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Escola de Arquitetura/UFMG – Depto. Urbanismo
Disciplina: Planejamento Local – 2o semestre de 2012
FICHAMENTO
Nome do aluno: Júlio César Ribeiro Saturnino
Crescimento e pobreza. São Paulo: Ed. Loyola, 1976 (capítulo : A lógica da desordem) – CAMARGO, Cândido Procórpio Ferreira de; CARDOSO, Fernando Henrique; ARNS, Dom Paulo Evaristo.
Resumo : Os autores sintetizam de forma precisa a problemática envolvendo a cidade de São Paulo e como a mesma vêm evoluindo com o passar do tempo. Apontam detalhes sobre especulação imobiliária, a inserção dos trabalhadores que geram mão-de-obra nas indústrias dentro deste espaço urbano, a dificuldade em acomodá-los dentro de uma cidade em constante crescimento além de problemas advindos da desigualdade social, acentuada pelo planejamento.
Palavras-chave: -Crescimento econômico - Especulação imobiliária – Habitações populares - Cidade industrial –Surto industrial - Cidade dormitório – Desigualdade social – Problemas urbanos – Subnutrição – Auto-construção – Investimentos públicos – Déficit habitacional e endividamento - 
Anotações:
	Item
	Página
	Textos e citações
	1
	21
	‘’O intenso crescimento econômico da cidade de São Paulo tem sido acompanhado da deterioração das condições de vida de amplas parcelas de sua população...’’ a cidade deveria parar de crescer devido ao déficit de serviços e obras públicas, ‘’cujo crescimento era mais rápido do que as medidas para soluciona-lo.’’
	2
	22
	‘’A aparência desordenada do crescimento metropolitano pode ser vista no mapa atual da cidade: seu traçado irregular e o desconexo de seus espaços vazios já sugerem momentos distintos e formas disparatadas de ocupação do solo.’’
	3
	22-23
	‘’As condições de vida de uma população dependem de uma série de fatores ligados direta, ou indiretamente às formas de produção e distribuição da riqueza...’’ visto que ‘’os terrenos e moradias são mais caros nas áreas melhor servidas e o preço dos imóveis funcionam como um mecanismo de reserva das instalações e dos serviços municipais, em benefício dos que podem pagar mais.’’
	4
	25
	‘’O agravamento dos problemas que afetam a qualidade de vida da população de São Paulo não atinge a cidade em geral’’ , a parte que possui menos recursos é assolada com muito mais vigor por tais problemas do que a parte que possui boas condições financeiras. 
	5
	25-26
	Tem início então o crescimento industrial, que faz com que a ‘’população trabalhadora intensifique a pressão sobre a oferta de habitações populares.’’ ao mesmo tempo que ocorre a valorização dos terrenos devido a especulação imobiliária, com isso torna-se inconveniente para as empresas a construção de vilas operárias. Então as empresas transferem o custo de moradia e os de transporte para o próprio trabalhador , e os custos dos serviços urbanos básicos para âmbito do Estado.
	6
	29
	O surto industrial impulsiona as atividades em diversas partes, e estas impulsionam o surgimento de cidades dormitório e pequenos núcleos industriais. ‘’o vertiginoso crescimento demográfico, junto com o processo de retenção dos terrenos à espera de valorização, levou ao surgimento de bairros cada vez mais distantes.’’ ‘’Acentua-se o processo de criação de cidades-dormitório, verdadeiros acampamentos desprovidos de infra-estrutura.’’
	7
	33
	O aumento da distância gera problemas de deslocamento. ‘’A exasperação oriunda do congestionamento, buzinas, falta de estacionamento, a tensão decorrente do atropelo e do tráfego e , até certa medida, a dificuldade de cobrir distâncias cada vez maiores e realizadas em tempos mais longos afetam as pessoas que se locomovem com seu automóvel. Mas as situações mais penosas estão reservadas aos usuários dos transportes coletivos, no duplo trajeto que liga a residência ao trabalho.’’
