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Principio Geral Do Direito Processual

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Principio Geral Do Direito Processual: princípio da isonomia 
 
Leonardo Pelogia de Moraes
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SUMÁRIO: 1. Introdução 2. Os Princípios em Geral 2.1 Noções Gerais 2.2 Princípio do 
Devido Processo Legal 2.3 Princípio Contraditório da Ampla Defesa 2.4 Princípio do Juiz 
Natural 2.5 Princípio da Publicidade dos Atos Processuais 2.6 Princípio da Inafastabilidade do 
Controle Jurisdicional 2.7 Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 2.8 Princípio da Boa – Fé e 
lealdade processual 3. Princípio da Isonomia 4. Conclusão 5. Referências a) Livros b) 
Publicações Eletrônicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 2º Ano 3º Semestre Sala: E Período: Noturno – UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ – UNITAU 
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RESUMO 
 
 Este artigo tem como objetivo fazer uma pequena análise sobre o princípio da 
isonomia, também chamado de princípio da igualdade perante ao juiz, onde as partes e os 
procuradores devem merecer tratamento igualitário, para que tenham as mesmas 
oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões. 
 
Com finalidade examinar alguns princípios, e ainda mostra um pouco de cada 
principio desde os princípios informativos, e os princípios fundamentais ao qual irei mostrar 
um estudo aprofundado com base em livro Constitucional, Processual Civil, Código Civil, e 
ainda textos relacionados com tema, mostrando a sua entrada em nossa Constituição mostrar a 
pequena diferença em ambas. 
 
Por fim propondo um artigo com fundamento especial na igualdade no processo 
encadeando alguns outros princípios dentro dele, contudo mostrando uma ampla justificativa 
para qual a elaboração foi efetuada, concluindo com a expectativa que acerca esse princípio 
para frente querendo abrir a mente dos leitores com relação a esse princípio. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: princípios, isonomia, processo civil, constituição federal. 
 
 
ABSTRATIC 
 
 
This article aims to do a little analysis on the principle of equality , also called the 
principle of equality before the courts , where the parties and the attorneys should receive 
equal treatment , so that they have the same opportunities to enforce in court their reasons . 
 
In order to examine some principles , and still shows a bit of each principle from 
informational principles and the fundamental principles to which I will show a detailed study 
based on the book Constitutional , Civil Litigation , Civil Code , and also texts related theme , 
showing its entry into our Constitution show little difference in both. 
 
Finally an article proposing with special plea in chaining equality in the process 
some other principles within it , yet showing a broad justification for which the preparation 
was made , concluding with the expectation that this principle forward about wanting to open 
the minds of the readers regarding this principle . 
 
 
KEYWORDS: principles, equality, civil procedure, federal constitution. 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 Assim, com o estudo aprimorado do processo civil, vem consigo os princípios, todos 
eles com algum mero inciso em nossa Constituição, sendo elevado o estudo do processo em 
um grau maior de preceitos jurídicos. Muito se discute sobre qual seria a função e importância 
dos princípios perante o direito, os princípios surgem como elemento integrador do 
ordenamento jurídico, sendo inegável a importância dos princípios gerais do direito, 
independente da corrente jurídica que se adote. O direito acha-se fundamentado, em 
princípios universais ou restritos a sua área de estudos, relevantes para a lógica normativa e 
sua aplicação aos casos. Desde primórdios que a Constituição Federal traz princípios 
reguladores do poder Judiciário, da função do Juiz no desenrolar do Processo e no julgamento 
e da jurisdição civil, trabalhista e penal. Por ser a mais ampla a Jurisdição civil é a mais 
ressaltada no texto Constitucional, abrangendo o Direito Privado e o Direito Público, não 
estando vinculado ao processo especial como nas relações de trabalho e nos tipificados como 
criminais, os princípios fundamentais do processo civil pode se referir a qualquer assunto. 
 
2. Os Princípios Em Geral 
 
 
2.1 Noções Gerais 
 
 
Os princípios processuais nada mais é uma, “fixação de um preceito fundamental que 
dão formas e caráter ao sistema processual”, mostrando a cada sistema a maneira processual a 
qual deve seu formato. Introduzidos em nossa Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, 
titulado de Dos Direitos e Garantias Fundamentais, com a mera notificação para 
resalvaguardar a sociedade de litígios. 
 
