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QUEIMADURAS Tereza III 1

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QUEIMADOS
Enfª Esp. Tereza Cristina Soares de Souza
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Introdução
Lesões por queimaduras são a 3ª causa de morte acidental em todas as faixas etárias.
Queimaduras são comuns nas sociedades industrializadas e agrícolas.
2/3 dos acidentes ocorrem dentro do ambiente domiciliar.
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Aproximadamente 20% de todas as vítimas de queimaduras são crianças, e 20% dessas crianças são vítimas de lesão intencional.
A causa mais comum de morte de uma vítima de incêndio não advém das complicações diretas das queimaduras, mas das complicações da insuficiência respiratória.
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Conceito
São lesões coagulativas envolvendo diversas camadas do corpo , causadas pelos vários tipos de agentes agressores.
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Anatomia da Pele
Pele constituída de 2 camadas:
A. Epiderme 
B. Derme
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Características da Queimadura
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Zonas da Lesão
Zona de Coagulação: lesão grave, não é capaz de reparação tecidual.
Zona de Estase: células lesadas, mas não de maneira irreversível.
Zona de Hiperemia: lesão celular mínima, aumento do fluxo sangüíneo. 
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Classificação
Quanto a profundidade da lesão:
Queimaduras de Primeiro Grau
Queimaduras de Segundo Grau
Queimaduras de Terceiro Grau
Queimaduras de Quarto Grau
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		1o GRAU
		2o GRAU
		3o/4ºGRAU
		CAUSA
		SOLAR
		LÍQUIDOS, CHAMA
		QUÍMICOS, ELETRICIDADE, CHAMA
		COR
		VERMELHA
		VERMELHA
		BRANCA OU ENEGRECIDA
		SUPERFÍCIE DA PELE
		SECA
		BOLHAS E UMIDADE
		SECA COM VASOS TROMBOSADOS
		SENSAÇÃO
		DOLOROSA
		DOLOROSA
		DOLOROSA
		CURA
		3 - 6 DIAS
		2 - 4 SEMANAS
VARIÁVEL
		SÓ COM ENXERTO
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Classificação
De acordo com o agente causal:
Físicos: 
_ temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama, etc.
_ eletricidade: corrente elétrica, raio, etc.
_ radiação: sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas, nucleares, etc. 
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Classificação
Químicos: 
_ produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc. e 
Biológicos: 
_ animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc.
_ vegetais: o látex de certas plantas, urtiga, etc. 
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1º Grau
Não sangra , geralmente seca
Rosa e toda inervada
Não passam da Epiderme
Queimadura de Sol(exemplo)
Hiperemia(Vermelhidão)
Dolorosa
Obs:Normalmente não chega na emergência
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Fotos – 1º Grau
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2º Grau
Atinge derme
Úmida
Presença de 
 Flictena (Bolhas)
	Retirar ou não?
Rosa, Hiperemia(Vermelhidão) 
Dolorosa
Cura espontânea mais lenta, com possibilidade de formação de cicatriz
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Fotos – 2º Grau
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3º Grau
Atinge todos os apêndices da pele, ossos, músculos, nervos , vasos
Pouca ou nenhuma dor
Úmida
Cor Branca, Amarela ou Marrom
Não cicatriza espontaneamente, necessita de enxerto
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Fotos – 3º Grau
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4º Grau
Necrose Total
Carbonização 
Tecido negro
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Fotos – 4º Grau
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Fisiopatologia
Agressão do tecido
Vaso
Pele
Exposição do Colágeno
Liberação de Substâncias Vasoativas
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Fisiopatologia
Extravasamento de Plasma
(Eletrólitos , Proteínas e etc)
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Edema
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Fisiopatologia
O processo de edema, perda de líquidos e APC (Aumento da Permeabilidade Capilar) geram dois riscos ao paciente queimado.
1º Risco – Choque Hipovolêmico
2º Risco – Perda de Eletrólitos
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Fisiopatologia
Perda da Barreira Mecânica
Alterações no Sist. Imune
Invasão de Bactérias
Diminuição da ação Fagocítica 
e da atividade 
Bactericidados Neutrófilos
Diminuição
das Ig
Aumento do
 número 
de cel. Ts
Sepse – Choque Séptico
3º Risco
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Estimativa do Tamanho da Queimadura
Importante para a hidratação e prognóstico.
Métodos: 
_ Regra dos Nove
_ Tabela de Lund-Browder
_ Índice de Reanimação de Queimados
 
