Buscar

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Gerenciamento de Projetos Complexos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Fichamento de Estudo de Caso
Daltiéli Furtado Marinho
Matricula: 201608096645
 Gerenciamento de Projetos Complexos
 Tutor: Prof. Ronaldo Camara Cavalcante
2017
Em junho de 2000, o conselho de Administração da Airbus industrie aprovou uma autorização de oferta para o A3XX, uma proposta de jato super jumbo que acomodaria de 550 a 990 passageiros, teria um preço de US$ 216 milhões e cujo desenvolvimento custaria US$ 13 bilhões. Era de expectativa da empresa garantir pedidos de 50 jatos pelas operadoras aéreas. No mesmo mês e ano, a Air France, a Emirates Airlines e a Internacional Lease Finance, encomendaram dez, sete e cinco jatos respectivamente, sendo este evento anunciado no Air-Show bienal de Farnborough, na Inglaterra. Este acontecimento foi inesperado por parte da companhia.
A Boeing, principal concorrente e líder da área de fabricação de aeronaves na época, liderava o setor com diversas aeronaves distribuídas no mundo. A empresa já tinha um jato, categoria jumbo, que comportava 450 passageiros, era o 747. Este jato quase causou a falência da Boeing, que apesar do otimismo em seu lançamento ao ver vários pedidos iniciais de venda, não conseguir atingir as expectativas finais. As ações da empresa começaram a subir e saltou 5,1%, e já tinham 25 pedidos encomendas quando se comprometeu a construir o 747. A fabricação e entrega foram atrasadas diversas vezes, e comprometeu a empresa, que quase teve que pagar multas por entregas atrasadas, e além disso não recebeu as significativas últimas prestações até as entregas serem feitas. Privada de um adequado fluxo de caixa, a Boeing viu-se com uma seria falta de fundos, embora obrigada a financiar um enorme inventario de 747 parcialmente construídos.
A Boeing Company com sua produção alavancada na segunda guerra mundial tinha na época seu faturamento representado por 2/3 com as aeronaves comerciais, a demanda era muito alta o que fazia com que a empresa de fato crescesse e se tornasse boa no que produzia e comercializava. A frota da Boeing era composta por 14 modelos, com suas divisões em Cinco famílias de aeronaves com tecnologias variáveis. 
A Airbus Industrie começou como um consórcio europeu para competir com companhias americanas como Boeing, McDonnell Douglas e Lockheed8. A companhia foi fundada em 18 de dezembro de 1970 em uma iniciativa dos governos do Reino Unido, França e Alemanha, suas primeiras acionistas foram a francesa Aérospatiale com 36,5%, a alemã Deutsche Airbus também com 36,5%, a britânica Hawker Siddeley com 20% e a neerlandesa Fokker com 7%, o nome foi escolhido porque o termo airbus era utilizado na década de 1960 para aviões de passageiros na Europa. Fundada em 1970 a Airbus como um negócio consorciado entre as principais companhias aeroespaciais da Alemanha. Tinha sua sede em Toulouse, na França. A união consorciada dessas grandes potencias, visava com a combinação de seus recursos e tecnologias a produção de uma linha mais competitiva para o mercado aero comercial. Desde o início a Airbus tinha conquistado a reputação de uma empresa inovadora, seu primeiro avião, o A300 serviu de modelo para os demais e em 1999 a empresa já tinha uma frota com nove modelos e uma cartela com 171 operadoras e aproximadamente pedidos de 1445 aviões. 
A primeira aeronave da companhia foi o Airbus 300, com o desenvolvimento dividido para Aérospatiale com o cockpit, controles de voo e a parte central inferior da fuselagem, a Deutsche Airbus coma fuselagem central e traseira, a Fokker com os flaps e spoilers, a aeronave fez o seu primeiro vôo em 1972.
A Airbus começou a explorar a possibilidade de criar um jato jumbo em 1990. Inicialmente, a Boeing e a Airbus colaboraram num estudo de viabilidade para o avião, mas a Boeing se retirou em 1995, porque o projeto era muito caro e arriscado, dada a incerteza de demanda. A Airbus persistiu no projeto e em 199 finalizou o projeto básico. A proposta era uma família de aeronaves com modelos para cargas e também para passageiros. Realizando um comparativo entre o projeto dos 747 e o A3XX o projeto do A3XX possuía mais espaço por assento e os corredores seriam mais largos possibilitando assim um melhor conforto para a locomoção dos passageiros dentro da aeronave, especialmente em viagens internacionais que tem duração bem maior do que os voos interestaduais. A Airbus seguiu com o desenvolvimento e finalizou o projeto básico em 1999. Ela se propôs a oferecer uma família de aeronaves com modelos de passageiros e de carga. O Primeiro comportaria 550 passageiros na configuração padrão de três classes. Como grandes jatos normalmente levavam anos tanto para sua projeção como também no desenvolvimento, os investimentos imediatos são necessários, as projeções de demanda eram visualizadas por aproximadamente 20 anos para os grandes jatos comerciais. Em 2000 foi visualizada um aumento considerável na demanda de transportes aéreos, a visão era que até o ano de 2019 com crescimento anual de 4,9%( acredito que foi uma visão bem otimista para a época). 
Preço de corte não é uma solução, pois só pode desviar as vendas e, as margens também reduziriam. Desenvolver um novo projeto vai exigir custos de desenvolvimento consideráveis.
O mercado para esses planos não é suficiente para sustentar e ganhar VPL positivo para 2 jogadores no segmento. Desenvolver uma versão maior daria o número de lugares necessários, mas não será capaz de igualar a tecnologia mais nova, estilo, conforto e eficiência operacional trazidos pelos aviões da Airbus. Então, a melhor opção seria a de manter o estatuto e capitalizar sobre seus produtos existentes.
Portanto, concluímos que investimentos muito altos são riscos muito altos, e um projeto desta complexidade mal organizado ou até mesmo com uma gestão um pouco deficitária levaria todo o projeto e seus investidores a ruína. Mas grandes investimentos também chamam grandes retornos e assim vive os negócios. Quando a Airbus começou a receber os pedidos ela tinha sim uma decisão crítica, 50 ou 100 pedidos não é garantia que o projeto ia ser próspero, esse pensamento é mais defendido ainda pelo fato de normalmente as empresas terem descontos no primeiro lote e também que o valor por produto é alto e também o fato do mercado naquela época já está bastante dinâmico e o produto demoraria ainda anos para ser entregue. No comentário do observador no final do texto verificamos a mais pura verdade.
“Nesse negócio, você tem que colocar a companhia em risco a cada três ou quatro anos”.
REFERÊNCIA: Esty, Benjamin C. Kane, Michael. Estudo do caso Airbus A3xx
Desenvolvendo O Maior Jato Comercial Do Mundo. 26 de Abril de 2006

Outros materiais