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Aula DST´s

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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Professora: Ilse Kunzler
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VIA PREFERENCIAL DE TRANSMISSÃO: 
 RELAÇÕES SEXUAIS 
CAUSAS:
 por vírus; 
 bactérias;
 fungos; 
 protozoários
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PREVALÊNCIA: 
Maior nos indivíduos com idades entre 15 e 45 anos
IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
DST facilitam a transmissão do HIV
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 CLASSIFICAÇÃO DAS DST´S:
1.Doenças Sexualmente Transmissíveis
2.      Úlceras genitais
2.1  Cancro Mole
2.2  Linfogranuloma venéreo
2.3  Donovanose
2.4  Herpes genital
2.5  Sífilis
3.      Doenças que causam verrugas
 3.1Infecção pelo Papilomavírus Humano
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4.      Corrimento
4.1  Corrimento Uretral
 4.1.2 Uretrite gonocócica 
 4.1.3 Uretrite não-gonocócica
4.2 Corrimentos Vaginais
4.2.1  Vulvovaginites
4.2.2  Vaginose bacteriana
4.2.3 Tricomoníase genital
4.2.4  Vaginite por Gandenerella Vaginalis
5. AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
 6. Hepatites Virais
 6.1. Hepatite A
 6.2 Hepatite B
 
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AVALIAÇÃO (enfoque DST)
Anamnese
Exame físico geral
Exame genital masculino
Exame genital feminino:
 Estático
 Dinâmico
 Exame especular
 Toque vaginal
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PRINCÍPIOS CONTROLE DST´S
Interromper a cadeia de transmissão
 Prevenir novas ocorrências:
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MANEJO ADEQUADO DE CASOS DE DST´S
TRIAGEM
ESPERA
CONSULTA MÉDICA 
CONSULTA DE ENFERMAGEM 
ACONSELHAMENTO 
COMUNICAÇÃO AOS PARCEIROS SEXUAIS 
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DST BASEADA NA ABORDAGEM SINDRÔMICA
ÚLCERA GENITAL 
CORRIMENTO URETRAL EM HOMEM 
CORRIMENTO CERVICAL 
CORRIMENTO VAGINAL 
DOR PÉLVICA 
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2.1Cancro mole (cancróide) 
DST aguda e contagiosa,
que se caracteriza por
lesões genitais ulceradas
e dolorosas que evoluem
com a supuração dos
linfonodos inguinais.
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AGENTE ETIOLÓGICO: 
 Bacilo Hemophilus ducreyi 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
4 a 10 dias, podendo-se estender por até 2 semanas, após o contato sexual suspeito.
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Sinais e sintomas:
Pequenas lesões ulceradas avermelhadas e elevadas se rompem e tornam-se úlceras rasas, com as bordas macias, irregulares e com anel avermelhado ao redor, necrótico e purulento 
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Transmissão:
 Contato sexual.
Diagnóstico:
 Exame clínico
 Exame laboratorial
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Tratamento: 
Azitromicina 1 g VO em dose única, 
Ciprofloxacina 500 mg, VO, 12/12 horas, por 3 dias (contra-indicado para gestantes, nutrizes e menores de 18 anos) 
Eritromicina (estearato) 500 mg, VO, de 6/6 horas, por 7 dias.
Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única;
Gestantes – contraindicado uso de ciprofloxacina. Usar eritromicina ou ceftriaxona Obs: devido aos efeitos adversos da eritromicina tais com intolerância gástrica , utilizar a ceftriaxona pode ser uma alternativa á eritromicina
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LINFOGRANULOMA VENÉREO
Também denominada linfogranuloma inguinal, doença de Nicolas-Favre-Durand, bubão climático. 
É uma doença infecciosa crônica cujos principais efeitos resultam em danos ao sistema linfático de drenagem da infecção. 
Agente Etiológico é a Chlamydia trachomatis (bactéria gram-negativa). 
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Período de incubação de 7 a 21 dias. 
Apresenta três fases evolutivas bem definidas:
PRIMEIRA
SEGUNDA
TERCEIRA
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Primeira fase
 Ponto de inoculação geralmente discreto quando identificado, aparece como uma pequena pápula ou úlcera indolor.
