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Direito penal III

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DIREITO PENAL III
Crime comum e crime próprio
O crime comum é aquele praticado por qualquer pessoa. O próprio é praticado por uma pessoa com condição específica. EX: infanticídio podendo ser praticado somente pela mãe.
Instantâneos e permanentes
No instantâneo o resultado é imediato e não se prolonga no tempo. Nos permanentes a consumação se prolonga no tempo.EX DE PERMANENTE: Sequestro, cárceri privado e tráfico de drogas (guardar).
Comissivos, omissivos e comissivos por omissão
O comissivo é aquele que se dá em razão da ação do agente.
Os omissivos decorrem da omissão ( do não fazer do agente ).
Os comissivos por omissão, a conduta é comissiva e o resultado se dá pela omissão. EX: Uma mãe deixa de amamentar o filho propositalmente até que ele morra.
Materiais, formais e de mera conduta
Os materiais são aqueles que possuem um resultado naturalístico causando modificação no mundo exterior.
Nos crimes formais a lei prevê um resultado, mais não exige o mesmo para que haja a consumação do crime, ou seja, o resultado naturalístico não é relevante. EX: extorsão mediante seqüestro.
Nos crimes de mera conduta não há resultado naturalístico. EX: Invasão de domicílio.
Unissubjetivos e plurissubjetivos
Os unissubjetivos podem ser praticados por uma pessoa. Já o plurissubjetivo deve ser praticado por duas ou mais pessoas.
Unissubsistente e plurissubsistente
O unissubsistente é aquele praticado em um único ato executório. EX: Injúria.
O plurissubsistente é praticado por mais de um ato. EX: roubo.
De forma livre ou de forma vinculada
No de forma livre não há prescrição de uma forma de cometer o crime.
Já no de forma vinculada, o modo de cometer o crime está presente no tipo penal. EX: ART 284-curandeirismo.
CRIMES CONTRA A VIDA
Homicídio
È a eliminação da vida extra-uterina cometida por um terceiro.
Classificação
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa viva
OBJ jur: vida humana
OBJ mat: a agressão
EL subj: comporta dolo ou culpa
Classificação doutrinária
Crime comum, comissivo, unissubjetivo, de forma livre e instantâneo de efeitos permanentes. A consumação se dá com a morte encefálica. Admiti-se tentativa.
O homicídio do ART 121 comporta a figura da desistência voluntária E do arrependimento eficaz (ART 15).
Crime impossível ART 17
 É possível o concurso de pessoas no crime de homicídio.
Homicídio simples (reclusão de 6 a 20 anos)
O homicídio simples será considerado como crime hediondo (nos termos do ART 1° da lei 8072/90) quando praticado por atividade típica de grupo de extermínio, ainda que por um só agente.
Homicídio privilegiado § 1° do ART 121
Relevante valor
È algo importante ou de elevada qualidade (patriotismo, lealdade, fidelidade, amor paterno etc.) e se divide em relevante valor moral e social.
Relevante valor moral
São valores particulares ou específicos.
Valor social
Envolve interesse de ordem geral ou coletiva. EX: moradores de um bairro matam um pedófilo.
Emoção
È a excitação de um sentimento.
OBS: presentes os requisitos do § 1° é obrigatória a diminuição da pena.
Homicídio qualificado
As qualificadoras são circunstâncias que de algum modo alteram o tipo penal deixando a tipicidade mais grave. È um complemento a conduta simples. A pena base passa a ser de 12 a 30 anos e ele é considerado hediondo nos termos da lei 8072/90.
Torpe
È o atributo daquilo que é repugnante e provoca excessiva repulsa na sociedade. 
EX: matar mediante paga.
Fútil
È aquele que se mostra desproporcionalmente ao resultado do crime, ou seja, o elemento que leva a eliminação da vida alheia é insignificante.
Inciso III meio insidioso
È um meio enganoso.
Inciso IV
O homicídio é utilizado para obter vantagem em outro delito.
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Delito de homicídio qualificado pelo emprego de tortura e o delito de tortura previsto no ART 1° § 3° da lei 9455/97
No homicídio qualificado pela tortura o dolo do agente está em matar, e o meio que ele emprega é a tortura. Tortura-se até matar.
Já no crime de tortura qualificado pelo homicídio o dolo do agente está em torturar não havendo em nenhum momento a intenção de matar. A morte é uma qualificadora do crime de tortura.
Concurso entre homicídio qualificado e homicídio privilegiado
O §1 do ART 121 CP traz as circunstâncias que diminuem a pena, tornando o homicídio privilegiado. Já o §2° traz as circunstâncias qualificadoras que podem ser objetivas ou subjetivas.
Sabendo que as circunstâncias do §1° são subjetivas fica a pergunta:
È possível que o homicídio qualificado também seja privilegiado? Sim, é possível desde que elas sejam compatíveis entre si. A circunstância de privilégio do relevante valor moral não pode ser compatível com o motivo fútil.
EX: Os incisos III e IV do § 2° são compatíveis entre si.
Com relação a lei 8072/90, o homicídio qualificado privilegiado não é considerado crime hediondo, por não estar previsto expressamente. 
Homicídio culposo ART 121 § 3°
O homicídio culposo é provocado por negligência, imprudência ou imperícia, que são assim definidas.
Negligência
Agir sem cautela ao realizar uma ação. EX: policial deixa a arma com o gatilho destravado.
Imperícia
È a incapacidade de realizar determinada ação. EX: motorista desabilitado.
Imprudência
Falta de atenção ou agir de forma descuidada. EX: dirigir acima do limite.
Dolo eventual
O agente assume o risco de gerar o resultado crime, mesmo não querendo cometer o mesmo diretamente.
Culpa consciente 
O agente não assume o risco e não deseja o resultado do crime e acredita que pode evitálo.
Tentativa e homicídio culposo
Não admiti-se tentativa na modalidade culposa, exceto no caso do ART 20 CP (culpa imprópria).
