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RAÍZES DO BRASIL
É um livro que, aborda principalmente o perfil do brasileiro, o homem cordial. Más também fala do freio religioso ao nosso desenvolvimento, a revolução protestante, por isso ele levanta a teoria de que o atraso econômico se dá em nossas origens religiosas com Portugal, muito católica. É uma obra com a visão marxista e com base no trabalho de Max Weber. Ao lançar essa obra, houve uma polêmica em que o autor Sérgio Buarque de Holanda, foi a fundo na investigação e supôs que o brasileiro é cordial e respeitador, diferente do jeito europeu frio, Raízes do Brasil também é uma crítica a elite hierárquica brasileira, acreditando ser eles os responsáveis pelo atraso que caberia ao Brasil, como pobreza, tudo porque uma elite com traços reais imperava aqui.
Partindo da Europa, percebemos que existem vários mundos, várias sociedades diferentes. Cada uma com um patamar de forma de vida, que poderá causar a novos mundos uma consequência a sua cultura devido à chegada desses novos seres que vivem nessa sociedade. A nossa sociedade é fruto de uma hierarquia de má conduta em termos de administração e organização, particularmente a portuguesa, como já dito. 
Os portugueses se acharam melhor preparados para começar uma expansão marítima, de fato é verdade, porém teria sido melhor para nós uma colonização holandesa, com pessoas com uma mentalidade mais aberta e menos conservadora de sua posição tradicional na sociedade. Acreditamos que o tipo português, representa o aventureiro, quer dizer aquele que colhe a fruta, mas não se importa com a árvore e nem em plantá-la, foi esse tipo de homem que nos colonizou, que ao contrário do trabalhador vê a árvore, procura conhecê-la e vive um problema para transformá-la a seu favor e não o ignora ou passa por cima como os nossos colonizadores. O contraste entre o aventureiro e o trabalhador preserva o que é seu e procura evoluir; o aventureiro vive apenas de sua coragem, e o fator da natureza também representa um fator favorável a hegemonia dos aventureiros, por ser o Brasil um país extremamente favorável a atividade agrícola. A imensa riqueza não se tornaria sólida com o passar do tempo. Ao invés do trabalhador, ele preferiu escravizar os índios ou pelo menos tentar, já que esse não aceitava as condições de uma forma de vida. Foram buscar na África, lugar onde era melhor para o homem se adaptar as formas que os portugueses necessitavam para mandar e viver como soberanos. Sobre as classe trabalhadora na colônia, e a mistura das raças, era até aceitável, um descendente de português, com índio, ou negro assumir um posto, mais era negado aos índios e negros de roça para assumir um cargo que seria respectivamente de um branco. Para os portugueses o negro era o mais impura das raças na colônia, nem era visto com bons olhos a união do negro e o índio que para eles, iria contaminar a pureza do índio. Era realmente uma cultura comercial, mas individual.
Sobre a “Herança Rural” citada na obra, o autor afirma que até hoje o Brasil é um país rural e com técnicas atrasadas para a nossa época. Um Brasil extremamente rural e com uma classe tradicionalmente rural, onde seus filhos adquiriam intelecto liberal estudando na Europa, onde esses impregnariam o parlamento que mais tarde fariam as nossas mudanças, que veio das classes dominantes, filhos herdeiros dos antigos senhores.
A Inglaterra teve grande influência sobre a libertação dos escravos, pois eram eles a maior potência da época. As riquezas os as unidades existentes no Brasil com as suas chibatadas à custa do trabalho escravo pertenciam aos portugueses. O brasileiro estava a ver navios com a sua terra. O sistema escravista estava sofrendo desintegração a partir do grande país capitalista da época que intensifica a apreensão aos navios de tráfico humano e vinham gradualmente caindo. Enquanto o tráfico acabava, uma atividade comercial crescia impulsionada pelo Barão de Mauá. Seria capitalista, regida por bancos e pelas indústrias. Começaria entrar em choque no Brasil duas culturas, capitalista e feudalismo, de um homem extremamente patriarcal e outro com sua bases criadas basicamente nos moldes burguês, ambos vindo do outro lado do planeta.
