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Nutrição nas fases da vida

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Aula 1 nutrição infantil.pdf
NUTRIÇÃO INFANTIL
Profa Susana Ortiz Costa
Consulta de Nutrição Pediátrica 
Compõe-se de três fases:
 Primeira Fase  caráter exploratório:
 Avaliação antropométrica e;
 Anamnese propriemente dita Coleta de informações clínicas e
nutricionais atuais e pregressas,
exame físico
exames bioquímicos e,
dados complementares.
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 Segunda fase  impressão diagnóstica.
 Terceira fase  conduta nutricional.
Consulta de Nutrição Pediátrica 
Problemas nutricionais  natureza multifatorial  diagnóstico
nutricional envolve utilização de :
Indicadores antropométricos,
Indicadores dietéticos,
Indicadores bioquímicos,
Indicadores clínicos,
DADOS SÓCIOECONÔMICOS.
Profa Susana Ortiz Costa
 As deficiência nutricionais específicas podem ocorrer em
crianças sem déficit antropométrico  gravidade e tempo de
ocorrência  comprometimento de crescimento e
desenvolvimento.
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Consulta de Nutrição Pediátrica 
1ª Fase Exploratória:
 Avaliação antropométrica da criança:
Crescimento somático  avaliado quantitativamente  representa
indicador sensível da saúde e nutrição da população  fator
prognóstico da morbi-mortalidade.
Peso e altura  medidas antropométricas mais comumente utilizadas
na AN.
Acompanhamento do crescimento de crianças  por meio de gráficos
(universalmente utilizado independente do tipo de serviço de saúde).
Os gráficos estão disponíveis para os índices P/I, A/I, IMC/I, Dobra
cutânea tricipital/I, Dobra cutânea subescapular/I, Circunferência do
braço/I e Circunferência cefálica/I.
A novidade nas curvas de NCHS/1977 é o IMC/I para menores de 5
anos.
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Consulta de Nutrição Pediátrica 
1ª Fase Exploratória:
 Avaliação antropométrica da criança:
As medidas antropométricas devem ser registradas nas curvas de
crescimento disponíveis nos prontuários de serviços de saúde e na
Caderneta de Saúde da Criança (posse do responsável).
Comportamento da curva da criança  Represente direção e
intensidade do crescimento (ascendente, horizontalidade e
descendente).
Possível detectar desaceleração do ganho ou perda ponderal e crianças
com ganho excessivo de peso permitindo intervenção precoce.
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Profa Susana Ortiz Costa
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1ª Fase Exploratória:
 ANAMNESE:
 Queixa Principal: Queixa presente no momento da consulta
(independente da causa).
A queixa deve ser valorizada pelo nutricionista seja de natureza
alimentar/nutricional ou não  encaminhamento ao médico.
 Evolução da criança em relação à última consulta no serviço:
detectar intercorrências desde a última consulta e a atual.
 Dados socioeconômicos:
 Análise da renda familiar, escolaridade, condições de moradia,
trabalho materno: conhecimento da realidade pessoal e familiar 
planejamento dietético.
 Conhecimento sobre as pessoas responsáveis pelos cuidados da
criança.
 Permanência em creche ou pré-escola.
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1ª Fase Exploratória:
 ANAMNESE:
 Desenvolvimento da criança: Aquisição de habilidades e funções 
observação de presença ou ausência de determinadas condutas e
capacidades segundo à idade.
 Representa o produto entre da interação entre o potencial genético, o
amadurecimento fisiológico e o meio social.
 São indicativos que expressam o desenvolvimento entre outros:
 A capacidade de sustentação da cabeça,
 A manipulação de objetos,
 A marcha,
 O amadurecimento ósseo e sexual,
 O controle esfincteriano e,
 A capacidade de expressão por meio da linguagem oral e escrita.
 A Caderneta de Saúde da Criança apresenta a evolução esperada de
habilidades e funções, do nascimento até os 10 anos.
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1ª Fase Exploratória:
 ANAMNESE:
 Imunização: verificar calendário de vacinas.
 Função intestinal: frequência de evacuações e consistência das
fezes.
 Alimentação:
 Duração do aleitamento;
 Alimentação complementar (idade de introdução , evolução);
 Desmame precoce?
 História alimentar (no de refeições, horários, quantidade e
frequência de alimentos, consistência, consumo entre as
refeições, ingestão hídrica, local de realização das refeições e
quem oferece).
 Pesquisar intolerâncias alimentares.
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1ª Fase Exploratória:
 AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR:
 Exame físico: cabelo, olhos, boca, pele e unhas  crianças com
déficit de crescimento e/ou histórico alimentar inadequado.
 Exames bioquímicos: resultados de rotina (sangue e fezes).
 Utilização de medicamentos: Uso de medicamento e suplementos
vitamínicos-minerais (principalmente).
2ª Fase :
 IMPRESSÃO DIAGNÓSTICA Resumo da AVG da criança:
 Apreciação da conduta nutricional antropométrica, dietética e
bioquímica.
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3ª Fase :
 CONDUTA NUTRICIONAL  Deve ser registrada para fins de
reavaliação nas consultas subsequentes.
 Cálculo de dieta (quando houver): teor energético, fórmulas
utilizadas.
 Alimentação com leites artificiais: incluir detalhamento.
 Transcrever as correções dos erros dietéticas.
 Condutas específicas `as intercorrências ou situações relevantes
encontradas (encaminhamento a outros profissionais, ao setor de
vacinação ou outros).
TODAS AS INFORMAÇÕES COLETADAS, A IMPRESSÃO E
CONDUTAS NUTRICIONAIS DEVEM SER REGISTRADAS EM
PRONTUÁRIO, DE MANEIRA CLARA E OBJETIVA, POIS
REPRESENTA O DOCUMENTO QUE DESCREVE A HISTÓRIA DE
SAÚDE DO PACIENTE.
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REGISTRO DAS INFORMAÇÕES E ASPECTOS 
LEGAIS
 Todas as informações coletadas, a impressão e condutas
nutricionais devem ser registradas em prontuário, de maneira clara
e objetiva, pois representa o documento que descreve a história de
saúde do paciente.
 A Caderneta de Saúde da Criança deve ser adequadamente
preenchida  constitui um prontuário resumido:
 dados de identificação e do nascimento da criança,
 história da gravidez, parto e puerpério,
 odontograma,
 história de intercorrências e tratamentos realizados,
 calendário vacinal,
 acompanhamento do crescimento e desenvolvimento,
 Informações de promoção de saúde e de alimentação saudável
na infância.
REGISTRO DAS INFORMAÇÕES E 
ASPECTOS LEGAIS
 A resolução CFN 380/2005 dispõe sobre a definição das áreas de atuação 
do nutricionista, suas atribuições e parâmetros numéricos de referência, 
estabelece como atividades obrigatórias do profissional na área de nutrição 
clínica:
 Diagnóstico nutricional
 Prescrição dietética
 Educação nutricional
 Atividades complementares: Solicitação de exames laboratoriais 
necessários à avaliação nutricional, prescrição dietética e à evolução 
nutricional.
 Prescrição de suplementos nutricionais e de alimentos para fins 
especiais para complementação da dieta.
 Também estabelece: Atendimento nutricional em nível
ambulatorial/consultório  tempo médio de 40 minutos para a 1ª consulta e
20 minutos para consultas subsequentes.
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Aula 2 planejamento dietetico infantil.pdf
PLANEJAMENTO 
DIETÉTICO EM 
PEDIATRIA 
Profa Susana Ortiz Costa 
 
Determinação do valor energético da dieta 
infantil 
VET (kcal) = peso (kg) x recomendação 
 de energia (kcal/kg/dia) 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 1 
Profa Susana Ortiz Costa 
 2 
Quadro 1 – Requerimento energético para lactentes segundo a idade 
 
Idade 
(meses) 
Requerimento de energia 
(kcal/kg/dia) 
Meninos Meninas 
0 - 1 113 107 
1 - 2 104 101 
2 - 3 95 94 
3 - 4 82 84 
4 - 5 81 83 
5 - 6 81 82 
6 - 7 79 78 
7 - 8 79 78 
8 - 9 79 78 
9 - 10 80 79 
10 - 11 80 79 
11 - 12 81 79 
Fonte: FAO 2004 
Profa Susana Ortiz Costa 
 3 
Quadro 2 – Requerimento energético para pré-escolares e escolares, segundo a 
idade e atividade física 
Idade 
(meses) 
Meninos 
(kcal/kg/dia) 
Meninas 
(kcal/kg/dia) 
Atividade Atividade 
Leve Moderada Intensa Leve Moderada Intensa 
1 - 2 82 80 
 
2 - 3 84 81 
3 - 4 80 77 
4 - 5 77 74 
5 - 6 75 72 
6 - 7 62 73 84 59 69 80 
7 - 8 60 71 81 57 67 77 
8 - 9 59 69 79 54 64 73 
9 - 10 56 67 76 52 61 70 
Fonte: FAO 2004 
 
Determinação do valor protéico da dieta 
infantil 
Ingestão de proteínas (g) = peso (kg) x 
recomendação de proteínas (g/kg/dia) 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
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Profa Susana Ortiz Costa 
 5 
Idade (anos) Consumo seguro de proteína 
(g/kg/d) 
0,5 1,31 
1 1,14 
1,5 1,03 
2 0,97 
3 0,90 
4 - 6 0,87 
7 - 10 0,92 
Quadro 3 – Quantidades seguras de ingestão protéica para lactentes 
desmamados e crianças até 10 anos de idade de ambos os sexos 
Fonte: FAO 2007 
Profa Susana Ortiz Costa 
 6 
Exemplo de cálculo: 
 Cálculo das necessidades de energia e proteínas para 
uma menina de 3 anos, pesando 14 kg (localizada no 
percentil 50 da curva de crescimento peso/idade) 
VET : 77 kg/kg/dia x 14 kg = 1078 kcal/dia 
 