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Segunda fase
 Aparece em torno de 4 dias, com invasão dos vasos linfáticos e comprometimento dos linfonódos regionais (linfadenite inguinal crônica) que, em duas semanas supuram, abscedam e podem fistulizar
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Terceira fase
Instala-se gradualmente após alguns meses de processo supurativo linfonodal, associando áreas de fibrose cicatricional com focos de abscessos e fistulização, levando a elefantíase e estenose.Na mulher ocorre com maior freqüência nos linfonodos perirretais pela drenagem linfática da mucosa vaginal e da cérvice (fístula e estenose retal ).
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Tratamento:
Deve ser realizado por um período de l4 a 21 dias, com umas das medicações abaixo: 
Tetraciclina: 500 mg VO de 6/6 horas;
Eritromicina: 500mg, VO de 6/6 horas;
Doxicilina solúvel: 100 mg VO de 12/12 horas;
Tianfenicol 500 mg VO de 8/8 horas;
 Sulfametoxazol 800 mg + trimetoprima 160 mg VO de 12/12 horas.
O companheiro também deve ser tratado
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2.3 DONOVANOSE
Conhecida como Granuloma Inguinal ou Contagioso, ou
Venéreo, pouco contagiosa.
 
Uma infecção genital, perigenital, extragenital e sistêmica
de evolução crônica e progressiva. 
Agente etiológico: 
Calymmatobacterium Grannulomatis, bacilo Gram-negativo. 
Período de incubação: 
3 a 6 meses (média de 40 a 50 dias). 
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A doença inicia com uma lesão nodular, única ou múltipla, subcutânea, que ulcera-se crescendo lentamente e sangrando com facilidade. 
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Diagnóstico:
	 Esfregaço (identificado o corpúsculo de donovan), fixação entre duas lâminas de vidro , fixado com álcool metílico e corado pelo método de Giemsa ou Wrigth. 
	Histológica, (identificação corpúsculo de donovan), em cortes histológicos corados pela Hematoxilina-Eosina.
	Intradermorreação a qual é utilizado antígenos específicos, pouco utilizado. 
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Tratamento: 
Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12 horas por, no mínimo, 3 semanas ou até cura clínica; 
Eritromicina (estearato) 500 mg, VO, de 6/6 horas por, no mínimo, 3 semanas ou até a cura clínica; 
Sulfametoxazol/Trimetoprim (800 mg e 160 mg), VO, 12/12 horas por, no mínimo, 3 semanas, ou até a cura clínica
Tetraciclina 500 mg, de 6/6 horas, durante 3 semanas ou até cura clínica ; 
Azitromicina 1 g VO em dose única, seguido por 500mg VO/dia por 3 semanas ou até cicatrizr as lesões .
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HERPES VIRUS
Tipo 1 – mais comum genital
Tipo 2 – mais comum oral
Família herpes vírus humanos, (citomegalovírus, o Epstein-Barr vírus, varicela zoster vírus, Kaposi). 
Produz infecções latentes, potencialmente recorrentes 
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HERPES VIRUS
Transmissão: 
A infecção genital pelo vírus herpes simples é adquirida a partir do contato de superfícies cutâneas ou mucosas genitais com os vírus infectantes. Sendo um parasita celular obrigatório (é desativado pela perda de umidade à temperatura ambiente), é pouco provável que se transmita por aerossol (gotas microscópicas) ou fômites (peças de vestuário íntimo, assento do vaso sanitário, papel higiênico, etc.), sendo o contato sexual, orogenital ou genito-anal e gênito-genital, o modo habitual de transmissão.
Período de incubação de 03 a 14 dias. 
 
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Sinais e sintomas
Vesículas múltiplas no pênis, vulva, períneo, ou ao redor do ânus 
Dor, 
 Dispareunia,
Corrimento,
 Prurido 
 Disúria
Eventualmente, ulcerações cervicais ou penianas. 
Duração de aproximadamente 4 dias.
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Diagnóstico:
 exame clínico;
 exame laboratorial.
Tratamento:
Para o 1o episódio de herpes genital, iniciar o tratamento o mais precocemente possível com:
• Aciclovir 200 mg, 4/4 hs, 5x/dia, por 7 dias ou 400 mg, VO, 8/8 horas, por 7 dias
• Valaciclovir 1 g, VO, 12/12, horas por 7 dias; ou
• Famciclovir 250 mg, VO, 8/8 horas, por 7 dias.