Majorantes do homicídio culposo (ART 121 § 4°)
Traz as causas de aumento de pena para o homicídio doloso e culposo.
Concurso de pessoas nos crimes culposos
A doutrina diverge com relação ao tema havendo dois posicionamentos, o da possibilidade de concurso de pessoas nos crimes culposos, e parte da doutrina defende a impossibilidade do concurso de pessoas nestes crimes.
Homicídio culposo do CP e do CTB
Havendo um homicídio culposo decorrente de acidente no trânsito, respeitando-se o princípio da especialidade, aplica-se o CTB e não o CP.
Perdão judicial nos crimes culposos
È a faculdade concedida ao juiz de, comprovada a prática de uma infração penal, deixar de aplicar a pena imposta pela lei, em face de justificadas circunstâncias excepcionais.
A sentença que concede o perdão judicial é declaratória de extinção da punibilidade e não será considerada para efeitos de reincidência.
Concurso de crimes e o homicídio
O crime de homicídio pode ser cometido em concurso de crimes, ART 69 e seguintes.
EX: Sujeito entra em lanchonete armado e com um único disparo comete vários homicídios.
Conflito aparente de normas e o crime de homicídio
Havendo conflito aparente de normas devesse observar as questões de vigência e retroatividade da leipenal mais benéfica, princípios da especialidade, consunção, subsidiariedade e alternatividade.
ART 122
Induzir ao suicídio
È criar na cabeça do suicida a idéia de tirar sua própria vida.
Instigar ao suicídio
È reforçar uma idéia já existente, ou seja, o suicidajá tinha em mente o desejo de suicidar.
Auxiliar ao suicídio
Esse auxílio deve ser secundário, pois se for direto, poderá o agente responder por homicídio.
Análise da figura típica
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa com o mínimo de discernimento e resistência.
OBJ jurídico: vida humana
OBJ material: o suicida
Elemento subj: Exige-se o dolo, não existe a modalidade culposa, não admite tentativa, o crime consuma-se com o suicídio ou a lesão corporal grave.
Classificação doutrinaria
Crime comum, material, instantâneo, comissivo, crime de dano, unissubjetivo, de forma livre e plurissubsistente.
Pacto de morte
Dependendo da situação, se um dos pactuantes sobreviver poderá responder por homicídio.
Eutanásia
Não é permitida (no Brasil).
Consumação
Se da tentativa de suicídio ouver lesão corporar levenão haverá atipicidade do ART 122 CP.
ART 123
Infanticídio
È a morte do filho provocada pela mãe durante o estado puerperal.
Análise do tipo penal
SA: A mãe do recém-nascido ou do nascente.
SP: O recém-nascido ou o ser nascente.
OBJ jurídico: vida
OBJ material: o recém nascido ou o ser nascente
Elemento subj: Dolo, é possível a tentativa.
Classificação doutrinária
Crime próprio, material, instantâneo, de dano, comissivo, unissubjetivo, de forma livre e plurissubsistente.
Estado puerperal
Todas as partorientes passam pelo estado puerperal, razão pela qual esse estado pende de perícia. Tal estado denota alterações físicas e psíquicas durante a expulsão da criança do ventre materno, e que trantornam a mãe, o puerpério se estende do início do parto até a volta da mulher ao estado de pré gravidez.
Concurso de pessoas no infanticídio
Possibilidade e comunicabilidade do estado puerperal, existem duas correntes doutrinárias. Uma se entende que o estado puerperal não se comunica a uma terceira pessoa, que eventualmente auxilie a mãe.
Outra corrente entende que, sendo o estado puerperal uma elementar do crime de infanticídio ela pode se comunicar a um terceiro, por força do ART 30 CP.
ART 124 A 128
ABORTO
É A CONCESÃO DA GRAVIDEZ, ANTES DO TEMPO NORMAL CAUSANDO A MORTE DO FETO OU DO EMBRIÃO.
ART 124
SA: é a gestante
SP: o feto ou embrião		
OBJ JURIDICO: a vida
OBJ MATERIAL: o feto ou embrião
ELEMENTO SUBJ: dolo, a tentativa é admissível e consumase coma morte do feto ou embrião.
Classificação
Crime próprio, instantâneo, material, de dano, de forma livre, comissivo ou omissivo, unissubjetivo, plurissubsistente.
ART 125
Aborto provocado por terceiro
SA: qualquer pessoa
SP: o feto ou embrião		
OBJ JURIDICO: a vida e a integridade física 
OBJ MATERIAL: o feto ou embrião e a gestante
ELEMENTO SUBJ: dolo, a tentativa é admissível e consumase coma morte.
Classificação
Crime comum, material, instantâneo, comissivo, de dano, plurissubsistente, plurissubjetivo, de forma livre.
ART 126
Aborto com conssentimento 
OBJ material: feto ou embrião
§ único
O § único do art 126 traz a figura do dissenso real e o dissenso presumido. Esse dissenso é uma figura jurídica que transforma o consentimento da gestante na ausência deste consentimento.
O dissenso real ocorre no emprego de fraude, violência ou grave ameaça.
Odissenso presumido se dá quando a gestante é menor de 14 anos ou deficiente mental.
ART 127
Forma qualificaada
Lesão grave (um terço da pena)
morte (duplica-se a pena)
ART 128
Aborto necessário
I - salvar a mãe
Humanitário
II - em caso de estupro com conssentimento da mãe.
Aborto de feto anencefálico
O STF julgou procedente a ADPF-54 para declarar a inconstitucionalidade da interpretação segundo a qual a interrupção deste tipo de gravidez é conduta tipificada. Os ART 124, 126 e 128.
ART 129 
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa, exceto em figuras específicas. EX: lesão que resulta em aborto.
