Buscar

CASOS CONCRETOS 1-9

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

CASOS CONCRETOS – TRIBUTÁRIO 2
PLANO DE AULA 1 - Caso Concreto 
JOSÉ MANUEL, proprietário de imóvel no Município do Rio de Janeiro, recebeu informações de seu contador dando conta de que é necessário dirigir-se à Secretaria Municipal de Fazenda para ser devidamente intimado do lançament o do IPTU, mesmo após a emissão do carnê pelo órgão municipal. Diante disso pergunta-se: assiste razão ao contador? A atividade administrativa de lançamento é discricionária ou vinculada? 
Não assiste razão ao contador, pois basta a emissão do carnê de IPTU para confirmar o lançamento do crédito tributário e, consequentemente, sua devida intimação, conforme depreende súmula 397, STJ. O seu lançamento é de ofício. E ainda, O lançamento é uma atividade vinculada, pois segundo o §1º do artigo 142 do CTN o lançamento é uma atividade administrativa plenamente vinculada (aquela em que a autoridade não goza de liberdade para apreciar a conveniência e a oportunidade de agir). 
Questão objetiva 
A alíquota do ITR, em 1995 , era de 1,5%; em 1996, de 2%; e em 1997, de 1%. Durante o ano de 1997, o Fisco Federal, verificando que Joaquim de Souza não pagara o ITR de 1995, efetuou o lançamento à alíquota de 2% e promoveu a notificação. Joaquim entende que a alíquota aplicável é de 1%. Na verdade: 
( ) a. Joaquim está com o entendimento correto, pois 1% era a alíquota do exercício em que ocorreram o lançamento e a notificação; 
( ) b. o entendimento do Fisco é correto, pois, no caso, deve prevalecer a alíquota maior; 
( ) c. a alíquota aplicável é a de 1%, por conseqüência do princípio in dubio pro reo; 
(x) d. a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%; 
( ) e. a alíquota correta é a de 1,5%, por representar a média das três alíquotas, em face do princípio da razoabilidade.
PLANO DE AULA 2 - CASO CONCRETO
Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de ilegalidade, CREMILDO BULGAR impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário referente ao imposto de renda, que monta em R$ 20.000,00. Deferida a liminar, o Juízo de Primeiro Grau leva 3 anos para julgar o mérito, e, ao fazê-lo, denega a segurança. O contribuinte, então, interpõe Apelação, acreditando que, ao ser recebida no duplo efeito, esta preservará os efeitos da liminar. A Fazenda, por sua vez, ajuíza a competente execução fiscal para a satisfação do seu crédito, que a esta altura já alcança R$24.000,00, por estar acrescido de juros de mora e devidamente corrigido monetariamente. Na execução, o contribuinte alega que a mesma deve ser extinta em face da existência de mandado de segurança ainda não transitado em julgado. Pergunta-se: 
a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de mérito? 
Não. A execução fiscal não deve ser extinta sem resolução do mérito porque apelação em mandado de segurança não é recebida em duplo efeito, sendo assim, o crédito passa a ser exigível, podendo, portanto, ser executado. De acordo com a súmula 405, STJ a apelação não tem efeito suspensivo.
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança? 
1º - Poderá ocorrer a exigibilidade do crédito; 
2º - O acréscimo dos juros e mora uma vez que a denegação da segurança tem efeitos ex-tunc. 
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária? 
Sim. Porque os efeitos da denegatória são ex-tunc, sendo o crédito exigível desde a data do lançamento do crédito. A forma de impedir os juros seria o depósito do montante integral. 
Questão objetiva: 
O depósito do montante integral, previsto no art. 151, II do Código Tributário Nacional é: 
a) concedido pelo Julgador desde que o interessado preencha os requisitos legais; 
b) condição de procedibilidade para o processamento da Ação Anulatória de Lançamento; 
x c)direito subjetivo da parte concedido por lei; 
d) causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário desde que, concomitantemente seja deferida liminar.
PLANO DE AULA 3 - CASO CONCRETO: 
WX SERVIÇOS MÉDICOS LTDA. recebeu, em 25/07/2008, auto de infração lavrado pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em São Paulo exigindo-lhe diferenças do imposto de renda (IRPJ) em razão de receitas o mitidas durante os 4 (quatro) trimestres de 2005. Segundo o contador da empresa, o crédito tributário objeto do recente lançamento de ofício poderá ser objeto de compensação com valores da COFINS, recolhidos indevidamente pela pessoa ju rídica ao lon go do ano de 2007, reconhecidos através de medida liminar nos autos de mandado de segurança ainda pendente de decisão final. Diante desses fatos, responda: 
a) O crédito tributário neste caso concreto pode ser extinto pela compensação? 