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Tratamento
Nas recorrências de herpes genital, o tratamento deve ser iniciado de preferência ao aparecimento dos primeiros pródromos (aumento de sensibilidade, ardor, dor, prurido) com:
• Aciclovir 400 mg, VO, 8/8 horas, por 5 dias (ou 200 mg, 4/4hs, 5x/dia, 5 dias);
• Valaciclovir 500 mg, VO, 12/12 horas, por 5 dias; ou 1 g dose única diária, 5 dias
• Famciclovir 125 mg, VO, 12/12 horas, por 5 dias.
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Tratamento
Casos recidivantes (6 ou mais episódios/ano) podem se beneficiar com terapia supressiva:
• Aciclovir 400 mg, 12/12 hs, por até 6 anos ou
• Valaciclovir 500 mg por dia por até
1 ano; ou
• Famciclovir 250 mg 12/12 hs por dia por até 1 ano.
Gestantes: tratar o primeiro episódio em qualquer trimestre da gestação. Herpes e HIV: No caso de manifestações severas com lesões mais extensas, pensar na presença de infecção pelo HIV, quando se recomenda tratamento injetável:
• Aciclovir 5 a 10 mg por Kg de peso EV de 8/8 horas, por 5 a 7 dias, ou até resolução clínica.
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SÍFILIS
A sífilis :
 fácil detecção
tratamento é simples
barato e eficaz
 Agente infeccioso: Treponema pallidum.
Transmissão:
* por contágio direto durante a fase primária e secundária;
* Infecção congênita (4º mês de gestação, através da placenta);
*Transfusão sangüínea
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Fase primária
Aparece o cancro duro ou lesão inicial, 1 a 2 semanas (até 6 sem.) no local do contato. 
O cancro é uma ulceração avermelhada, dura e indolor que pode ser vista no pênis, ânus, reto, vagina, colo uterino e boca. 
Desaparece em 2 a 6 (média 4)semanas. 
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Classifica-se em:
Sífilis adquirida
• recente (menos de um ano de evolução): primária, secundária e latente recente;
• tardia (com mais de um ano de evolução): latente tardia e terciária;
Sífilis congênita
• recente (casos diagnosticados até o 2° ano de vida);
• tardia (casos diagnosticados após o 2° ano de vida);
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Fase secundária
Cerca de 6 semanas após 
O desaparecimento dos sinais
da fase primária aparecem:
erupções(especialmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés)
Cefaléia
 Artralgia
 Feridas na boca e faringe
 Anorexia e náusea 
Inflamação nos olhos. 
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Fase Terciária
Cerca de 10 a 20 anos após:
 doença cardíaca,
algum dano cerebral
 dano na coluna vertebral 
 cegueira 
Lesões em qualquer parte do corpo
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Complicações:
Aborto espontâneo;
Natimorto;
Parto prematuro;
RN de baixo peso;
Endometrite pós-parto; 
Infecções peri e neonatal;
Sífilis Congênita;
Neurossífilis;
 Sifilis Cardiovascular;
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Diagnóstico:
Esfregaço de cancro ou condiloma;
* Os testes sorológicos não treponêmicos como VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e RPR (Rapid Plasm Reagin) são testes quantitativos, importantes. Reativos a partir da segunda semana após o aparecimento do cancro (sífilis primária) , mais elevados na fase secundária. Os títulos reduzem no primeiro ano de evolução. Com o tratamento correto, tende a negativar-se em 6-12 meses, podendo, no entanto, permanecer com títulos baixos por longos períodos de tempo ou até por toda a vida; é o que se denomina “memória” ou “cicatriz” sorológica. 
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Diagnóstico:
*As sorologias treponêmicas incluem a imunofluorescência com o FTA-Abs (Fluorescent Treponema Antibody Absorvent Test), o MH-TP (Microhemaglutinação para Treponema pallidum) ou TPHA, Elisa (teste imunoenzimático) e, atualmente, os testes rápidos. São testes específicos e qualitativos, importantes para a confirmação da infecção. Em geral, tornam-se reativos a partir do 15° dia da infecção. Se as provas de sorologia treponêmica qualitativas (FTA-Abs ou TPHA) forem negativas, exclui-se sífilis atual ou prévia e o diagnóstico é de reação falso positivo que pode ocorrer quando há hanseníase, malária, mononucleose, leptospirose, lúpus eritematoso sistêmico.
