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Thamyris Ketllyn De Sousa Vasconcelos

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O PERFIL DA DISCIPLINA DE LINGUA PORTUGUESA NOS CURSOS DE 
GRADUAÇAO: REVISÂO DE LITERATURA 
 
Thamirys ketlyn de Vasconcelos Moura1 
Regina Selma Soares Marôto2 
 
 
Resumo: Objetivo geral é analisar a produção científica sobre Perfil da disciplina de 
Língua Portuguesa nos cursos de graduação. Materiais e Métodos: Trata-se de uma 
revisão da literatura com abordagem qualitativa. Foram consideradas seis fases que 
se tornaram relevantes para a realização deste artigo: Identificação do tema e 
formulação da hipótese; estabelecimentos dos critérios de inclusão e exclusão; 
definição das informações pertinentes à pesquisa; análise dos artigos; discussão e 
apresentação dos resultados. A pergunta que norteou a revisão de Literatura foi: 
Como estão dispostas as produções científicas sobre o perfil da disciplina de 
português nos cursos de graduação. A coleta de dados foi realizada de Maio a Julho 
de 2016. A busca foi conduzida na internet, foram consideradas publicações que 
abordassem a temática da disciplina de língua portuguesa nos cursos de graduação. 
Resultados: No início da colonização do Brasil o ensino da Língua Portuguesa 
restringia-se à alfabetização. Alunos que ingressam no ensino superior apresentam 
muitas dificuldades, ao se expressar e problemas que envolvem a leitura, assim 
como, a linguagem permite o intercâmbio de informações e de conhecimentos 
humanos, como também funciona como medida de controle de conhecimentos. 
Conclusões: A educação tem valor imensurável para o ser humano, podendo ser 
ressaltada como um direito de todos, ela é considerada requisito essencial numa 
sociedade tão exigente e em contínuo processo de transformação como a dos dias 
atuais. 
 
Palavras- chaves: Língua portuguesa, Curso de graduação, Ensino, Educação 
Superior. 
 
ABSTRACT: Aim: To analyze the scientific production of profile discipline of 
Portuguese Language in undergraduate courses. Materials and Methods: This is a 
literature review with a qualitative approach .six phases were considered to have 
become relevant for the realization of this article : issue identification and formulation 
of the hypothesis ; establishments of inclusion and exclusion criteria; definition of the 
relevant information to the research; analysis of articles ; discussion and presentation 
of results. The question that guided the literature review was: How are willing 
 
1Discente do curso de Pós-graduação em Docência do Ensino Superior – FAEME / Discente do curso de Direito –
FSA/Graduada em Licenciatura em Letras Português com habilitação em Francês pela Universidade Federal do 
Piauí – UFPI. Email: thamiryskettlyn@hotmail.com 
2Professora Orientadora / Especialista em Docência do Ensino Superior / Especialista em Gestão e Supervisão 
Escolar – FAEME / Especialista em Libras – FAEME / Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia e 
Licenciatura em Normal Superior – UESPI. E-mail: regynamarotto@gmail.com 
 
 
scientific productions about the profile of Portuguese discipline in undergraduate 
courses . Data collection was conducted from May to July 2016. The search was 
conducted on the Internet , publications were considered that addressed the issue of 
the Portuguese language course in undergraduate courses. Results: At the beginning 
of the colonization of Brazil the teaching of Portuguese Language was restricted to 
literacy . Students who enroll in higher education have many difficulties when 
expresser and problems involving reading, as well as the language allows the 
exchange of information and human knowledge , but also works as a control 
measure of knowledge. Conclusion:Education has immeasurable value to humans 
and can be highlighted as a right of all , it is considered an essential requirement in a 
society as demanding and continuous process of transformation as of today. 
 