Proteínas: 0,90 g proteína/kg/dia x 14 kg 
 = 12,6 g proteína/dia 
Profa Susana Ortiz Costa 
 7 
Faixas aceitáveis de distribuição de macronutrientes 
Idade (anos) % Proteínas % Gorduras % Carboidratos 
1 - 3 5 – 20 30 - 40 45 – 65 
> 4 10 -30 25 - 35 45 - 65 
Quadro 4 – Distribuição percentual dos macronutrientes em 
relação ao VET da dieta 
DISTRIBUIÇÃO DOS MACRONUTRIENTES 
REFERENTES AO VET 
Fonte: IOM 2005 
Profa Susana Ortiz Costa 
 8 
Idade (anos) Fibras (g/d) 
1 - 3 19,0 
4 - 8 25,0 
Quadro 5 – Ingestão diária de fibras para crianças 
Fonte: IOM 2005 
FIBRAS NA DIETA INFANTIL 
 Importantes componentes que recebem pequena atenção no 
planejamento dietético para o grupo infantil. 
 Oferta variada de frutas e hortaliças contribui para o atendimento às 
necessidades diárias de fibras. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 9 
MICRONUTRIENTES NA DIETA INFANTIL 
 Atenção: micronutrientes cujas recomendações são 
mais expressivas ou disponibilidade depende de outros 
fatores dietéticos (cálcio, ferro, zinco, vitaminas A e C. 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
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Profa Susana Ortiz Costa 
 11 
Aula 3 aleitamento.pdf
ALEITAMENTO 
MATERNO 
Profa Susana Ortiz Costa 
“ A lactação é a fase final do ciclo 
reprodutivo nos mamíferos e, em 
quase todas as espécies, o leite 
materno é essencial para a 
sobrevivência durante o início da 
vida extrauterina.” 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 1 
Aleitamento materno em humanos: 
 Fonte de nutrientes adaptados às condições 
digestivas e metabólicas da criança; 
 Efeito protetor contra microorganismos 
patogênicos; 
 Estabelecimento de uma forte relação mãe e 
filho; 
 Redução na probabilidade do 
desenvolvimento de alergias; 
 Redução na fertilidade materna. 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 2 
HISTÓRICO DA AMAMENTAÇÃO 
 Século XX: declínio progressivo do aleitamento materno (Início do 
aleitamento e desmame precoce). 
 A amamentação na década de 80 caiu até 10%. 
 Observou-se  de doenças infecciosas, respiratórias e diarréicas. 
 Leis de incentivo a amamentação  aumento considerável no 
aleitamento entre as décadas de 80 e 90. 
 Brasil  aleitamento exclusivo em ascensão (porém taxa de 23/d 
nas capitais). 
 Outros estudos  aleitamento materno exclusivo entre crianças de 
0 a 4 meses 43,3% (podendo ser menor devido a erros no 
questionário aplicado). 
 Dados mais precisos  Aleitamento exclusivo:  de 17,1% para 
21,4% (1986-1996/98) e aleitamento materno predominante  de 
42,4% para 45,4% 
 OMS  Preconiza “amamentação exclusiva até o 6º mês e 
aleitamento materno com alimentos complementares até 2 anos ou 
mais de idade.” 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 3 
AÇÕES DE PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO 
Iniciativa do Hospital Amigo da Criança (IHAC) - (OMS/UNICEF): 
 Política de promoção do aleitamento. 
 Objetivo: Promover, proteger e apoiar o AM, mediante a adoção, 
pelos hospitais dos “Dez passos para o incentivo do aleitamento 
materno.” 
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento, que deve ser mantida 
rotineiramente a toda a equipe de cuidados de saúde. 
2.Treinar toda a equipe de saúde para que implemente esta norma. 
3. Informar todas as gestantes as vantagens e prática do aleitamento. 
4. Ajudar as mães a iniciarem o aleitamento na 1ª meia hora após o 
nascimento 
5. Mostrar às mães como amamentar e manter a lactação. 
6. Não dar ao RN outro alimento ou líquido. 
7. Alojamento conjunto: mãe e bebê juntos 24 horas/dia 
8. Livre demanda 
9. Não ofertar chupeta aos bebês que são amamentados ao seio 
10. Encorajar grupos de apoio ao aleitamento materno para as mães 
após a alta hospitalar. 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 4 
AÇÕES DE PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO 
Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM) - 
OBJETIVO: Promoção, proteção e apoio ao AM por meio da mobilização 
das UBS. 
1. Norma escrita quanto à promoção, proteção e apoio ao AM transmitida 
a toda equipe da UBS. 
2. Treinamento e capacitação da equipe para implementação da norma. 
3. Orientação dos direitos e vantagens do AM para gestantes e mães. 
4. Escutar preocupações, vivências e dúvidas das gestante e mães 
fortalecendo sua autoconfiança. 
5. Orientar sobre a importância de iniciar a amamentação na 1ª hora 
após o parto e ficar com o bebê em alojamento conjunto. 
6. Mostrar às mães como amamentar e manter a lactação . 
7. Orientar sobre o método de amenorréia lactacional e outros métodos 
contraceptivos. 
8. Livre demanda. 
9. Não ofertar chupeta aos bebês que são amamentados ao seio, não 
permitindo propagandas na US. 
10. Encorajar grupos de apoio ao aleitamento materno para as mães após 
a alta hospitalar. 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 5 
AÇÕES DE PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO 
MÉTODO CANGURU: 
O método Mãe-Canguru é um tipo de assistência neonatal voltada para 
atendimento do recém-nascido de baixo peso (RNBP) ou prematuro, que
implica colocar o bebê em contato pele a pele com a sua mãe (OMS, 2004). 
 
Método abrange: 
 cuidados técnicos com o bebê; acolhimento à família; promoção do 
vínculo mãe-bebê e do aleitamento materno; acompanhamento ambulatorial 
após a alta. 
 
Desenvolvido em 3 etapas: 
1ª Etapa: Pré-natal (identificação de riscos) e pós-parto (estímulo a lactação 
e participação da família na UTI); 
2ª Etapa: Ganho de peso regular por 3 dias e peso >1250 g/dia (hospital ou 
maternidade). 
3ª Etapa: Em casa, após alta, peso mínimo de 1500 g, clinicamente estável e 
ganhando peso (acompanhamento ambulatorial). 
A Norma de Atenção Humanizada ao RNBP - Método Mãe Canguru foi 
lançada em dezembro de 1999 e publicada através da Portaria Ministerial 693 
de 05 de julho de 2000. 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 6 
ANATOMIA DA MAMA 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 7 
 Glândula mamária: epitélio glandular 
composto por células produtoras de 
leite e um sistema de ductos 
envolvidos por tec. conectivo e 
gordura. 
 Componentes: 
 Tec. mamário. 
 Aréola (1,5 a 2,5 cm)  glândulas de 
Montgomery (secreção: lubrificar os 
mamilos). 
 Mamilo: 15 a 20 ductos lactíferos 
rodeados por cels. musculares 
modificadas. 
 Glândula mamária: 15 a 20 lóbulos 
mamários, cada com aparelho 
secretor – canais lactóforos que 
desembocam nos seios lactíferos ou 
ampolas lactóforas (abaixo da aréola 
– leite armazenado). 
 
ESTRUTURA DA GLÂNDULA MAMÁRIA 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 8 
 Varia com a idade. 
 Nascimento: “leite de bruxa” – secreção que desaparece em poucas 
semanas. 
 Puberdade: hormônios ovarianos (estrogênio)  alongamento dos canais 
mamário e desenvolvimento dos alvéolos. 
 Adolescência: Crescimento dos lóbulos e ácinos das glândulas mamárias. 
 Gestação e lactação: favorece alterações que possibilitam a produção 
láctea . 
 Gestação:  hormônios ovarianos e placentários (estrogênio e 
progesterona)  desenvolvimento tubular e proliferação alveolar. 
 Lactação: secreção de prolactina (pós-parto)  nova proliferação alveolar 
e reorganização das células  início e manutenção da síntese láctea. 
 
 
 Raramente os tecidos mamários são insuficientes para a nutrição de seus 
filhos  amenorréia periódica ou menarca tardia; cirurgias para remoção 
de tumores ou cistos; ou redução e/ou reestruturação de mamas). 
Fatores fisiológicos da lactação 
 