Diferentes doutrinadores tem seu conceito, segundo BEVILÁQUA “os princípios são 
elementos fundamentais da cultura jurídica humana e para COVIELLO, os princípios são os 
pressupostos lógicos e necessários das diversas normas legislativas”. 
 
E de extrema importância o estudo dos princípios que constituem as 
fontes basilares para qualquer ramo do direito, influindo tanto em sua formação 
como em sua aplicação. Em relação ao Direito do Processual Civil não poderia ser 
diferente, já que os princípios estão presentes, em sua formação e na aplicação de 
suas normas. 
Toda forma de conhecimento filosófico ou científico implica na 
existência de princípios. 
4 
 
 
Diante disso, através das peculiaridades dos princípios inerentes a cada 
ramo do direito e da importância de sua influência, é que desenvolvo o presente 
estudo.
2
 
 
 
Toda introdução a um estudo seja qual for precisa que venha a existir princípios, não 
meramente filosóficos, mas sim um princípio que mostre o estudo do começo ao fim, 
explicações, e no Direito não é diferente, todos os princípios do processo civil foram 
incorporados na nossa Constituição Federal, dando não só uma introdução no artigo 5º, 
também dando auxilio em outros códigos. 
 
Mas a doutrina de acordo com, CINTRA, GRINOVER e DINAMARCO, “distingue 
os princípios gerais do direito processual daquelas normas ideais que representam uma 
aspiração do aparelhamento processual”. 
 
 
Por esse ângulo, quatro regras foram apontadas, sob o nome de 
“princípios informativos” do processo: a) o princípio lógico (seleção dos meios mais 
eficazes e rápido de procurar e descobrir a verdade e de evitar o erro); b) o princípio 
jurídico (igualdade no processo e justiça na decisão); c) o princípio político (o 
máximo de garantia social, com o mínimo de sacrifício individual da liberdade); d) o 
princípio econômico (processo acessível a todos, com vista ao seu custo e à sua 
duração.)
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Ainda de acordo com a obra do Cintra, “o estudo das tendências evolutivas do 
processo tem apontado uma orientação comum que inspira todos os ordenamentos do mundo 
ocidental”, isso mostra que não apenas cabem esses princípios em nosso ordenamento como é 
comparado a outros ordenamentos, lembrando que vários outros ordenamentos são muito 
parecido com o nosso. 
 
Princípios que abrange o processo civil, não tem sua mesma eficácia no processo 
penal, por exemplo, no processo civil precisa – se que a parte interessada, faça que o processo 
discorra, mostrando provas, mostrando seu interesse, sem isso o processo não flui, já no 
processo penal depende apenas do Estado, ele fica a disposição de tudo provas, ele 
automaticamente tem seu interesse, mas também tem princípios que se dispõe a ambos os 
processos, penal e civil, a diferença maior é nos princípios gerais referentes ao processo, esse 
citado acima. Dentro desse princípio tem outros princípios que distingue o processo civil do 
penal. 
 
Têm também osprincípios fundamentais, quais orientam para tudo que for imposto 
em nossa constituição, ao qual mostra diferentes formas de elaboração de processo, como 
proceder em um processo, elaborar um processo, não só um processo como elaborar um 
ordenamento, tudo que o ordenamento jurídico brasileiro é nos tempos atual vem desses 
princípios elaborados a décadas por legisladores. 
 
 
 Os princípios fundamentais são normas principiológicas contextuais, aplicando-se 
a ordenamentos jurídicos específicos e orientando a elaboração legislativa conforme 
 
2
 BORBA, Sirlene. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. Disponível em: 
WWW.resumosconcursos.hpg.com.br. 
3
 CINTRA, GRINOVER, DINAMARCO, Antonio Carlos De Araújo, Ada Pellegrini e Cândido Rangel. Teoria 
Geral do Processo, 23. Ed. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 56, 57. 
5 
 
 
os seus preceitos. Seu elenco é extenso, sendo essenciais ao regramento do processo 
civil os seguintes princípios: a) princípio do devido processo legal; b) princípio do 
contraditório e o da ampla defesa; c) princípio da isonomia; d) princípio da 
motivação das decisões judiciais; e) princípio do juiz natural; f) publicidade dos atos 
processuais; g) princípio da inafastabilidade do controle judicial; h) princípio da 
celeridade processual e duração razoável do processo; i) princípio do duplo grau de 
jurisdição; j) princípio da boa-fé e lealdade processual.
4
 
 
 
Princípios operantes somente para o direito, para que aja uma sociedade, organizada 
livre, igual, para todos independentemente de tudo, como na Constituição Federal de 88 onde 
em seu artigo 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País [...]”, então os princípios 
foram criados, elaborados para que essa constituição fosse legal, não uma constituição ilícita. 
Com normas que coubesse em nosso cotidiano. 
 