Key-Words: Portuguese language, undergraduate, education, and higher educatio 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nesta pesquisa, objetivamos refletir sobre Perfil da disciplina de Língua 
Portuguesa nos cursos de graduação, através da análise dos pressupostos teóricos 
de vários estudiosos, dentre os estudos mais relevantes realizados sobre o assunto, 
podemos citar Travaglia (2000), Geraldi (1997) e Soares (1986). Pesquisadores 
discutem as motivações ideológico-propulsoras do estabelecimento de medidas no 
ensino do português, nos diversos momentos históricos. Contudo, questões de 
natureza essencialmente empírica continuam a povoar a mente das pessoas sobre o 
que seria ensinar Língua Portuguesa nos dias de hoje. É notável que as práticas de 
leitura, escrita, e seus aspectos gramaticais desenvolvidas ainda hoje continuam 
muito próximas daquelas preconizadas. 
Desde os primeiros centros de ensino criados no Brasil, já havia a introdução 
de disciplinas relacionadas à Língua Portuguesa. Quando foram criados os centros 
de ensinos pelos primeiros já fundamentavam suas aulas na aprendizagem da 
Língua Portuguesa (GHIRALDELLI, 2009). 
O poder que o ensino possui é de total mérito àquele que o exerce da 
melhor forma possível: o professor; mas não é só o professor que constitui um 
ambiente de ensino. (PAULO FREIRE,1996) 
Há décadas vem se perpetuando questões sobre leitura e escrita, os limites 
da área de estudos da linguagem. Desde o ensino básico, se discute questões 
fundamentais nas esferas escolares uma idéia genérica, segundo a mesma, o 
desempenho dos estudantes de hoje revela aprendizagem deficiente da leitura e da 
escrita. 
 
Disciplinas relacionadas à Língua Portuguesa deveriam ser incorporadas 
nas matrizes curriculares de todos os cursos de graduação, pois assim o rendimento 
linguístico dos alunos melhoraria muito até na hora de escrever. Mas não basta ser 
incorporada uma disciplina dentre cinquenta, por exemplo, torna-se imprescindível a 
criação de várias disciplinas que foquem o estudo e a prática da Língua. Ao 
introduzir o aluno às aulas de interpretação de textos, por exemplo, estamos 
incentivando o senso crítico de cidadãos, ou seja, criamos seres pensantes, assim 
como desejou Paulo Freire (1996). 
Percebe-se a necessidade de inclusão da disciplina Língua Portuguesa nos 
cursos de nível superior, em decorrência de inúmeras limitações em se expressar 
por escrito e oralmente que o aluno do ensino superior apresenta ao ingressar na 
universidade (OSAKABE, 1983). 
A linguagem é responsável pela comunicação e conhecimentos humanos, a 
língua é um organismo vivo que se modifica ao longo do tempo e é através dela que 
aperfeiçoa a capacitação em todas as áreas do conhecimento. Desta maneira, 
observa-se que a Língua Portuguesa é considerada como base para a formação de 
todos acadêmicos, independente da sua área de atuação, o que é imprescindível é 
que esta disciplina seja trabalhada com bastante afinco, uma vez que irá 
desenvolver habilidades essenciais como a escrita e a leitura, contribuindo para o 
seu desempenho profissional (HANSEN, 1989). 
Com base nestas constatações se justifica o presente estudo como um 
alicerce na formação do educando, além de identificar as dificuldades e alternativas 
apresentadas pelos acadêmicos referentes à aprendizagem desta disciplina, assim 
como, apontar o desempenho dos mesmos, e contribuir para a ampliação das 
reflexões acerca da política de ensino de língua nos cursos de licenciatura de ensino 
superior e sua realização na prática do ensino superior (BONATO, 2015). 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Trata-se de uma revisão da literatura com abordagem qualitativa, 
apoderando-se de normas claras e de rigor científico. Foram consideradas seis 
fases que se tornaram relevantes para a realização deste artigo: Identificação do 
tema e formulação da hipótese; estabelecimentos doscritérios de inclusão e 
 
