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Angina Instável e IAM sem supra do segmento ST Escola Superior de Ciências da Saúde Internato Medicina Rodízio de Clínica Médica Ananda dos Santos Conde – Interna Clínica Médica Hospital Regional de Sobradinho/2017 DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA SOBRE ANGINA INSTÁVEL E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO SEM SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST (II EDIÇÃO, 2007) – ATUALIZAÇÃO 2013/2014 Definições Síndrome Coronariana Aguda: IAM com supradesnivelamento de ST; IAM sem supradesnivelamento de ST; Angina Instável A síndrome coronária aguda (SCA) resulta da ruptura de uma placa coronariana instável, complicada pela formação de trombo intraluminal, embolização e obstrução coronária em graus variáveis. Síndrome Coronariana Aguda Sem Supra de ST Angina Instável Infarto Sem Supra Homens > 55 anos Mulheres > 65 anos Formação de Placas Imagem extraída da Internet Fatores de Risco para doença Ateroesclerótica Além do envelhecimento (Medicina de Emergência, 2017): Pressão arterial elevada. Tabagismo. HDL < 40 mg/dl LDL elevado. Obesidade (IMC >30 KG/m2) História familiar de doença cardíaca. Sedentarismo. Fisiopatologia Lesão subepicádica: Lesão transmural; Surgimento de onda Q; Elevação do ponto J e do segmento ST. Lesão subendocárdica: Formação de microtrombos; Depressão do ponto J e do segmento ST. Fisiopatologia Principais mecanismos: Trombo; Inflamação; Oclusão mecânica; Oclusão dinâmica; Dissecção de artéria coronariana; Angina secundária. Oferta Demanda • Processo complexo – Em 97% dos pacientes a placa obstrui <70% – Placa com morfologia complexa, excêntrica – Placas de rico conteúdo lipídico e fina cobertura fibrosa – Stress mecânico – Proteinases secretadas por macrófagos Placa Vulnerável Grande lago lipídico e excêntrico Infiltração de células espumosas do núcleo lipídico, secretando fator tissular Capa fibrosa fina Comportamento inflamatório local incluindo neutrófilos linfócitos T, macrófagos, células musculares lisas e citocinas, promovendo a ruptura da capa pela secreção de matrix de metaloproteinases Fisiopatologia Ruptura da Placa Gatilhos: exercício físico, estresse mecânico devido ao aumento da contratilidade cardíaca e frequência cardíaca, pressão arterial e, possivelmente, vasoconstrição Angina Instável Dor precordial tipo peso, opressão, garra, queimadura que não alivia com o repouso Irradiação para oepigástrio, pescoço, maxilar inferior,MMSSEsq Surge após pequenos esforços ou repouso Duração >20 min Padrão crescente Sintomas associados: náuseas, sudorese, dispneia, palidez, pele fria, hipotensão, taquicardia Podeevoluir para necrose – IAM 14 A irradiação para o músculo trapézio não ocorre nos doentes com dca, podendo este ser um elemento distintivo útil, sugerindo que pericardite é o diagnóstico correcto 14 IAM- SEM ELEVACAO DO SEGMENTO ST Clínica semelhante à de angina instável Mais intensa Provocada por oclusão/ suboclusão do vaso Mais prolongada (>30 min) Evidência de necrose do miocárdio por↑dos marcadores cardíacos Isquémia assintomática: 1 - Idosos, diabéticos – falta de receptores / sensibilidade a dor pior prognóstico 2 - Isquémia insuficiente para dar dor melhor prognóstico Nos idosos pode dar-s apenas como uma dispneia súbita 16 Abordagem Inicial • Diagnóstico baseia-se em: Quadro clínico ECG Marcadores Elevação de segmento ST ou Bloqueio de ramo esquerdo novo ou supostamente novo: fortemente sugestivo de lesão (IAM com elevação de ST) Depressão de segmento ST/ inversão dinâmica de ondas T: fortemente sugestivo de isquemia (angina instável de alto risco/IAM s/supra de ST ECG não diagnóstico ou normal: dor torácica fortemente sugestiva de isquemia (angina instável derisco baixo/intermediário). Recomendação classe I • Todos os pacientes com SIMI ou suspeita de SIMI devem realizar ECG. Idealmente o ECG deve ser realizado em até 10 minutos após a chegada do paciente ao hospital (nível