OBJ jurídico: integridade física
OBJ material: Pessoa que sofreu a agreção
Eemento subj: Dolo ou culpa, admiti-se tentativa e a consumação se dá no momento da lesão a integridade fisica ou a saúde.
OBS: Não é punida a auto lesão
Enfermidade incurável
Doença incurável, qualquer alteração patológica do corpo e de difícil sicatrização.
Lesão corporal privilegiada (§ 4° do ART 129)
OBS: A lesão corporal leve e a culposa se processam mediante representação, ou seja, são crimes de ação penal pública condicionadaa a representação. A representação é condição de procedibilidade.
§ 7° Aumentam-se as penas da lesão corporal culposa se ocorrem as situações previstas no § 4° e 6° do ART 121.
§ 8° Traz a figura do perdão judicial ou seja, no caso de lesão culposa o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
ART 30
SA: pessoa contaminada com a doença
SP: qualquer pessoa
OBJ jurídico: vida e a saúde
OBJ material: a pessoa que mantêm a relação com quem está contaminado. Exige-se o dolo, admiti-se a tentativa e consuma-se no momento da exposição a doença venéria.
Classificação doutrinária
Próprio, formal, comissivo, instantâneo, de perigo abstrato, unissubjetivo, plurissubsistente.
ART 131
SA: pessoa contaminada com doença grave
SP: qualquer pessoa
OBJ jurídico: vida e saúde
OBJ material: a pessoa contaminada
Elemento subjetivo
Exige-se o dolo, admite-se a tentativa e consuma-se com a prática do ato capaz de transmitir a doença.
Classificação doutrinária
Próprio, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, de perigo ou de dano, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente.
OBS: O art 131 difere-se do artigo 267 (crime de epidemia) porque este último consiste na transmissão de uma doença, não necessáriamente grave, a um grande número de indivíduos em uma determinada localidade.
ART 132
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa, desde que determinada no caso concreto
OBJ jurídico: vida e saúde
OBJ material: a pessoa que corre o risco
Elemento subjetivo
Exige-se o dolo de perigo, é admissível a tentativa e a consumação se dá com a prática do ato que causa a exposição ao perigo.
Ação penal pública incondicionada.
ART 133
SA: Deve ser guarda, protetor ou autoridade designada por lei para garantir a segurança da vítima.
SP: Pessoa de idade incapaz colocada sobre o resguardo da outra.
OBJ jurídico: vida e saúde
OBJ material: a pessoa que sofre o abandono
Elemento subj: dolo de perigo, admiti-se a tentativa e o crime se consuma com a prática do ato no abandono, ainda que não haja um resutado naturalístico portanto o crime é formal.
Ação penal: pública incondicionada
Classificação doutrinária: Crime próprio, formal, instantâneo com efeitos permanentes, comissivo, de perigo concreto, unissubjetivo e plurissubsistente.
ART 134
Recém nascido: Até 28 dias de vida
SA: a mãe e excepcionalmente o pai, pois o tipo penal menciona a finalidade de ocultar a desonra própria.
SP: recém nascido, filho do suj ativo
OBJ jurídico: vida e saúde
OBJ material: O recém nascido
Elemento subj: dolo de perigo, admite-se a tentativa e a cnsumação se dá com o ato de abandono, não necessitando de resultado naturalístico. 
Classificação doutrinária: Próprio, formal, instantâneo, de perigo concreto, unissubjetivo e plurissubsistente.
ART 135
SA: qualquer pessoa
SP: pessoa inválida, ferida ou criança abandonada ou extraviada.
OBJ jurídico: vida e saúde
OBJ material: o suj passivo
Elemento subj: Exige-se o dolo de perigo, não cabe tentativa e a consumação se dá com a omissão ainda que não haja resultado naturalístico.
Classificação doutrinária: comum, formal, instantâneo, de forma livre, omissivo, de perigo concreto, unissubjetivo e unissubsistente.
ART 135-A
SA: qualquer pessoa que faça as exigências
SP: pode ser o próprio enfermo como alguém a quem é exigida a prestação da caução ou o preenchimento de algum formulário.
OBJ jurídico: A vida e a saúde
OBJ material: Aquele que necessita do atendimento de urgência.
Elemento subj: dolo, admite-se a tentativa e consuma-se o crime com a simples exigência ainda que não haja nenhum dano ao enferno.
Ação penal
Pública incondicionada
ART 136
SA: Aquele que tem o suj passivo sob sua autoridade guarda ou vigilância para fins de educação, ensino, tratamento ou custódia, sendo assim um crime próprio.
SP: È a pessoa submetida a autoridade guarda, ou vigilância de outro para fins de educação, ensino, tratamento ou custódia.
OBJ jurídico: A vida e a saúde
OBJ material: o sujeito passivo
Elemento subj: dolo e dolo de perigo, admite-se a tentativa e a consumação se dá com a exposição da vítima e sua vida ou saúde a uma situação de perigo.
Ação penal: Pública incondicionada.
ART 137
SA: Todos são simultaneamente sujeitos ativos e passivos do crime, pois ele pressupõe agressões mútuas.
Crime plurissubjetivo
Elemento subj: dolo
OBJ jurídico: a incolumidade física
OBJ material: não há tentativa pois nocrime de rixa a conduta e o evento exaurem-se simultaneamente exceto quando há combinação prévia para o crime.
CRIMES CONTRA A HONRA
A honra é um bem imaterial, um valor inerente a dignidade humana. È o conjunto de atributos morais, físicos e intelectuais da pessoa que lhe confere auto estima e reputação. A honra é objetiva quando se trata da reputação que terceiros fazem sobre uma pessoa.
A honra é subjetiva quando se trata da autoestima e do juízo de valor que uma pessoa te sobre sí mesma.
A calúnia e a difamação ferem a honra objetiva e a injúria a honra subjetiva.
No caso da injúria a lei prevê o perdão judicial, quando o ofendido provoca injúria de forma e reprovável ou no caso de retorsão imediata que configure outra injúria.