	8
	36-39
	‘’Os investimentos públicos costumam atuar como mola da especulação nas áreas centrais da cidade’’, e e como terrenos nas áreas centrais passam a custar extremamente mais caro a‘’tendência é acentuar a expulsão de populações para a periferia, onde, distantes dos locais de trabalho aparecem verdadeiros acampamentos desprovidos de infra-estrutura’’
	9
	43
	Com o surgimento de tais tipos de moradia cresce também o número de pessoas adeptas a auto-construção, pos constitui ‘’a única possibilidade de alojamento para os trabalhadores menos qualificados, cujos baixos rendimentos não permitem pagar aluguel ...’’ Porém se a segurança de possuir um teto compensa em parte a insegurança dos trabalhadores em relação ao emprego, o conforto oferecido pela casa própria está longe de compensar as dificuldades que ela acarreta.’’
	10
	46-47
	A situação de moradia do trabalhador tende a se agravar a medida que os salários vêm se deteriorando, mas ‘’aos baixos rendimentos associam-se – além das condições subnormais de moradia, das várias horas diárias despendidas em locomoção e das jornadas de trabalho prolongadas- os índices de nutrição insatisfatórios e a maior exposição a mortalidade prematura.’’
	11
	47
	‘’Nas classes de renda mais baixa, o consumo de alimentos, além de diminuir quantitativamente, constitui-se de alimentos de qualidade ou tipos inferiores, de menores preços. Com a diminuição do poder aquisitivo as classes mais pobres têm suas condições de vida sensivelmente prejudicadas...’’
	12
	57-58
	‘’Tanto os dados sobre a situação de trabalho como os referentes às condições de vida revelam um agravamento da situação das famílias trabalhadoras de São Paulo, nos últimos anos.’’ Isso faz com que o contraste entre a sofisticação de uma minoria e as condições precárias de vida da grande maioria tende a ampliar-se’’
	13
	59
	‘’A deterioração das condições de vida da maioria da população trabalhadora acentuou-se, enquanto a economia do país crescia a uma significativa taxa de 10% ao ano, dando origem ao que ficou conhecido como Milagre brasileiro. Mas que milagre é esse, em que o desenvolvimento significa piorar a vida da maioria da população?’’
	14
	60
	‘’Os problemas vividos pela população só se transformam em problemas públicos quando compartilhados pelas camadas dirigentes. ‘’ Os problemas que são somente associados as camadas menos favorecidas são vistos como problemas secundários porque ‘’ não diretamente vivenciados pelos grupos dirigentes e porque as camadas diretamente afetadas não possuem o poder de transformar o seu problema em um problema coletivo.’’
	15
	61
	A situação vem se agravando de maneira tão acentuada que ‘’a multiplicação dos problemas sociais, econômicos e físicos que implicam na deterioração da vida da cidade pode vir a exigir a drenagem de recursos que poderiam ser canalizados para investimentos produtivos.’’ ‘’Na media em que a iniciativa social política das classes trabalhadores continuar bloqueada, será difícil vislumbrar uma cidade verdadeiramente humana em São Paulo.’’
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Avaliação Crítica : A cidade de São Paulo está passando por uma situação delicada. Problemas assolam uma camada da população (menos favorecida financeiramente) fazendo com que esta permaneça vivendo quase em condições sub-humanas. A partir do momento em que o empregado passou a ser responsável por dar conta de sua habitação e esta passou a ser uma despesa exclusivamente da responsabilidade do mesmo , diversos problemas surgiram em várias áreas, devido ao fato de que a grande maioria do salário do empregado passaria a ser destinado a sanar despesas com relação a auto-construção da sua moradia, deixando em defasagem questões primordiais como alimentação e saúde. Tal defasagem em setores importantes como estes ainda implica em números mais alarmantes no que diz respeito a mortalidade infantil e doenças causadas por inadequação na dieta alimentar.
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