Buscar

Direito Penal II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Concurso de Pessoas - Art. 29/ 31
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
 Concorrer, neste artigo tem o sentido de contribuir/colaborar “ na medida de sua culpabilidade” - quanto maior a contribuição do agente, maior a sua pena.
 
Teoria Unitária (monista) - Ainda que as contribuições sejam diferentes o crime é um só. Corolário do art. 13 “causa equivale à condição”.
 Ex.: Quem fizer empréstimo de arma para um homicídio também responderá por este (com a pena reduzida).
 Entre os agente deve haver um liame subjetivo = ambos agem com dolo.
Teoria pluralística - Imputam-se crimes diferentes (diferentes gravidades) aos participantes.
Ex.: Aborto: art. 124/126 - situação psicológica da gestante/ política criminal
Corrupção passiva (art. 317) e Corrupção ativa (art. 333)
 Justamente para que possa haver a condenação de um independentemente da condenação do outro.
Quem é o autor do crime?
Teoria Restritiva :
-Autor (Autoria) - Quem realiza o verbo do tipo penal - Coautoria: mais de um autor.
-Partícipe (participação) - Natureza acessória (art. 31)
Participação: 
Ajuste - Moral
Determinação - Moral
Instigação - Moral
Auxílio - Material
Acessoriedade limitada - A conduta do autor precisa ser típica, não necessita ser culpável. Ex.O maior que instiga um menor a cometer atividade típica e ilícita terá uma conduta punível.
Acessoriedade extremada (máxima) - O partícipe só será punível se o autor praticasse uma ação típica, ilícita e culpável.
Autoria mediata Autoria imediata
Partícipe 1) Instrumento (pessoa não culpável)
2) Partícipe (Chefe de organização criminosa/mandante) 2) Integrantes (culpáveis
Teoria do Domínio do Fato
 Por esta teoria aquele que tem o controle da ação final é o autor do crime.
Desvio subjetivo
Art. 29, p.2, 1a. parte § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
 Deve haver liame subjetivo para existir o concurso de pessoas.
Ex. de desvio subjetivo - A e B desejam participar de um furto, A vigia, B entra e além do furto, pratica também um estupro.
Em caso de quadrilha, se todos estiverem armados e ocorrer uma morte, todos responderão por esta.
Acusação: ambos cometem o crime
Defesa: desvio subjetivo
Punibilidade no Concurso de Pessoas 
“ Na medida de sua Culpabilidade” - Art. 29, caput. 
Participação de menor importância - Art. 29 p. 1o 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço
 3) Agravante da pena - Art. 62, I, CP 
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
Evolução das Formas de Punição
1 - Antiguidade
 Vingança Privada, não há proporcionalidade
 Lei de Talião, proporcionalidade
Vingança Divina - Cólera dos deuses - Finalidade da punição era aplacar a ira dos deuses
2 - Idade Média (476 d.C. Até 1453 ) - 
Alta Idade Média - Séc V a Séc VII
Baixa Idade Média - Até Séc XV
Direito Germânico
Direito Romano
Direito Canônico
Direito Germânico - Punição - Abandono pelo clã - “Perda da paz”
Composição - Pagamento de um valor ao ofendido (precursor da indenização)
Direito canônico - Punição baseada na expiação, sofrimento, arrepender-se era importante, pena medicinal (aquela que cuida da alma), isolamento, penitência (ideia de prisão celular).
Apogeu até o séc. V.
Direito Laico - Tortura legalizada como punição.
Direito Romano - se enfraquece no século IV, porém ressurge no século XII, na universidade de Bologna na Itália.
Ordenações do Reino (Brasil) - Foram influenciados pelo Direito Canônico e Direito Romano
3 - Idade Moderna
Prisão “Custódia” - para esperar a pena (normalmente era aplicada a pena de morte) - Ponte dos suspiros, caminho em direção à execução.
Absolutismo - Finalidade das punições: Fortalecimento do soberano, incutindo medo na população.
Com a repetição deixa de fazer efeito.
Começam a se praticar pequenos furtos, diante do crescimento populacional
Criam-se as Casas de Trabalho ou Workhouses para pequenos delinquentes e desempregados
A partir disso nasce o tipo de prisão que conhecemos hoje e que tomaram essa forma em Decorrência do capitalismo, pois o tempo tem valor, assim tira-se o tempo e cerceia-se a liberdade daquele que comete crimes. 
4 - Idade Contemporânea 
Iluminismo - traz a razão para a punição, a busca de finalidade.
Jean Jacques Rousseau - “Contrato Social” (1762) - Cidadãos delegam ao Estado o direito de determinar crimes e penas. No contrato Social há uma renúncia da liberdade natural e aceitação da liberdade funcional.
Thomas Morus - “Utopia” (1516) - Traz a ideia de finalidade de reeducar o delinquente. Penas severas e ineficazes.
Período Humanitário - 
Marquês de Beccaria
 “Dos Delitos e das Penas” (1764)
 A certeza de aplicação da pena traz sua eficácia
 A pena deve ser justa, útil e proporcional ao dano causado - não havendo estímulo ao cometimento de novos crimes
Jeremy Bentham - Utilitarismo, panóptico
Não importa a dor, se proporcionar maior felicidade às pessoas.
Brasil
1500 - Ordenações Filipinas - Penas Cruéis e desproporcionais, pena de morte para todos os crimes, diferentes tipos de morte.
1822 - Independência
1831 - 1o. Código Criminal - Prof. Melo Freire lecionava para os juristas brasileiros, foi considerado um ótimo código (inspirado em Beccaria)
 Muito avançado porém não aboliu a pena de morte. Sistema dia-multa surge aqui.
1890 - Código Penal - Inspirado no Código Zanardelli (Itália), República, muitas falhas
1940 - Código Penal - “Estado Novo” - Autoritarismo (ditadura) - Código Rocco (Itália) 
Positivismo, Defesa Social, Henrico Ferri - Periculosidade - Sistema duplo - binário (PENA E MEDIDA DE SEGURANÇA)
1984 - Reforma da parte Geral - Sistema Vicariante (PENA OU MEDIDA DE SEGURANÇA), Sistema progressivo e regressivo de regimes (Fechado -> Semi-Aberto -> Aberto) Sistema trifásico( Cálculo de pena).