exclusão; definição das informações pertinentes à pesquisa; análise dos artigos; 
discussão e apresentação dos resultados. 
A pergunta que norteou a revisão de Literatura foi: Como estão dispostas as 
produções científicas sobre o perfil da disciplina de português nos cursos de 
graduação? 
A coleta de dados foi realizada de Maio a Julho de 2016. A busca foi 
conduzida na internet, foram consideradas publicações que abordassem a temática 
da disciplina de língua portuguesa nos cursos de graduação, utilizando-se 
descritores: Língua portuguesa, curso de graduação, ensino, e educação Superior. 
Os critérios de inclusão foram artigos, resenhas, anais de congresso, artigos 
de opinião, revisões de literatura, artigos de reflexão, editoriais, teses, dissertações 
publicados no recorte temporal de 1900 a 2016; redigidos em língua portuguesa, 
espanhola e inglesa e disponibilizados na íntegra na base de dados. Os critérios de 
exclusão foram artigos repetidos e artigos que não abordaram diretamente o tema 
deste estudo. 
Após o levantamento das publicações, os resumos foram lidos e analisados 
segundo os critérios de inclusão e exclusão preestabelecidos. Após isso, fez-se uma 
triagem quanto à relevância e à propriedade que responderam ao objetivo deste 
estudo chegando a uma amostra final de 6 artigos, os quais foram lidos e analisados 
na íntegra. 
Para a apuração dos dados elaborou-se um instrumento com as seguintes 
variáveis: autores, tipo de estudo, amostra, local do estudo e ano de realização. 
A análise dos artigos procedeu de modo descritivo e os resultados foram 
divididos nas seguintes categorias analíticas: a relevância das disciplinas 
relacionadas à língua portuguesa em cursos de graduação, ensino da língua 
portuguesa e os reflexos no ensino superior, e, o que é e o que deveria ser a aula de 
português nos cursos de graduação. 
 
RESULTADOS 
 
Caracterização dos estudos 
 
Os artigos apresentaram diferentes características no que se refere à 
amostra e ao delineamento metodológico. Quanto ao perfil dos sujeitos das 
 
pesquisas, destacaram-se acadêmicos e professores. Foi possível observar que 
quanto ao delineamento metodológico, as pesquisas mostram desenhos 
observacionais e analíticos buscando uma maior compreensão sobre o ensino de 
português nos cursos de graduação como subsídio para realização de ações em 
busca de aperfeiçoar a capacitação em todas as áreas de ensino. 
 
A formação da língua portuguesa no Brasil 
 
Compreender os caminhos que percorreu o ensino da língua portuguesa no 
Brasil, também é buscar a compreensão de que tipo de país desejamos e que tipo 
de país as elites dirigentes delimitaram. À medida que, educação é um aspecto da 
vida. Porém um exame mais apurado proporcionou a percepção de que educação é 
a própria vida do homem em sociedade. Conforme Aranha (1996, p. 16) definir qual 
a educação que queremos é definir conjuntamente qual tipo de ser humano 
queremos formar e por extensão, que tipo de sociedade gostaríamos de possuir. 
O marco histórico da educação institucional no Brasil segundo Ghiraldelli 
(1990), ocorreu praticamente cinquenta anos após o Descobrimento do Brasil. O 
País ficou sob o regime de Capitanias Hereditárias de 1532 até 1549, no período 
que D. João III criou o Governo Geral, no primeiro período de sua administração, 
com Tomé de Souza, conheceram o Padre Manoel de Nóbrega outros dois jesuítas 
que iniciaram a instrução e a catequese dos indígenas. Mais tarde, outros jesuítas 
vieram ajudar e complementar o ensino de Nóbrega. Em 1549, com a chegada dos 
primeiros jesuítas ao Brasil, até os dias atuais, a educação no Brasil marcou as 
relações da sociedade com o Estado, que se estabeleceram de forma fragmentada: 
o ensino ministrado atendia mais aos interesses das classes dominantes, em 
detrimento da sociedade que se formava (FRANÇA 2008). 
Segundo Borges (2003), a educação continua como uma prioridade dentro 
do discurso de toda a classe política, embora o que se verifica na prática é a 
deteriorização deste, que poderia se tornar um dos serviços essenciais mais 
importantes prestados pelo Estado. Tal abordagem é adequada dada a relevância 
da escola enquanto espaço de discursos. 
Segundo Silva (1959), o ensino da Língua Portuguesa, depois da reforma 
Pombalina, tornou-se obrigatório, em Portugal e no Brasil, mantendo o estudo da 
gramática. Quando o colégio Pedro II foi criado no Rio de Janeiro em 1837, o ensino 
 
de Língua Portuguesa passou a ser incluído nas disciplinas de Retórica e Poética. 
Estas passaram a ser incorporadas em uma única disciplina denominada Língua 
Portuguesa. O cargo de “Professor de Língua Portuguesa” foi criado em 1871, 
podendo, então, ser um referencial didático quanto ao ensino oficial de nossa Língua 
materna. 
Soares (1998) afirma que no início da colonização do Brasil o ensino da 
Língua Portuguesa restringia-se à alfabetização e, quando muito, servia para o 
estudo da gramática da Língua Latina, da retórica e da poética. 
 