de evidência: B). • O ECG deve ser repetido nos casos não diagnósticos, pelo menos uma vez, em até 6 horas (nível de evidência: C). Estratificação de risco Em virtude da ampla variação das manifestações clínicas Ajuda a determinar estratégias para tratamento ambulatorial ou hospitalar História clínica e exame físico Recomendação classe I Nível de evidência: B Todos os pacientes devem ser avaliados e classificados em probabilidade alta, intermediária ou baixa de apresentarem SIMISSST (Tabela 5). Todos os pacientes com SIMISSST devem ser estratificados e classificados em risco alto, intermediário ou baixo de desenvolverem eventos cardíacos maiores (Tabela 3). É recomendável a classificação por mais de um método, e o pior cenário deve ser levado em conta nas decisões quanto a condutas. Todos os pacientes com SIMISSST devem ser estratificados e classificados em risco alto, intermediário ou baixo de desenvolverem sangramento Probabilidadedeossinaisesintomasseremdevidosasíndromesisquêmicasmiocárdicasinstáveissecundáriasadoençaobstrutivacoronariana Variáveis ProbabilidadeAlta ProbabilidadeIntermediária ProbabilidadeBaixa História Sintomassugestivosdeisquemia miocárdicaprolongada (> 20minutos),emrepouso,ou dorsimilar aquadroanginoso prévio.Históriade DAC,incluindo infartoagudodomiocárdio(IAM) Sintomassugestivosdeisquemia miocárdicacomoprincipal manifestação.Idade> 70anos. Diabetesmelito.Doençavascular periférica Sintomasnãosugestivosde isquemiamiocárdica. Usorecentedecocaína Exame Físico ICtransitória,hipotensão,sudorese, edemapulmonarouestertores Desconfortotorácico reproduzidopelapalpação ECG Infradesníveldosegmento ST (> 0,5 mm) novoou presumivelmentenovo,ouinversão daondaT > 2 mm comsintomas PresençadeondasQ.SegmentoSTou ondasTanormaisantigas Achatamentoouinversãoda ondaTemderivaçõescom ondasRpredominantes. ECG normal Marcadores Bioquímicos TnT,TnIouCK-MBelevados. Marcadores normais Marcadores normais EstratificaçãoderiscodemorteouinfartoempacientescomsíndromeisquêmicaagudasemsupradesníveldosegmentoST Variáveis Alto Intermediário Baixo Variável Prognóstica História Pelomenosumadascaracterísticasseguintesdeveestarpresente: Nenhumacaracterísticade altorisco, mas comalgumadasseguintes: Nenhumacarcteríscaderiscointermediáriooualto, mas comalgumadasseguintes: História Agravamentodossintomasnasúltimas48horas. Idade> 75anos Idade70-75anos Infartoprévio,doença cerebrovascularouperiférica, diabetesmelito,cirurgiade revascularização,usopréviodeácidoacetilsalicílico(AAS) Dor precordial Dorprolongada(> 20 min)emrepouso Angina derepouso> 20 min, resolvida, comprobabilidade de DACmoderadaaalta. Anginaemrepouso≤ 20 min, comalívioespontâneoou comnitrato. Novoepisódiode angina classeIIIouIV da CCSnas últimasduassemanassem dorprolongadaemrepouso,mas commoderadaoualta Exame Físico Edemapulmonar,pioraousurgimentodesoproderegurgitaçãomitral, B3,novosestertores,hipotensão,bradicardiaoutaquicardia ECG InfradesníveldosegmentoST ≥ 0,5 mm (associado ounãoa angina),alteraçãodinâmicado ST,bloqueio completoderamo, novooupresumidamentenovo. Taquicardiaventricularsustentada. InversãodaondaT > 2 mm; ondasQpatológicas Normalouinalteradoduranteo episódiodedor Marcadoresséricosdeisquemia* Acentuadamenteelevados(p. ex.,TnTC> 0,1ng/ml) Discretamenteelevados(p. ex.,TnTcentre 0,03 e 0,1ng/ml) Normais Escores de risco para eventos isquêmicos Escore de risco do grupo TIMI Escore de risco: 0-2 baixo; 3-4 intermediário; 5-7 alto. Marcadores de pior prognóstico: Pontuação(0-7) Idade ≥ 65 anos 1 Elevação de marcadores de dano miocárdico 1 Depressão de ST ≥ 0,5 mm 1 Uso de AAS nos últimos 7 dias 1 3 ou mais fatores de risco 1 Doença arterial coronariana conhecida 1 Angina grave recente(< 24 horas). 