Lei de Execução Penal
Princípios Constitucionais e a Pena
Da dignidade da Pessoa Humana
Metaprincípio (postulado ou princípio)
Documentos Internacionais
Direito Penal
Intrínseco
Teve seu início com o Cristianismo (valorização do homem)
2a. Guerra Mundial fez se expandir a preocupação com o homem e com sua dignidade
ONU - Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Positivado em Nossa Constituição em 1988
Princípio em constante construção, não há como definir.
Postulado/ meta princípio - Orientador na aplicação dos demais princípios
A importância no direito penal se dá pelo seu caráter de ultima ratio (último instrumento a ser utilizado).
 2) Da Humanidade
Penas Proibidas, art. 5o. XLVII 
morte, exceto em caso de Guerra declarada
de caráter perpétuo
de trabalhos forçados
de banimento
cruéis
 3) Da Legalidade
Reserva Legal - “Nulla poena sine lege”
Só o Poder Legislativo pode impor Pena
Art. 62 - não pode haver medida provisória em matéria penal
Nossa Constituição sempre albergou este princípio
Fundamentos Políticos:
Segurança Individual
Jus Puniendi estatal x Jus Libertati individual
Limitação do poder punitivo
Ex.: Alemanha - penas baseadas no que fere o são sentimento do povo (nazificação - > desnazificação).
 4) Da Anterioridade
A Lei que define crime e comina pena deve ser anterior ao fato
Irretroatividade e retroatividade da lei mais benéfica: art. 5, XL. CF
Art. 2 p.ú CP “Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.”
Ex.:Lei 6368/76 - tráfico de drogas “Art. 12. Importarou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a consumo substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
 Pena - Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
Lei 11.434/16 - Causa de redução - “Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.”
Apuração da Lei mais benéfica: menor quantidade de pena e regime mais gravoso e vice - versa. 2 correntes. 
Não pode haver combinação das penas (juiz criando 3a. Lei)
Pode haver combinação das penas: Art. 2 p.ú CP “Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.”
 5) Da personalidade (pessoalidade) da Pena (Art. 5o. XLV. CF)
Nenhuma Pena Passará da pessoa do condenado (caráter retributivo e preventivo)
Multa não cabe aos herdeiros - Cabe execução cível (Indenização à vítima no limite do patrimônio transferido)
 6) Da Proporcionalidade das Penas
Implícito
Abstrata (Legislador) - graduação da pena de acordo com a gravidade do Crime
Concreta (Juiz) - Sistema trifásico - Circunstâncias judiciais/ Agravantes e Atenuantes e Causas especiais e gerais e aumento e diminuição.
Ex.: de despropocionalidade: 
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica
 7) Da Individualização: art. 5o., XLVI, CF.
Legislativo 
Pena Privativa de Liberdade: (reclusão/ detenção - tempo)
Pena Restritiva de Direitos (PRDs) (há crimes que não cabem essa Pena)
Multa
 b) Judicial
Da sentença: Dosagem pelo Juiz na medida da culpabilidade do agente 
Da execução da Pena : Os agentes progridem na pena de acordo com condições pessoais. Ainda que todos os agentes tenham a mesma pena e o mesmo crime a execução pode ocorrer de maneira diferente.
Teorias da Pena
Teorias Abolicionistas: O prejuízo do Direito Penal é tão grande em face dos benefícios que se possa obter que é melhor que ele seja abolido. CF possui mandado de criminalização (Ex.: Art. 5o, XLII, criminalização do racismo) impedimento para que haja o abolicionismo no Brasil.
Teorias Justificadoras: 
2.1) Teorias Absolutas
Teorias Retributivas - baseadas na expiação e no castigo, têm como intuito a compensação do mal injusto do crime com o mal justo da pena.
Apoiadores:
Escola Clássica
Francisco Carrara (1805 - 1888) Roma
 Crime é uma entidade Jurídica pois viola uma norma e a pena é uma consequência desta violação. Não se preocupou com o estudo do criminoso, nem das causas do crime.
Kant ( 1724-1804)
Retribucionista: Punição é uma ação, um dever de consciência, você não leva em consideração nenhuma outra consequência.
 Dever de consciência - ação/moral - Imperativo categórico
 Não importa a situação, a pena deve ser aplicada.
 Crítica à ressocialização: O homem não pode ser instrumento do Estado, pois isso ofende o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana.
Hegel (1770 - 1831) 
“A negação de uma negação é uma afirmação” - O delito é a negação do Direito, a pena é a negação do delito e a afirmação do Direito.
2.2) Teorias Relativas
 Teoria Preventiva
 Prevenção Especial - Negativa (Neutralização)
 (Criminoso) - Positiva (Ressocialização)
Prevenção Geral - Negativa (Intimidação)
 (Comunidade) - Positiva (Vigência da Norma)
Apoiadores: 
Positivismo - Método de observação, para propor melhorias
Cesare Lombroso - Observar e estudar os criminosos, se voltou para os aspectos morfológicos - Criminoso nato, determinismo biológico, disposição natural para o crime que prejudicava o ajustamento social.
Enrico Ferri - Aceita o determinismo biológico e acrescenta o determinismo social (criminoso ocasional, louco, criminoso habitual ou por tendência).
Teoria da defesa social: Medida de segurança (periculosidade/ louco)
Demais - Pena - tempo determinado ou tempo indeterminado.
Pena e medida de segurança - sistema duplo-binário (até 1977 no Brasil)
Pena ou medida de segurança - sistema vicariante (Atualmente)
Franz Von Lizst (1851 - 1919)
Tripé:
Intimidação (aos quais não é necessária a ressocialização)
Correção / Ressocialização (aos quais são possíveis de se ressocializar)
Neutralização (aos não suscetíveis à ressocialização)
PPL apenas aos incorrigíveis e aos impossíveis de intimidar.
Sugeria penas alternativas - Prisão doméstica, trabalhos fora do cárcere e sanção pecuniária.