A relevância das disciplinas relacionadas à Língua portuguesa em cursos de 
graduação 
 
A maneira que nossos profissionais encaram a Língua Portuguesa é uma 
problemática que vem antes da universidade. Quando eles saem da escola básica, 
subtende-se que eles já deveriam dominar as regras e normas da língua culta, mas 
não é isso que acontece. Sendo assim, tal problema apresentado nesse artigo, vem 
desde a formação dos primórdios e está diretamente relacionado a atual crise na 
Educação. O fato é que os alunos que ingressam no ensino superior apresentam 
muitas dificuldades, ao se expressar e problemas que envolvem a leitura 
(GUIRALDELO, 2006). 
Pesquisadores apontam que dentre as soluções uma seria revolucionar o 
ensino básico, no entanto, muitos pedagogos e especialistas no assunto vêem 
tentando fazê-lo sem sucesso. E também, aqui, não temos este propósito: de tentar 
mudar o ensino no país, e sim de discutir soluções para tentar melhorá-lo. Uma 
possível solução seria aumentar a quantidade e a qualidade das aulas de Língua 
Portuguesa desde o Ensino Básico, mas as escolas, em geral, parecem não se 
preocupar muito com a causa. Outro fator relevante apontado por teóricos, é que, 
todo brasileiro domina o português, porém numa situação de interação verbal que 
exija certa formalidade, geralmente, os alunos apresentam dificuldades. 
(PARISSOTO, 2009). 
De acordo com autores quando o tema avança para o nível da graduação, 
soa ainda mais estarrecedora a constatação da suposta incapacidade do estudante, 
transparecendo a situação de uma crise lingüística também no ensino superior 
(BRITTO; CAMARGO, 2011). 
 
O fato de incluírem algumas disciplinas como: Português Instrumental, 
Coesão e Coerência, Português, Língua Portuguesa, Leitura e Produção de Textos, 
Técnicas de Redação, Comunicação e Expressão, dentre outras. De modo geral, já 
qualifica melhor os alunos de cursos superiores. Atividades como resenhas, 
resumos, relatórios são grandes aliados na hora de treinar e aperfeiçoar o processo 
da escrita. Um aluno que tivera oportunidade de treinar com esses tipos de exercício 
em seu curso de graduação, certamente terão menos dificuldade de escrever sua 
monografia, ou mesmo um artigos científicos. Percebe - se que sem esses métodos 
o aluno se sentirá perdido e inseguro para escrever seus futuros trabalhos. Uma vez 
que, escrever é uma questão de prática, quanto mais se faz, melhor se faz. Desse 
modo, torna-se imprescindível o desenvolvimento de habilidades voltadas à leitura, 
interpretação e produção de textos (PARISOTTO, 2009). 
 
O ensino da língua portuguesa e os reflexos no ensinosuperior 
 
Sem a escrita, não haveria as grandes realizações da espécie humana, pois 
é através dela que a Ciência, a Filosofia, a Arte, a Religião e a Cultura são 
transmitidas de geração para geração. A função da palavra é transmitir um sentido. 
Seu significado associa um ser, um fato, uma idéia a um signo capaz de evocá-los. 
O signo linguístico une proporciona a união de todas as coisas, não somente, uma 
coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem acústica, sendo assim, uma 
combinação desses elementos (SAUSSURE, 1975). 
Para Warat (1995) A linguagem permite o intercâmbio de informações e de 
conhecimentos humanos, como também funciona como medida de controle de 
conhecimentos 
As diferentes linguagens determinam, constituem e estabelecem a condição 
humana, uma vez que o homem é um ser que possui ações e fala (Bittar, 2010). 
Estudo afirma que, aos catorze anos, o indivíduo atinge sua maturidade em relação 
à linguagem. A partir deste momento, cabe ao estudante adquirir o domínio verbal e 
aperfeiçoá-lo (FREGONEZI, 1996). 
A linguagem se caracteriza enquanto instrumento de comunicação, a medida 
que, a língua é vista como um código ou conjunto de signos combinados capazes de 
transmitir uma mensagem. Nesse sentido, a linguagem é concebida como um fato 
externo à consciência individual e independente. A priori, essa concepção, o falante 
 