Um trecho do livro alega que a adaptação do trabalho ao trabalhador, é prejudicial para o homem cordial, isso que é uma característica da burguesia. O emprego de novas técnicas e máquinas para diminuir a mão de obra, isso para o homem cordial era intolerável. Num Brasil completamente feudal, com suas bases como vivência nos grandes senados da Europa, enquanto o país procurava manter as bases e os costumes de seu sistema, como ocorreu na Europa, parecia que o Brasil estava parado no tempo em meio às revoluções e acontecimentos de um mundo em transformação. O surgimento do Brasil como classe é incontestável na sua inexistência por uma nação que já nasceu com moldes feudais, com homens que de costumes seculares dificilmente encontraria aqui uma classe que ameaçaria a sua existência. Os pequenos comerciantes que existiam sofriam com as hostilidades do rei do feudo, que não deixaria seus costumes mesmo que o sistema se tornasse presidencialista. O homem cordial do Brasil recebiam títulos de nobreza, que eram considerados até altos para um cidadão português, a vida na colônia se resumia no centro rural aonde o senhor feudal dificilmente ia à cidade, a não ser para festas nos centros urbanos. Festas essas que os moradores dificilmente passavam em suas casas, pois tinham que passar o dia nos trabalhos manuais.
O crescimento das cidades representa uma forma de criar uma fronteira entre o que já existe e tem dono, sobre um controle hierárquico, e uma nova área, ou forma de vida, seria uma espécie de libertação da dominação. Só que na colônia portuguesa, as cidades cresciam desordenadamente sem qualquer planejamento, talvez sem conhecimento que elas estavam se desenvolvendo peculiarmente, ao contrário de colônias espanholas, que eram tidas com total organização.
A forma ultrapassada de colonização que se assemelha as épocas romanas, antes de Cristo, se fazia presente na atual colônia portuguesa, outra crítica é que as colônias espanholas eram instaladas nas universidades para estudarem os filhos da América, aqui não existia. O objetivo de Portugal, pelo menos se mostrou no mínimo claro; tornar as terras descobertas uma espécie de colônia, seria apenas para extrair riquezas, parece que faltava a metrópole cuidar melhor da colônia. As colônias bem cuidadas pelos seus vizinhos usavam o transporte marítimo, que seria uma boa opção, embora aqui Portugal não permitisse tal atividade. Fica uma incógnita no ar, será que Portugal estava tentando deter um povoado do Brasil com algumas medidas, até pelo fato de permitir apenas as capitanias hereditárias de ficarem no litoral, entre outras de impedimento da entrada marítima pelos rios da Amazônia. A sua cultura rural lhe propicia uma forma de colonização digamos que contrária ao desenvolvimento das colônias, ela foi litorânea e era tida como interior e sem importância as anteriores que cresciam para dentro do Brasil. Uma crítica muito construtiva a respeito da educação defasada na colônia e no Brasil de hoje sugere que nada mudou na forma de ensinar no Brasil de hoje e na colônia do século XVIII.
A ideia do homem cordial expressa na obra pelo autor associou o brasileiro a uma espécie de homem gentil, hospitaleiro e pacífico. Sérgio Buarque foi bastante criticado por essa maneira de ver o brasileiro, pois esta era uma forma idealizada e que não corresponde as atitudes corriqueiras percebidas no convívio social. O homem cordial, segundo Sérgio Buarque, é o brasileiro típico, fruto da colonização portuguesa e representante conceitual de nossa sociedade. Homem que reage conforme o seu coração para o bem e para o mal. Capaz de grandes relações amorosas e também capaz de desavenças até violentas. Dependendo das circunstâncias (bem ou mal), o brasileiro pode dar em uma raça generosa ou em um povo triste e amargurado! Mais também há quem defenda que SérgioBuarque tenha indicado o brasileiro como “Homem Cordial” pelo seu modo de agir, emotivo, movido pelo coração e levado muito pelo seu lado emotivo. No lugar daquela velha formalidade defendida pelos nossos colonizadores, o homem cordial se vale de espontaneidade e aposta na lógica dos favores, ou seja, o oposto do homem que vive respeitando normas e regras de convívio social. O brasileiro é avesso a impessoalidade, sempre está buscando intimidade, estreitar os laços das relações, acostumado a fazer sempre novas amizades, pedir concelhos mesmo a quem mal conhece etc. Essa informalidade acabou indo negativamente para a esfera pública da sociedade! Políticos, por exemplo, tratam os assuntos públicos como se fossem privados, fazendo com que o Estado se torne mais pessoal e menos burocrático. É por isso que Sérgio Buarque sugere a classificação do Estado Brasileiro como “Patrimonial”. Numa clara alusão a uma diferenciação feita por Marx Weber entre burocracia e patrimonialismo.