Atualidade
Prevenção Especial Negativa - Crime é evitado pela neutralização do criminoso - impossibilidade de praticar crime durante a execução penal.
Contradição desta Teoria - na prisão ocorre a desculturação, desaprende-se as normas de convivência social e adquirem-se outros valores - Aculturação
Consequências:
Prejuízo para a auto-imagem - acostumar-se com a prisão.
Estigma/ marca - para os que saem da cadeia
Gerando - 70% a 80% de REINCIDÊNCIA no Brasil.
Sanção
Código Penal
Pena Privativa de Liberdade (PPL) - Reclusão (+) / Detenção (-)
Pena de Multa : Isolada, cumulada ou alternada (na alternada, escolha do juiz, baseado no caráter retributivo e preventivo da pena).
Pena Restritiva de Direitos (PRDs)
PPL - condena-se em anos, meses e dias
 - LICP Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.( Diferença entre crime e contravenção penal)
Pena de Multa - valor pecuniário (dinheiro). Calculado em dias - multa, baseado nas condições econômicas do condenado.
PRDs - caráter substitutivo, mediante os requisitos dispostos no art. 44, substituirá a PPL.
Aplicação da PPL - Dosimetria Penal
Sistema Trifásico 
 Cálculo da pena
 	Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento
1a Fase - Pena Base de acordo com as circunstâncias judiciais (art. 59)
 Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamentoda vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
 Juiz tem discricionariedade para fixar pena base, desde que fundamentado de maneira idônea
Circunstâncias Judiciais
Culpabilidade: Juízo de censura que recai sobre a conduta do Réu (Desvalor da conduta)
Antecedentes: São os dados atinentes à vida pregressa do réu na seara criminal. desde que contidos em sua folha de antecedentes 
Súmula 444 (STJ) - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.(Protege a presunção de inocência).
Cabe alegação em contrário, se alguém tem inquéritos e ação contra si não possui bons antecedentes.
Conduta Social: Cabe à defesa provar que o réu possui uma boa conduta social. É o estilo de vida do réu.
Personalidade - Circunstância preponderante, atenua a pena, sob os seguintes critérios
Confissão: demonstra arrependimento
Idade de 18 a 21 anos: O córtex cerebral não está completamente formado
Na fase de execução penal o condenado se submete ao exame criminológico, que inclui exame de personalidade. “Perfil Subjetivo do Réu”.
 5. Motivos do Crime: Aspectos psicológicos que impulsionam o cometimento do crime.
Podem ser:
Morais - favoráveis ao réu
Imorais - desfavoráveis ao réu
 Agravar a pena duas vezes pelo mesmo motivo no momento do cálculo, caracteriza o Bis in idem (dupla incidência), portanto não poderá ocorrer.
 6. Circunstâncias do Crime: Relacionam- se com o tempo, o lugar e o modo de execução do crime, além das relações entre o autor e a vítima.
Ex.: Horário privilegiado (circunstância desfavorável).
 7. Consequências do Crime: São os efeitos concretos da ação criminosa que podem atingir a vítima, a sua família e a sociedade.
 Ex.: matar um pai de família, queimar um ônibus.
 8. Comportamento da Vítima.
2a Fase: Agravantes e Atenuantes
Devem respeitar o mínimo e máximo legal
Entendimento Jurisprudencial: agravar e atenuar em ⅙
SÚMULA 231 - A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
As circunstâncias São obrigatórias (sempre) e genéricas (todos os crimes)
Exceção: Quando constituem ou qualificam o crime.
Circunstâncias agravantes (ROL TAXATIVO)
 	Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
 I - a reincidência; 
 	II - ter o agente cometido o crime: 
 	a) por motivo fútil ou torpe;
 	b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
 	c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
 	d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
 	e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
 	f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; 
 	g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
 	h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; 
 	i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
 	j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
 	l) em estado de embriaguez preordenada.
 Circunstâncias incomunicáveis
 	Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. (Em caso de concurso de pessoas)
Reincidência (Art. 63)
 Reincidência
 	Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. 
 	Art. 64 - Para efeito de reincidência:
 I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 
 	II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.
 
É uma circunstância subjetiva (incomunicável)
Já foi punido por um crime, ao puni-lo novamente esta punição será mais grave, maior reprovabilidade (culpabilidade)
A reincidência tem múltiplos efeitos no âmbito penal
Sentença / crime anterior / trânsito em julgado
Crime posterior
Espécies de Reincidência
Genérica - Crime anterior e posterior diferentes
Específica - Crime anterior e posterior é o mesmo ( Nas PRDs o código trata excepcionalmente deste instituto).
Reflexos da Reincidência
Não poderá iniciar o cumprimento da pena em regime semiaberto ou aberto(Art. 33, p. 2o., “a” e “b”)
 b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
Metade do cumprimento da pena para pleitear o livramento condicional (Reincidência em Crime doloso) 
Art. 83. II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
Prescrição da Reincidência (art. 64, I)
 Art. 64 - Para efeito de reincidência: 
 I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; ( EXTINÇÃO OU CUMPRIMENTO DA PENA).
 II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.
Súmula 241 (STJ) A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. (BIS IN IDEM).
 
 Circunstâncias atenuantes (ROL EXEMPLIFICATIVO)
Atenua-se a pena por considerar a culpabilidade do réu menor
Normalmente em ⅙, observando o mínimo legal.
 	Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
 I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; (Córtex cerebral não está totalmente formado)
 	II - o desconhecimento da lei; 
 	III - ter o agente:
 	a) cometido o crime por motivo de relevante valor social (caráter coletivo - Ex.: beagles) ou moral(caráter pessoal -Ex.: matar traficante que deu drogas ao filho);
 	b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; 
(Lei 9.099/95 - dá à reparação do dano a extinção da pena)
 	c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; (Diferente do art. 121, p 1o., que descreve uma causa especial de diminuição da pena no homicídio);
 	d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
 	e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
 	Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.(ROL EXEMPLIFICATIVO)
Atenuante da Confissão (Art. 65, III, “d”)
Confessar é admitir a autoria do crime. O fundamento da atenuante é que o agente revela arrependimento do ato criminoso que praticou. Há dois quesitos para o reconhecimento da atenuante. O primeiro requisito é a confissão ser espontânea. O ato espontâneo é o resultado de um reclamo de consciência moral,em que a confissão da prática delitiva seja desprovida de outra causa que não a satisfação íntima da lealdade consigo mesmo e em relação aos outros. O segundo requisito é ser feita perante autoridade (policial ou judicial).