É uma constituição antiga, no mundo de hoje seria cabível uma reforma 
constitucional para poder deixa – lá moderna, obedecendo com a sociedade atual. Mostrando 
que nem todos os princípios que até hoje foi usado tem o mesmo valor de décadas atrás. 
 
 
Basta reforçar que a correta identificação dos princípios é de fundamental 
importância para a exata compreensão do direito processual civil, tendo em vista que 
eles são os alicerces do sistema, fundamentando a sua coerência e unidade.
5
 
 
 
 Não só sua coerência e unidade, mas sim também sua honestidade perante que faz 
com que flua bem, com tranquilidade e paciência você consegue a igualdade no processo, 
uma pessoa que quer tudo na hora que ela quer não necessariamente esta sendo honesto no 
processo, falhando ai na isonomia da pessoa. 
 
Fazendo uma pequena abordagem dos princípios do processo, objetivando mostrar a 
efetividade de cada princípio fundamental. 
 
 
2.2 Princípio do Devido Processo Legal 
 
 
Princípio como o intuito que “ninguém será privado de seus bens sem um devido 
processo legal” instalado no artigo 5º da Constituição Federal, inciso LIV, “esse princípio tem 
como regência de todos os outros princípios do processo civil, com um conceito propósito de 
uma verdade, ou seja, os demais são decorrentes desse, bastaria apenas esse”. 
 
 
Sua origem está na Carta Magna do João Sem Terra, da Inglaterra, de 1215. De 
início, tutelava especialmente o direito processual penal. Mas, logo se expandiu para 
o direito processual civil e até mesmo para o direito administrativo. Em fase 
posterior, invade a seara do direito material, o que levou o STF, em questão 
 
4
 DE SOUZA, Rinaldo Mouzalas, Princípios do Processo Civil, 5. Ed. JusPodovm. 2012, pg. 30. 
5
 TEIXEIRA, PINTO. Guilherme Freire de Barros, Junior Alexandre Moreira, Direito Processual Civil – 
Institutos Fundamentais, 1, Ed. Curitiba Juruá, 2008, pg. 57 e 58. 
6 
 
 
relacionada à exclusão de associado de cooperativa, a decidir que “impõe-se a 
observância ao devido processo legal” (STF. RE 158215/RS. DJU 07.06.96).6 
 
 
2.3 Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa 
 
 
Trata-se de que no processo não poderia haver um contraditório, instituído na nossa 
Constituição no artigo 5º, inciso LV, “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são assegurados os contraditórios e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes”, assim muito ligados ao principio da isonomia por dar a defesa em 
diversos processos. 
 
 
Como extensão do contraditório, a ampla defesa se trata, por sua vez, de 
garantia constitucional, por meio da qual, os sujeitos parciais do processo têm 
assegurado o uso de todos os meios processuais disponíveis para a defesa de seus 
interesses. 
Assim, o duplo grau de jurisdição, por exemplo, seria um corolário do 
princípio da ampla defesa, na medida em que é uma garantia de se rediscutir 
provimentos judiciais desfavoráveis.
7
 
 
 
 
2.4 Princípio do Juiz Natural 
 
Esse princípio mostra o formato assecuratório um julgamento com autoridade 
competente. Notadamente no artigo 5º da Constituição Federal, inciso XXXVII e LIII. 
 
 
Assegura o julgamento de determinada causa por um juiz, cuja competência 
funcional seja preestabelecida constitucionalmente (estava determinada na data em 
que ocorreu o fato que será submetido ao crivo do judiciário). Noutras palavras, “o 
princípio do juiz natural visa a impedir que haja designação de julgador ad hoc ou 
de exceção com a finalidade de julgar uma pessoa ou caso específico” (STF. RHC 
95207/PI. DJe 09.11.10). É em razão deste princípio que, em sede recursal, não 
poderia o órgão julgador ser formado majoritariamente por juízes convocados – 
malgrado haja posicionamento em sentido contrário (STF. HC 96821/SP, DJe 
09.04.10). 
De outra banda, o princípio do juiz natural também defende a pessoa física do juiz, 
ao impor o dever de imparcialidade que deve pautar suas ações, evitando que 
assédios pessoais orientem os seus passos. A imparcialidade de seus atos o aproxima 
da verdade. Para tal, a Constituição lhe oferece garantias (art. 95), prescreve-lhe 
proibições (art. 95, parágrafo único) e torna defeso juízos e tribunais de exceção (art. 
5º, XXXVII).
8
 