 Mamogênese: 
desenvolvimento da 
glândula mamária 
Lactogênese: início da 
lactação 
Lactopoese: manutenção 
da lactação 
Profa Susana Ortiz Costa 
 9 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 Iniciação e manutenção da lactação  
inervação do mamilo e tecs. adjacentes, a 
medula espinhal, o hipotálamo e a hipófise 
(hormônios: prolactina, ACTH, 
glicocorticóides e ocitocina). 
 Produção de leite  duas etapas (ocorre 
simultaneamente). 
1ª etapa: produção e secreção no lúmen 
alveolar. 
2ª etapa: passagem pelos ductos e ejeção. 
 Secreção : ativado pelo estímulo de sucção. 
 Inervação do mamilo e da aréola  
conexões entre SN autônomo e sensitivo. 
Estímulo nervoso  Medula espinhal  
hipotálamo. 
 Inibição da secreção do Fator de inibição da 
prolactina (PIF)  estímulo produção 
láctea. 
1- A sucção pelo bebê é o estímulo, 
2- que envia mensagem ao cérebro, 
ao hipotálamo (hipófise anterior), 
3- que secreta o hormônio prolactina, 
4- este hormônio cai na corrente 
sangüínea e atinge os alvéolos, 
5-nos alvéolos, estimula a produção 
das células secretoras de leite, com 
produção de leite. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 10 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 11 
REFLEXO DA DESCIDA DO LEITE 
Compressão dos alvéolos pelas céls epiteliais que as 
rodeiam  contração estimulada pela ocitocina liberada pela 
hipófise posterior. 
Os estímulos auditivos, visuais, sentimentos, pensamentos e 
emoções podem interferir no reflexo da descida do leite. 
 Sentimentos agradáveis, como ver, tocar ou ouvir o bebê 
chorar podem ajudar o reflexo da ocitocina e fazer o leite fluir. 
Estresse e alterações emocionais  inibição do reflexo de 
descida mediado pela adrenalina e noradrenalina  célula 
mioepitelial e eixo hipotálamo-hipofisário. 
Esvaziamento da mama  acumulação nos ductos  
compressão dos alvéolos mamários  impede o processo 
secretor. 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
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REFLEXO DA DESCIDA DO LEITE 
1- A sucção pelo bebê é o 
estímulo, 
2- que envia mensagem ao 
cérebro, ao hipotálamo (hipófise 
posterior), 
3- que secreta o hormônio 
ocitocina, 
4- o hormônio que cai na corrente 
sangüínea e atinge os alvéolos, 
5- promove a contração das 
células que envolvem os alvéolos 
(células mioepiteliais) e leva o 
leite para dentro dos ductos, para 
que possa ser sugado pela 
criança. 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 13 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
Aspectos nutricionais: 
 Adequado e específico para a espécie. 
 Misturas complexas  Mais de 200 constituintes. 
Composição: 
Proteínas; 
Açúcar; 
Minerais e vitaminas; 
Gordura em suspensão. 
Variações na composição: 
De mãe para mãe (idade materna, paridade, saúde, classe social e idade 
gestacional) 
Período de lactação; 
Período do dia. 
 Independe do estado nutricional da mãe. 
Estágio de lactação: colostro, leite de transição e leite maduro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
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ESTÁGIO DE LACTAÇÃO 
COLOSTRO 
Período do colostro: 3 a 7 dias. 
 Fluido espesso de cor amarelada (elevada [ ] de caroteno). 
Volume: 2 a 20mL/mamada. 
Composição: 
 54kcal/dL 
 2,9 g/dL de lipídeos, 5,7 g/dL de lactose e 2,3 g/dL de 
proteínas (3x mais que o leite maduro); 
Elevada [ ] de imunoglobulina A secretória, lactoferrina e 
linfócitos e macrófagos (ação protetora ao LM). 
 minerais ( Na+, K+ e Cl-). 
 vitaminas lipossolúveis (A, E e carotenóides). 
Pequenas qdes de vitaminas do complexo B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 15 
ESTÁGIO DE LACTAÇÃO 
LEITE DE TRANSIÇÃO 
Período do colostro: 5º ao 15º dia. 
 Modificações na [ ] e volume até atingir volume estável e na 
composição até atingir valores médios do leite maduro 
 
LEITE MADURO 
 Período: após leite de transição. 
 Volume: 700 a 900 mL/dia (1os seis meses) 
 600 mL/dia (2º semestre) 
 550 mL/dia (2º ano de lactação). 
Composição: 
 70 kcal/dL 
 Difere do leite de outros mamíferos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 16 
 LACTAÇÃO 
 Leite materno: 
Composição 
 
 
Água Sólidos 
totais 
Proteína 
total 
Lipídio Lactose 
Colostro 87,2 12,8
2,3 2,9 5,3 
Leite 
maduro 
87,5 12,5 0,9 4,2 7,3 
Fonte: Accioly et al, 2009 
Profa Susana Ortiz Costa 
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Profa Susana Ortiz Costa 
 18 
 LACTAÇÃO 
 Leite materno: 
Energia: 
 70kcal/100mL 
 Lipídios fornecem 51% da energia total 
 Carboidratos fornecem 43% 
 Proteínas fornecem cerca de 6% 
 Metabolismo do bebê é adaptado à dieta 
hiperlipídica. 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 19 
 LACTAÇÃO 
 Leite materno: 
 Lipídios: 
 Fornecimento de energia 
 Veículo de entrada das vitaminas lipossolúveis e AG 
essenciais 
 35% são AG de cadeia média (TCM) – fácil digestão e rápida 
absorção/metabolização 
 15% são AG de cadeia longa poliinsaturados (AA e DHA) 
 Superior ao do leite de vaca 
 Desenvolvimento cerebral 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
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 LACTAÇÃO 
 Leite materno: 
Lipídios: 
 Nutriente que mais sofre alteração 
 Momento da mamada 
 Estágio da lactação 
 Paridade e adiposidade da nutriz 
 Qualidade do perfil lipídico da dieta materna 
 trans x poliinsaturadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
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 LACTAÇÃO 
 Leite materno: 
Carboidratos: 
 Lactose é o predominante (glicose sanguínea) 
 Facilita a absorção de: cálcio, zinco, ferro e manganês 
 Fornece galactose quando metabolizada 
 Desenvolvimento do SNC 
 Auxilia a proliferação de lactobacillus bifidus 
 Não sofre alterações com a dieta materna 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 22 
 LACTAÇÃO 
 Leite materno: 
 Proteínas: 
 Entre mamíferos é o que apresenta a menor quantidade 
 Caseína (<25%) e proteína do soro 
 Caseína: facilmente digerida e provedora de aa livres 
 Proteínas do soro: proteínas essenciais 
 Lactoferrina, proteína ligante do ferro e do folato (enzimas 
ligantes) 
 IgA e IgG (defesa) 
 α-lactoalbumina (nutricionais) 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 23 
 LACTAÇÃO 
 Leite materno: 
Minerais: 
 Variedade de funções fisiológicas 
 Cálcio, fosfato, potássio, sódio, magnésio e cloreto 
 Ferro, cobre e manganês 
 Altamente biodisponíveis 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 24 
 LACTAÇÃO 
 Leite materno: 
 Vitaminas: 
 Hidrossolúveis presentes são: 
 C, B1, B2, niacina, B6, folato, biotina e B12 
 Sofrem variação do estágio da lactação (menor no colostro) 
 Lipossolúveis: 
 A, D, E, K 
 Alguns carotenóides precursores de vitamina A 
 Vitamina D na forma hidrossolúvel – altamente disponível 
 Dependente da ingestão materna 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 25 
 LACTAÇÃO 
 Estado Nutricional Materno x Produção 
Láctea: 
Baixa renda: 
 400 a 700 ml de leite/dia – 1º semestre de lactação 
 300 a 500 ml de leite/dia – 2º semestre até 2º ano de 
lactação 
 Desnutrição materna severa – diminuição significativa 
Bom nível sócio-econômico: 
 600 a 900 ml de leite/dia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 26 
 LACTAÇÃO 
 Estado Nutricional Materno x Produção Láctea: 
 Fatores aditivos: 
 Anticoncepcional com estrogênio e progesterona 
 Redução de quase 40% da produção e efeito a longo prazo 
 Cigarro (efeito vasoconstritor e diminuição da liberação de 
prolactina). 
 Bebidas alcoólicas em excesso (2 latas de cerveja) 
 Redução de vitamina A também 
 Aumento as síntese de lipídios e teor no leite 
 Passagem para o leite e redução da sucção 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 27 
ASPECTOS IMUNOLÓGICOS 
A- CELULARES: 
 Linfócitos T céls. vivas e funcionais – correspondem a 50% dos 
linfócitos do colostro, mais tarde decaem 20%. 
 Linfócitos B produzem IgA secretória e interferon. 
 Macrófagos têm atividade fagocitária; sintetizam lactoferrina, 
lisozima e complemento; carreiam IgA secretória. 
 Leucócitos 
polimorfonucleares 
Neutrófilos e eosinófilos. 
Componentes protetores do leite humano: 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 28 
ASPECTOS IMUNOLÓGICOS 
Componentes protetores do leite humano: 
B- HUMORAIS: 
 Imunoglobulinas IgA secretória, IgA, IgG, IgM, IgD, IgE – agem contra a invasão 
bacteriana da mucosa e/ou colonização do intestino; ativam a 
via do complemento. 
 Lactoferrina Liga-se ao ferro disponível no meio e inibe a multiplicação 
bacteriana. 
 Fator bífidus Estimula o crescimento de lactobacillus bifidus, que 
antagonizam as enterobactérias. 
 Fator anti estafilocócico Inibe a infeccção estafilocócica sistêmica 
 Lactoperoxidase Destrói os estreptococos e bactérias entéricas. 
 Complemento C3 e C4 Torna a parede celular suscetível à fagocitose 
 Interferon Inibe a duplicação viral intracelular 
 Lisozima Lisa as bactérias pela destruição da parede celular. 
 Proteína fixadora de B12 Torna a vit. B12 não disponível para o crescimento bacteriano. 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 29 
VANTAGENS DO ALEITAMENTO 
Criança: 
 Nutricionais e imunológicas; 
 Imediatamente disponível; 
 Fácil obtenção; 
 Temperatura ideal; 
 Seguro microbiologicamente; 
 Econômico; 
 Favorece o laço afetivo mãe-filho; 
 Boa digestibilidade; 
 Variabilidade biológica (prematuros e RNBP). 
 Diminui a incidência de alergias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 30 
VANTAGENS DO ALEITAMENTO 
Materna: 
 Controle dietético ( obesidade  perda de peso); 
 Involução mais rápida do útero (ocitocina  contração 
musculatura uterina); 
 Proteção câncer mamário e de ovário ( 66% do câncer 
de mama); 
 Método anticoncepcional em nível populacional – LAM 
(Lactation Amenorrhea Method)  1os seis meses pós-
parto; amenorréia e amamentação exclusiva ou quase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 31 
LACTAÇÃO 
 Contra-indicações temporárias: 
Doenças infecciosas em mães (Ex: varicela, 
hepatite, herpes simples (lesões na mama)) 
Lesões mamárias 
Tuberculose não-tratada 
Algumas medicações 
 
Obs. Durante este período o bebê deve ser 
alimentado com leite artificial por copo ou colher, e a 
produção de leite materno deve ser estimulada. 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 32 
LACTAÇÃO 
 Contra-indicações definitivas: 
 Não são muito frequentes 
 Mães com doenças graves 
 Mães infectadas com HIV 
 Bebês com doenças metabólicas: fenilcetonúria e 
galactosemia 
 
