são capazes de se renovar por meio da divisão celular mesmo após longos períodos de inatividade e induzidas a formar células de tecidos e órgãos com funções especiais.
Diferente de outras células do corpo, como as células musculares, do sangue ou do cérebro, que normalmente não se reproduzem, células-tronco podem se replicar várias vezes. Isso significa que a partir de uma cultura de células-tronco é possível produzir milhares. Contudo, os pesquisadores ainda não têm conhecimento vasto do que induz a proliferação e auto-renovação dessas estruturas.
Outro enigma que desafia os cientistas é a questão da diferenciação: como células indiferenciadas simplesmente passam a ter funções especializadas, como os gametas e células sexuais? Sabe-se que, além dos sinais internos controlados por genes, o processo é ativado também por sinais externos, incluindo a secreção de substâncias químicas por outras células, o contato físico com células vizinhas e a influência de algumas moléculas.Embora muitos laboratórios de pesquisa consigam induzir a diferenciação pela manipulação de fatores de crescimento, soro e genes, os mecanismos detalhados que regem o processo não são claros. Entretanto, encontrar a resposta para o problema pode ampliar o potencial terapêutico das células-tronco, já que células, tecidos e órgãos poderiam ser produzidos em laboratório ou recuperados no próprio corpo. Além disso, forneceria uma compreensão bem maior sobre doenças como o câncer, desencadeadas pela divisão anormal das células.
13 - BIBLIOGRAFIA:
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0009-6725&lng=pt&nrm=iso
http://pordentrodomundodascelulas.blogspot.com.br/
http://celulastroncors.org.br/celulas-tronco-2/
http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,clonagem-de-dolly-completa-20-anos,10000060992

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