tem uma mensagem a ser transmitida a um ouvinte, isto é, informações que tem 
como objetivo levar ao outro (TRAVAGLIA, 2002). 
A metodologia escolar de aprendizado da modalidade da escrita, tal como se 
da historicamente, confunde as novas necessidades criadas pelas condições 
específicas de produção da escrita, em relação às condições da oralidade, com uma 
ruptura entre a escrita e o uso efetivo que o aluno faz da linguagem. Um estudo 
demonstrou que estudantes recém-saídos do Ensino Médio e ingressantes no 
Ensino Superior demonstram dificuldade para se expressar, falta domínio 
fundamental no momento de conectar as idéias, aplicar a coesão e coerência em um 
texto, dissertar com introdução, argumentação e conclusão, dentre essas a maior 
dificuldade apresentada é o domínio da ortografia. Justifica – se tal dificuldade a 
ausência de hábito de leitura, decorrente de um ensino fraco de Língua Portuguesa 
que vem desde os primeiros anos escolares (PÉCORA, 1999). 
Professores universitários afirmam que estudantes chegam aos cursos 
superiores sem o preparo necessário, que as duas principais deficiências dos 
ingressos nos cursos são a interpretação de textos e a comunicação escrita. 
Competências que deveriam ter sido adquiridas nas series iniciais da escola. 
O conhecimento e a correta utilização das regras da Gramática, assim como 
o domínio do idioma é indispensável, essencialmente necessárias para o exercício 
de qualquer profissão. Representa, convém insistir, o verdadeiro “cartão de visitas” 
do profissional, a chave que muito contribuirá para que as portas se abram no 
caminho do êxito Professional (GONÇALVES, 1997). 
 
DISCUSSÃO 
 
 Com a chegada dos portugueses ao Brasil, a população autóctone começou a 
sofrer grande influência nas relações sociais principalmente no que diz respeito ao 
modo de vida e à educação, que eram completamente diferentes da vivencia do 
outro lado do Atlântico. Uma vez que, a única forma de organização que existia no 
território brasileiro era a indígena, com sua Língua e culturas próprias. 
Em relação à funcionalidade da educação implantada pelos padres jesuítas 
no Brasil, podemos destacar a desconexão que existia entre o ensino e sua prática. 
A educação era arcaica, pedagogia autoritária, monopolista do ensino, forjada pela 
Companhia de Jesus. 
 
A situação do Brasil fez com que a Coroa a busca-se meios de impor a 
Língua Portuguesa nos seus domínios americanos. Além dos idiomas indígenas, 
também vigoravam línguas africanas, amplamente usadas pelos escravos e 
descendentes (RODRIGUES, 1983). Segundo Domingues (2002), a perspectiva de 
impor aos índios o uso da Língua Portuguesa, tinha como objetivo transformá-los em 
vassalos iguais aos demais colonos. A necessidade dessa transformação se deu no 
momento em que houve a intensificação dos conflitos entre o território de Portugal e 
Espanha, acarretando na necessidade do Rei de Portugal possuir um contingente 
populacional suficiente para habitar as suas fronteiras, garantindo a permanência 
dos seus domínios territoriais. 
Nos últimos anos, no Brasil, alguns pesquisadores vêm demonstrando uma 
maior preocupação em relação à leitura e à escrita dos alunos que ingressam no 
ensino superior. Contudo, as discussões sobre como a escrita do estudante é 
compreendida na esfera das universidades são poucas e, de modo geral, restritas. 
As recentes pesquisas apontam que o estudante ingressante no nível superior tem 
apresentado dificuldades em produzir gêneros tipicamente da esfera acadêmica, 
sendo que essas dificuldades são mais acentuadas em alunos geralmente, oriundos 
de camadas sociais menos favorecidas. Percebe- se a necessidade de considerar 
as capacidades de leitura e escrita já desenvolvidas nas séries anteriores, no 
sentido de saber qual é a condição letrada do estudante. 
A metodologia de socialização acadêmica parte do princípio de que o 
professor é responsável por introduzir os alunos na cultura universitária, com o 
intuito de que eles assimilem as práticas de escrita valorizadas nas diversas 
disciplinas e áreas temáticas da universidade. Tal modelo parte da concepção de 
que os gêneros discursivos acadêmicos são relativamente homogêneos e, sendo 
assim, uma vez que o acadêmico apreende as convenções que regulam esses 
gêneros textuais e estará habilitado a se engajar nas práticas letradas que permeiam 
essa instância (OLIVEIRA, 2007). 
Percebeu – se a relevância da figura do profissional da área de Letras e sua 
atuação nos primeiros semestres da graduação em vários cursos, distintos de sua 
área de conhecimento e o fato que a Língua Portuguesa apresenta um grau 
considerável de complexidade, porém é importante enfatizar que quem dá vida à 
língua são seus próprios falantes e que, uma vez adquirida a experiência linguística 
 