É aceita a confissão policial como atenuante da pena desde que retratada em juízo e que tenha conexão com os outros meios de prova.
A confissão jamais será uma prova absoluta.
Circunstâncias Preponderantes (Art. 67)
 Art. 67. - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. 
Menoridade (Menor de 21 anos)
Reincidência
Confissão
Motivos determinantes do crime
3a. Fase - Causas Gerais e especiais de aumento e diminuição
As causas Gerais estão dispostas na parte Geral do Código
De aumento: Concurso formal de Crimes (Art.70)
De diminuição: Tentativa (Art. 14, II)
 Art. 14. - Diz-se o crime: Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
As Causas especiais estão dispostas na parte especial do código
De aumento: Aumento da pena de roubo (Art. 157 p 2o., I ao V)
 Roubo Art. 157. - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. 
2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. 
 De Diminuição: Art. 121 § 1º - Homicídio privilegiado
 Art. 121. - Matar alguém: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
 Caso de diminuição de pena 
1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
Por fim: Cálculo da pena: Art. 68. - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. Parágrafo único. No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua. 
Concurso de Crimes
Há o concurso de crimes se o agente, mediante uma ou mais ação ou omissão, dolosa ou culposa, praticar dois ou mais delitos
Regras de Aplicação para o concurso de crimes:
Concurso Material
 Art. 69. - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 
1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.
 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais
Há uma maior reprovação
2 ou mais crimes - 2 ou mais ações
Aplica-se o cúmulo material (somatória das penas)
As penas serão aplicadas cumulativamente se foram a mesma espécie de PPL, no caso de reclusão e detenção, cumpre-se primeiro a de reclusão.
Concurso Formal (Art. 70)
Concurso formal Art. 70. - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Parágrafo único. Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.
1 ação - 2 ou mais crimes 
Não podem haver ações sucessivas (concurso material ou crime continuado)
Pode ser:
Homogêneo - Mesmo Resultado
Heterogêneo - Resultados Distintos
Concurso Formal Próprio ou Perfeito (Art. 70 1a. parte )
O Agente mediante uma ação ou omissão , que pode ser culposa ou dolosa, pratica dois ou mais crimes. No caso de a conduta ser dolosa, o agente deve ter um único desígnio. É adotado o critério da exasperação da pena. Se as penas forem diferentes, adota-se a mais grave, aumentada de ⅙ até a 1/2 , a dosimetria será feita de acordo com a quantidade de crimes.
No. de Crimes Aumento da Pena
 2 1/6
3 1/5
4 1/4
5 1/3
6 ou mais 1/2
Concurso Formal Impróprio ou Imperfeito
 O Agente mediante uma ação ou omissão dolosa pratica dois ou mais crimes .
Terá desígnios autônomos (vontade dirigida) para a prática de mais de um crime Ex.: Veneno em uma comida para matar mais de um familiar.
Culpabilidade é elevada
Aplica-se o cúmulo material
Crime continuado 
Art. 71. - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
Parágrafo único. Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código. 
Teoria da Ficção Jurídica ( Devem ser havidos como continuação do primeiro - não o são).
Requisitos:
Crime da mesma Espécie
2 Correntes
Crime da mesma espécie = Presentes no mesmo tipo penal. (Interessa à acusação)
Crime da mesma espécie = afetam o mesmo bem jurídico tutelado.(Interessa à defesa)
 b) Nexo de Continuidade: Liame
Tempo: aprox. 30 dias
Lugar - Jurisprudência entende como mesma cidade ou cidades limítrofes
Modo de Execução - “modus operandi” - modo de agir. Ex.: quadrilha da batidinha.
Aplicar-se à exasperação de ⅙ a ⅔ (aumento decorre da quantidade de crimes)
A etapa posterior é o sistema trifásico, realizado pelo juiz da sentença, fixará também o regime inicial de cumprimento da pena.
Fixação de Regime (Art. 33)
 Reclusão e detenção Art. 33. - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
 1º - Considera-se:
 a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; 
c) regimeaberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; 
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
 c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no artigo 59 deste Código. (Atenção, pois fixar as circunstâncias judiciais favoráveis e regime mais gravoso é controverso)
Fechado - Pena maior que 8 anos
Semiaberto - não reincidente pena maior de 4 e menor ou igual a 8 anos
Aberto - não reincidente, pena menor de 4 anos
Súmulas STF
Súmula 718
A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
Súmula 719
A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.
Lei 8072/90 (Lei dos crimes hediondos)
Inicia-se o cumprimento em regime fechado (Art. 2o, § 1o.)
Pena Restritiva de Direitos (PRDs)
Regras de Tóquio - Regras Mínimas das Nações Unidas para a Elaboração de Medidas não Privativas de Liberdade.
Conceito - As penas restritivas de direitos retiram ou diminuem direitos dos condenados e são conhecidas por penas alternativas ou penas substitutivas.
O Brasil, quando ratificou as Regras de Tóquio, comprometeu-se a adotar medidas de Política Criminal para implementar as penas restritivas de direitos com isso evitando o encarceramento por longo período de pessoas que não oferecem riscos à sociedade.
Efeitos Negativos da Prisão:
Contaminação - multirreincidente contamina o primário (aculturação e desculturação)
Deformação da personalidade
Estigmatização/ marca deixada pela prisão
Custo do preso ao Estado
Vantagens das PRDs
Economia
Não contamina
Não estigmatiza
Adoção Gradual no Brasil
Lei 7.209/84 - Reforma da parte Geral (prestação de serviços à comunidade, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana.)