ART 138
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa, inclusivr pessoa jurídica, se a prática for relativa a crime ambiental.
OBJ jurídico: honra objetiva
OBJ material: reputação da pessoa
Elemento subj: Dolo, é possível a tentativa quando se der na forma subsistente e a consumação se dá quando a falsa imputação chega ao conhecimento de terceiro.
Classificação doutrinária: Comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente.
Exceção da verdade
È um incidente processual, que é uma questão secundária refletida sobre o processo principal, merecendo uma decisão antes da decisão da causa principal.
No caso da calúnia admite-se a prova da verdade nos casos do § 3°.
ART 139
Viola a honra objetiva, fim da reputação da pessoa.
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa, e para alguns autores inclusive a pessoa jurídica.
OBJ jurídico: honra objetiva
OBJ material: reputação da pessoa
Elemento subj: dolo, admiti-se a tentativa na forma plurissubsistente e o crime se consuma no momento em que a imputação chega ao conhecimento do ofendido.
Classificação doutrinária: Comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo, pode ser uni ou plurissubsistente.
ART 140
Ferindo a auto estima da pessoa, dignidade individual, ofende a pessoa.
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa física, e no caso de menores ou doentes mentais deve-se observar a situação concreta.
OBJ jurídico: honra subjetiva
OBJ material: auto estima da pessoa
Elemento subj: é o dolo, a vontade específica de magoar e ferir a auto imagem de alguém. Consuma-se quando o ofendido se vê diante da injúria e a tentativa é possível na forma plurissubsistente.
Classificação doutrinária: Crime comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo, pode ser unissubsistente ou plurissubsistente.
Espécie de injúria
A injúria pode ser simples conforme o caput do art 140 do CP, ela pode ser real conforme o § 2° do art 140 CP, ou discriminatória conforme o § 3° do art 140.
ARTIGOS 141 AO 144
A ação penal será pública ou condicionada a representação nos casos de injúria real §2° do ART 140 CP e injúria discriminatória § 3° do ART 140 CP e será pública condicionada a requisição do ministro da justiça nos casos envolvendo o presidente da república e chefe de governo estrangeiro.
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CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
Liberdade individual
A liberdade individual é a faculdade de exercer suas próprias vontades, nos limites do direito. È a liberdade que se tem de exercer suas próprias atividades sem violar os direitos dos demais. Essa liberdade está consagrada na CF/88.
São crimes contra a liberdade pessoal: Constrangimento ilegal (ART 146), a ameaça (ART 147), o sequestro e o cárcere privado (ART 148) e a redução a condição análoga a de escravo (ART 149).
Existem outros crimes em que a liberdade pessoal também será atingida, mas apenas como um meio para a consecução de fins diversos, como econômicos (roubo e extorsão), libidinosos (estupro) etc...onde o atentado a liberdade é absorvido pelo crime fim. (crimes subsidiários).
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa
OBJ jurídico: a liberdade individual
OBJ material: a pessoa que sofreu o constrangimento
Constranger: Forçar a alguém a fazer alguma coisa ou tolher (retirar) seus movimentos para que deixe de fazer.
Elemento subj: dolo, admite-se a tentativa, consuma-se o crime com a efetiva inibição para alguém fazer ou deixar de fazer algo.
Classificação doutrinária: Crime comum, material, de forma livre, comissivo (em regra também pode haver a conduta omissiva), instantâneo, de dano, unissubjetivo e plurissubsistente.
ART 147 Ameaça
SA: qualquer pessoa 
SP: qualquer pessoa, desde que tenha a capcidade de entendimento do anúncio do mal injusto e grave que lhe foi feito.
OBJ jurídico: liberdade individual
OBJ material: a pessoa que sofreu a ameaça
Elementos objetivos do tipo penal: ameaçar significa procurar intimidar alguém anunciandolhe a ocorrência de um mal futuro, ainda que próximo. Pode se dar por palavras, gestos, escritos, ou meios simbólicos. 
Mal grave: é aquele que tem a capacidade de causar temor.
Elemento subj: Dolo, é admissível a tentativa quando o crime se dá na forma plurissubsistente consuma-se com a realização do ato ameaçador.
Classificação doutrinária: Crime comum, material, de forma livre, comissivo em regra, instantâneo e pode ser unissubjetivo e unissubsistente ou plurissubisistente. Delito subsidiário sendo absorvido por outros crimes.
ART 148 Sequestro e Cárcere Privado
SA: qualquer pessoa 
SP: qualquer pessoa
OBJ jurídico: liberdade individual
OBJ material: a pessoa que sofre a privação de liberdade
Sequestro: Tirar a liberdade de alguém
Elemento subj: Dolo, é admissível a tentativa quando o crime se dá na forma plurissubsistente consuma-se com a perda da liberdade de ir e vir.
Classificação doutrinária: Crime comum, material, de forma livre, comissivo, permanente, unissubjetivo e plurissubsistente.
OBS: È um crime que também possui a natureza subsidiária em relação a outros tipos penais. Se a finalidade do sequestro é receber algum tipo de vantagem, mediante resgate o crime será de estorsão mediante sequestro, por exemplo.
OBS 2: O chamado sequestro relâmpago, apesar do nome, geralmente tem a natureza econômica e o seu enquadramento em outros tipos penais, como roubo qualificado, extorsão ou a estorsão mediante sequestro.
OBS 3: Por ser crime permanente e a sua consumação se prolongar no tempo o flagrante delito pode ocorrer a qualquer momento.
ART 149 Redução a condição analoga a de escravo
SA: Qualquer pessoa, embora, como regra passou a ser o empregado e seus prepostos.
SP: Empregado em qualquer tipo de relação de trabalho.
OBJ jurídico: Liberdade individual
OBJ material: A pessoa que sofreu a privação da liberdade
Elemento subj: Dolo, admite-se a tentativa e consuma-se com a perda da liberdade de ir e vir.