oral, todo e qualquer indivíduo é capaz de aprender sua estrutura gramatical 
(BONATO, 2015). 
A concepção da língua enquanto processo de interação dos seres humanos 
concebe a língua como um processo de interação em um dado contexto sócio-
histórico e ideológico, em que o indivíduo interage por meio da linguagem, agindo e 
atuando sobre o interlocutor. Sendo a linguagem uma atividade que se constitui 
através da compreensão dos sentidos e das relações do mundo, método que se faz 
pela interação comunicativa mediada pela produção de efeitos de sentido entre 
interlocutores (BONATO, 2015). 
Bonato (2015), menciona ainda que existem variações no contexto 
sociocultural onde os indivíduos vivem. A variação entre os contextos é marcada 
pelos diferentes modelos de uso da linguagem que o meio social oferece. Estes 
métodos são apresentados segundo os modos de vida e os tipos de interações 
típicas do meio social entre os indivíduos. 
A educação tem valor imensurável para o ser humano, podendo ser 
ressaltada como um direito de todos, ela é considerada requisito essencial numa 
sociedade tão exigente e em contínuo processo de transformação como a dos dias 
atuais. Nesse contexto, as pessoas precisam de qualificação profissional, o que 
requer o desenvolvimento de habilidades comunicativas, destacando assim, à 
Língua Portuguesa, esse rico patrimônio do nosso povo, constituído pela literatura 
oral tradicional, se perpetua e renova. Reconhecido pela sua identidade cultural 
serve deveículo a manifestações culturais cuja diversidade e riqueza são 
indissociáveis dos percursos históricos dos diferentes povos que falam a Língua 
Portuguesa. 
Desta maneira, observa-se que a Língua Portuguesa é considerada como 
base para a formação de todos acadêmicos, independente da sua área de atuação, 
o que é imprescindível é que esta disciplina seja trabalhada com bastante afinco, 
uma vez que irá desenvolver habilidades essenciais como a escrita e a leitura, 
contribuindo para o desempenho profissional dos acadêmicos de diferentes áreas de 
ensino. 
O presente estudo demonstrou que apesar de apreciarem a leitura, os 
discentes não são motivados a produzir textos ao longo dos períodos acadêmicos, o 
que demonstra que a utilização desta habilidade necessita ser reavaliado na prática 
pedagógica, além da necessidade de instrumentos de apoio e aprimoramento. 
 
Destaca-se outra temática preocupante, produção de textos, que afeta o processo 
da aquisição da escrita, onde o acadêmico sente dificuldades em se expressar 
através da escrita. O professor desempenha um papel fundamental no que tange o 
comprometimento do acadêmico. Uma vez que, para atingir os objetivos, é preciso 
mais do que conhecimento, a capacitação continuada é um dos recursos mais 
eficazes e eficientes para que o professor esteja apto ao desempenho da sua função 
e a leitura é o melhor caminho para o estudante ampliar sua visão de mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 www.seer.ufu.br/index.php/che/article/download/29201/16167 Acesso em> 10 jun 
2016. 
 
BORGES, L. C; SALOMÃO, N. M. R.. Aquisição da Linguagem: Considerações da 
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http://www.scielo.br/pdf/prc/v16n2/a13v16n2.pdf Paraíba. 2003. Acesso em: 11 
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BRITTO; CAMARGO, Vertentes do ensino de português em cursos superiores. 17º 
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FRANÇA, S. F. Uma visão geral sobre a educação brasileira. In. Integração. 
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