Em 1988, a CF permitiu ao legislador a criação das penas de perda de bens, de prestação social alternativa e de suspensão ou interdição de direitos (art. 5o, XLVI, letras b e c)
 A Lei no 9.714/98 aumentou no CP as espécies de pena restritiva de direitos, que na atualidade são de prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana.
Requisitos (Art. 44)
Art. 44. - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:
 I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; (Conexão com regime aberto - crime doloso )
II - o réu não for reincidente em crime doloso;(Apenas a Reincidência Específica em crime doloso impede a substituição)
 III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 
 Conversão das penas restritivas de direitos (CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS)
Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na forma deste e dos artigos 46, 47 e 48. 
1º - A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. (de acordo com as condições financeiras do agente)
2º - No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza.(Ex.: Cestas Básicas e mão de obra, facilita a fiscalização, porém há descrédito perante o caráter retributivo)
 3º - A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto - o que for maior - o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime. 
4º - (VETADO) 
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas 
Art. 46. - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.
REVOGAÇÃO TÁCITA PELO ART. 44 § 2o.
2º - Na condenação igual ou inferior a 1 (um) ano, a substituição pode ser feita por multa OU por uma pena restritiva de direitos; se superior a 1 (um) ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos E multa ou por DUAS restritivas de direitos. 
 1º - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. (Caráter Retributivo)
2º - A prestação de serviços à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospital, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. 
3º - As tarefas a que se refere o parágrafo 1º serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de 1 (uma) hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho.
 4º - Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir as pena substitutiva em menor tempo (art 55), nunca inferior à 1/2 (metade) da pena privativa de liberdade fixada. 
Interdição temporária de direitos 
Art. 47. - As penas de interdição temporária de direitos são: 
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; 
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. 
IV - proibição de freqüentar determinados lugares. 
Limitação de fim de semana 
Art. 48. - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. 
Parágrafo único. Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas. 
Multa Substitutiva (Art. 60 § 2o.)
Art. 60 § 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código. 
Art. 44 
II - o réu não for reincidente em crime doloso;(Apenas a Reincidência Específica em crime doloso impede a substituição)
 III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 
Aspectos Polêmicos
Crimes Hediondos - Art. 2o., § 1o., Lei 8.072/90
Regime fechado - não cabe substituição por PRDs
2. Lei de Drogas - 11.434/2006 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.
3. Violência Doméstica - Art.17, lei 11.340/ 2006
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.
Pena de Multa
 Da Pena de Multa
 Multa
 Art. 49. - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. 
2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. 
Pagamento da multa 
Art. 50. - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais.
 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando:
 a) aplicada isoladamente;
 b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; 
c) concedida a suspensão condicional da pena. 
2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família. 
Conversão da multa e revogação 
Art. 51. -Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. 
Execução da PPL (Art. 87 Lei de Execução Penal - LEP)
Regime Fechado
Art. 87. LEP - A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. 
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 
Art. 88 LEP - O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório.
 Art. 34. CP - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução.
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno. (remição de 1 dia de pena, a cada 3 dias trabalhados)(Isolamento - reflexão)
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena. 
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. 
Regime Semiaberto
 Art. 35. - Aplica-se a norma do artigo 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o cumprimento da pena em regime semiaberto. (Exame criminológico)
 §1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar
.§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a freqüência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior. 
Regime Aberto
 Art. 36. - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado. 
1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga.
 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada. (Existem poucos estabelecimentos próprios para regime aberto em SP)
Infelizmente, constroem-se muitas penitenciárias e poucos estabelecimentos destinados ao cumprimento da pena no Regime Aberto e semiaberto, é como uma pirâmide invertida, muitos presos no fechado, e muito poucos condenados no aberto.
A Falta de vagas no aberto fez surgir a PAD (Prisão Albergue domiciliar)
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: 
II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto; 
IV - determinar a prisão domiciliar;
“Preso é promovido ao regime aberto, em razão dessa distorção de se construir presídios fechados permanece no regime semiaberto porque não há vaga no regime aberto. A permanência do interno promovido ao regime aberto em regime prisional mais rigoroso no aguardo de remoção para casa de albergado, não disponível na unidade da federação, é constrangimento ilegal, conforme tem o STJ reconhecido e vem admitindo a prisão albergue domiciliar. A prisão albergue domiciliar (PAD) é prevista no art. 117 da LEP. No mesmo sentido o STF permite o início do cumprimento em prisão domiciliar até ser disponibilizada vaga no regime adequado, se constatada pelo juízo da execução sua inexistência no estabelecimento prisional para cumprimento de pena em regime aberto (HC 113.334/RS, rel. Min. Rosa Weber, j. 18.2.2014).
O art. 146-B, inciso IV, incluído pela Lei no 12.258/2010 na LEP, confere o poder de determinar a fiscalização da prisão domiciliar por meio da monitoração eletrônica. Outra medida dotada de boa vontade em resolver o problema da falta de construção de casa de albergado de diretores de estabelecimentos penais é adaptar uma ala do prédio para receber os promovidos ao regime aberto.” Enio Luiz Rossetto - Teoria e Aplicação da Pena.
Condições do Regime Aberto - Art 115 da LEP
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições gerais e obrigatórias: 
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; 
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; 
III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; 
IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado
Forma Progressiva de Regimes (Art. 33 § 2o. CP)
Art. 33 § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
LEP
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
Requisitos:
⅙ da pena (Objetivo)
Bom comportamento carcerário - Decisão será dada pelo diretor do presídio (Proximidade entre presos e diretor pode gerar corrupção e constrangimento)(Subjetivo)
 Crimes Hediondos
Súmula Vinculante 26
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.
 Não havendo fundamentaçãoidônea será considerado constrangimento ilegal, cabe Habeas Corpus.
Súmula Vinculante 56
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
Causas de Regressão (Art. 118 LEP)
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta. 
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado. 
Falta Grave
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; (MOTIM)
II - fugir; 
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
IV - provocar acidente de trabalho; 
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 
VII - tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório. 
Art. 127. LEP - Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
Unificação das Penas
Limite das penas
 Art. 75. - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.
 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.
 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se- á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.