O capítulo seis (Novos Tempos) enfoca que há na sociedade brasileira, um apego muito forte ao âmbito doméstico, que há dificuldade em aceitar a individualidade. Poucos se limitam a ser apenas homens de sua profissão e há um grande em alcançar prestígio e dinheiro sem esforço. Quem tinha um Bacharel gozava de respeito e prestígio na sociedade colonial urbana. O que justificaria a entrada do positivismo e sua permanência no Brasil, foi a real preocupação com a intelectualidade e o amor que havia pelas ideias fixas e genéricas. O autor faz críticas aos positivistas. Para Sérgio Buarque a democracia foi no Brasil “sempre um mal entendido”. Os grandes movimentos vinham de cima para baixo e o povo ficou indiferente a tudo. O romantismo acabou se tornando um mundo fora do mundo, incapaz de ver a realidade, ajudando na construção de uma realidade falsa. O capítulo também fala da importância da alfabetização para o Brasil.
Sobre o ultimo capítulo (Nossa Revolução), foram lentos, cautelosos, não houve aqui nenhum ensaio de uma revolução FERVOROSA, afim de quebrar o sistema, foi algo cuidadoso, para não ferir o inimigo. Nada, absolutamente nada que prejudicasse uma determinada elite qualquer que tivesse vínculo, mais fácil eles tirarem do povo para beneficiarem determinadas sociedades. Com o advento das cidades, aliado a lenta mudança pelo menos há três quartos de séculos, aos poucos o mundo rural foi perdendo espaço para os centros urbanos. Finalmente as cidades haviam se desvinculado do meio rural, esta que, por tanto tempo foi o meio de exploração da sociedade feudal. Se hoje ainda temos traços de uma cultura que dá privilégios a poucos, é porque o então Americano ainda não existe, ainda preferimos acreditar em histórias que cabem a nossa realidade, cultuamos uma coisa que será impossível de obter aqui no mundo real. A nossa revolução foi feita aproveitando o homem que estava na terra, que seria de fácil controle, para homens que tinham autonomia e negócios. Antes de o Brasil chegar ao estágio em que as cidades dominariam como centro da nação, o mundo real passou diferentes fases, e o açúcar quando foi perdendo importância, depois substituídos pelo café, cada um com sua forma.
A formação de nossas raízes com elementos propicia a formação de um ser passivo e quieto, acarreta um problema na sua administração do país, que permanece da mesma forma em que a colônia era mantida pela metrópole. As classes baixas assistiam pacificamente a transformação de uma sociedade, a partir da elite, menos pacífica. As nossas leis são típicas de uma mentalidade em que tudo há de ser resolvido sem medidas enérgicas. Foi o Brasil o primeiro país a abolir a pena de morte. Nossa nação dá mais prioridade aos de fora, ao contrário do que fazem as nações de fora, onde procuram valorizar a todos. A Revolução no Brasil foi extremamente elitizada em visto dos seus costumes cordiais, mesmo a burguesia tem essa herança. Uma maioria onde a sobrevivência os levam a não viver como de forma digna aos revolucionários, nem menos e nem mais inteligentes. Porque não há oportunidade igual na sociedade feudal.

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