Classificação: Crime comum, material, de forma vinculada, comissivo, permanente, unissubjetivo e plurissubsistente.
ART 150 Violação de domicílio
SA: Qualquer pessoa
SP: Qualquer pessoa desde que tenha o comando de quem entra, sai ou permanece no lugar invadido.
OBJ jurídico: inviolabilidade de domicílio
OBJ material: A casa invadida
Elemento subj: Dolo, admite-se a tentativa na forma comissiva e plurissubsistente e consuma-se quando a conduta de entrar ou permanecer é praticada.
Classificação: comum, de mera conduta, de forma livre, comissivo ou omissivo, instanâneo ou permanente, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente.
OBS: A CF/88 no seu ART 5° inciso XI trouxe as hipóteses legais para o adentramento a casa alheia. Por tanto, o ART 150 CP deve ser interpretado a á luz do permissivo constitucional.
ART 154-A Invasão de dispositivo informático
SA: Qualquer pessoa
SP: A pessoa que pode sofrer o dano material ou moral em consequência das condutas
OBJ jurídico: inviolabilidade da intimidade e da vida privada
OBJ material: Os dados e informações armazenados e o próprio dispositivo eletrônico
Elemento subj: Dolo, admite-se a tentativa e consuma-se quando o agente invade o dispositivo ou instala vulnerabilidades.
Classificação: comum, plurissubsistente, comissivo, excepcionalmente comissivopor omissão (quando o resultado deveria ter sido pelo parente), de forma vinculada ou de forma liver, formal, instantâneo e unissubjetivo.
 DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Conceito de patrimônio: Para o direito penal o patrimônio é conceituado para alguns doutrinadores, de forma mais ampla do que o direito civil. Sendo assim, o patrimônio é indentificável não appenas por sua apreciação econômica, mais sendo tembém qualquer objeto material que possua um valor para seu dono ou possuidor. EX: um porta retrato com a única foto de seu filho flecido. Já para alguns doutrinadores, o patrimônio protegido pelo direito penal deve ter substanciaal apreciação econômica.
A aplicabilidade do princípio da insignificância aos crimes contra o patrimônio
O princípio da insignificância é uma causa supralegal de exclusão da tipicidade, aplicada pelo poder judiciiário. È aplicável tal princípio para coisas de valor ínfimo, observando-se contudo o contexto mais amplo da conduta. Uma caneta para um banco tem uma razão de valor diferente do que uma galinha em um galinheiro com 3 galinhas.
ART 155 Furto
SA: Qualquer pessoa
SP: Qualquer pessoa
OBJ jurídico: O patrimônio do indivíduo, que são as coisas de sua propriedade ou posse desde que legítimas.
OBJ material: São as coisas sujeitas a subtração
Elemento suubj: Exige-se o dolo, especificamente o ânimo do apossamento definitivo. Admite-se a tentativa e consuma-se quando a coisa sai da esfera jurídica de proteção e disponibilidade da vítima, ingressando na do agente.
Classificação: comum, material, de forma livre, comissivo (em regra), instantâneo, de dano, unissubjetivo e plurissubsistente.
Coisas que não podem ser objeto de furto
_ A coisa abandonada (res dericlita)
_ Coisaa que não pertence a ninguém (res nullis)
_ Coisa perdida (res desperdita)
Furto de uso
O furto de uso, que é a subtração de uma coisa para se usar e depois devolver não é considerado crime, pois falta o ânimo de apossamento definitivo que é indispensável para a configuração do furto.
OBS: A coisa deve ser devolvida no seu estado original.
Forma Típicas
_ Furto simples é aquele previsto no caput.
_ Furto noturno: È a causa de aumento de pena prevista no §1°
_ Furto privilegiado: Está presente no §2°
_ Furto de energia: Está presente no §3°
_ Furto qualificado: Previsto nos §4°, 5° e 6° ART 155 CP
OBS: O §6° que trata do furto de semovente domesticável de reprodução doi incluído pela lei 13330/2016 e diz o que seguinte:
 § 6° A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
ART 157 Roubo
SA: Qualquer pessoa
SP: Proprietário ou possuidor da coisa subtraída e a vítima da violência
OBJ jurídico: Liberdade individual, patrimônio e a integridade física
Elemento subj: Dolo, com a vontade específica de subtrair com emprego de violência ou grave ameaça a coisa alheia móvel.
Espécies de Roubo
Próprio: A violência ou grave ameaça é utilizada para a subtração.
Impróprio: Quando a violência ou grave ameaça se dá após a subtração para asegurar a detenção da coisa.
Consumação: No roubo próprio se dá com a retirada da coisa da esfera de disponibilidade da vítima tebdi a ciusa cin se fosse sua. 
No roubo impróprio se dá com o uso da violência.
È admissível a tentativa, e para alguns autores no roubo impróprio se o agente é impedido de consumar o crime antes do uso da violência é defendido a existência do furto consumado.
OBS: O chamado sequestro relâmpago dependendo da conduta empregada pelo agente criminoso pode ser enquadrado como roubo majorado, ART 157 §2° inc 5°.
O §3° traz as figuras qualificadas do roubo, sendo que o roubo qualificado pela morte trata-se de latrocínio.
Latrocínio: Èstá entre as penas mais altas do CP com o minimo de 20 e o maximo de 30 anos. Também considerado como crime hediondo.
OBS: Se a motivação da morte for outra (vingança por exemplo) então teremos o roubo em concurso com homicídio.
O homicídio é o crime meio e o roubo é o crime fim, por isso o agente que comete latrocínio não é julgado pelo tribunal do júri.
O STF editou a súmula 610 que diz o seguinte " Há crime de latrocínio quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração dos bens da vítima ".
