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PLANO DE AULA 5 DIREITO PENAL III

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SEMANA 5
CONSTRANGIMENTO ILEGAL - ART. 146
Bem jurídico tutelado. Natureza subsidiária do delito.
É a liberdade individual ou pessoal de autodeterminação, isto é, liberdade de o indivíduo fazer ou não fazer o que quiser, dentro dos limites da ordem jurídica.
O crime de constrangimento ilegal é delito subsidiário quando o constrangimento constituir meio de realização ou for seu elemento integrante, como por exemplo nos crimes de roubo, extorsão, estupro.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há somente o elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de constranger a vítima, através de violência ou grave ameaça, a fazer o que a lei não determina ou a não fazer o que ela manda). Parte da doutrina (DAMÁSIO e BITENCOURT) entende haver elemento subjetivo específico do tipo, isto é, constranger a vítima com o fim à ação ou omissão pretendida. 
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – é crime comum, ou seja, qualquer pessoa pode praticar. 
SUJEITO PASSIVO – qualquer pessoa que possua capacidade de autodeterminação.
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo ocorre no momento em que a vítima faz ou deixa de fazer algo, em decorrência da violência ou grave ameaça utilizada pelo agente. 
	
	
Tentativa – admite-se a tentativa.
Classificação doutrinária
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME MATERIAL (que exige resultado naturalístico para a consumação); CRIME COMISSIVO (o verbo nuclear implica a prática de uma ação); CRIME DOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Concurso com crimes praticados com violência
Art. 146, § 2º, do CP - o agente que, com violência, constrange ilegalmente a vítima, vindo a feri-la, deve responder pelo constrangimento ilegal (simples ou agravado, conforme o caso), em concurso material com o crime resultante da violência (lesão leve, grave ou gravíssima)
Causas excludentes de ilicitude.
Art. 14, § 3º, do CP - são causas especiais de exclusão da ilicitude, por se constituírem em manifestações inequívocas do estado de necessidade de terceiro. Para parte da doutrina (DAMÁSIO e BITENCOURT) são causas de exclusão da tipicidade, pois se esses fatos "não se compreendem na disposição" que tipifica o crime de constrangimento ilegal, constituem comportamento atípico. Convém ressaltar que qualquer corrente que se adote exclui-se o crime de constrangimento ilegal.
AMEAÇA - ART. 147 
Bem jurídico tutelado. 
É a liberdade da pessoa humana.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: "MAL INJUSTO E GRAVE" ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
MAL INJUSTO - é aquele que a vítima não está obrigada a suportar, podendo ser ilícito ou imoral.
MAL GRAVE - é o capaz de produzir ao ofendido um prejuízo relevante. O mal deve ser sério, ou fundado, iminente ou verossímil, ou seja, passível de realização
Elemento subjetivo: há somente elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de matar o próprio filho durante o parto ou logo após), que pode ser DIRETO (o agente quer o resultado) ou EVENTUAL (o agente assume o risco de produzir o resultado). 
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – é crime comum, qualquer pessoa pode praticar.
SUJEITO PASSIVO – pode ser qualquer pessoa física, desde que seja capaz de sentir a idoneidade da ameaça. 
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo ocorre quando o teor da ameaça chega ao conhecimento do ameaçado
	
	
Tentativa – admite na forma escrita, inadmite na forma verbal.
Classificação doutrinária. 
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que exige não resultado naturalístico para a consumação, pois a vítima não precisa sentir-se intimidada); CRIME COMISSIVO (o verbo nuclear implica a prática de uma ação); CRIME DOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Concurso com crimes praticados com violência 
O crime de ameaça é também delito subsidiário quando constituir meio de realização ou for elemento integrante de outro crime será por este absorvido, como por exemplo no crime de roubo, extorsão, estupro etc.
Ação Penal.
De acordo com o Parágrafo Único do art. 147 o crime de ameaça é de ação penal pública de iniciativa pública condicionada à representação da vítima ou seu representante legal.
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO - ART. 148 
Bem jurídico tutelado. 
É a liberdade individual, em especial a liberdade de locomoção.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de privar alguém de sua liberdade).
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – qualquer pessoa, pois trata-se de crime comum
SUJEITO PASSIVO – qualquer pessoa.
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo ocorre com a efetiva restrição ou privação da liberdade de locomoção por tempo juridicamente relevante. 
	