 
 
 
 
2.5 Princípio da Publicidade dos Atos Processual 
 
6
 DE SOUZA, Rinaldo Mouzalas, Princípios do Processo Civil, 5. Ed. JusPodovm. 2012, pg. 31 
7
 DE SOUZA, Rinaldo Mouzalas, Princípios do Processo Civil, 5. Ed. JusPodovm. 2012, pg. 32 
8
 DE SOUZA, Rinaldo Mouzalas, Princípios do Processo Civil, 5. Ed. JusPodovm. 2012, pg. 33 
 
7 
 
 
 
A publicidade dos atos processuais é princípio que deve ser respeitado, não podendo a lei 
restringi-lo ou cerceá-lo. Tem por finalidade mostrar que o processo é justo, não tendo, por 
isso, nada a esconder. Possibilita-se, assim, a fiscalização dos trabalhos efetuados durante a 
tramitação processual. 
Com um tom da isonomia, perante a igualdade da pessoa para o juiz, colocando 
como defender a pessoa do Juiz, assim querendo estabelecer um nível de igualdade perante ao 
processo, com o intuito de mostrar que ambos são iguais. 
 
 
TUCCI e CRUZ E TUCCI mencionam que a garantia da publicidade não 
se traduz na exigência da efetiva presença do público e/ou dos meios de 
comunicação aos atos que o procedimento se desenrola, não obstante reclame mais 
do que uma simples potencialidade abstrata (como quando, por exemplo, não se tem 
conhecimento da data, horário e do local da realização de determinado ato: a 
publicidade destereduz-se, então, a um nível meramente teórico).
9
 
 
 
 
2.6 Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional 
 
 
Tal princípio impede que o juiz e o legislador de lançar leis que proíbam a sociedade 
restringindo ao acesso ao Poder Judiciário e o juiz que deve dar a correspondente e efetiva 
resposta pretensão posta à sua apreciação. Sendo muito relevado a sociedade, pensamento na 
sociedade 
 
 
Trazido pelo artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal, este princípio é a 
garantia do direito de ação, por conferir àquele que for ou que esteja na iminência de 
ser lesado em seus direitos o acesso irrestrito ao Poder Judiciário, bem como ter a 
devida e a efetiva prestação da tutela jurisdicional.
10
 
 
NELSON NERY JÚNIOR menciona que em que pese o destinatário 
principal desta norma seja o legislador, o comando constitucional atinge a todos, não 
podendo o legislador ou qualquer outra pessoa impedir que o jurisdicionado vá a 
juízo deduzir pretensão.
11
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.7 Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
 
9
 BORBA, Sirlene. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal, pg. 12. Disponível em: 
WWW.resumosconcursos.hpg.com.br 
10
 DE SOUZA, Rinaldo Mouzalas, Princípios do Processo Civil, 5. Ed. JusPodovm. 2012, pg. 35 
11
 BORBA, Sirlene. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal, pg. 9. Disponível em: 
WWW.resumosconcursos.hpg.com.br 
8 
 
 
 
 
 
O duplo grau de jurisdição muito legal destacar “a possibilidade de o provimento judicial ser 
injusto ou inadequado, provocando a necessidade de permitir rediscussão da demanda e 
eventual reforma ou cassação em grau de recurso da decisão recorrida”, ou seja, o agente que 
comete o litígio tem o chamado segundo grau de jurisdição, o direito de recorrer a decisão do 
juiz. 
 
 
Este preceito se traduz na possibilidade dada à parte no processo de não ficar 
vinculada somente ao pronunciamento jurisdicional proferido pelo juiz de primeiro 
grau (o que acaba tornando a atividade da instância originária ilegítima, porque não 
é, pelo menos em tese, definitiva). Se houver insatisfação com esta decisão, a parte 
pode utilizar a via recursal para ter sua pretensão analisada pelo Poder Judiciário 
através do Tribunal “ad quem”.12 
 
 
 
2.8 Princípio da Boa – Fé e Lealdade Processual 
 
 
Esse princípio é legal citar que no processo penal existem normas punitivas punindo 
o litigante de má – fé (artigos. 17 e 18)estabelece a condenação nas custas de retardamento e a 
perda dos honorários advocatícios decorrentes da sucumbência (artigos 22)12; possibilita a 
antecipação provisória da tutela jurisdicional definitiva (artigo 273, II)13; estabelece multa ao 
executado que, depois de intimado, não indica, no prazo de 05 dias, onde se encontram os 
bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores (artigos 600, IV e 601). 
 