Não. A compensação, objeto de contestação judicial, não poderá ser realizada antes do trânsito em julgado da referida ação, conforme art. 170-A, CTN.
b) Agiu corretamente o juízo em ter deferido a liminar mencionada no caso concreto?
Não. Em processo de compensação não se garante a liminar. É vedada a concessão de liminar para garantir crédito tributário em discussão, pois liminar antecipa o resultado. Se essa liminar for caçada, a Fazenda Pública ficará no prejuízo. Súmula 212 do STJ.
Questões objetivas: 
1- João realizou pagamento a maior do IPVA relativo ao fato gerador o corrido em 2007. Tendo consultado o valor do imposto em relação ao fato gerador ocorrido em 2008, o contribuinte identificou que o valor pago a maior em 2007 é suficiente para quitar o tributo devido em 2008. Diante disso, pretende requerer a seu Estado a utilização do excesso pago em 2007 para liquidar o imposto de 2008. Considerando que inexiste lei específica disciplinando a matéria no Estado, marque a alternativa correta: 
X (a) João deverá proceder ao pagamento do IPVA/2008 e requerer a restituição do IPVA/2007 pago a maior. 
(b) João poderá compensar o IPVA/2007 com o IPVA devido em 2008. 
(c) O pedido de compensação deverá ficar sobrestado até que sobrevenha lei estadual específica. 
(d) O pedido de compensação será indeferido porque o IPVA/2007 pago a maior só pode ser utilizado na compensação de débitos de exercícios anteriores.
 
Plano de aula 4 - CASO CONCRETO: 
Em 10/05/2001, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS relativo a fatos geradores ocorridos no período de 20/06/1999 a 31/12/1999. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em 20/06/2001. Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2001, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10 /10/2001. Publicada a decisão (e o aresto unânime) em 15/10/2001, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para pagar o débito em 22/10/2001. Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2007, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29 /11/2007. Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a prescrição. 
Pergunta-se: 
a) Procede a alegação de decadência? Se positivo, quando ocorreu? 
Não. Pois o fator gerador foi no período compreendido entre 20/06/99 e 31/12/99, sendo o 1ºdia do exercício seguinte o prazo para efetuar o lançamento, o qual, 1/1/2000. A contagem da decadência é de 5 anos, logo teremos a decadência em 1/1/2005. No caso em tela a constituição do crédito, ou seja, o lançamento do crédito que ocorreu de ofício foi em 10/05/200. Desta forma não temos que falar em decadência pois está dentro do prazo. 
b) Procede a alegação de prescrição? Se positivo, em que data teria ocorrido? 
Sim. Pois o lançamento definitivo ocorreu em 15/10/2001, que foi quando foi publicada a decisão do recurso, ocorrendo, então, o transito em julgado. O prazo da prescrição também é de 5 anos. Desta forma houve a prescrição em 15/10/2006. Tendo a execução fiscal sido ajuizada em 29/11/07, não restam dúvidas que a pretensão estatal de efetuar a cobrança prescreveu.
 c) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação de cobrança do crédito tributário? (Mencione os dispositivos legais) 
As causas de suspensão estão elencadas no artigo 151 do CTN, fazendo o prazo voltar a contar dali para frente. As causas de interrupção estão elencadas no artigo 174, parágrafo único do CTN, fazendo a contagem para zero. Começa a contagem tudo de novo. 
d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue: o direito de ação ou o próprio crédito tributário? 
A prescrição extingue o direito de ação. O crédito está lá, entretanto, não pode mais ser exigido seu cumprimento . 
e) A prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo? 
Sim. O instituto foi criado como medida de ordem pública para proporcionar segurança às relações jurídicas.
Questões objetivas: 
1. A ação para cobrança do crédito tributário está sujeita a prazo: 
(X) a. Decadencial de 5 (cinco anos), contados do primeiro dia do exercício civil seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado; 
(X) b. Prescricional de 180 (cento e oitenta) dias, contados da inscrição do crédito tributário na divida ativa; 
( ) c. Prescricional de 20 (vinte) anos, contados do vencimento do prazo para pagamento; 
( ) d. Prescricional de 5 (cinco) anos, contados da data da sua constituição definitiva. 