A unificação se dará apenas para efeito de cumprimento de pena, não valerá para a concessão de benefícios, para estes contará a quantidade real de pena.
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime
EX.: 3 (ABERTO) + 6 (SEMIABERTO) = 9 (FECHADO)
Sursis” - Suspensão Condicional da Pena (Art. 77, CP)
 Capítulo IV 
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA 
Requisitos da suspensão da pena
 Art. 77. - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;
 II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; (Circunstâncias Judiciais Favoráveis)
III - não seja indicada ou cabível a substituição prevista no artigo 44 deste Código.(NÃO POSSA CUMPRIR PRDS)
1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. 
2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 4 (quatro) anos, poderá ser suspensa, por 4 (quatro) a 6 (seis) anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. 
Art. 78. - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz
Sursis Simples
 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48).
Sursis Especial
 2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior por uma ou mais das seguintes condições: 
a) proibição de freqüentar determinados lugares;
 b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz;
 c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
Art. 79. - A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado. 
Art. 80. - A suspensão não se estende às penas restritivas de direitos nem à multa. 
Ex.: 
Sursis simples
Período de prova: 3 anos
1o. ano: PRDs
2o. e 3o. ano - Condições art. 78, §2o., CP 
Sursis Especial
Período de prova: 3 anos
3 anos sob as condições do Art. 78 § 2o., CP
 Revogação obrigatória
 Art. 81. - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:
 I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; 
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano; 
III - descumpre a condição do §1º do art. 78 deste Código. (PRDs) 
Revogação facultativa
 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
Livramento Condicional
Necessário encarceramento anterior
Antecipação da liberdade
Ainda há um período de cumprimento da pena
Concedido no final da execução penal
Condenado já passou pelos 3 regimes de pena
 Requisitos do livramento condicional
 Art. 83. - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: 
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes;
 II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
 III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; 
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;
 V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
Parágrafo único. Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir. (EXAME CRIMINOLÓGICO)
+ de ⅓ - não Reincidente em crime doloso
+ de ½ - Reincidente em crime doloso
+ de ⅔ crime hediondos equiparados
(Exceto reincidente específico em crime hediondo)
Comportamento satisfatório
Bom desempenho para trabalho
Aptidão para prover sua própria existência
Reparação do dano na possibilidade de fazê-lo
 Revogação do livramento 
Art. 86. - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado à pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível:
 I - por crime cometido durante a vigência do benefício; 
Situação 1: É causa de revogação obrigatória do livramento condicional a sentença irrecorrível que impõe pena privativa de liberdade por crime cometido durante a vigência do benefício (art. 86, I, do CP). Se durante o período de prova(na vigência do benefício) o beneficiário do livramento condicional vier a cometer novo crime e nesse período lhe for imposta definitivamente (trânsito em julgado) pena privativa de liberdade, a revogação é obrigatória e gera dois efeitos: não se desconta da pena o tempo em que o beneficiado esteve solto, e, não pode ser concedido novo livramento sobre a pena “antiga”.
Exemplo: o réu condenado a 16 anos de reclusão obteve em 2006 o livramento condicional depois de ter cumprido 10 anos de pena; os 6 anos que faltam constituem o período de prova; em 2007, no gozo de livramento condicional o liberado comete novo crime; em 2008, depois de 2 anos do início do livramento condicional veio a ser condenado pelo crime cometido em 2007 irrecorrivelmente à pena privativa de liberdade de 8 anos, a consequência é a revogação do livramento condicional (art. 86, I, do CP). Os efeitos decorrentes são o cumprimento de 14 anos de pena (6 anos da pena “antiga” porque não é descontado da pena o tempo em que esteve solto e mais 8 anos da nova pena). E mais: o sentenciado só terá direito a novo livramento condicional sobre a nova pena de 8 anos; a pena “antiga” deverá cumpri-la integralmente. Os efeitos são severos, pois o sentenciado quebrou o compromisso por ele firmado de não voltar a delinquir. O sentenciado ao praticar novo crime deu mostra de não estar recuperado.
II - por crime anterior, observado o disposto no artigo 84 deste Código. 
 Situação 2: É causa de revogação obrigatória do livramento condicional a sentença irrecorrível que impõe pena privativa de liberdade por crime cometido antes da vigência do benefício (art. 86, II, CP). Neste caso em que o crime foi cometido antes da vigência do benefício e a sentença irrecorrível sobreveio na vigência do benefício os efeitos são menos severos: permite o desconto na pena do tempo em que esteve solto o liberado, de modo que o tempo que resta do período de prova é somado ao tempo da nova pena e o sentenciado pode ser beneficiado por novo livramento condicional. Para obter novo livramento será levada em conta a somatória da pena correspondente ao período de prova do livramento condicional revogado e a nova pena. Computa-se, assim, o tempo de cumprimento da pena no período de prova e para a concessão de novo livramento soma-se o tempo das duas penas.
Exemplo: o réu condenado a 16 anos de reclusão obteve em 2006 o livramento condicional depois de ter cumprido 10 anos de pena; os 6 anos que faltam constituem o período de prova; em 2008, depois de 2 anos do início do livramento condicional veio a ser condenado pelo crime cometido em 2000 irrecorrivelmente à pena privativa de liberdade de 8 anos, a consequência é a revogação do livramento condicional (art. 86, II, do CP). Os efeitos decorrentes são o cumprimento de 12 anos de pena (4 anos da pena “antiga” porque são descontados 2 anos pelo tempo em que esteve solto e mais 8 anos da nova pena) e terá direito a novo livramento condicional sobre os 12 anos.
Revogação facultativa Art. 87. - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade.
 Efeitos da revogação Art. 88. - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado. 
Medida de Segurança
Tipo de Sanção Penal
Fundamento da pena é a culpabilidade, fundamento da medida de segurança é a periculosidade.
Caráter preventivo - Prevenção especial (dirigida ao indivíduo)
Por tempo indeterminado - É estabelecido um prazo mínimo inicial
Pressupostos: 
Constatação de periculosidade (incidente de sanidade mental / laudo conclusivo)
Possíveis resultados:
Imputável - Pena (sentença condenatória)
Inimputável - Medida de segurança (Sentença absolutória)
Semi-imputável - Pena, que a depender do caso pode ser substituída por Medida de Segurança.