 
São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma 
participam do processo (“...) proceder com lealdade e boa-fé” (art. 14, II, CPC). O 
princípio, constitucionalmente, tem amparo na cláusula do devido processo legal, 
estendendo-se, conforme prescrito pelo dispositivo legal, a todos os sujeitos do 
processo (STF. RE 464963/GO. DJU 30.06.06).
13
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12
 DE SOUZA, Rinaldo Mouzalas, Princípios do Processo Civil, 5. Ed. JusPodovm. 2012, pg. 36 
13
 DE SOUZA, Rinaldo Mouzalas, Princípios do Processo Civil, 5. Ed. JusPodovm. 2012, pg. 37 
9 
 
 
3. Princípio da Isonomia (Igualdade) 
 
O princípio da isonomia é simplesmente, que para as partes e procuradores 
envolvidas em um processo seja civil ou penal, igualdade perante ao juiz, tendo como base o 
artigo 5º da Constituição Federal 88, “Todos são iguais perante a lei”, certificando que no 
processo não haja nenhum tipo de desigualdade diante a um processo. 
 
 
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu no caput do artigo 5º que 
todos são iguais perante a lei. No que atine especificamente ao Direito Processual 
Civil, tal corolário, que é de onde se deriva o princípio da isonomia processual, 
significa que os litigantes devem receber tratamento igualitário por parte do juiz. 
Assim, tal como ocorre na vida cotidiana, o mesmo deve ocorrer no 
processo civil, isto é, também na área processual todos os litigantes possuem o 
direito e devem ser tratados de forma igual. 
No Código de Processo Civil no seu artigo 125, inc. I proclama que 
compete ao juiz “assegurar às partes igualdade de tratamento”, e o artigo 9º, 
determina que se dê curador especial ao incapaz que não o tenha (ou cujos interesses 
colidam com os dos representantes) e ao réu preso, bem como ao revel citado por 
edital ou com hora certa. 
14
 
 
 
O princípio quer mostrar que mesmo a pessoa processada seja por qualquer litígio 
essa pessoa tem o direito de se proteger, e que tem igualdade no processo para fazer o que for 
necessário, a pessoa processada muita das vezes pode passar por um engano, e ela tem esse 
direito de poder provar que ao certo foi um engano, então a igualdade esta incumbido nesse 
pretexto que é proclamado em ambas às partes a igualdade, uma de processar a pessoa que 
esta cometendo litígios e a outra de mostrar sua ampla defesa. 
 
 
Não é só declarada a igualdade de todos perante a lei, como também 
garante essa igualdade através de outros princípios no próprio artigo. Pode-se 
mencionar: 
a. Princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV); 
b. Princípio da motivação das decisões (CF, art. 93, IX); 
c. Princípio da publicidade dos atos processuais (CF, art. 5º, LX); 
d. Princípio da proibição da prova ilícita (CF, art. 5º, LVI); 
e. Princípio da presunção da inocência (CF, art. 5º, LVII); 15 
 
 
 
Diante desses princípios expostos, onde o princípio da isonomia tem como posse 
maior em um processo, acabou facilitando o legislador na hora de fazer as leis, mostrando 
onde ele tem que expressar o meio lícito para que houvesse um devido processo legal, 
dependendo apenas do juiz dar o decreto final. 
 
 
14
 CINTRA, GRINOVER, DINAMARCO, Antonio Carlos De Araújo, Ada Pellegrini e Cândido Rangel. Teoria 
Geral do Processo, 44. Ed. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 56, 57. 
15
 BORBA, Sirlene. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. Disponível em: 
WWW.resumosconcursos.hpg.com.br. 
10 
 
 
Em tempos modernos houve uma aparente quebra do princípio da isonomia como o 
autor CINTRA destaca essa quebra “obedece exatamente ao princípio da igualdade real e 
proporcional, impondo tratamento desigual aos desiguais”. 
 
Assim tornando o processo com que os “desiguais sejam tratados na medida da sua 
desigualdade”, querendo equilibrar o processo forçando a ter um parâmetro igual, mas com 
resalvas, não podendo obter um amplo efeito efetivo no processo. 
 