 
PLANO DE AULA 5 - CASO CONCRETO: 
Em 1999, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para as empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, gerando, em cada uma delas 25 (vinte e cinco) empregos diretos. Várias dessas empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de 2002, surgiu uma outra norma jurídica revogando essa isenção do ISSQN. 
Responda: 
a) Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção?
Isenção onerosa, caracterizada pela exigência de requisitos, condições e prazo certo.
b) Deve esta isenção ser revogada? Qual(is) princípio (s) deve(m) ser observado(s)?
Não. Desde que a empresa continue cumprindo os requisitos e condições anteriormente estipulados. Revogação pressupõe ato válido, logo, os atos por essa lei emanados são válidos, mantendo desta forma a segurança jurídica. A norma pode ser revogada, a isenção não. Princípio violado: Princípio da segurança jurídica. 
c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção mencionada no caso concreto? Caso positivo, qual(is)?
Ação de contestação dos efeitos da lei com pedido de liminar de concessão, já que a matéria não diz respeito à expectativa de direitos, mas sim de direito adquirido. Ver súmula 544 STF. 
Questões objetivas: 
1. O taxista João recebeu do fisco estadual uma correspondência na qual lhe foi informado que, mesmo tendo ocorrido o fato gerador do IPVA, ele não precisaria pagar o tributo, uma vez que fora aprovada uma lei, pela respectiva assembléia legislativa, que excluía o crédito tributário dos taxistas, relativamente ao IPVA. Nessa situação hipotética, pode-se dizer que a citada lei estabeleceu uma 
(A) remissão. 
(B) transação. 
x(C) isenção. (Porque a lei é anterior ao fato) 
(D) anistia. 
PLANO DE AULA 6 – CASO CONCRETO
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de dar baixa regular em seus registros e o brigações comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos exercícios, tendo em conseqüência procedido ao lançamento. Notificada regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-se administrativamente, correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito tributário em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu ex-contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. Pergunta-se: 
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias? 
Não, pois conforme elencado no artigo 185 do CTN os atos de alienação e oneração de bens do sujeito passivo da obrigação tributária, praticados após a inscrição do respectivo crédito em dívida ativa, configuram-se fraude à execução. Salvo se remanescerem bens ou rendas suficientes para garantir a execução fiscal, conforme parágrafo único do mencionado artigo. Assim, os atos do sócio-gerente alienando bens sociais são nulos de pleno direito, a não ser que haja reservado outros bens sociais bastantes para assegurar a execução.
b) Poderão ser executados bens do sócio-gerente? Em qualquer hipótese? 
Sim, mas não em qualquer hipótese. Se a Fazenda Pública exequente não lograr êxito com a execução pelo fato de não ter bens sociais suficientes, poderá executar bens particulares de quem foi sócio-gerente à época do descumprimento da obrigação tributária, como entende a jurisprudência, ao aplicar conjugadamente, na hipótese, os arts. 134, VII, e 135, I e III do CTN.
c) E bens dos demais sócios não-gerentes? Justifique as respostas com base na Legislação e na jurisprudência. 
Já quanto aos bens dos demais sócios não-gerentes, estão estarão fora do alcance da execução. 
QUESTAO OBJETIVA 
Marque a opção incorreta: 
( ) a. No exercício da fiscalização tributária, d evem ser respeitad os o sigilo profissional e o bancário. 
(x) b. O contribuinte tem o dever de conservar seus livros e documentos comerciais e fiscais pelo prazo da prescrição da ação de cobrança dos créditos tributários. 
( ) c. O Fisco é obrigado a guardar sigilo sobre as informações que os contribuintes lhe prestam. 
( ) d. O exercício da fiscalização tributária é o mais amplo possível, implicando o atendimento de todas as exigências de apresentação de qualquer documento e informação, sem exceção.
PLANO DE AULA 7 – CASO CONCRETO 
A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, objetivando incrementar a recuperação de sua dívida ativa, realiza a emissão de duplicatas relativamente aos débitos de IPTU inscritos em nome do contribuinte Imobiliária Irmãos Guimarães S/A, e desconta os títulos na agência local do Banco do Brasil. Este estabelecimento bancário, sub-rogado, vencido o prazo para pagamento amigável e notificado pela Prefeitura à empresa contribuinte, promove o protesto das duplicatas no cartório competente da Comarca, que dá ciência ao devedor, assinando-lhe prazo para quitar os títulos. Pergunta-se: 
a) Que medida judicial pode a empresa tomar, nessas circunstâncias emergenciais, para defesa imediata de seus interesses? 