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Regra dos Nove
Rápido
Prático
Pouco preciso
Fácil memorização
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Regra dos Nove
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Tabela de Lund-Browder
Leva em consideração as várias faixas de idade com precisão.
Em caso de não existir um método disponível pode-se usar a Palma da mão como medida de 1% para o cálculo.
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Tabela de Lund-Browder
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Grande Queimado
Queimaduras de 2º e 3º graus com repercussões sistêmicas
Superiores a 15% da SCQ em adultos
Superiores a 10% da SCQ em crianças
Queimaduras em vias aéreas
Queimaduras elétricas de alta tensão
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Grande Queimado
Outros traumas associados ou patologias prévias (nefropatia, cardiopatia, pneumonia)
Face
Circulares profundas
Queimaduras genitais (períneo)
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Reanimação Volêmica
Fórmula de Parkland
Volume total em 24 horas = 4 ml / Kg/ % área queimada
Solução: Ringer (Lactato, Sódio, Potássio, Cloro e Cálcio)
Infundir a metade nas primeiras 8 horas após a lesão.
Infundir a outra metade nas 16 horas seguintes. 
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Tratamento Inicial 
Parar o processo de queimadura.
Resfriar com água em temperatura ambiente.
Retirara roupas e jóias.
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Exame Primário e Reanimação
Método ABCDE do atendimento ao traumatizado:
_ Vias aéreas
_ Respiração
_ Circulação
_ Incapacidade, estado neurológico
_ Exposição / Ambiente
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Queimadura de Via Aérea
Ocorre por inalação de vapor aquecido
Edema na hipofaringe e não nas cordas vocais
Rouquidão precoce
Estridor tardio obstrução de 85%
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Exame Secundário
Curativos - Aplicação de curativos secos, esterilizados e não-aderentes.
Transporte
Cateterismo Vesical
Sonda Nasogástrica
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Considerações Especiais
Queimaduras Elétricas
Queimaduras circunferenciais
Inalação de Fumaça
Abuso Infantil
Queimadura Química
Balneoterapia
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Queimadura Elétrica
Corrente de Baixa Tensão
Lesões menos extensas
Perigo de 
Fibrilação
Ventricular
Assistolia
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Queimadura Elétrica
Corrente de Alta Tensão 
Lesões extensas e profundas
Necrose tissular por coagulação protéica
Tende a percorrer o caminho mais curto até a terra e frequentemente atira a vítima longe – Fraturas e Hemorragias Cerebrais
Depressão do centro respiratório
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Entrada
(Entrance Site)
Saída
(Exit Site)
C
A
L
O
R
C
A
L
O
R
Efeito Joule
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Fotos de Queimaduras Elétricas
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Fotos de Queimaduras Elétricas
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Queimadura Elétrica
Presença de mioglobinúria por extensa destruição muscular
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Queimaduras Circunferenciais
Tronco 
Membro
Efeito Torniquete
Escarotomias
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Escarotomia Descompressiva
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Escarotomia Descompressiva
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Inalação de Fumaça
Asfixiantes (CO e CN) – causam morte celular por hipóxia ou asfixia celular.
Lesão pulmonar induzida por toxina – aparecimento tardio (poeira química)
Atendimento Pré Hospitalar
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Abuso Infantil
20% dos abusos infantis são queimaduras
Crianças intencionalmente queimadas tem de 1 a 3 anos de idade
Forma mais comum imersão forçada
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Fotos - Abuso Infantil
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Queimaduras Químicas
Os olhos que sofreram lesão química precisam ser irrigados imediatamente com grandes quantidades de SF 0,9%
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Queimaduras Químicas
Pode ser utilizada no olho para melhor irrigação uma lente de Morgan
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Fotos de Queimaduras Químicas
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Fotos de Queimaduras
Químicas
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Diagnósticos de Enfermagem
Risco para déficit de volume de líquidos, relacionado com a perda de fluidos através da lesão.
Risco para infecção, relacionado com o comprometimento das defesas do paciente.
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Integridade da pele prejudicada, relacionada com a queimadura, caracterizada pela perda do tecido.
Padrão respiratório ineficaz, relacionada com queimadura em tronco, caracterizado por respirações limitadas.
Dor aguda, relacionada com queimadura, caracterizada pelos descritores de dor. 
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Perfusão tissular renal alterada, relacionada pelo choque hipovolêmico, caracterizada pela diminuição do débito urinário.
Nutrição alterada (menos do que as necessidades corpóreas), relacionada com a necessidade de cicatrização e reconstrução dos tecidos lesados, caracterizada pelas necessidades metabólicas maiores perda de peso.
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Intervenções de Enfermagem
Obter história da lesão.
Monitorar sinais vitais.
Monitorar a eliminação urinária.
Estimar perdas insensíveis, especialmente pelo exsudato.
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Monitorar padrão respiratório.
Controlar a dor.
Monitorar o balanço hídrico.
Implementar técnicas de isolamento adequadas.
Trocar os curativos conforme rotina e verificar a lesão pelo menos uma vez ao dia.
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Caso Clínico
Discussão
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Referências:
CAIL, Ana Maria. PARANHOS, Wana Ieda. O Enfermeiro e as Situações de Emergência. São Paulo: Atheneu, 2007. 795p.
NAEMT (National Association of Emergency Medical Technicians). PHTLS – Phehospital Trauma Life Support. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 596p.

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