1 História e Exame físico Exame Físico: Normal; Fácies de dor, sudorese e taquipnéia; Alterações de demandam pior prognóstico: Sopro mitral (novo ou piora de sopro pré-existente); Sinais de falência cardíaca (taquicardia, taquipnéia, hipotensão, sudorese, pulsos finos, terceira bulha, estertores pulmonares). Eletrocardiograma Realizar em até 10’ da chegada do paciente; Repetido em 6 horas; Em 12 derivações; Monitorização constante com ECG; Eletrocardiograma Achados: Infra de ST ≥ 0,5mm; Inversão de onda T > 2mm; Onda Q patológica; Desvios transitório de ST (depressão ou elevação); Onda U invertida transitória; Arritmias. Eletrocardiograma Diagnóstico de IAM não transmural > combinação de achados clínicos e na elevação das enzimas séricas do que no ECG. Cerca de 50% dos pacientes com IAM avaliados em pronto atendimento apresentam ECG de 12 derivações normal ou não diagnóstico. Monitorização contínua do ECG: sempre que possível, recomenda-se a monitorização contínua do ECG durante o período de observação do paciente com suspeita de coronariopatia aguda no setor de emergência. Análise topográfica das manifestações isquêmicas: a) Parede anterosseptal – Derivações V1, V2 e V3; b) Parede anterior – Derivações V1, V2, V3 e V4; c) Parede anterolateral – Derivações V4, V5, V6, DI e aVL; d) Parede anterior extensa - V1 a V6, DI e aVL; e) Parede lateral alta – DI e aVL; f) Parede inferior – DII, DIII e aVF; g) Parede dorsal – V7 e V8 Análise topográfica das manifestações isquêmicas: Infarto Anterior / Anterosseptal / anterolateral (Oclusão de DA) Infarto anterior / lateral alto (Oclusão da primeira diagonal) Infarto inferior (Oclusão de Coronária Direita ou Circunflexa) Infarto lateral e posterior (Oclusão de Cx) Infarto septal A elevação de ST em V1 a V3 Eletrocardiograma de esforço Quando Pedir? Ausência de anormalidades no ECG basal que possam interferir na interpretação do teste ergométrico (TE), como depressão do segmento ST ≥ 1 mm ou sua elevação. Ausência de hipertrofia ventricular esquerda, BRE, arritmias complexas, síndrome de Wolff-Parkinson-White ou outra variante de pré-exitação, uso de MP ou efeito de digoxina. Ausência de angina, dispneia ou sinais indicativos de doença da aorta, de miocardite, pericardite e de tromboembolismo pulmonar. Níveis normais dos marcadores de necrose miocárdica em 6 e 12 horas depois do início dos sintomas. Completa estabilidade hemodinâmica e ausência de limitações físicas ou psicológicas. Marcadores bioquímicos de necrose miocárdica Devem ser mensurados em todos os pacientes com suspeita. Na admissão e repetidos pelo menos uma vez, 6-9 horas após (preferencialmente 9-12 horas após o início dos sintomas), caso a primeira dosagem seja normal ou discretamente elevada Creatinoquinase MB (CK-MB) massa e troponinas são os marcadores bioquímicos de escolha. Para pacientes que chegam precocemente à emergência (antes de 6 horas do início dos sintomas), mioglobina e troponina ultrassensível podem ser consideradas em adição a um marcador mais tardio (CK-MB ou troponina) Marcadores de lesão miocárdica Creatinoquinase MB: CK-MB massa; Eleva-se em lesão de tecidos não-cardíacos; Subformas como marcadores precoces (< 6 horas) de lesão miocárdica. Troponinas: Subunidades: T, I e C; Desempenho semelhante à CK-MB massa nas primeiras 12-24hs; Elevadas após 24hs. Marcadores de lesão miocárdica Mioglobina: Marcador muito precoce; Precede CK-MB em 2-5 horas; Pico em 5-12 horas; Todos os marcadores tem valor prognóstico a curto e longo prazo! Marcadores de lesão miocárdica Diagnóstico de IAM de acordo com os seguintes critérios: Troponina T ou I: aumento acima do percentil 99 em pelo menos uma ocasião nas primeiras 24 horas de evolução; Valor máximo de CK-MB, preferencialmente massa, maior do que o limite superior da normalidade em duas amostras sucessivas; valor máximo de CK-MB acima de duas vezes o limite máximo da normalidade em uma ocasião durante as primeiras horas após o evento. Na ausência de CK-MB ou troponina, CK total acima de duas vezes o limite superior pode ser utilizada, mas este biomarcador é consideravelmente menos satisfatório do que a CK-MB. Outras ferramentas Ergometria; Ecocardiografia; Cardiologia Nuclear. Resumindo: Abordagem do paciente Internação