 
No entanto, a igualdade de que trata o dispositivo processual não é 
meramente formal, mas substancial, uma vez que determina que os iguais devam ser 
tratados segundo suas igualdades e os desiguais na medida de suas desigualdades 
(STJ. AgRg no Ag 365537/SP. DJU 27.08.01).
16
 
 
O processo civil tratando de efetuar um processo na igualdade substancial acaba 
penando a essa regra, pois dessa maneira não seria necessário um princípio, tendo um 
argumento que “os desiguais na medida de suas desigualdades”, pessoas com deficiências e 
isso sim é uma boa aplicação por ela não ter a capacidade de poder ser julgada.Então ser 
tratados segundo suas desigualdades. 
 Outro exemplo simples é a licença maternidade apreciada a gestante, no artigo 6º da 
Constituição Federal de 88, titulado como “Os Direitos Sociais” em seu inciso XVII, diz que 
“licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte 
dias”, e para o homem apenas cinco dias, levando em consideração a igualdade substancial, é 
uma regra diferente, mas por razões obvias, mulher precisa de mais tempo para recuperação 
total. 
 
 
A igualdade formal é aquela positivada na Constituição Federal, e que, 
portanto, possuí força normativa. Por meio dela, fica estabelecido, no art. 5º da 
Constituição, por exemplo, que todos os cidadãos brasileiros, homens e mulheres, 
negros e brancos, são iguais perante à lei. Logo, é ilícita a distinção de qualquer 
natureza na aplicação da lei.
17
 
 
 
A igualdade formal é mais efetiva por não mostrar essa desigualdade, ela vai de 
acordo com o artigo 5º da Constituição Federal 88, querendo que a desigualdade por completo 
seja extinta em um processo. Mas não sendo muito usada de uma forma efetiva. 
 
 
Consoante o magistério de Eduardo COUTURE o princípio da igualdade 
domina todo o processo civil e, por força da isonomia constitucional de todos 
perante a lei, impõe que ambas as partes da lide possam desfrutar, na relação 
processual, de iguais faculdades e devam se sujeitar a iguais ônus e deveres.
18
 
 
 
 
16
Princípio da Isonomia do Direito Processual Civil, Artigo Cientifico, Disponível em: 
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4891 
17
 DE ANDRADE, Bruna, Igualdade Formal e Igualdade Material, 2007, Artigo Científico. Disponível em: 
http://academico.direito-rio.fgv.br/wiki/Igualdade_Formal_v._Igualdade_Material 
18
 Princípio da Isonomia do Direito Processual Civil, Artigo Cientifico, Disponível em: 
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4891 
 
11 
 
 
O domínio da igualdade no âmbito do processo civil é levado de uma de alto 
glamour, é complicado em um ordenamento garantir a todos uma igualdade diante de um 
processo, se isso não ficasse vigente em nossa Constituição de 88, muito difícil seria a 
resolução de um litígio, o litígio em si já é uma coisa complicada para se julgar, a pessoa pode 
estar sendo julgado de maneira equivocada por isso esse princípio é dominante por dar a 
igualdade de você mostrar que não este errado ou que não cometeu o litígio. 
 
Mediante a esse pensamento se não houvesse igualdade, ou qualquer outro princípio 
o que seria de qualquer ordenamento jurídico. É uma pergunta sem resposta, pois isso se deu 
através do tempo, passando por várias etapas, passando por várias desigualdades até chegar a 
esse princípio, ainda sim muito mal utilizado, não pelo legislador e sim na prática, o 
legislador distribuiu muito bem essa igualdade, na teoria, na prática fica difícil o uso correto. 
 
 
Apenas se admite tratamento normativo diferenciado quando houver uma 
justificativa uma justificativa objetiva e razoável entre os meios empregados e o fim 
visado, desde que em conformidade com os direitos e garantias constitucionalmente 
tutelados. 
Essa isonomia tem que ser respeitada tanto no momento da elaboração da 
lei pelo Poder Legislativo (plano absoluto), quanto no momento de sua efetiva 
aplicação pelo Poder Judiciário (plano concreto), bem como pelo particular, que não 
pode agir de maneira discriminatória, preconceituosa ou racista para com os demais, 
sob pena de ser responsabilizado civil e penalmente.
19
 
 
 
 
Da teoria para prática não deveria ocorrer essa “desigualdade”, não podemos culpar o 
legislador, ele é apenas o que incorpora do princípio para desenvolver tal maneira do 
processo, é complicado mostrar os erros, mas o erro é simplesmente ajustado para o julgador e 
os julgados, a igualdade na maneira de julgar é meramente confrontada para poder prevalecer 
ambas as partes, hoje houve a desigualdade no julgamento em um processo não consta como 
tempos antigos. 
 