 
Obs. O bebê deve
ser alimentado com leite 
artificial. 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 33 
TÉCNICAS DE AMAMENTAÇÃO 
 Amamentar não é apenas um ato instintivo, exige 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 34 
TÉCNICAS DE AMAMENTAÇÃO 
 A má pega dificulta o esvaziamento da 
mama, levando a uma diminuição da 
produção do leite. 
 Muitas vezes, o bebê com pega 
inadequada não ganha o peso 
esperado apesar de permanecer longo 
tempo no peito. 
 Isso ocorre porque, nessa situação, 
ele é capaz de obter o leite anterior, 
mas tem dificuldade de retirar o leite 
posterior, mais calórico. 
 Além de dificultar a retirada do leite, a 
má pega machuca os mamilos. 
 Quando o bebê tem uma boa pega, o 
mamilo fica em uma posição dentro da 
boca da criança que o protege da 
fricção e compressão, prevenindo, 
assim, lesões mamilares. 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 35 
TÉCNICAS DE AMAMENTAÇÃO 
Pontos-chave da pega 
adequada 
1. Mais aréola visível acima 
da boca do bebê; 
2. Boca bem aberta; 
3. Lábio inferior virado para 
fora; 
4.Queixo tocando a mama. 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 36 
TÉCNICAS DE AMAMENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 37 
ORDENHA 
 Realizar ordenha, de preferência manual, da seguinte 
maneira: 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 38 
Dificuldades e problemas mais comuns na 
amamentação 
Ingurgitamento mamário 
 Congestão vascular, que ocorre pelo esvaziamento insuficiente das 
mamas, 
 Comum entre dois a cinco dias após o parto. 
 As mamas podem ficar quentes, pesadas, duras e dolorosas, às vezes 
ficam vermelhas e brilhantes. 
Tratamento: 
 Manter a criança sugando (quando apta) 
 Ordenha para aliviar a dor (criança não apta para sugar). 
 Não usar compressas frias ou quentes. 
 Use um sutiã firme para elevar as mamas. 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 39 
Dificuldades e problemas mais comuns na 
amamentação 
Fissuras no mamilo 
 A causa mais comum do mamilo fissurado é o 
modo errado do bebê pegar o bico da mama. 
Tratamento: 
 Assegure um bom mamar ao bebê; 
 exponha as mamas ao sol até obter completa 
cicatrização, por cerca de 20 min, todos os dias, 
antes das 10 h e após as 16 h; ou banho de luz 
com lâmpada de 40 watts (1 palmo de distância) 
por 10 minutos; 
 exponha os mamilos para arejar, sempre que 
possível, e passar o próprio leite nos mamilos; 
 Não use óleos, cremes ou pomadas nos 
mamilos; Usar o próprio leite como cicatrizante; 
 Não passe sabão na hora do banho (ou em 
qualquer hora), nem esfregue os mamilos com 
buchas, esponjas ou toalhas. 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 40 
Dificuldades e problemas mais comuns na 
amamentação 
Mastite 
 Acúmulo de leite, sem ordenha de 
alívio. 
 Mamas quentes, febre, dor a palpação 
e presença de secreção purulenta. 
Tratamento: 
 Aplicação de compressas úmidas e 
frias; 
 Manter amamentação até; 
 exponha os mamilos para arejar, 
sempre que possível, e passar o 
próprio leite nos mamilos; esvaziar a 
mama; 
 Alguns casos necessita medicamento 
(deve estar na lista dos permitidos). 
 
 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 41 
MITOS DE AMAMENTAÇÃO 
 Dar de mamar faz os seios caírem; 
 “Meu leite é fraco”. 
 “Meu leite não sustenta o bebê”. 
 Criança prematura ou com baixo peso não 
deve ser amamentada. 
 Mãe que trabalha fora não pode amamentar. 
Aula 4 alimentação artificial.pdf
ALIMENTAÇÃO DO 
LACTENTE 
COM FÓRMULAS 
LÁCTEAS 
Profa Susana Ortiz Costa 
INDICAÇÕES DO ALEITAMENTO ARTIFICIAL 
“ O Ministério da Saúde containdica o leite 
materno quando este contém 
microorganismos ou substâncias que põem 
em risco a saúde e avida da criança.” 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 1 
Diferenças entre os leites 
Humano Vaca 
Profa Susana Ortiz Costa 
 2 
 Quantidades inadequadas de vitamina E, ferro e ács. graxos 
essenciais. 
 Quantidades excessivas de ptns, potássio e sódio. 
Diferenças entre os leites 
mulher vaca cabra 
Profa Susana Ortiz Costa 
 3 
RISCOS ASSOCIADOS AO CONSUMO DE 
FÓRMULAS LÁCTEAS 
 Nutricionais e metabólicos. 
 Maior incidência de morbimortalidade (diarréia, 
infecções do trato respiratório, doenças 
atópicas). 
 Alterações de crescimento (lactentes 
amamentados < lactentes que recebem 
fórmulas.  obesidade aos 12 meses e 4 anos) 
 Desenvolvimento cognitivo (> escore de função 
cognitiva em crianças alimentadas ao seio). 
 Econômicos (> gastos domésticos). 
Profa Susana Ortiz Costa 
 4 
Profa Susana Ortiz Costa 
 5 
Aleitamento artificial 
 Leite de vaca, leite de cabra e extrato de soja. Leite de outros 
mamíferos (ex.:búfala) – outras culturas. 
 Extrato de soja (leite de soja)   teor de metionina  fórmulas 
caseiras podem interferir no crescimento da criança. 
 Fórmulas industrializadas: Adição de metionina, custo elevado e 
sabor pouco agradável. 
 Indicação: Crianças com alergia ao LV (proteína) e intolerância 
à lactose. 
 Leite de cabra  Composição centesimal similar ao LV (apresenta 
> teor de cálcio e lipídeos). 
 Fórmulas industrializadas: acrescidos de vitaminas e minerais 
como nas fórmulas lácteas de LV. 
 Custo elevado (5x mais que o LV). 
 Indicação: Crianças com alergia à proteína do LV. 
 Não indicado para intolerância à lactose.(contém lactose) 
LEITE DE VACA 
Leite de vaca 
Profa Susana Ortiz Costa 
 6 
 
EM PÓ EM PÓ 
MODIFICADO 
FLUIDO 
Integral 
Desnatado NAN 
Aptamil 
Nestogeno 
Bebelac 
Integral 
Semi-
desnatado 
Desnatado 
 −Pasteurizado: 
fever. 
−Esterelizado: 
aquecer 
 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 7 
Quadro 1 – 
Comparação da 
composição química 
média do leite 
humano maduro e 
leite de vaca (100mL) 
 
NUTRIENTE Leite humano Leite de vaca 
Energia, kcal 68 63 
Proteína, g 1,05 3,2 
Caseína:Albumina 40:60 82:18 
Lipídeos, g 4,2 3,5 
Saturado:Insaturado 50:50 
Carboidrato, g 7,2 4,6 
Vitamina A, mg RE 50 56-80 
Vitamina D, mg 0,06 1 
Vitamina E, mg 0,23 0,04 
Vitamina K, mg 0,21 0,1-0,4 
Vitamina C, mg 4,0 3,0 
Tiamina, mg 0,02 0,04 
Riboflavina, mg 35 91 
Niacina, mg 150 166 
Piridoxina, mg 9,3 55 
Ácido pantotênico, mg 0,18 0,33 
Folato, mg 8,5 6 
Vitamina B12, mg 0,097 0,43 
Cálcio, mg 8 115 
Fósforo, mg 14 91 
Ferro, mg 0,03 0,05 
Zinco, mg 0,12 0,4 
Magnésio, mg 3,5 9,6 
Água, mL 87,1 87,2 
Sódio, mg 18 51,5 
Cloro, mg 42 97 
Potássio, mg 52,5 140
LEITE DE VACA 
  teor de proteínas e eletrólitos   função renal do RN 
  filtração glomerular e  capacidade de [ ] de 
solutos  hipernatremia e acidose. Também 
desidratação. 
  teor de proteínas: > proporção de caseína  precipita 
no estômago em coágulos mais espessos  processo 
de digestâo mais lento. 
  teor de lipídeos e AGPI. 
 Inadequação no teor de Fe. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 8 
 NÃO INDICADO PARA MENORES DE 2 ANOS: 
1)  teor de ptn, K+ e Na+   maior carga de solutos renais. 
2)  teor de energia  importante para crescimento. 
3)  teor de lipídeos  desenvolvimento de SN das crianças. 
 