	
Tentativa – admite-se a tentativa na modalidade comissiva.
Classificação doutrinária. 
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME MATERIAL (que exige resultado naturalístico para a consumação); CRIME COMISSIVO ou OMISSIVO (comissivo quando o sujeito ativo, com sua ação, priva a vítima de sua liberdade, omissivo quando, por exemplo, o carcereiro deixa de colocar em liberdade o condenado que já cumpriu a pena); CRIMEDOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME PERMANENTE (a consumação se prolonga no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta); CRIME SUBSIDIÁRIO (tal crime subsiste como delito autônomo somente quando a privação da liberdade não funciona como elementar ou meio de execução de outro crime, a exemplo do art. 159 do CP).
Distinção do delito de extorsão mediante sequestro. 
O que difere o art. 148 (sequestro) do art. 149 (extorsão mediante sequestro) é que neste há uma finalidade especial do agente, consubstanciada na vontade de obter, para si ou para outrem, vantagem como condição ou preço do resgate.
Concurso entre os delitos de sequestro e roubo.
Se o sequestro  é cometido com meio de execução do roubo o sequestro é absorvido pelo roubo e incide a majorante do inciso V do § 2º do art. 157 do CP.
REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO - ART. 149 
O crime de redução a condição análoga à de escravo é também denominado pela doutrina de PLÁGIO. Existe três espécies de plágio: 1) plágio literário que consiste na usurpação de obra alheia; 2) plágio político que consiste em alistar pessoa no exército de outra nação e 3) plágio civil que consiste no apossamento de homem livre, com a finalidade de locupletar-se com o seu trabalho.
Bem jurídico tutelado. 
É a liberdade individual.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: "ESCRAVO" ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há somente elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de subjulgar determinada pessoa, suprimindo-lhe a liberdade).
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – qualquer pessoa, pois trata-se de crime comum.
SUJEITO PASSIVO – a partir da vigência da Lei 10.803/03 somente pode ser sujeito passivo desse crime quem se encontra na condição de contratado, empregado, operário, enfim, trabalhador do sujeito ativo.
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo ocorre quando o agente reduz a vítima a condição semelhante à de escravo, por tempo juridicamente relevante, isto é, quando a vítima torna-se totalmente submissa ao poder de outrem
	
	
Tentativa – admite-se a tentativa, pois trata-se de crime material.
Classificação doutrinária. 
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME MATERIAL (que exige resultado naturalístico para a consumação); CRIME COMISSIVO (o verbo nuclear implica a prática de uma ação); CRIME DOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME PERMANENTE (a consumação se prolonga no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Concurso com crimes praticados com violência. 
O crime é punido com reclusão de dois a oito anos e multa. Além disso, se houver emprego de violência, responderá também o agente pelo crime dela resultante. Foi adotado, portanto, o sistema do concurso material obrigatório entre a redução análoga à condição de escravo com violência e o crime dela decorrente (lesão corporal leve, grave, gravíssima e tentativa de homicídio, por exemplo).
JURISPRUDÊNCIA
Informativo nº 0543
Período: 13 de agosto de 2014.
Terceira Seção
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. REQUISITOS PARA CONFIGURAÇÃO DO CRIME DE REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO.
Para configuração do delito de “redução a condição análoga à de escravo” (art. 149 do CP) – de competência da Justiça Federal – é desnecessária a restrição à liberdade de locomoção do trabalhador. De fato, a restrição à liberdade de locomoção do trabalhador é uma das formas de cometimento do delito, mas não é a única. Conforme se infere da redação do art. 149 do CP, o tipo penal prevê outras condutas que podem ofender o bem juridicamente tutelado, isto é, a liberdade de o indivíduo ir, vir e se autodeterminar, dentre elas submeter o sujeito passivo do delito a condições de trabalho degradantes, subumanas. Precedentes citados do STJ: AgRg no CC 105.026-MT, Terceira Seção, DJe 17/2/2011; CC 113.428-MG, Terceira Seção, DJe 1º/2/2011. Precedente citado do STF: Inq 3.412, Tribunal Pleno, DJe 12/11/2012. CC 127.937-GO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 28/5/2014.
Informativo nº 0333
Período: 24 a 28 de setembro de 2007.
Quinta Turma
COMPETÊNCIA. JUSTIÇA FEDERAL. ART. 149 CP. DELITOS CONTRA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes de redução à condição análoga de escravo, uma vez que se enquadram na categoria de delitos contra a organização do trabalho nos termos do art. 109, VI, da CF/1988. Precedentes citados do STF: RE 398.041-PA, DJ 3/3/2005; do STJ: CC 62.156-MG, DJ 6/8/2007, e HC 43.384-BA, DJ 5/8/2005. REsp 909.340-PA, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 25/9/2007.
TRÁFICO DE PESSOAS - ART. 149-A, CP 
Bem jurídico tutelado. 
É a liberdade individual.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de subjulgar determinada pessoa, suprimindo-lhe a liberdade), como também elemento subjetivo específico, ou seja, o especial fim de agir na expressão "COM A FINALIDADE".
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – qualquer pessoa, pois trata-se de crime comum.
SUJEITO PASSIVO – qualquer pessoa.
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo ocorre com as ações previstas no tipo penal
	
	
Tentativa – admite-se a tentativa.
Classificação doutrinária. 
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que exige resultado naturalístico para a consumação); CRIME COMISSIVO (o verbo nuclear implica a prática de uma ação); CRIME DOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA VINCULADA (somente pode ser praticado por pelas formas descritas no tipo penal); CRIME PERMANENTE nas modalidades transporte, transferência, acolhimento e alojamento (a consumação se prolonga no tempo) e CRIME INSTANTÂNEO nas demais modalidades; CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
“Tráfico de Pessoas 
Art. 149-A.  Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: 
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partesdo corpo; 
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; 
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; 
IV - adoção ilegal; ou 
V - exploração sexual. 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a metade se: 
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las; 
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência; 
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou 
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. 
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa.” 
VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO - ART. 150 
Bem jurídico tutelado. 
É a liberdade individual.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: "CLANDESTINA ou ASTUCIOSAMENTE" e "CONTRA A VONTADE EXPRESSA OU TACITAMENTE DE QUEM DE DIREITO" ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há somente elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de entrar ou permanecer em casa alheia, contra a vontade do morador). 
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – é crime comum, ou seja, qualquer pessoa pode praticar, inclusive o proprietário, pois não são a posse e a propriedade os objetos da proteção legal, mas a intimidade e a privacidade domésticas.. 
SUJEITO PASSIVO – é o morador.
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo ocorre com a entrada ou permanência em casa alheia.
	