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Tratamento com benzetacil: 
*Sífilis primária: penicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, em dose única (1,2 milhão U.I. em cada glúteo).
*Sífilis recente secundária e latente: penicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, repetida após 1 semana. Dose total de 4,8 milhões U.I.
*Sífilis tardia (latente e terciária): penicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, semanal, por 3 semanas. Dose total de 7,2 milhões U.I. 
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Tratamento
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3. HPV
 Doença infecciosa, também conhecida como:
 condiloma acuminado;
 verruga genital 
 crista de galo.
 Transmissão: geralmente sexual
 O Papilomavírus humano (HPV) é um DNA-vírus não cultivável do grupo papovavírus. Atualmente são conhecidos mais de 100 tipos, 20 dos quais podem infectar o trato genital, separados em três categorias conforme a oncogenicidade.
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Tabela conforme oncogenicidade
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Sinais e sintomas
 Vírus é capaz de estabelecer uma infecção latente em que não existem lesões clinicamente identificáveis ou subclínicas (apenas por DNA)
A maioria das infecções são
assintomáticas ou inaparentes.
O vírus poderá permanecer por
muitos anos no estado latente
e, após este período, originar
novas lesões.
 
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Os condilomas, dependendo do tamanho e localização anatômica, podem ser dolorosos, friáveis e/ou pruriginosos.
Verrugas pequenas ou grandes, secas, de origem fúngica na vagina, vulva, colo uterino, ou pênis. Podem causar prurido e corrimento crônico.
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Período de incubação: 1 a 3 meses.
Agente etiológico: Condylomata acuminata.
Transmissão:
contato sexual ou íntimo;
vertical (mãe-filho)
raramente por fômites, roupa íntima contaminada.
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Diagnóstico:
Exame Papa Nicolau
 Pelo exame clínico 
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Tratamento:
O objetivo principal: remoção das verrugas sintomáticas 
Os tratamentos disponíveis para condilomas são:
 crioterapia;
eletrocoagulação, 
Podofilina;
ácido tricloroacético (ATA);
exérese cirúrgica. 
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4 DOENÇAS QUE CAUSAM CORRIMENTO
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4.1.2 Uretrite Gonocócica 
É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral 
Agente Etiológico: Neisseria gonorrhoeae (diplococo Gram negativo intracelular). 
Tipos mais freqüentes de uretrite masculina 
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No homem:
secreção amarelada e viscosa na uretra
Prurido;
 Disúria. 
Na mulher
 pode ser assintomática 
corrimento amarelado,
dor supra-púbica 
 dispareunia.
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 Transmissão:
 Contato sexual
 Diagnóstico:
Exame laboratorial: exame de Gram da secreção uretral ou endocervical
 Exame clínico
Tratamento uretrite gonocócica
Ciprofloxacina 500 mg, VO dose única;
Ceftriaxona 250mg, IM, dose única
Cefixima 400 mg, VO, dose única; 
Ofloxacina 400 mg, VO, dose única, 
Espectinomicina 2g IM dose única
Em menores de 18 anos está contraindicado o uso de ciprofloxacina, ofloxacina.
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4.1.3 URETRITE NÃO-GONOCÓCICA
São negativas para o gonococo 
Vários agentes têm sido responsabilizados por estas infecções, sendo os principais:
Chlamydia trachomatis,
 Ureaplasma urealyticum;
 Mycoplasma hominis, 
Trichomonas vaginalis, 
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4.2.1 VULVOVAGINITES
Considera-se como vulvovaginite toda manifestação inflamatória e / ou infecciosa do trato genital feminino inferior, ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do colo uterino (ectocérvice). 
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 Sinais e sintomas
corrimento vaginal;
prurido vulvovaginal;
 dor ou ardor ao urinar,;
 desconforto pélvico. 
ETIOLOGIA
Infecções: bacteriana, viral, fúngica.
Infestações: protozoários, metazoários.