 Também CONTRAINDICADO para lactentes e pré-escolares obesos. 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 9 
LEITE DE VACA DESNATADO 
FÓRMULAS INFANTIS MODIFICADAS 
 Elaboradas com LEITE DE VACA. 
 Principais modificações: 
 Redução do teor de proteínas e eletrólitos; 
 Substituição de parte dos lipídeos por óleos vegetais; 
 Adição de outros carboidratos (maltose e sacarose); 
 Adição de vitaminas e minerais (Codex Alimentarius FAO/OMS). 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 10 
 Existem 2 tipos de fórmulas lácteas dirigidas a lactentes sadios: 
forma líquida ou em pó 
 Destinados à lactentes até o 6º mês de vida e; 
 Fórmula infantil de seguimento. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 11 
Quadro 2 – Composição e reconstituição de fórmulas infantis industrializadas 
destinadas à alimentação da criança sadia no 1º semestre de vida 
 Nome comercial 
(Empresa) 
Proteína Lipídeo Carboidrato Energia Reconstituição 
g/100 mL kcal/100 mL 
Aptamil (Support) 1,5 3,3 7,5 66 1 medida (4,6 g)/30mL 
Bebelac (Support) 1,4 2,9 8,5 65 1 medida (4,5 g)/30mL 
Nan 1 Pro (Nestlé) 1,2 3,6 7,5 67 1 medida (4,3 g)/30mL 
Nan 1 H.A. (Nestlé) 1,6 3,4 7,6 67 1 medida (4,4 g)/30mL 
Nestogeno 1 (Nestlé) 1,7 3,5 7,4 67 1 medida (4,4g)/30mL 
Nestogeno Plus (Nestlé) 1,9 3,1 7,9 67 1 medida (4,6 g)/30mL 
 Para crianças em situações especiais - outras formulações: 
Fórmulas para RN pré-termo e baixo peso; 
Fórmulas de soja ou isentas de lactose; 
Fórmulas hidrolisadas (alergia ao leite de vaca, diarréia e má-
absorção). 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 12 
CÁLCULO DE DIETA 
 A fórmula industrializada apresenta o volume a ser ofertado 
segundo a faixa etária para atender as recomendações nutricionais. 
 A avaliação individual é a forma mais indicada. 
Procedimentos Exemplo: lactente 45 dias, peso: 4,1 kg 
Calcular as necessidades energéticas Necessidades energéticas: 110 kcal/kg/dia x 4,1 kg = 
451 kcal/dia 
Escolher a fórmula Exemplo: NAN 1 Pro – 67 kcal/100 mL – 1 medida/30mL 
Determinar a capacidade gástrica da 
criança: 25 a 30 mL/kg/mamada. Optar por 
múltiplo de 30. 
4,1 x 25 = 102 
4,1 x 30 = 123 
Valor múltiplo de 30 dentro da faixa calculada = 120 mL 
Calcular valor energético da mamadeira 100 mL = 67 kcal 
120 mL = 80,4 kcal 
Dividir necessidades energética total pelo 
valor energético da mamadeira para obter o 
número de mamadeiras/dia 
451  80,4 = 5,6 
6 mamadeiras/dia com 120 mL 
 (4 medidas niveladas de pó) 
Quadro 3 – Cálculo de dieta para lactente utilizando fórmulas lácteas industrializadas 
Profa Susana Ortiz Costa 
 12 
CÁLCULO DE DIETA 
Quadro 2 – Requerimento energético para lactente, segundo a idade 
Idade 
(meses) 
Requerimento de energia (kcal/kg/dia) 
Meninas Meninos 
0-1 113 107 
1-2 104 101 
2-3 95 94 
3-4 82 84 
4-5 81 83 
5-6 81 82 
6-7 79 78 
7-8 79 78 
8-9 79 78 
9-10 80 79 
10-11 80 79 
11-12 81 79 
Profa Susana Ortiz Costa 
 13 
FÓRMULAS INFANTIS MODIFICADAS 
 FORMA DE PREPARO: 
 Instantâneo 
 Água filtrada e fervida 
 Diretamente no utensílio 
 Sem adições de complementos  assegurar a qualidade 
nutricional. 
 ERROS: 
 Diluição; 
 Uso de água não fervida 
 Armazenamento da fórmula preparada 
 Aquecimento em microondas 
 Adição de cereais e açúcar 
 Autoadministração da fórmula pelo lactente. 
 14 
Profa Susana Ortiz Costa 
FÓRMULAS INFANTIS MODIFICADAS 
 Introdução de outros alimentos: aos 5 meses. 
 
 Riscos à saúde: 
 Constipação 
 Flatulência 
 Agitação 
 Regurgitamento 
 Vômitos. 
  Oleína de palma  fornecimento de ác. Palmítico similar ao LH  
arranjo estrutural diferente ao LM  formando sabão insolúvel com 
cálcio  consistência das fezes. 
 
 Indicado para crianças que não é amamentada, porém alto custo. 
Além de erros na reconstituição – risco de desnutrição; Adição de 
outros alimentos (cereais e açúcar) – aumento da osmolaridade da 
fórmula; água contaminada (infecções digestivas). 
Profa Susana Ortiz Costa 
 15 
FÓRMULAS LÁCTEAS CASEIRAS 
 Características: 
 Leite de vaca fluido modificado – melhor alternativa devido baixo 
custo e acessibilidade. 
 Pasteurizado(ferver) e esterelizado (aquecer)  perdas de 
nutrientes sensíveis ao calor (vits. C, B1, B6, B12, ác. fólico). 
 Leite de vaca em pó – integral ou reduções variadas de teor de 
lipídeos : somente adição de água para reconstituição. 
 Desidratação - ptns do LV desnaturação – menos alergizantes. 
 MS recomenda diluição do leite de vaca até os 4 meses de 
idade. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 16 
0 – 30 dias 1 a 4 meses 5 meses em diante 
Leite de vaca 
fluido 
- Leite ao 1/2 ou diluição 
1:1 (1 parte de leite e 1 
parte de água) 
- 3% açúcar 
- 5% farinha 
- Leite ao 2/3 ou 
diluição 2:1 (2 partes 
de leite e 1 parte de 
água) 
- 3% açúcar 
- 5% farinha 
- Leite integral 
- Não é necessária a 
adição de 
carboidrato 
Leite de vaca 
em pó 
- Reconstituição 6,5% 
- 3% açúcar 
- 5% farinha 
- Reconstituição 
8,5% 
- 3% açúcar 
- 5% farinha 
- Reconstituição 13% 
- Não é necessária a 
adição de 
carboidrato 
Quadro 4 – Esquema de adaptação de leite de vaca, segundo a 
idade do lactente 
 
 Diluição: 
Valor energético bastante reduzido  restituição energética  
adição de carboidratos simples e complexos (abrabdar estruturas 
dos coágulos de caseína): 
− 3% de edulcorantes (açúcar refinado ou similar). 
− 5% de fonte de amido (farinhas de cozimento ou farinhas 
instantâneas). 
Não usar exclusivamente amido – baixos níveis de amilase 
pancreática. 
Açúcar refinado –  osmolaridade da fórmula e potencial 
cariogênico. 
Não recomendada adição de mel. 
Chocolate – crianças maiores de 9 meses. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 17 
DILUIÇÃO DO LEITE 
 OBJETIVO: 
− Reduzir o teor de proteínas e eletrólitos ( de carga renal de 
solutos). 
− Modificar estrutura do coágulo de caseína (melhorar digestão). 
Profa Susana Ortiz Costa 
 18 
ADAPTAÇÕES NO LV 
 Tipo de farinha: hábito alimentar e aceitação. 
 Aveia em sua composição – efeito laxante. 
 Apesar das modificações a fórmula caseira não é a mais indicada: 
 adição de óleo vegetal (1%), redução de açúcar e utilização de 
cereais pré-cozidos enriquecidos  melhora perfil lipídico e teor de 
vitaminas e minerais e  potencial cariogênico. 
Procedimentos Exemplo: lactente 45 dias, peso:
4,1 kg 
Calcular as necessidades energéticas Necessidades energéticas: 110 kcal/kg/dia x 4,1 kg = 451 kcal/dia 
Determinar a capacidade gástrica da 
criança: 25 a 30 mL/kg/mamada. Optar 
por múltiplo de 30. 
4,1 x 25 = 102 
4,1 x 30 = 123 
Média = 110 mL 
Verificar a fórmula a ser utilizada em 
razão da idade 
Leite a 2/3 +3% de açúcar + 5% de farinha 
Calcular composição da mamadeira 
(LV =66 kcal/100mL e 
L em pó = 509 kcal/ 100g) 
-Leite de vaca – 70 ml = 47 kcal 
- Água – 40 mL = 0 kcal 
- 3% açúcar - 3,3 g = 13 kcal 
-5% farinha - 5,5 g = 20 kcal 
 
-Reconstituição 8,5% = 9 g = 46 
kcal 
-Água – 110 mL = 0 kcal 
- 3% açúcar - 3,3 g = 13 kcal 
-5% farinha - 5,5 g = 20 kcal 
Dividir necessidades energética total 
pelo valor energético da mamadeira para 
obter o número de mamadeiras/dia 
451  79 =5,4 
6 mamadeiras/dia 
Transformar em medidas caseiras Leite vaca 70 mL 
Àgua – 40 mL 
Açúcar – 1 colher de chá rasa 
Farinha – 1 colher de chá cheia 
Profa Susana Ortiz Costa 
 19 
Quadro 3 – Procedimento para o cálculo de dieta para lactente alimentado com 
fórmulas lácteas caseira 
Profa Susana Ortiz Costa 
 20 
Formas de preparo e administração fórmulas 
caseiras 
 Preparo imediatamente antes de ser servida. 
 Preparo em maior número: conservada em geladeira tempo máximo 
24 h. 
 Não deixar à temperatura ambiente. 
 Não reaproveitar restos. 
 1ª etapa: esterilização dos utensílios (mamadeiras e bicos). 
 Leite de vaca fluido  ferver coágulos de menor tensão; 
cozimento do cereal e reforço da esterialização do produto ( carga 
de m.o.). 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 21 
Formas de preparo e administração fórmulas 
caseiras 
 Farinhas de cozimento: 
 leite de vaca fluido levado ao fogo para 
espessamento e então adição de açúcar. 
 leite de vaca em pó: adição somente após o 
cozimento da farinha (não levar ao fogo para ferver). 
 