1- Tentativa de latrocínio: Homicídio e subtração consumados = latrocínio consumado
2- Homicídio tentado e subtração tentada = latrocínio tentado
3- Homicídio tentado e subtração consumada = tentativa de latrocínio 
4- Homicídio consumado e subtração tentada = latrocínio consumado
ART 158 Extorsão
SA: Qualquer pessoa
SP: Qualquer pessoa
OBJ jurídico: Liberdade individual, patrimônio e a integridade física
Elemento subj: Dolo com a vontade específica de obter a indevida vantagem econômica.
Consuma-se o crime quando a vítima faz, tolere que se faça ou deixe de fazer alguma coisa independentemente da obtenção da vantagem indevida. Admiti-se a tentativa.
§1° traz a causa de aumento de pena
§2° traz as figuras qualificadas sendo que a extorsão qualificada pela morte trata-se de crime hediondo
 A primeira parte do § 3° pode ser uma conduta enquadrada como sequestro relâmpago.
OBS: A segunda parte do §3° qualifica a conduta descrita na 1° parte do 3§°.
ART 159
SA: Qualquer pessoa
SP: Qualquer pessoa
OBJ jurídico: Liberdade individual e o patrimônio 
Elemento subj: Dolo com a finalidade específica da obtenção de qualquer vantagem.
Consuma-se o crime com o sequestro por um tempo juridicamente relevante. È permanente e admite-se a tentativa.
§1° traz figuras qualificadas e os § 2° e 3° figuras qualificadas pelo resultado.
§4° traz a figura da delação premiada onde um coautor ou partícipe denúncia o sequestro a uma autoridade facilitando a libertação do sequestrado.
ART 163 Dano
SA: Qualquer pessoa
SP: Qualquer pessoa
OBJ jurídico: Patrimônio 
Elemento subj: Dolo, admite-se a tentativa e consuma-se o crime com a efetiva destruição, inutilização ou deterioração da coisa alheia.
OBS 1: Havendo violência contra pessoa aplica-se o concurso de crime.
OBS 2: O inciso IV do § único será processado mediante queixa ou seja mediante ação penal privada.
ART 168 Apropriação Indébita
SA: È aquele que tem a posse ou detenção da coisa alheia.
SP: È o dono da coisa dada ao sujeito ativo.
OBJ jurídico: Patrimônio 
OM: A coisa ou objeto da apropriação que deve ser fungível, exige-se o dolo e admite-se a tentativa. Consuma-se o crime quando ocorrer a apropriação.
Apropriar-se é apossar-se ou tomar como sua coisa que pertence a outra pessoa.
ART 168 - A
SA: O substituto tributário, que é aquele que tem o dever de recolher determinada quantia do contribuinte repassando ao órgão previdenciário.
SP: È o estado em especial o INSS
OBJ jurídico: A seguridade social
OM: A contribuição previdenciária
Elemento Subjetivo: Exige-se o dolo com a vontade específica de fraudar a previdência, não admite-se a tentativa e consuma-se quando ocorrer a omissão.
O §2° é uma causa extintiva da punibilidade.
O §3° traz a figura do perdão judicial.
A competência para julgar esses crimes é da justiça federal.
ART 169
SA: qualquer pessoa
SP: Proprietário ou legítimo possuidor da coisa desviada ou perdida bem como o dono do prédio onde foi achado o tesouro.
OBJ jurídico: Patrimônio
OM: A coisa perdida ou o tesouro visado 
Elemento Subjetivo: Exige-se o dolo e admite-se a tentativa e consuma-se quando ocorrer a apropriação da coisa ou tesouro, salvo a condição imposta no inciso 2° do § único (prazo de 15 dias).
ART 171 Estelionato
Analise do tipo penal
SA: qualquer pessoa na modalidade do caput. Nas modalidades previstas no §2° é preciso que a pessoa esteja envolvida em algum tipo de negocio, sendo dono ou legítimo possuidor de determinada coisa.
SP: qualquer pessoa quando se tratando do caput. Nas espécies do §2° exige-se que seja alguém envolvido em relação contratual, transação ou negócio.
OBJ jurídico: PatrimônioOM: Vantagem obtida ou a coisa alheia bem como a pessoa que incida em erro.
Elemento Subjetivo: Exige-se o dolo de obter vantagem ilicita em prejuízo alheio. Admite-se a tentativa e consuma-se quando a vítima sofrer perda patrimonial .
OBS: Trabalho espiritual (cartomancia, paz espiritual, macumba etc. Se for gratuito, enquadra-se na liberdade religiosa, se pago, dependendo da situação pode ser enquadrado como estelionato.
OBS ²: Torpeza bilateral: Não há o afastamento do delito, se a vítima quer levar vantagem.
ART 180 Receptação
Análise do tipo penal
SA: qualquer pessoa
SP: Proprietário ou possuidor de coisa, produto ou crime.
OBJ jurídico: Patrimônio
OM: Produto do delito anterior 
Elemento Subjetivo: Dolo com vontade específica de apropriar-se de coisa alheia ou fazer que outro se aproprie. Admite-se a tentativa e consuma-se quando houver prejuízo para a vítima em face do distanciamento da coisa que lhe foi tomada.
Receptação própria: 1° parte do caput (adquirir, receber, transportar ou ocultar coisa produto de crime).
Receptação imprópria: Influir para que alguém de boa fé receba, adquira ou oculte coisa produto de crime.
Perdão judicial: No crime de receptação , o perdão judicial e uma construção doutrinária e jurisprudencial e depende de 3 fatores.
_ Coisa de pequeno valor
_ Bons antecedentes
_ Ter o agente atuado com culpa leve.
OBS: A 2° parte do 5° traz a receptação.
Dos crimes contra a liberdade sexual
ART 213 Estupro
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa
OJ: È a liberdade sexual da pessoa humana
OM: Pessoa que sofre o constrangimento
EL SUBJ: È o dolo com a finalidade específica de obter a conjunção carnal ou outro meio libidinoso, satisfazendo a sua lascívia. Admite-se a tentativa e consuma-se com a cópola sexual ou qualquer ato libidinoso.