Mas com a crescente moral das pessoas desiguais tende a essa “desigualdade” entrar 
em extinção, podendo entrar em confronto em um processo civil de maneira memorável. Sim 
para todos pobres, deficientes, em casos de racismos, etc. 
 
Temos aquela teoria de que o Juiz não pode entrar com o pessoal em um processo, 
precisa mostrar o conhecimento em ambas as partes, não podendo jamais julgar uma pessoa 
com o estilo dessas, cabe para qualquer que seja o estilo, roupa, cor, se a pessoa é careca ou 
tem cabelo. 
 
Levando em consideração esse “princípio”, imaginamos que quando o juiz for julgar 
um processo e ele obriga a caracterização dessa pessoa, isso não é aceitável em lei, com isso 
ele encaminha a pessoa a uma condenação, e coloca que na visão dele, coloca que condenou a 
pessoa por ser exemplo “negro”, isso está longe do princípio da igualdade. O juiz acaba com o 
princípio da igualdade constitucional obtendo as características dessa. 
 
 
19
 DE BARROS, NEVES, LOYOLA, IDANKAS, Dimas Monteiro, Gustavo Bregalda, Kheyder, Rodney José, 
POLÍCIA CIVIL do Estado de São Paulo, Ed. Rideel, 2012. Pg. 126. 
12 
 
 
 Se o juiz condena a pessoa, sendo que ele proibiu a pessoa de obter provas não 
condenatórias não deixa a parte acompanhar o processo, que primeiro nenhum processo no 
ramo civil, ocorre, continua, sem as iniciativas das partes, o juiz comete um crime, deixando 
de lado o princípio da isonomia, mostrando que a isonomia nesse caso não entrando em vigor. 
 
Esse princípio pode ser um princípio levado muito em conjunto por mostrar uma 
abrangência de como esse princípio é utilizado, já resaltei anterior vou resaltar novamente, na 
teoria ele está liquidado de maneira perfeita, mas na prática acaba levando uma desigualdade. 
Mas na consideração de desigualdade no processo tem valor maior às pessoas que não tem o 
tratamento igualitário no processo, como não podendo contratar um advogado competente 
com experiência, para que consiga pelo menos igualar a outra parte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. CONCLUSÃO 
 
 
Portanto o artigo em si tenta dar uma breve ilusão dos princípios processuais civis, 
cada um tem uma ligação ao outro, o que ficou mais evidente foi que o princípio da isonomia 
tem uma grande colaboração em todos dentro da igualdade tem que haver independentemente 
se for dentro do Direito, mas também fora dele, a igualdade é cabível em qualquer meio seja 
para utiliza – ló em uma conversa entre amigo, por exemplo. 
 
Algo muito importante para se destacar é de que esses princípios não apenas tem 
objetivo de honrar o processo civil, mas ainda sim tem uma colaboração no meio penal, e a 
isonomia tende ser muito importante nesse caso. Penal é uma área que abrange muito a mente 
tendo como objetivo condenar crimes, cometidos pelos cidadãos da sociedade. 
 
Dentro do âmbito penal a igualdade tem um valor maior por ser atos cometidos na 
maioria das vezes por pessoas de classes baixas, dentro disso a isonomia tem o intuito de 
oferecer a parte acusada igualdade perante ao juiz, podendo ter o direito da existência do seu 
advogado de defesa. 
 
Mostrando que os princípios são organizados de maneira correta cabível, a ampla 
defesa é um dos princípios que mostra a sincronização deles, a ampla defesa é a igualdade que 
o acusado tem de poder se defender seja em qualquer processo, um princípioque têm como 
resalvagardar e punir os litigantes de má – fé em processo apenas há no processo penal 
punindo aquele com normas existentes no código penal. 
 
Diferença de ambas: 
 
No, processo civil, pela citação se dá notícia ao réu da ação contra ele intentada, a 
fim de que possa defender-se. Enquanto isso, no processo penal, comunica-se o réu da ação 
contra ele intentada, e ao mesmo tempo convoca-o a comparecer em juízo, em dia e hora 
previamente designados, podendo inclusive o juiz determinar que seja conduzido 
coercitivamente. 
 