Embargos à execução. Suscitando a sustação da execução com medida cautelar alegando que a dívida é tributária(execução fiscal).
b) Se tivesse optado pela emissão de certidão de inscrição em Dívida Ativa, poderia a Prefeitura requerer a falência da empresa comercial? 
Não. Porque de acordo com o artigo 187 do CTN, a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento, se verificando, este concurso, apenas entre pessoas jurídicas de direito público, na ordem estipulada pela CTN. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Determinado contribuinte, devedor de tributo, obtém parcelamento e vem efetuado o pagamento conforme deferido. Apesar disso, sofre processo de execução fiscal para a cobrança do referido tributo. Nos embargos de devedor, o executado poderá alegar: 
( ) a. a carência da execução fiscal, em face da novação da dívida, que teria perdido a natureza tributária pelo parcelamento. 
( ) b. a improcedência da execução fiscal, por iliquidez do título exeqüendo, em face de parte da dívida já estar paga. 
( ) c. o reconhecimento do direito apenas parcial à execução fiscal, por parte do Fisco, em face da existência de saldo devedor do parcelamento. 
(X) d. a carência da execução fiscal, em face da suspensão da exigibilida de do crédito tributário. 
 
PLANO DE AULA 8 – CASO CONCRETO 
Irmãos Souza & Cia. Ltda., grande atacadista de gêneros alimentícios, foi autuada em novembro/2008 pela fiscalização do ICMS, por recolhimentos insuficientes do imposto durante os anos de 2005 e 2006, tendo o auto de infração totalizado créditos tributários (principal, multas, juros e atualização monetária) no valor de R$5 milhões. Impugnado tempestivamente, o lançamento veio a ser mantido, em fevereiro/2009, pela Junta de Revisão Fiscal. Dessa decisão, recorre voluntariamente a empresa para o Conselho de Contribuintes, deixando contudo de efetuar depósito de 30% da quantia em discussão, bem assim de, alternativamente, oferecer fiança bancária, conform e prevê a legislação de regência, para “garantia de instância”. O processo administrativo fiscal é encaminhado ao Presidente do Conselho de Contribuintes, que detém o juízo preliminar de admissibilidade do recurso; que se vier a ser admitido, será distribuído a uma das Câmaras, a qual poderá rever a decisão vestibular de admissibilidade. Como deve o Presidente do Conselho de contribuintes prodecer? Deve exigir o mencionado depósito prévio administrativo? Responda de acordo com o entendimento atual do Supremo Tribunal Federal.
Princípios constitucionais e legais colidentes devem ser objeto de ponderação. De um lado, militam a favor da inconstitucionalidade/ilegalidade da “garantia de instância”: devido processo legal e ampla defesa; vedação do solve et repete; exigência de duplo grau/direito do contribuinte a o recurso (CF/88, art 5º., XV; CTN, art. 151, III); proporcionalidade/razoabilidade, com seus três postulados (adequação, necessidade = meio menos gravoso, e proporcionalidade em sentido estrito). De outro lado, a favor da exigência: prevalência do interesse público na evitação de recursos administrativos protelatórios e na necessidade de garantia de crédito essencial à atuação estatal; existência de exigência similar no recurso trabalhista ordinário, sem qualquer increpação de inconstitucionalidade; status infraconstitucional da garantia do duplo grau e condicionamento da previsão de recurso administrativo no CTN (art. 151, III) aos “termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo”; e, na órbita jurisprudencial, a decisão do STF indeferindo a suspensão cautelar requerida nas ADINs 1.922 e 1.976 (mérito ainda não julgado!) e a jurisprudência majoritária, inclusive do TJ -RJ. Em 2006, o STF-Pleno voltou a apreciar a questão, no bojo de REs, tendendo a mudar a orientação: até início de agosto/06, a votação estava 5X1 pela inconstitucionalidade da exigência de depósito, interrompido o julgamento por pedido de vista. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Pessoa física, contribuinte do Imposto sobre a Renda, apresenta sua declaração anual de ajuste, entendendo fazer jus à restituição de R$10.000,00. Processada a declaração pela Secretaria da Receita Federal durante quase três anos, é finalmente intimado o contribuin te, por via postal, de que suas deduções foram glosadas, ocasionando a expedição de notificação de lançamento do imposto pela autoridade administrativa, com penalidades e acréscimos legais, por entender o Fisco que as despesas eram indedutíveis, sendo, conseqüentemente, indeferida sua restituição. O contribuinte, dois dias depois de haver recebido a intimação pelo Correio, busca assistência profissional de um advogado. Indique a providência INCORRETA e que não seria tomada pelo advogado: 