Classificação do delito após alteração da lei 12015/2009
Após a referida lei o estupro passou a ser um tipo misto alternativo: a prática ou uma ou mais condutas implica na realização de um só delito.
Princípio da Proporcionalidade
A pena deve ser proporcional a gravidade do delito. Esse princípio emana do princípio da legalidade e da retribuitividade. Com base nesse princípio algumas condutas enquadrada no crime de estupro, acabam recebendo a pena que é desproporcional.
A revogação do ART 214 e a não ocorrência do (abolitio criminis) o revogado Art 214 trazia a figura do atentado violento ao pudor que foi incorporado a nova figura do estupro trazida pela lei 12015/2009.
Não ocorreu a abolitio criminis do atentado violento ao pudor mas a chamada continuidade normativa.
A retroatividade da lei 12015/2009 aos casos anteriores de concurso entre atentado violento ao pudor e estupro contra a mesma vítima em um mesmo contexto. 
Quem respondia em concurso de crimes no atentado violento ao pudor e estupro foi beneficiado com a unificação dos dois tipos penais, passando a responder po um só crime, ou tendo a pena reduzida. Ou seja a lei 12015/09 retroagiu beneficamente.
A hediondez do delito de estupro em qualquer das suas formas (ART 1° e 5° da lei 8042/90).
O estupro agora é hediondo em todas as suas formas.
Violação sexual mediante Fraude ART 215
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa
OJ: a liberdade sexual
OM: é a pessoa que sofre o ato libidinoso ou a conjunção carnal
EL SUBJ: Dolo com a vontade específica de satisfazer a lascívia. Admite-se a tentativa, consuma-se com a conjunção carnal ainda que parcial ou com o ato libidinoso.
ART 216-A Assédio sexual
SA: Somente pessoa que seja superior ou ascendência ou relação de emprego ou serviço público.
SP: Empregado ou servidor subordinado
OM: a pessoa que sofre o constrangimento
EL SUBJ: Dolo com a finalidade específica de obter vantagem sexual. Admite-se tentativa e consuma-se com a prática do ato constrangedor, independe da obtenção do favor sexual.
OBS: Não é necessária a violência ou grave ameaça.
Superioridade hierarquia e a ascendência são elementares do tipo penal, sendo assim no caso de concurso de agentes os coautores tembém responderam pelo assédio sexual. 
Nas relações empregatícias domésticas também pode ocorrer a figura do assédio sexual;
MATÉRIA DA AV2 WEB 6 A 10 (ART 155 A 233)
Crimes sexuais contra vulnerável 
Art 217-A Estupro de vulnerável
SA: qualquer pessoa
SP: a pessoa vulnerável (menor de 14, enfermo ou deficiente mental ou pessoa com incapacidade de resistência).
OJ: a proteção da liberdade sexual
OM: a pessoa vulnerável
EL SBJ: dolo com a finalidade específica de satisfazer a própria lascívia. Consuma-se o crime com a prática da conjunção carnal ou do ato libidinoso.
Revogação do antigo ART 224 e a irretroatividade da lei 12015/2009
Antes das alterações trazidas pela lei 12015/2009 o ART 224 trazia a presunção de violência para quando a vítima do estupro e do atentado violento ao pudor fosse menor de 14. Com o advento da nova lei a conduta do estupro e do atentado violento ao pudor foi unificado em um só tipo e inseriu-se o ART 217-A que trata do estupro de vulnerável. 
Por ter uma pena mais grave essa nova figura não retroagirá para aplicar aos casos anteriores a sua vigência. (Súmula 711 STF).
OBS: Por se tratar de tipo misto alternativo aquele que comete a conduta do ato libidinoso contra vulnerável e conjunção carnal contra o mesmo responde por um só crime do ART 217-A.
ART 218 Corrupção de menores
SA: qualquer pessoa
SP: o menor de 14 anos
OJ: a liberdade sexual
OM: o menor de 14 anos
EL SBJ: dolo com a finalidade específica de satisfazer a própria lascívia ou a de outrem. Admite-se a tentativa e consuma-se por contato sexual entre o menor e o terceiro.
ART 218-A
SA: qualquer pessoa
SP: o menor de 14 anos
OJ: a proteção a liberdade sexual
OM: o menor de 14 anos que presencia o ato sexual
EL SBJ: dolo com a finalidade específica de satisfazer a própria lascívia ou a de outrem. Admite-se a tentativa e consuma-se com a vizualização do menor da prática sexual. (Ação penal pública incondicionada).
ART 218-B
SA: qualquer pessoa
SP: A pessoa menor de 18 e maior de 14 anos, enfermo e deficiente mental.
OJ: a proteção a liberdade sexual
OM: o sujeito passivo
EL SBJ: dolo, admite-se tentativa e consuma-se quando o menor é levado a prostituição ou impedido de deixála. ART 218-B §1° e 2° foram incluídos na lei de crimes hediondos (lei 8072/90) pela lei 12978/2014. 
OBS: Crimes contra vulneráveis (ação pública incondicionada).
ART 227
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa, que deve colaborar na ação do agente embora não deva ser punida. Secundariamente a sociedade.
OJ: O regramento e a moralidade na vida sexual. E no §2° inclui-se a liberdade sexual.
EL SBJ: Dolo com a finalidade de satisfazer o prazer e a luxúria alheia. Admite-se a tentativa e consuma-se quando houver a satisfação da lascívia.
Favorecimento a prostituição ou outra forma de exploração sexual
ART 228
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa, que deve colaborar na ação do agente embora não deva ser punida. Secundariamente a sociedade.
OJ: A pessoa que se prostitui ou é explorada em razão da conduta do agente.
EL SBJ: Dolo com a finalidade de emaranhar alguém na prostituição ou em outra forma de exploração sexual. Admite-se a tentativa e consuma-se o crime quando ocorrerem as ações do tipo penal.