	
Tentativa – admite-se a tentativa
Classificação doutrinária. 
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME DE MERA CONDUTA (a consumação se dá comm a simples ação ou omissão, sem qualquer resultado naturalístico); CRIME COMISSIVO na modalidade entrar (o verbo nuclear implica a prática de uma ação) e OMISSIVO na modalidade permanecer (indica uma inação); CRIME DOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO na modalidade entrar (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo) PERMANENTE na modalidade permanecer (a consumação se prolonga no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Conflito aparente de normas e concurso de crimes com demais delitos previstos no Código Penal e na Legislação Extravagante.
A doutrina majoritária afirma a violação de domicílio é crime subsidiário, ou seja, é cometido como meio para praticar outro crime mais grave. Nesses casos o crime-fim absorve a violação de domicílio. Para o professor DAMÁSIO não se trata de crime subsidiário, uma vez que entre a violação de domicílio e os delitos que a absorvem não há subsidiariedade nem expressa nem implícita. Cuida-se, no conflito aparente de normas, de crime consunto, ou seja, delito que, pela aplicação do princípio da consunção, fica absorvido por outro, de maior gravidade, a quem serve como meio de execução ou normal fase de realização. 
JURISPRUDÊNCIA
Informativo nº 0549
Período: 5 de novembro de 2014.
Quinta Turma
DIREITO PENAL. INVASÃO DE GABINETE DE DELEGADO DE POLÍCIA.
Configura o crime de violação de domicílio (art. 150 do CP) o ingresso e a permanência, sem autorização, em gabinete de Delegado de Polícia, embora faça parte de um prédio ou de uma repartição públicos. O § 4º do art. 150 do CP, em seu inciso III, dispõe que a expressão “casa” compreende o “compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade”. Ora, se o compartimento deve ser fechado ao público, depreende-se que faz parte de um prédio ou de uma repartição públicos, ou então que, inserido em ambiente privado, possua uma parte conjugada que seja aberta ao público. Assim, verifica-se que, sendo a sala de um servidor público – no caso, o gabinete de um Delegado dePolícia – um compartimento com acesso restrito e dependente de autorização, e, por isso, um local fechado ao público, onde determinado indivíduo exerce suas atividades laborais, há o necessário enquadramento no conceito de “casa” previsto no art. 150 do Estatuto Repressivo. Com efeito, entendimento contrário implicaria a ausência de proteção à liberdade individual detodos aqueles que trabalham em prédios públicos, já que poderiam ter os recintos ou compartimentos fechados em que exercem suas atividades invadidos por terceiros não autorizados a qualquer momento, o que não se coaduna com o objetivo da norma penal incriminadora em questão. Ademais, em diversas situações o serviço público ficaria inviabilizado, pois bastaria que um cidadão ou que grupos de cidadãos desejassem manifestar sua indignação ou protestar contra determinada situação para que pudessem ingressar em qualquer prédio público, inclusive nos espaços restritos à população, sem que tal conduta caracterizasse qualquer ilícito, o que, como visto, não é possível à luz da legislação penal em vigor. HC 298.763-SC, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 7/10/2014.
INVASÃO DE DISPOSITIVO INFORMÁTICO - ART. 154-A 
Bem jurídico tutelado. 
Liberdade individual, especialmente no tocante à inviolabilidade dos segredos.
Elementos do tipo. 
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: "ALHEIA" e "SEM AUTORIZAÇÃO" ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de invadir dispositivo informático alheio) e elemento subjetivo específico do tipo na expressão "com o fim de".
Sujeitos do delito. 
SUJEITO ATIVO – é crime comum, qualquer pessoa pode praticar.
SUJEITO PASSIVO – é a pessoa que sofre o dano material ou moral.
Consumação e tentativa.
Consumação – o momento consumativo ocorre no momento em que o agente invade o dispositivo informático da vítima.
	
	
Tentativa – admite-se por ser crime plurissubsistente.
Classificação doutrinária. 
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que não exige resultado naturalístico para a consumação); CRIME COMISSIVO (o verbo nuclear implica a prática de uma ação); CRIME DOLOSO (não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesmaconduta). 
Ação Penal.
Por força do art. 154-B do CP a ação é pública condicionada à representação da vítima, salvo quando o delito é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos poderes da União, Estado, Distrito Federal ou Município ou contra empresas concessionárias de serviços públicos, sendo a ação pública incondicionada.

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