O processo civil citações é feitas duas vezes, de maneira que é feita no processo 
cognitivo e no de execução (após ter sido proferida a sentença final, com o trânsito em 
julgado), pois este constitui e informa uma nova relação processual, necessitando, portanto, de 
uma nova citação. Já no processo penal a fase executiva, apesar de ser uma nova fase, 
constitui um prolongamento da relação processual da instância de condenação, de maneira 
que a citação é feita somente uma vez. Porém vale lembrar que quando se tratar de pena de 
multa constitui tal fato uma exceção a tal regramento. 
 
 No processo civil a citação é permitida na pessoa do réu, de seu representante legal 
ou procurador legalmente autorizado, além de ocorrer, às vezes, de terceiros inicialmente 
estranhos à relação processual serem integrados à lide. No processo penal, por sua vez, só será 
válida a citação se feita na própria pessoa do réu, salvo no caso de citação por edital. Porém, 
apesar do silêncio do CPP, a doutrina argumenta que no caso do réu ser doente mental ou 
menor de 21 anos, a citação deverá ser feita ao seu curador. 
 
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No processo civil a citação produz cinco efeitos, sendo três deles processuais - 
previne a jurisdição, torna a coisa litigiosa, induz litispendência – e dois materiais – constitui 
o devedor em mora e interrompe a prescrição. Já no processo penal, ela produz apenso um 
efeito: o de instauração da instância, ou seja, há a formação completa da relação processual, 
ficando o réu sujeito à uma série de deveres e ônus processuais. 
 
Dentro processo civil, estando em litígio interesses disponíveis, a revelia (não 
comparecimento das partes quando convocadas) implica em confissão quanto à matéria fática, 
como dispõe a parte final do art. 285 do CPC. Enquanto isso no processo penal, temos como 
efeito da revelia apenas o fato de que o réu não mais será intimado para qualquer ato do 
processo. 
 
Enfim, o princípio da isonomia fica cravado que é uns do principal em termos de que 
foram elaborados os outros princípios a partir da isonomia, ou talvez levando até em 
consideração para a elaboração de outros, mas todos os princípios tem um toque da isonomia 
ela é a “revolucionaria” ela é importante, esse pensamento de décadas passadas mostra que foi 
efetivo de boa – fé, isso já existia antigamente então foi preciso passar por isso para que 
existisse o princípio da isonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. REFERÊCIAS 
 
a) Livro: 
 
DE BARROS, NEVES, LOYOLA, IDANKAS, Dimas Monteiro, Gustavo Bregalda, 
Kheyder, Rodney José, POLÍCIA CIVIL do Estado de São Paulo, Ed. Rideel, 2012. 
DE BARROS, NEVES, LOYOLA, IDANKAS, Dimas Monteiro, Gustavo Bregalda, 
Kheyder, Rodney José, POLÍCIA CIVIL do Estado de São Paulo, Ed. Rideel, 2012. 
CINTRA, GRINOVER, DINAMARCO, Antonio Carlos De Araújo, Ada Pellegrini e Cândido 
Rangel. Teoria Geral do Processo, 44. Ed. São Paulo: Malheiros, 2007, 
 
DE SOUZA, Rinaldo Mouzalas, Princípios do Processo Civil, 5. Ed. JusPodovm. 2012. 
TEIXEIRA, PINTO. Guilherme Freire de Barros, Junior Alexandre Moreira, Direito 
Processual Civil – Institutos Fundamentais, 1, Ed. Curitiba Juruá, 2008. 
BRASIL. Constituição Federal. Vade Mecum OAB e CONCURSOS, 3. Ed. Saraiva. 2014. 
 
b) Publicações eletrônicas: 
 
BORBA, Sirlene. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. Disponível em: 
WWW.resumosconcursos.hpg.com.br. 
DE ANDRADE, Bruna, Igualdade Formal e Igualdade Material, 2007, Artigo Científico. 
Disponível em: http://academico.direito-rio.fgv.br/wiki/Igualdade_Formal_v._Igualdade_Material 
 
DE BARROS, NEVES, LOYOLA, IDANKAS, Dimas Monteiro, Gustavo Bregalda, 
Kheyder, Rodney José, POLÍCIA CIVIL do Estado de São Paulo, Ed. Rideel, 2012. 
 
c) Artigo: 
Princípio da Isonomia do Direito Processual Civil, Artigo Cientifico, Disponível em: 
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4891

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