Hormonais
Neoplásicas
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4.2.2 VAGINOSE(vaginite) BACTERIANA 
 Caracterizada por um desequilíbrio da flora vaginal normal, devido ao aumento exagerado de bactérias, em especial as anaeróbias ( Gardnerella vaginalis, Bacteroides sp, Mobiluncus sp, micoplasmas, peptoestreptococos).
 Esse aumento é associado a uma ausência ou diminuição acentuada dos lactobacilos acidófilos (que normalmente são os agentes predominantes na vagina normal).
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Sinais e sintomas:
corrimento vaginal com odor fétido, mais acentuado depois do coito e no período menstrual;
corrimento vaginal acinzentado, de aspecto cremoso, algumas vezes bolhoso;
 dor às relações sexuais (pouco freqüente); 
embora o corrimento seja o sintoma mais freqüente, quase a metade das mulheres com vaginose bacteriana são completamente assintomáticas.
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Diagnóstico
Exame a fresco ou esfregaço corado do conteúdo vaginal 
pH da secreção vaginal 
 confirmação diagnóstico:
corrimento vaginal homogêneo, geralmente acinzentado e de quantidade variável;
pH vaginal maior que 4,5;
teste das aminas positivo;
 presença de “clue cells” no exame bacterioscópico, associada à ausência de lactobacilos.
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Tratamento
 Metronidazol 500mg, VO, de 12/12 horas, por 7 dias;
• Metronidazol 2g, VO, dose única; ou
• Tinidazol 2g, VO, dose única; ou
• Tianfenicol 2,5g/ dia, VO, por 2 dias; ou
• Secnidazol 2g, VO, dose única; ou
• Metronidazol Gel 0,75%, 1 aplicador vaginal (5g), 2 vezes ao dia, por 5 dias; ou
• Clindamicina 300mg, VO, de 12/12 horas, por 7 dias; ou
• Clindamicina creme 2%, 1 aplicador à noite, por 7 dias (contra-indicado em gestantes).
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4.2.3 TRICOMONÍASE 
É a forma mais freqüente de vaginites, pois é responsável por cerca de aproximadamente 25% de todos os casos, e com um período de incubação inferior a 30 dias.
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Sinais e sintomas
Corrimento amarelado e viscoso;
 dor suprapúbica 
prurido vulvar intenso;
disúria ;
poliúria.
 Pode ser assintomático, principalmente em homens. 
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Tratamento
Metronidazol 2g VO dose única 
* Metronidazol 400-500mg 12/12hs VO 7dias
* Secnidazol 2g, VO, dose única 
* Tinidazol 2g VO dose única
Para gestantes após o 1º trimestre e durante a amamentação: Metronidazol 2 g VO dose única ou Metronidazol 400mg 12/12hs VO 7 dias ou 250 mg VO 3 vezes ao dia por 7 dias
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 4.2.4 CANDIDIASE VULVOVAGINAL 
 A Candida albicans faz parte da flora normal vaginal e só produz sintomas devido aos fatores que alteram o meio vaginal. 
Entre estes estão:
 a obesidade;
 diabetes;
 hipoparatireoidismo;
 uso de altas doses de progestagênios orais;
 gravidez;
 uso de antibióticos ;
 imunossupressão. 
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Sinais e sintomas
Sinais e sintomas:
corrimento leitoso e espesso, com aspecto de flocos ou leite coalhado.
 prurido
 hiperemia da vulva
 
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Diagnóstico:
 exame clínico
exame laboratorial
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Tratamento
•Miconazol, creme a 2%, via vaginal, uma aplicação à noite ao deitar-se, por 7 dias;
•Clotrimazol, creme vaginal a 1%, uma aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, durante 6 a 12 dias; 
•Clotrimazol, óvulos de 100 mg, uma aplicação via vaginal, à noite ao deitar-se, por 7 dias;
•Tioconazol creme a 6,5%, ou óvulos de 300mg, uma aplicação única, via vaginal ao deitar-se; 
•Nistatina 100.000 UI, uma aplicação, via vaginal, à noite ao deitar-se, por 14 dias.
•Fluconazol- 150 mg VO em dose única
•Itraconazol 200mg VO 12/12 hs em 1dia
•Cetoconazol 400mg VO/dia por 5 dias
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5. AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
HIV retrovírus com genoma RNA, da família Lentiviridae. 
Pertence ao grupo dos retrovírus citopáticos e não-oncogênicos.