em Unidade Coronária de Terapia Intensiva; Oxigenoterapia; Analgesia e sedação*; Nitratos; Beta-bloqueadores adrenérgicos; Antagonistas dos canais de cálcio; Agentes anti-plaquetários; Inibidores do sistema renina-angiotensina; Antitrombínicos; Revascularização miocárdica. Abordagem do paciente Oxigenoterapia: Adequada para a demanda do paciente; Mantida após 4 horas do aparecimento da dor. Analgesia e sedação: Morfina IV 1-5 mg – caso não melhore a dor após uso de nitrato ou haja recorrência da dor; Benzodiazepínicos – pacientes de alto risco. Abordagem do paciente Nitratos: Vasodilatação periférica e coronária; Aumenta circulação colateral; Reduz agregação plaquetária. Beta-bloqueadores adrenérgicos: Durante a administração IV deverão ser monitorados, cuidadosamente, a FC, a PA, o ECG e a ausculta pulmonar. Metoprolol: • IV – 5 mg (1-2 min) a cada 5 min até completar a dose máxima de 15 mg. • VO – 50-100 mg a cada 12 h, iniciado 15 min após a última administração IV. Atenolol: • IV – 5 mg (1-2 min) a cada 5 min até completar a dose máxima de 10 mg. • VO – 25-50 mg a cada 12 h, iniciado 15 min após a última administração IV Iniciar com o nitrato por via sublingual. Caso não haja alívio rápido da dor > IV. • O uso sublingual de nitroglicerina (0,4 mg/comp.), dinitrato de isossorbida (5 mg/comp.) ou mononitrato de isossorbida (5 mg/comp.) não deve ultrapassar três comprimidos, com intervalos de 5 minutos. • A nitroglicerina IV é empregada na dose de 10 µg/min com incrementos de 10 µg a cada 5 minutos até obter-se melhora sintomática ou redução da pressão arterial (queda da pressão arterial sistólica - PAS - não deve ser superior a 20 mmHg ou PAS não atingindo 110 mmHg), ou aumento da FC (> 10% da basal). • Estão contraindicados na presença de hipotensão arterial importante (PAS < 100 mmHg) ou uso prévio de sildenafil nas últimas 24 horas. Abordagem do paciente Antagonistas dos canais de cálcio: Efeito vasodilatador; Pacientes que não toleram beta-bloqueador ou não obtiveram melhora com uso adequado de nitratos e beta-bloqueadores. Agentes anti-plaquetários: AAS: dose inicial de ataque de 150 a 300 mg, seguido por uma dose de manutenção de 75 a 100 mg ao dia.; Tienopiridínicos: Ticlopidina e clopidogrel; Principalmente em pacientes submetidos à ICP Ant. GPIIb/IIIa. Apenas dois estão disponíveis comercialmente no Brasil (abciximabe e tirofiban). Tienopiridínicos em pacientes com contraindicação ao AAS • Uso de terapia antiplaquetária dupla por 12 meses após o evento agudo • Clopidogrel (300 mg em dose de ataque, com dose de manutenção de 75 mg/dia) em adição ao AAS, em pacientes portadores de SIMISSST de risco intermediário ou alto por 12 meses • Ticagrelor (180 mg de ataque seguidos por 90 mg duas vezes ao dia, em pacientes portadores de SIMI sem elevação do ST de risco intermediário ou alto, independente da estratégia de tratamento posterior (clínico, cirúrgico ou percutâneo), por 12 meses Abordagem do paciente Inibidores do sistema renina-angiotensina: Indicados quando há disfunção ventricular E, hipertensão e diabetes. Antitrombínicos: HNF ou HBPM. Uso de enoxaparina preferencialmente à HNF, a não ser que cirurgia de revascularização miocárdica esteja planejada para as próximas 24 horas (nível de evidência: A). Conduta Morfina O2/Oxímetro Nitrato AAS Beta Bloqueador Clopidogrel HEPARINA: HNF ou HBPM(Segundo a Diretriz) IECA: IAM Anterior +/- IC +/- FE ≤ 40% Estatinas: usar assim que o paciente estiver estável Estes 3 tem impacto na sobrevida Não usar M N B no Infarto de VD B se usou cocaína N se usou Viagra (Medicina de Emergência, 2017) (Medicina de Emergência, 2017) Nitrato Beta bloqueador AAS Enoxiparina Inibidor da gptna IIb-IIIa ---Considerar estratégia invasiva precoce (Medicina de Emergência, 2017) Abordagem do paciente Revascularização miocárdica: Cirúrgica: Abordagem do paciente Revascularização miocárdica: Intervenção coronária percutânea: Obrigada!
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