 Farinhas instantâneas: 
 Leite fluido aquecido: retirar do fogo e acrescentar 
complementos energéticos (açúcar + farinha). 
 Leite de vaca esterelizado usar preverencialmente usar 
preferencialmente farinhas instantâneas. 
Regras para higiene de utensílios utilizados no 
aleitamento com fórmulas lácteas caseiras 
 Desprezar restos de fórmulas da mamadira 
 Lavar bicos e mamadeiras com água quente e 
detergente, com auxílio de escovas apropriadas. 
 Ferver mamadeiras por 10 min. E bicos por 3 min. 
 Escorrer utensílios e guardá-los em recipientes com 
tampa. 
 As panelas e recipientes utilizados devem ser de uso 
exclusivo para o preparo de fórmulas lácteas. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 22 
Profa Susana Ortiz Costa 
 23 
Idade para a introdução de novos alimentos para o lactente 
alimentado com fórmulas lácteas caseiras 
Idade Outros alimentos 
0 a 30 dias Não indicado nenhum outro alimento 
2 meses Fruta (suco) – 1 porção/dia (1 fruta nova a cada 2 dias) 
(atender vitamina A e C) 
4 meses Fruta (suco ou papa) – 2 porções/dia 
Refeição de sal contendo os diversos grupos de 
alimentos – 1x/dia 
6 meses em diante Fruta (suco ou papa) – 2 a 3 porções/dia 
Refeição de sal contendo os diversos grupos de 
alimentos – 2x/dia 
 MS recomenda refeição de sal após os 8 meses de idade. 
 Crianças com fórmulas lácteas recomendação a partir dos 6 meses 
– inadequação dietética de fórmulas lácteas caseiras e alta 
prevalência de anemia ferropriva. 
Aula 5 alimentação complementar.pdf
ALIMENTAÇÃO 
COMPLEMENTAR 
DO LACTENTE
Profa Susana Ortiz Costa
NUTRIÇÃO NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA
“ A alimentação saudável tem início com o
incentivo ao aleitamento materno – exclusivo
até o 6º mês e complementado até, pelo
menos, o 2º ano de vida... ”
( PNAN – Política Nacional de Alimentação e Nutrição –2005)
Profa Susana Ortiz Costa
1
NUTRIÇÃO NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA
( OMS, 1998 )
Profa Susana Ortiz Costa
“Uma alimentação 
infantil adequada 
compreende a prática 
do aleitamento 
materno e da 
introdução adequada 
de alimentos 
apropriados que 
complementam o 
aleitamento materno”
2
Profa Susana Ortiz Costa
Cronologia infantil
Período Nomenclatura
Nascimento até 1 mês Recém nascido
0 até 11 meses e 29 dias Lactentes 
12 meses a 6 anos e 11 meses 
e 29 dias
Pré-escolares
7 anos a 9 anos e 11 meses e 
29 dias
Escolares
10 a 19 anos Adolescentes 
3
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR DO LACTENTE
1. CONCEITO
Profa Susana Ortiz Costa
 Desmame completa interrupção do aleitamento materno (WHO, 98).
 Alimentos de transição alimentos especialmente preparados para a
criança.
 Alimentos complementares alimentos introduzidos na fase de alimentação
complementar.
 Alimentação Complementar do Lactente fase na qual outros alimentos são
oferecidos à criança além do leite materno.
2. OBJETIVOS
 Prover a dieta do lactente em energia, proteína, vitaminas e sais minerais,
quando a produção de leite materno já não atende mais às necessidades
nutricionais do lactente.
 Adaptação à alimentação da família.
 Faz parte dos Dez passos para uma alimentação saudável – Passos 2 a 9
4
Dez passos para uma alimentação saudável
Passo 1 – Dar somente leite materno até 6 meses, sem oferecer água, chás ou
outro alimento.
Passo 2 – A partir de 6 meses, introduzir outros alimentos, mantendo o leite
materno até 2 anos ou mais.
Passo 3 – Após seis meses, dar alimentos complementares (cereais,
tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, legumes) 3 vezes ao dia, se a criança
receber leite materno, e 5 vezes ao dia, se estiver desmamada.
Passo 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de
horários, respeitando vontade da criança.
Passo 5 – Alimentação complementar deve ser espessa desde o inicio e
oferecida de colher.
Passo 6 – Oferecer à criança uma alimentação variada (colorida).
Passo 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas
refeições.
Passo 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas,
salgadinhos e usar sal com moderação.
Passo 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos e garantir.
Passo 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar,
oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando
a sua aceitação.
Profa Susana Ortiz Costa
5
3. INÍCIO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
 Recomendação:
 Atualmente  passou-se a adotar a expressão “em torno de 6 meses”.
 principal determinante é o crescimento
Profa Susana Ortiz Costa
 Produção de leite humano é sintonizada com demanda da criança.
 Desaceleração do peso antes de 4 meses? Avaliação do
aleitamento materno.
6
Profa Susana Ortiz Costa
 Sinais de maturidade para recepção do alimento complementar:
 erupção da dentição decídua,
 aumento da destreza manual,
 aumento da produção enzimática (ex.: amilase pancreática),
 desaparecimento do reflexo de extrusão,
 aumento da maturidade imunológica.
 Indicadores fisiológicos permitem aceitação de novos alimentos:
 4 – 7 meses: erupção dentição, movimentos mastigatórios, < reflexo de
protusão língua, > destreza manual, > secreção enzimática, criança
senta.
 7
– 12 meses: Engole com colher, dá pequenas dentadas, movimentos
laterais com a língua, movimenta alimentos na direção dos dentes.
Obs: O início deve ser adiado em situações que aumentem os riscos
ou que interfiram sobre a aceitação do alimento (ex: surtos infecciosos,
doença da criança).
7
4. DESMAME
 Em torno de 2 anos – ver condição sócio-econômica e binômio 
mãe/filho
 Manutenção do LM após 6 meses não causa impacto negativo no 
crescimento, oferece nutrientes essenciais,  espaçamento entre 
gestações, protege contra infecções.
Profa Susana Ortiz Costa
8
RISCOS ASSOCIADOS AO DESMAME PRECOCE
  consumo do leite materno e alimentação complementar inadequada  desnutrição
 Contaminação alimentar  doenças diarréicas  desnutrição  infecção  desnutrição 
 Riscos a curto prazo
 Infecções
 Desnutrição
 Alergias alimentares
 Anemia
 Diarréia
 Riscos a longo prazo
 Obesidade
 Doenças crônicas-não 
transmissíveis (hipertensão, 
aterosclerose, diabetes)
Profa Susana Ortiz Costa
Diarréia
Diarréia
Infecção respiratória
9
6. QUE ALIMENTOS OFERECER?
 Critérios para a seleção do alimento:
 Adequação nutricional
 Disponibilidade no mercado
 Custo
 Hábitos alimentares locais
 Facilidade e segurança de preparo
Aos 12 meses a 
adequação dos nutrientes 
pelo leite materno é:
- 3% ferro
-14% zinco
- 28% de cálcio
Escolha dependerá dos nutrientes que se deseja complementar.
 Introduzir 1 alimento novo por dia
Profa Susana Ortiz Costa
10
 Quantas refeições?
 6º mês – 1 refeição salgada + 2 lanches + LM
 7º mês em diante – 2 refeições salgadas + 2 lanches + LM
LM – fruta – almoço – LM e fruta – jantar – LM
LM – fruta – almoço – LM e fruta – LM – LM
 Água – deve ser incluída na alimentação (intervalos)
Profa Susana Ortiz Costa
 mel (risco de contaminação por Clostridium botullinum)
 açúcar em sucos e papas de fruta, alimentos industrializados
(conservantes e corantes), embutidos, enlatados.
 Academia Americana Pediatria - evitar LV no 1º ano de vida,
ovo, amendoim e peixe (história familiar de alergia).
 OMS não exclui alimento algum (ausência de estudos).
 Alimentos que devem ser evitados:
11
Profa Susana Ortiz Costa
 Lanches
 Leite materno puro ou com complemento.
 Variar frutas (da estação).
 Evitar o leite de vaca - associação com anemia ferropriva, alergias 
alimentares e interferência no reflexo de sucção.
 Evitar refeições à base de chá, café e refrigerantes –  nutrientes e 
densidade energética. 
 Evitar alimentos industrializados, "calorias vazias" e açúcar refinado -
prevenção de obesidade e cáries dentárias.
12
Profa Susana Ortiz Costa
 Refeição salgada
 Utilizar um alimento de cada grupo principal
 Óleo vegetal: fonte de ácidos graxos essenciais e energia e melhor sabor e 
consistência (viscosidade). Lipídeos 7-12 meses (~ 35% do VET e 1-3 anos ~ 
32% do VET)
 Condimentação natural e suave, pouco sal de adição (rever hábito da família)
 Associar alimentos ricos em vitamina C (frutas)
 Evitar leite e derivados (Ca) e café, chá, refrigerantes (tanino) na mesma 
refeição
13
 Refeição salgada
14
Profa Susana Ortiz Costa
7. QUE QUANTIDADE DEVE SER OFERECIDA?
Consumo médio de LM e energia proveniente do LM, em países em desenvolvimento
Idade 0 - 2 m 3 - 5 m 6 - 8 m 9 - 11 m 12 - 23 m
Parcialmente amamentados
Consumo LM (g/dia) 617 663 660 616 549
Consumo LM (Kcal/dia) 376 412 403 379 346
Exclusivamente amamentados
Consumo de LM (g/dia) 714 784 776 - -
Consumo LM (Kcal/dia) 437 474 483 - -
Fonte: Adaptado de WHO, 98.
Profa Susana Ortiz Costa
15
7. QUE QUANTIDADE DEVE SER OFERECIDA?
Profa Susana Ortiz Costa
16
 