OBS: Se o crime é cometido com emprego de violência ou grave ameaça o agente responde pelos crimes correspondentes a violência em concurso de crimes.
ART 229 Casa de prostituição
SA: qualquer pessoa
SP: a coletividade
OJ: A moralidade sexual e os bons costumes.
OM: O estabelecimento onde ocorre a exploração sexual.
EL SBJ: Dolo com a finalidade de satisfazer o prazer sexual alheio, e não necessaariamente com o intuito de lucro. Por se tratar de crime habitual não admite tentativa e consuma-se com a comprovação da manutenção da habitualidade do delito. 
OBS: Não comete o crime:
_ A prostituta que usa sua própria casa.
_ O locador que não tem ciência do que ocorre no imóvel alugado.
_ Não é necessário a fiinalidade lucrativa.
ART230 Rufianismo
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa, que exerce a prostituição e secundariamente a coletividade.
EL SBJ: Dolo com a finalidade de tirar proveito da situação alheia ou fazer-se sustentar no todo ou em parte por quem a exerça. Também é crime habitual e a consumação se dá com os atos descritos no tipo penal. Não admite tentativa.
ART 231 Tráfico internacional de pessoas para fim de exploração sexual
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa, que desde que efetivamente prostitua-se ou seja explorada sexualmente e secundariamente a coletividade.
OJ: A moralidade a liberdade sexual.
EL SBJ: Dolo com a finalidade específica de promover a prostituição ou exploração sexual alheia.
OBS: Não há possibilidade de tentativa por que é crime condicionado ao ingresso ou saída de países e a efetiva prostituição ou exploração sexual.
A consumação se dá com a efetiva comprovação da prostituição ou exploração sexual alheia.
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Bigamia ART 235
SA: somente a pessoa casada.
O § 1° traz a figur privilegiada que é a pessoa que não é casada mais casa com alguém que é. Se perante um processo por bigamia o primeiro casamento do réu for anulado pela justiça cível estinguise o crime.
Crime próprio pois só quem é casado pode cometer o crime de bigamia. A consumação se dá com o casamento celebrado.
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento
 Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
 Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento
A consumação se dá com o casamento celebrado. (Ação penal privada personalísima).
ART 1557 CC (Erro essencial). Impedimentos ART 1521.
 Simulação de autoridade para celebração de casamento
 Art. 238 - Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento:
 Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Comete esse crime aquele que se passa por juiz de paz. Crime formal. O delito desse artigo é subsidiário sendo aplicado se a conduta não constitui crime mais grave como o do ART 328 por exemplo.
 Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil. O crime traz 3 condutas na primeira hipótese sómente a mãe pode praticar. (crime de tipo misto cumulativo) Se o agente comete mais de uma conduta descrita no tipo penal responderá em concurso de crimes.
Tipo misto alternativo: O artigo apresenta várias condutas porém o agente só responde por um crime.
Abandono material
 Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo: 
SA: Pai ou a mãe ou o filho que deixa de prover o sustento mínimo.
SP: Pode ser o filho ou o ascendente.
Trata-se de um crime de tipo misto cumulativo.
 Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
SA: Pai e mãe
OJ: A educação na idade escolar
 Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou sonegação de incapazes
 Art. 248 - Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou deixar, sem justa causa, de entregá-lo a quem legitimamente o reclame:
 Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Trata-se de tipo misto cumulativo.
Obj Material: o menor de 18 anos ou interdito.
Subtração de incapazes
 Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:
 Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime.
 § 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda.
 § 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena.
 Incêndio
 Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
 Explosão
 Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos:
Uso de gás tóxico ou asfixiante
 Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de gás tóxico ou asfixiante:
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Crime formal de perigo e vago pois o sujeito passivo é a coletividade sem personalidade jurídica e não exatamente alguém.
Fabrico, fornecimento, aquisição posse ou transporte de explosivos ou gás tóxico, ou asfixiante
 Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade, substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua fabricação:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Trata-se de tipo misto alternativo com dolo de perigo.
OJ: incolumidade pública.
 Inundação
 Art. 254 - Causar inundação, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Crime formal de perigo e vago pois o sujeito passivo é a coletividade sem personalidade jurídica e não exatamente alguém.
ES: Dolo de perigo ou culpa e consuma-se com a inundação.
Perigo de inundação
 Art. 255 - Remover, destruir ou inutilizar, em prédio próprio ou alheio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, obstáculo natural ou obra destinada a impedir inundação.
Tipo misto alternativo. Consuma-se com a remoção, destruição ou inutilização do obstáculo sem precisar que haja de fato a inundação.
Desabamento ou desmoronamento
 Art. 256 - Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Crime formal de perigo e vago pois o sujeito passivo é a coletividade sem personalidade jurídica e não exatamente alguém.
O simples fato de desabar ou desmoronar já consuma o crime não precisando que haja resultado naturalístico.
OJ: incolumidade pública.
 Subtração, ocultação ou inutilização de material de salvamento
 Art. 257 - Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio, ou outro desastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado a serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento; ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza:
Crime formal de perigo e vago pois o sujeito passivo é a coletividade sem personalidade jurídica e não exatamente alguém.
OJ: incolumidade pública.
EL SBJ: Dolo de perigo
Formas qualificadas de crime de perigo comum
 Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
Falsificação, corrupção, adulteração oualteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
 Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais:
OJ: A saúde pública
Trata-se de crime formal.
Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica
 Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
 Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
OJ: A saúde pública
Trata-se de crime habitual.
Charlatanismo
 Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
 Curandeirismo
 Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
 I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
 II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
 III - fazendo diagnósticos:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
 Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa.
 Incitação ao crime
 Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
 Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
 Apologia de crime ou criminoso
 Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
 Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
 Associação Criminosa
 Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: 
 Constituição de milícia privada 
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: 
 
Moeda Falsa
 Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:

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