Cometimento de fato que seja considerado crime: Típico e antijurídico.
Espécies 
 Espécies de Medidas de Segurança 
Art. 96 - As medidas de segurança são:
 I - internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; (Detentiva)
 II - sujeição a tratamento ambulatorial. (Não detentiva)
Parágrafo único. Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta.
Imposição da medida de segurança para inimputável 
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (REGRA PARA OS INIMPUTÁVEIS) (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. 
 Prazo
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. 
O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Perícia médica
 § 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. 
Desinternação ou liberação condicional 
3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. 
4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. 
 Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável
 Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos parágrafos 1º a 4º . (Pena ou medida de Segurança, sistema VICARIANTE) 
Para o Semi-imputável
Pena reduzida de ⅓ a ⅔
 ou
Medida de Segurança
Efeitos da Condenação
Principal: Imposição de Pena ou Medida de Segurança
Secundária
Natureza Penal 
Reincidência - condenado é considerado reincidente após a condenação
Revogação do sursis e livramento condicional
Regressão de regime
2) Natureza Extrapenal 
Genéricos - automáticos após o trânsito em julgado (Art. 91)
 Art. 91. - São efeitos da condenação: 
Obrigação de reparar o dano
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;(Título Executivo no âmbito cível)
Confisco
 II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; 
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso. 
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: 
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; 
Lei 9613/98 - Lavagem de Dinheiro - Confisco
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Código Penal:
I - a perda, em favor da União, dos bens, direitos e valores objeto de crime previsto nesta Lei, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
Efeito Secundário de Natureza Extrapenal
a) 	Inciso I – perda de cargo, função pública ou mandado eletivo: tal efeito decorre das situações das alíneas “a” e “b” do artigo 92. Na alínea “a” são requisitos para aplicação deste efeito: a pena privativa de liberdade deve ser igual ou superior a um ano e a natureza dos crimes praticados comabuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública. Já na alínea “b” o requisito para a aplicação desse efeito é: quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 anos nos demais casos (crimes de qualquer natureza).
b)	Inciso II – incapacidade para o exercício do poder familiar, tutela ou curatela: este efeito extrapenal específico depende da condenação por crime doloso e sujeito à pena de reclusão; e que a vítima seja filho, tutelado ou curatelado do agente. Não importa a quantidade de pena aplicada.
c) Inciso III – inabilitação para dirigir veículo: este terceiro efeito extrapenal específico consiste na inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. O veículo é o instrumento utilizado para fim ilícito, por exemplo, contrabando, roubo, sequestro etc. Este efeito não é automático e em princípio é permanente até́ o condenado ser reabilitado. Diferentemente da pena restritiva de direitos do art. 47, III, CP, esse efeito extrapenal é aplicável ao condenado por crime culposo em acidente de trânsito. O efeito secundário é imposto quando o veículo foi utilizado para o cometimento de crime doloso.
Outros efeitos da condenação
· São também efeitos da condenação:
Ø O artigo 15, inciso III, da Constituição Federal determina que ficam suspensos os direitos políticos (o direito de votar e ser votado) enquanto durarem os efeitos da condenação criminal transitada em julgado;
Ø A condenação criminal que impõe pena privativa de liberdade ou multa, ainda que aplicada isoladamente, é suficiente para a suspensão dos direitos políticos. A condenação pode ocorrer por crime doloso ou culposo;
Ø A finalidade deste artigo é impedir a participação no poder político dos cidadãos de conduta reconhecidamente reprovável.
Ø Artigo 482, alínea “d” – Consolidação das Leis do Trabalho: “constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: (...) d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena”.
Reabilitação
· É uma política criminal de ressocialização do condenado, ou seja, sua reinserção à condição anterior ao proferimento da sentença condenatória;
· Assegura o sigilo dos registros sobre o processo e atinge outros efeitos da condenação;
· A reabilitação é concedida APÓS 2 anos do cumprimento de pena;
· A reabilitação é concedida para os efeitos da condenação previstos no artigo 92, I e III do Código Penal;
· A reabilitação somente não é concedida para os efeitos da condenação previstos no artigo 92, II do Código Penal;
· A reabilitação atinge os efeitos do art. 92, CP, com ressalva da vedação da reintegração à situação anterior nos casos dos incisos I e II do artigo 92. A reabilitação enseja a obtenção de cargo público diferente daquele que o agente ocupava quando praticou o crime.
Extinção da Punibilidade
· O Estado tem o poder e o dever de punir;
· A extinção da punibilidade é a perda do poder de punir do Estado, decorrente de fatos, circunstâncias ou lei, que podem ocorrer antes, durante (o processo) ou depois do trânsito em julgado;
· O rol do artigo 107 não é taxativo, pois existem outras causas previstas tanto no Código Penal quanto em leis extravagantes. Temos como exemplo a reparação do dano no crime ambiental, ressarcimento do dano anterior a sentença irrecorrível no peculato culposo e outros mais;
· São causas de extinção da punibilidade:
Ø Inciso I – pela morte do agente: Em decorrência do princípio da pessoalidade (personalidade) da pena inserto no art. 5º, XLV da Constituição Federal, “nenhuma pena passará da pessoa do condenado”, ou seja, a morte do agente extingue a punibilidade a qualquer momento. A morte tudo apaga (mors omnia solvit). A morte é causa pessoal de extinção da punibilidade (art. 107, I, Código Penal), que não se estende aos coautores e partícipes da infração penal. O agente, a que a lei se refere, pode ser o indiciado no inquérito policial, o acusado na ação penal ou o sentenciado que cumpre pena. Os efeitos civis da condenação permanecem com a morte do agente. O artigo 5º, XLV da Constituição Federal, estende aos sucessores, até́ o limite do patrimônio transferido, a obrigação de reparar o dano derivado do crime. O documento hábil para comprovar a morte do agente é a certidão de óbito.