Recomendação de Energia durante o 1
o
 ano de vida (kcal/kg/dia) 
Idade (meses) Meninos Meninas 
0–1 113 107 
1–2 104 101 
2–3 95 94 
3–4 82 84 
4–5 81 83 
5–6 81 82 
6–7 79 78 
7–8 79 78 
8–9 79 78 
9–10 80 79 
10–11 80 79 
11–12 81 79 
Fonte: Adaptado FAO/WHO/UNU 2004
Idade (meses) Energia (kcal) proveniente de LM Energia necessária dos alimentos 
complementares
CONSUMO DE LM
BAIXO MÉDIO ALTO BAIXO MÉDIO ALTO
0 - 2 279 437 595 123 0 0
3 - 5 314 474 634 236 76 0
6 - 8 217 413 609 465 269 73
9 - 11 157 379 601 673 451 229
12 - 23 90 346 602 1002 746 490
8. COMO OFERECER? TÉCNICAS DA ALIMENTAÇÃO 
COMPLEMENTAR
FORMA DE OFERTA
 Horários flexíveis. Evitar alimentos fora de hora.
 Fase inicial - alimentos após as mamadas (garantia de consumo).
 Introdução gradativa - observar tolerância e testar sabores
 Quantidade dos alimentos - apetite e capacidade gástrica (25 a 30 ml/kg)
 Criança pode rejeitar alimentos novos (colher, sabor e consistência).
 Não forçar alimentos. Repetição da oferta de alimentos recusados (8 a 10 
exposições).
 Legumes – recusa é freqüente devido ao sabor menos “marcante”, doce.
 Não misturar vários alimentos numa papa. Criança deve conhecer sabores 
isolados.
 Tamanho da refeição é proporcional ao intervalo seguinte.
 Variar apresentação e preparo.
Profa Susana Ortiz Costa
17
 Usar utensílios simples: colher, prato e copo.
 Permitir manuseio da alimentação
FORMA DE OFERTA
 Preservação dos nutrientes - cocção pouca água e após ebulição da água, 
panelas tampadas, uso imediato de frutas.
 Acompanhar curva de crescimento.
 Exemplo da família.
Profa Susana Ortiz Costa
18
CONSISTÊNCIA
 Evolução gradual de consistência: peneirados  amassados com garfo 
picados/desfiados. Inclusive tem maior densidade energética.
 Criança trituração alimentos com gengivas
endurecidas (proximidade dos dentes).
Se consistência mais sólida só é iniciada após 10 meses, maior dificuldade de
aceitação adequada da alimentação.
Criança habitua-se a textura líquida. Freqüente vômito ao contato com textura
mais sólida.
Criança tem função de lateralização da língua (joga
alimentos para os lados).
Evitar termo sopa de legumes – idéia de alimento líquido.
HIGIENE
 Higiene dos alimentos e utensílios.
 Água fervida.
 Preferencialmente, preparar alimentos somente para a refeição, evitando 
sobras.
 Evitar mamadeira e copos “complicados”.
 Higiene oral após as refeições (inclusive após as mamadas de leite materno).
Profa Susana Ortiz Costa
19
9. RETORNO AO TRABALHO MATERNO
Verificar a jornada de trabalho
Verificar horário de saída de casa e chegada
Pessoa que cuidará da criança.
Programar refeições.
Oferecer leite materno antes de sair e ao chegar
Orientar ordenha e estocagem
Quem cuidará da criança, distância casa-trabalho, ordenha e estocagem, leite 
materno antes de sair , ao chegar e à noite.
Profa Susana Ortiz Costa
Mãe trabalha de 8 às 17 h.
Sai de casa às 7 h e chega às 18 h.
Ficará com a avó.
18:00 h – LM (mãe chegou)
7:30 h – LM
10:00 h – papa de fruta
12:00 h – refeição salgada
15:00 h – LM ordenhado ou
LM ordenhado + fruta ou
fruta
Exemplo:
20
Profa Susana Ortiz Costa
10 . ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR E PREVENÇÃO DE
ANEMIA
 Elevada prevalência de anemia entre 6 e 24 meses  associação com
alimentação inadequada
 Recomendar alimentação com alta biodisponibilidade de ferro.
 Suplementar
com ferro medicamentoso.
 MS – 5 mL de xarope de sulfato ferroso (25 mg de Fe) 1x/semana entre 6
a 18 meses de idade.
 SBP – 1 mg Fe/kg/dia, a partir do início da alimentação complementar até
2 anos de idade.
21
Aula 6- alimentação pré-escolar e escolar.pdf
ALIMENTAÇÃO 
PRÉ-ECOLAR E 
ESCOLAR 
Profa Susana Ortiz Costa 
PRÉ-ESCOLAR 
1. CARACTERIZAÇÃO 
 Faixa etária: 1 – 6 anos 
  Estatura: ganho de cerca de 12 cm no 2o ano, 8 a 9 cm no 3o ano 
e 7 cm nos anos restantes. 
 Peso: ganho varia de 2 a 2,5 kg/ano (1/3 do ganho ocorrido no 1o 
ano de vida). 
 Redução e oscilações na velocidade de crescimento em relação 
ao 1o ano de vida: condiciona a uma redução do apetite e 
necessidade de menos energia comparada ao 1o ano de vida. 
 Desinteresse pela alimentação – redução do apetite. 
 Ampliação do mundo da criança – maior atividade física. 
 É comum oferta de dietas monótonas pela mãe. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 1 
PRÉ-ESCOLAR 
DESENVOLVIMETO 
 neuro-motor 
 linguagem 
 psico-social 
 dentição: durante o 2o ano, há a erupção de 8 dentes, totalizando 
14-16, incluindo os primeiros molares decíduos e os caninos 
 interesse pelo ambiente que a cerca. 
Ordem mais comum de erupção dos dentes deciduos na boca: 
1 -incisivos centrais 
2 – incisivos laterais 
3- primeiros molares 
4 – caninos 
5 - segundos molar 
 
 
 
Profa Susana Ortiz Costa 
 2 
PRÉ-ESCOLAR 
DESENVOLVIMETO 
 Controle de esfíncteres = variação na época de controle dos 
esfíncteres. 
 2 anos - 2/3 das crianças controlam defecação e 3 anos - 90%. 
 Evitar treinamento de toalete forçado. 
 Controle do fluxo urinário é adquirido mais tarde, iniciando-se pelo 
horário diurno. Aos 2 anos - 50% das crianças controlam fluxo 
urinário diurno. Aos 3 anos – 85%. 
 
 Expectativa de controle de esfíncteres antes da época = frustração 
e desencadear transtornos orgânicos para a criança. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 3 
Principais problemas de saúde 
 anemia 
 desnutrição 
 anorexia 
 infecções 
 obesidade 
 cárie dentária 
PRÉ-ESCOLAR 
Avaliação do crescimento (até 5 anos): cartão da criança 
Profa Susana Ortiz Costa 
 4 
2) ABORDAGEM NUTRICIONAL 
 Nesta faixa etária a criança encontra-se em plena fase de adaptação 
à alimentação familiar: 
 Estimular a criança a alimentar-se sozinha. 
 Orientar uso de talheres, copos. 
 Não forçar a alimentação. 
 Variar dieta para que criança forme preferências e gostos próprios. 
 Refeição – momento tranqüilo. 
 Se a criança recusar algum alimento, não insistir, substituir por outro de 
valor nutritivo semelhante e tornar a oferecer o alimento recusado alguns 
dias depois. Se necessário, mudar a forma de preparação. 
 Alimentação semelhante à do adulto, adaptada em consistência. 
 Corrigir hábitos incorretos e tabus alimentares (de risco à saúde). 
 Horário de refeições não muito rígido. Se a criança tiver fome, é melhor 
comer mais cedo que oferecer algo enquanto espera refeição. 
 Restringir produtos industrializados. 
 Higiene oral. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 5 
 Dieta deve visar prevenção doenças da vida adulta 
Mortalidade proporcional por grupo de causas (% de óbitos) 
Doenças do aparelho circulatório 31,8% 
Causas externas 14,2% 
Neoplasias 15,7% 
Doenças do aparelho respiratório 11,4% 
Doenças infecciosas e parasitárias 5,1% 
Afecções perinatais 3,5% 
Demais causas determinadas 18,3% 
Profa Susana Ortiz Costa 
 6 
3) DIETA E PREVENÇÃO DOENÇAS DO ADULTO 
EVIDÊNCIAS CONDUTA 
ATEROSCLEROSE 
 Estágios iniciais na infância 
 Crianças e Adolescentes (Est. Bogalosa EUA) 
 80%  consumo de gordura 
 60% consumo colesterol > 300mg/dia. 
 Dieta associada com colesterol e HDL 
  consumo colesterol e AGS associado com 
colesterol sérico. 
 Gordura total - 30% do VET 
 AGS - < 10% do VET 
 AGPI – até 10% VET 
 AGMI – restante 
 Colesterol - < 300mg/dia 
CÂNCER 
 Taxas de câncer variam entre países 
 Imigrantes adotam taxas de novo ambiente 
 Revisão de 200 estudos: 
 fraca associação gordura e CA 
 associação + carne vermelha/processada e CA 
cólon e próstata 
 associação neg. frutas e vegetais e CA 
  Frutas e vegetais (mínimo de 5 porções 
/dia) 
 Gordura – quadro acima 
HIPERTENSÃO ARTERIAL (HA) 
 HA associada DCV 
 Sociedades primitivas   sal e PA normal 
 Japão   consumo sal e  HA e infartos 
 Associação + entre adiposidade e PA 
 Perda de peso -  HÁ 
 Inconsistência entre consumo de sal e  HÁ 
  vegetais/frutas 
  alimentos processados ( Na) 
  sal (indústrias) 
 História DCV família -  consumo 
excessivo de sal 
Profa Susana Ortiz Costa 
 7 
Profa Susana Ortiz Costa 
 8 
 O DESENVOLVIMENTO DO HÁBITO ALIMENTAR 
CONSUMO ALIMENTAR 
   
NÚMERO 
DE REFEIÇÕES 
QUANTIDADE 
DE ALIMENTOS 
TIPOS DE 
ALIMENTOS 
QUANTAS REFEIÇÕES POR DIA? 
EVIDÊNCIAS SOBRE NÚMERO DE REFEIÇÕES POR DIA 
 Lactentes amamentados - controlam número refeições por dia 
 Lactentes com mamadeira - não controlam número de refeições 
 Creches, escolas - idem - crianças tem pouca chance de controlar intervalos... 
então ajustam volume de refeição e qualidade do alimento. 
 