Vírus lábil
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 Necessitam, para multiplicar-se, de uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do RNA viral para uma cópia DNA, que pode então integrar-se ao genoma do hospedeiro.
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Transmissão
Transmissão
As principais formas de transmissão do HIV são:
 sexual,
sangüínea 
perinatal 
acidente de trabalho
(pérfuro-cortantes)
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Aspectos clínicos
A infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro fases clínicas: 
1. infecção aguda; 
2. fase assintomática, também conhecida como latência clínica; 
3. fase sintomática inicial ou precoce; (emagrecimento; sudorese noturna; fadiga; trombocitopenia)
4.   aids. 
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 HIV-Aids
Período de incubação
 Compreendido entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, podendo variar de 5 a 30 dias.
 Período de lactência 
 É o período após a fase de infecção aguda, até o desenvolvimento da imunodeficiência. Varia entre 5 e 10 anos, média de seis anos.
Período de transmissibilidade durante todas fases de infecção (viremia)
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Complicações
Doenças oportunistas, como:
tuberculose miliar;
 pneumonias;
 alguns tipos de tumores, como certos linfomas e o Sarcoma de Kaposi
distúrbios neurológicos. 
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Diagnóstico
Exame clínico;
Teste rápido;
Exame Laboratorial:
 -“ELISA” – triagem 
 -“Imunofluorescência indireta, Imunoblot ou Western blot” - Confirmatório 
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Tratamento
Esquemas preferenciais para terapia inicial: 
•Preferencial 2 ITRN + IP/r (1a,B)
•Alternativo 2 ITRN + ITRNN (1a,B)
*
Tratamento
ITRN = inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo ou nucleotídeo 
AZT = zidovudina; 
ddI EC = didanosina entérica;
3TC = lamivudina; 
d4T = estavudina
ITRNN = inibidor da transcriptase reversa não-análogo de nucleosídeo
NVP = nevirapina
IP = inibidor da protease; 
r = ritonavir como adjuvante farmacológico; 
LPV = lopinavir; 
SQV = saquinavir
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6. HEPATITES VIRAIS
 Hepatite A – fecal-oral
Hepatite B – Trasmissão: sangue, sexual
Hepatite C - Trasmissão: sangue, sexual
Hepatites B e C – pior prognóstico
*
Sinais e sintomas
Hepatomegalia
Fadiga
Indisposição
Icterícia
Inapetência
Febre
Dor hepática
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Diagnóstico
Exame físico
Exame laboratorial
Profilaxia
Somente existe vacina contra hepatite B
Cuidados com fluidos
*
Tratamento
Sintomático
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HTLV
A doença é causada pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV), que infecta as células de defesa do organismo, os linfócitos T. O HTLV foi o primeiro retrovírus humano isolado (no início da década de 1980) e é classificado em dois grupos: HTLV-I e HTLV-II.
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Formas de contágio
A transmissão desse vírus se dá pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada, compartilhamento de seringas e agulhas durante o uso de drogas e da mãe infectada para o recém-nascido (também chamado de transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno. 
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Sinais e sintomas
A maioria dos indivíduos infectados pelo HTLV não apresentam sintomas durante toda a vida. Mas um pequeno grupo dos infectados pode desenvolver manifestações clínicas graves, como alguns tipos de câncer, além de problemas musculares (polimiosite), nas articulações (artropatias), nos pulmões (pneumonite linfocítica), na pele (dermatites diversas), na região ocular (uveíte), além da síndrome de Sjögren, doença autoimune que destrói as glândulas que produzem lágrima e saliva.
*
Tratamento
Como o risco do desenvolvimento da doença associado ao HTLV é muito baixo, não há tratamento específico para a infecção. O paciente deve ser acompanhado em serviço de saúde especializado, para diagnosticar e tratar precocemente doenças que podem estar associadas.
*
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da Saúde. 2005. 
______. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids Recomendações para Terapia Anti-retroviral em Adultos Infectados pelo HIV: 2008/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. 7a Ed. - Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de vigilância epidemiológica. Doenças Infecciosas e Parasitárias: guia de bolso /Ministério da Saúde, Departamento de vigilância Epidemiológica.- 8ed.rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010a. 
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Recomendações para Profilaxia da Transmisão Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes: manual de bolso/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010b.

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