Se a declaração da extinção de punibilidade pela morte do agente foi feita com base em certidão de óbito, que depois se descobriu falsa? Pela primeira linha de entendimento transitada em julgado a sentença declaratória de extinção da punibilidade, a comprovação de falsidade da certidão de óbito não autoriza a reabertura do processo, porque não cabe revisão criminal pro societate, somente a pro reu. Restaria, portanto, processar o autor da falsidade. A segunda linha de entendimento firma que a decisão que declara extinta a punibilidade fundada em atestado de óbito falso não faz coisa julgada material. Precedentes do STF no sentido que a “decisão que, com base em certidão de óbito falsa, julga extinta a punibilidade do réu pode ser revogada, dado que não gera coisa julgada em sentido estrito”. Correto, pois, o entendimento de ser a causa de extinção da punibilidade a morte do agente e não a declaração judicial de extinção da punibilidade, logo, a persecução penal deve retomar o seu curso.
Art. 107, CP II - pela anistia, graça ou indulto;
 A anistia, a graça e o indulto são “manifestações de indulgência soberana”, e concedidos “ao autor de crime ou ao condenado por órgãos alheios ao Poder Judiciário, que atuam inspirados por conveniências políticas ou por espírito de humanidade, fazendo desaparecer o crime cometido, extinguindo a pena ou, de que outra forma, favorecendo o condenado”.
Anistia
Etimologia da palavra - esquecimento;
Estado por meio de Lei do Congresso Nacional, ao conceder anistia, renuncia ao poder-dever de punir;
Crimes políticos
Fatos ocorridos em período de revoluções, guerras;
A anistia tem por objeto fatos, e não pessoas, definidos como crimes políticos, excepcionalmente alcança crime comum, militar ou eleitoral.
A anistia apaga os efeitos penais, principais e secundários, mas permanecem os efeitos civis, sobretudo a obrigação de indenizar o dano .
No Brasil, após o AI-5 em 1978, houve a Lei de Anistia em 1979, que Anistiou de forma “ampla, geral e irrestrita”- crimes comuns foram incluídos (torturadores não foram punidos)
ADPF 153, A Fim de rever os crimes cometidos durante o regime militar, foi julgada improcedente pelo STF. 
Natureza objetiva, ligada à fatos
Pode ser concedida a qualquer tempo, antes ou depois do trânsito em julgado da sentença condenatória.
Graça e Indulto
Crimes Comuns 
Graça 
Individual - se refere ao indivíduo
Indulto 
Coletivo
Concedido por um Decreto Presidencial
Alcança determinadas pessoas (que preencham os requisitos para obtê-lo.
Normalmente publicado no período Natalino
Diferente da saída temporária, prevista no art. 122 da LEP, concedida pelo juiz da execução.
Tanto na graça quando no indulto subsistem os efeitos penais (Ex.: maus antecedentes, reincidência).
Só poderão ser concedidos após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Abolitio Criminis (Art. 107, CP III)
 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Fato deixa de ser crime;
Réu volta a ser primário;
Se a perda do cargo for por Efeito Civil, este permanece;
Juiz da sentença considera extinta a punibilidade, se antes do trânsito em julgado;
Sentença transitada em julgado: Cabe ao Juiz da execução;
Decadência (Art. 107, CP IV)
Decadência do direito de queixa ou de representação
 	Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixaou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. (Somente em caso de Ação penal Pública Condicionada ou Ação Penal privada - Vide tabela)
 Condições de Procedibilidade(Ação Penal Pública Condicionada):
Representação do ofendido: Manifestação do desejo do ofendido que haja a ação 
Mera manifestação no Boletim de Ocorrência é válida.
Ex.: Art 147 p.ú, crime de ameaça - Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
 b) Requisição do Ministro da Justiça: não há decadência
 
 
 
	ANISTIA
	GRAÇA
	INDULTO
	A anistia tem natureza objetiva, refere-se aos fatos.
	A graça se destina a determinado indivíduo.
	O indulto é coletivo.
	A anistia é concedida, geralmente, para crimes políticos.
	É concedido para crime comum.
	É concedido para crime comum.
	A anistia extingue os efeitos penais da condenação.
	A graça não extingue os efeitos penais da condenação.
	O indulto não extingue os efeitos penais da condenação.
	A anistia pode ser concedida a qualquer tempo, antes ou depois da sentença.
	A graça tem como pressuposto o trânsito em julgado da sentença condenatória.
	O indulto tem como pressuposto o trânsito em julgado da sentença condenatória.
	A anistia é conferida pelo Congresso Nacional
	A graça é concedida pelo Presidente da República.
	O indulto é concedido pelo Presidente da República.
Prescrição
 Pelo decurso do tempo o Estado perde o Direito de punir e de executar a pena.
Prática do crime - pretensão de punir
Sentença - executar pena
Se o Estado não é diligente para punir ou executar a pena ocorre a prescrição. (punição pela inércia do Estado). A prescrição é a favor do indivíduo e contra o Estado.
Prazo prescricional começa a correr do cometimento do crime.
Crimes Imprescritíveis (Exceção)
Previsão Legal
 
1a. Hipótese:
CF Art. 5o. Inc XLII
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. 
(Lei 7716/89)
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional. 
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
2 a. Hipótese:
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Crimes Hediondos são prescritíveis
Terrorismo é prescritível
Prescrição da Pretensão Punitiva (PPP) e Executória (PPE)
 Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: 
 	I - do dia em que o crime se consumou; 
 	II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa;
 	III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
 	IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. 
 	V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. 
Causas Interruptivas
 Causas interruptivas da prescrição 
Art. 117. - O curso da prescrição interrompe-se:
 I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
 II - pela pronúncia; (Decisão que leva o Caso à Júri em caso de crimes dolosos contra a vida)
 III - pela decisão confirmatória da pronúncia;(se houver recurso da pronúncia, a Decisão que confirma a pronúncia pelo Tribunal ad quem faz com que se interrompa a prescrição)
 IV - pela sentença condenatória recorrível; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
Sentença absolutória não suspende prescrição, em havendo recurso o prazo segue correndo.

Outros materiais