CONCLUSÃO: Livre demanda inicial é desejável. Mais tarde, horário está 
vinculado a padrões familiares e culturais. Consumo será determinado, 
principalmente, por volume e tipos de alimento. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 9 
QUAL O TAMANHO DA REFEIÇÃO? 
EVIDÊNCIAS SOBRE QUANTIDADE DOS ALIMENTOS 
Evidências Orientações 
Oferta de alimentos adequados – quantidade aceita 
variou entre crianças. Crianças consumiram quant. 
adequadas às necessidades (15% ptn, 35% lipídios, 
micronutrientes ok, crescimento normal). (Davis) 
Divisão de 
responsabilidades: 
- pais fornecem os 
alimentos saudáveis. 
- crianças controlam 
quantidade 
- pais não devem 
controlar quantidade 
Densidade energética determinou tamanho da refeição. 
Lactentes consumiram > volume de dietas diluídas e < 
volume de dietas concentradas (Fomon) 
Crianças são sensíveis ao conteúdo energético da 
alimentação e usam esta informação para regular 
tamanho da refeição e seleção de alimentos. 
Crianças maiores de 3-5 anos e adultos.  variedade de 
alimentos =  tamanho da refeição (vários picos de 
apetite) - saciedade específica (Robes) 
Pais superestimam quant. alimentos/ refeição. 
Diferença entre o que acham que devem comer e o 
que realmente come, gera ansiedade e convicção que 
criança não é capaz de controlar seu próprio consumo. 
Pais iniciam maior controle e passam a oferecer 
alimentos que ela gosta mais para aumentar ingestão. 
Pais devem ser 
informados sobre as 
porções de alimentos 
necessárias à criança. 
Isto ansiedade. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 10 
QUE ALIMENTOS OFERECER? EVIDÊNCIAS SOBRE 
SELEÇÃO DE ALIMENTOS 
Evidências Orientações 
Preferência por alimentos com densidade 
energética (açúcar e gordura) e rejeição 
dos menos energéticos. Por quê? 
- associados às situações festivas e prazerosas 
- efeito fisiológico agradável (saciedade). 
Crianças não devem ter controle 
total da alimentação, pois 
poderiam escolher somente 
alimentos preferidos em 
detrimento dos demais. 
Após refeições densas, crianças
variedade 
de alimentos e escolhem alimentos prediletos. 
Preferência - principal determinante da 
escolha. Crianças comem o que gostam. 
-repetição de experiência de alimento 
-associação com contexto psico-social 
- associação com sensações físicas 
(conseqüência gastrintestinais pós-ingestão 
do alimento) 
- preferência inata para doces e rejeição 
inata para amargos e azedos. 
1.Pais devem saber que criança 
aprende a gostar. Criar 
oportunidades para provar. 
2.Oferecer alimentos em 
contextos positivos 
3.Não praticar formas de 
coerção. 
4.Pais devem dar exemplo. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 11 
Rejeição inicial a alimentos novos (neofobia). 
É normal e reflete processo adaptativo. 
Aceitação  com aumento de oportunidades 
(8 a 10 exposições) 
Manter oferta de alimentos 
recusados 
Crianças amamentadas aceitam melhor 
alimento novo. Hipótese: passagem de 
compostos voláteis dos alimentos pelo LM. 
Oferecer LME até 6 meses 
As recompensas limitam oportunidades de 
autocontrole. Dá aos pais falso controle da 
alimentação da criança. Valoriza os alimentos 
usados como recompensa. 
Não recompensar a aceitação de 
uma refeição com doces, etc. 
Não restringir severamente as 
“besteiras”, para não torná-los 
especiais demais. 
Evidências Orientações 
QUE ALIMENTOS OFERECER? EVIDÊNCIAS SOBRE 
SELEÇÃO DE ALIMENTOS 
Profa Susana Ortiz Costa 
 12 
ESCOLAR 
CARACTERIZAÇÃO 
 Faixa etária: 7 – 10 anos 
 Menor velocidade de crescimento com relação à fase pré-escolar 
importante fase de socialização. 
Merenda escolar 
 Aspecto assistencial 
 Promoção de novos hábitos alimentares 
Principais problemas nutricionais 
 obesidade 
 microdeficiências. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 13 
ALIMENTAÇÃO 
OBSERVAÇÃO 
 As principais dificuldades relacionam-se aos hábitos adquiridos nas fases 
anteriores a alimentação. 
 A alimentação é qualitativamente similar à fase pré-escolar, porém em 
quantidade compatível com suas necessidades, especialmente a energética. 
 Receptividade para aprender a relação entre alimentação, crescimento e 
saúde; 
 Ingestão de alimentos: tendência ao aumento constante e aquisição de novos 
hábitos e regularidade nas refeições pela motivação dos desafios nesta fase; 
 Influência da propaganda comercial; 
 Redução de calorias vazias de alta densidade energética: doces, guloseimas 
em geral, chocolates, refrigerantes. Além do baixo valor nutricional, estas 
prejudicam o apetite e, consequentemente, o consumo de alimentos mais 
nutritivos; 
 Papel do desjejum como 1a refeição; 
 Ênfase em alimentos fontes de ferro, proteínas, cálcio, zinco, vitaminas A e C. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 14 
QUE QUANTIDADE DEVE SER OFERECIDA? 
Quadro 1 – Requerimento energético para pré-escolares e escolares, segundo 
diferentes níveis de atividade física 
Idade 
(meses) 
Meninos 
(kcal/kg/dia) 
Meninas 
(kcal/kg/dia) 
Atividade Atividade 
Leve Moderada Intensa Leve Moderada Intensa 
1 - 2 82 80 
 
2 - 3 84 81 
3 - 4 80 77 
4 - 5 77 74 
5 - 6 75 72 
6 - 7 62 73 84 59 69 80 
7 - 8 60 71 81 57 67 77 
8 - 9 59 69 79 54 64 73 
9 - 10 56 67 76 52 61 70 
Profa Susana Ortiz Costa 
 15 
Nível de atividade física 
 Atividade física leve: caracterizada por realização de atividades 
sedentárias, permanência na escola por diversas horas, locomoção 
por meio de veículos, atividades de lazer que requerem pouco 
esforço físico (assistir TV, leitura, brincadeiras em computador) ou 
brincadeiras de pouco movimento). 
 Atividade física intensa: caracterizada por realização de 
atividades vigorosas, locomoção por meio de caminhadas ou 
bicicleta, atividades que demandam muita energia por várias horas 
do dia e/ou prática de esportes ou exercícios que exigem esforço 
físico intenso. 
 Atividade física moderada: atividades mais extenuantes que a 
leve e menos vigorosa que a intensa. 
 
Fonte: FAO/OMS 2001 
Profa Susana Ortiz Costa 
 16 
 Lipídios 
 Suficiente para permitir crescimento e desenvolvimento, e redução do 
risco de doenças ateroscleróticas. 
 Redução do consumo total de gorduras saturadas. 
 Recomenda-se: equivalente a 30% do consumo energético total e 
< 10% de AGS. 
 Colesterol não exceder 300 mg/dia. 
QUE QUANTIDADE DEVE SER OFERECIDA? 
 Carboidratos 
 Devem compor a maior parte do consumo energético diário. 
 Recomenda-se: 45 a 65% ou mais do consumo energético total por 
dia, sendo o máximo de sacarose 10 % do VET. 
 Fibras: baseada na recomendação para adultos de 14 g para cada 
1000 kcal consumidas. 
 Pode ser calculada por faixa etária. 
Profa Susana Ortiz Costa 
 17 
Idade (anos) Quantidade (g/dia) 
Meninos Meninas 
1 - 3 19 19 
4 - 8 25 25 
9 - 13 31 26 
14 - 18 38 26 
Quadro 5 – Ingestão diária de fibras para crianças 
Fonte: IOM 2005 
FIBRAS 
Profa Susana Ortiz Costa 
 18 
QUE QUANTIDADE DEVE SER OFERECIDA? 
Idade (anos) Consumo seguro de proteína 
(g/kg/d) 
1 1,14 
1,5 1,03 
2 0,97 
3 0,90 
4 0,86 
5 0,85 
6 0,89 
7 0,91 
8 0,92 
9 0,92 
10 0,91 
Quadro 3 – Consumo seguro de protéinas para pré-escolares e escolares 
Fonte: FAO 2007 
Profa Susana Ortiz Costa 
 19 
 O consumo deverá ser ajustado de acordo com a 
digestibilidade e o valor biológico (escore de 
aminoácido). 
PROTEÍNAS 
Idade (anos) Meninos e meninas 
0 a 5 0,67 
1 a 2 0,72 
4 a 18 0,79 
Quadro 4 – Digestibilidade de protéinas corrigida pelo escore de 
aminoácido de dieta à base de trigo, ervilha e leite em pó. 
Fonte: FAO 2007 
Profa Susana Ortiz Costa 
 20 
ÁGUA E SÓDIO 
Idade (anos) Água total (L/dia) Sódio (mg/dia) 
1 a 3 1,3 (corresponde a 0,9 L de 
bebidas e água) 
1000 
4 a 8 1,7 (corresponde a 1,2 L de 
bebidas e água) 
1200 
9 a 13 
(meninos) 
2,4 (corresponde a 1,8 L de 
bebidas e água) 
1500 
9 a 13 
(meninas) 
2,1 (corresponde a 1,6 L de 
bebidas e água) 
1500 
Quadro 5 – Consumo adequado de água e sódio por idade e sexo. 
Fonte: FAO 2007 
Profa Susana Ortiz Costa 
 21 
Aula 7- OBESIDADE.pdf
OBESIDADE 
INFANTIL
Profa Susana Ortiz Costa
A obesidade infantil vem sendo, há muitos anos, 
motivo de pesquisas por estudiosos do 
mundo inteiro e é considerada a doença 
nutricional que mais cresce no mundo e a de 
mais difícil tratamento. 
( Fisberg, 1995)
Profa Susana Ortiz Costa
1
1. EPIDEMIOLOGIA
Profa Susana Ortiz Costa
2
2. CONCEITO
A obesidade pode ser definida, de forma resumida, como o grau
de armazenamento de gordura no organismo associado a riscos para
a saúde, devido a sua relação com várias complicações metabólicas
(WHO, 1995).
 Períodos de desenvolvimento do tecido adiposo humano são
críticos para desenvolvimento da obesidade
 Obesidade na infância  hiperplásica
 Obesidade do adulto  hipertrófica
 Hiperplasia
 30ª semana de vida intrauterina até o 2º ano de vida (momento
crítico na capacidade de multiplicação dos adipócitos – se estabiliza
até 8 e 10 anos),
 Puberdade (mais intenso nas meninas)
 Adolescência
 Vida adulta (pode ocorrer)
 Hipertrofia
Marcante no 1º

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