( ) a. Aguardar a inscrição do crédito tributário em dívida da União e o ajuizamento da execução para, garantido o Juízo, opor embargos de devedor 
( ) b. Solicitar à autoridade administrativa qu e calcule o alegado débito do cliente. Em seqüência, propor ação anulatória do ato declarativo da dívida precedida do depósito do montante integral do alegado crédito da Fazenda Pública, com penalidades, acréscimos legais e demais encargos, tal como calculados pela autoridade administrativa, a fim de elidir sua inscrição em Dívida Ativa da União e o ajuizamento da execução fiscal, ficando a exigibilidade do crédito tributário suspensa pelo depósito 
( ? ) c. Impugnar a exigência representada pela notificação de lançamento, 60 (sessenta) dias depois da data em que tiver sido feita a intimação da exigência ao cliente, isto é, da data de recebimento, pelo cliente, da intimação por via postal 
( ) d. Depois de examinar os fatos e a legislação aplicável, dar parecer escrito ao cliente no sentido de que efetivamente não fazia jus à restituição que pleiteou, sendo, portanto, procedentes a glosa das despesas e o lançamento; informar ao cliente, ainda, que o seu débito poderá ser pago à vista, ou ser parcelado, havendo nessas duas hipóteses possibilidade de redução da multa até o fim do prazo de impugnação 
 
PLANO DE AULA 9 – CASO CONCRETO 
Adão Alves e Joana Lima, co-proprietários de certo imóvel, ao receberem carnê para pagamento parcelado do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), foram surpreendidos com a cobrança de taxa de remoção de lixo, tributo regularmente instituído pelo município do Vale Verde, onde se localiza o bem imóvel. Ocorre que Adão Alves e Joana Lima consideram a cobrança da mencionada taxa inconstitucional, pois não tem por objeto serviço público divisível e não é destinada a contribuintes determinados. Ao se dirigirem à secretaria de fazenda municipal, foram impedidos de efetuar os pagamentos devidos a título de IPTU sob o argumento de que o Estado somente receberia as importâncias relativas ao IPTU se houvesse o pagamento concomitante da referida taxa de remoção de lixo. Considerando a situação hipotética acima apresentada e na condição de procurador de Adão Alves e Joana Lima, identifique a peça processual que entende cabível para a defesa dos interesses dos dois contribuintes, abordando todos os aspectos de direito processual pertinentes e examinando, necessariamente, os seguintes itens: possibilidade jurídica do pedido; pedido e causa de pedir; legitimidade ad causam ativa e passiva; pressupostos processuais; competência do juízo.Ação de consignação em pagamento. Sendo legitimados Adão Alves e Joana lima em face da municipalidade de Vale Verde, pessoa jurídica de direito público interno. A possibilidade jurídica do pedido de consignação em pagamento se dá pela negativa da secretaria de fazenda municipal de receber os pagamentos devidos à título de IPTU sob o argumento de que o Estado somente receberia as importâncias relativas se houvesse o pagamento concomitante da referida taxa de remoção de lixo. Sendo tal exigência indevida, pois como estabelece o artigo 145, II da CF/88 c/c 77 e 79 do CTN, as taxas, dentre outras questões, são de serviços públicos divisíveis. 
QUESTÃO OBJETIVA: 
Em relação à ação anulatória de dívida fiscal inscrita, pode -se afirmar que: 
( ) a. para a sua propositura, é indispensável o depósito do valor integral da dívida; 
(X) b. poderá ser proposta com o depósito do valor integral da dívida, hipótese em que suspenderá a exigibilidade do débito; 
( ) c. não poderá ser proposta após ajuizamento da execução fiscal; 
( ) d. tem âmbito restrito à discussão sobre a validade formal do ato de inscrição da dívida

Outros materiais