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DIABETES E ATIVIDADE FÍSICA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
EDUARDO TAVARES DE ANDRADE
DIABETES E ATIVIDADE FÍSICA
Rio de Janeiro
Outubro/ 2017
Introdução
O Diabetes é uma doença que vem de muitos anos atrás. Os egípcios foram os primeiros a documentar as descrições, cerca de três mil anos atrás, descrevendo uma enfermidade que tinha como característica o aumento da urina e que se usava extratos de plantas como tratamento, mas o médico grego Arateus da Capadocia, no século II, quem inventou o termo “Diabetes”, segundo ele, era o derretimento da carne e dos membros para a urina. Entre os séculos V e VI, médicos indianos disseram que a urina dos diabéticos era adocicada, fato comprovado pela atração de formigas e outros insetos à urina dos pacientes (Figuerola, 1990; Costa e Silva Neto,1992).
O diabetes é considerado uma doença crônica e se caracteriza pela elevação da glicemia no sangue, 
ou seja, a hiperglicemia. Esse aumento acontece porque a insulina, hormônio que absorve a glicose pelas células, deixa de ser produzida pelo pâncreas, ou então, produz de forma insuficiente ou não funciona adequadamente (Widman e Ladner, 2002).
É um grande problema mundial de saúde, tanto em números de diabéticos, incapacidade, mortalidade prematura, quanto nos custos envolvidos no controle e tratamento de suas evoluções. Nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, vem aumentando cada vez mais a incidência desta doença, devido aos hábitos alimentares atuais e o sedentarismo (Mondini e Monteiro, 1996).
Nas Américas, o número de diabéticos foi estimado em 35 milhões para o ano 2000 e projetado para 64 milhões em 2025 (King e Kriska,1998; Barceló e Rajpathak, 2001). No Brasil, um estudo com a população, conduzido em 1988 em 9 capitais, na população urbana houve uma prevalência de diabetes com idade entre 30 e 69 anos de 7,6% (Malerbi e Franco,1992). Estudos mais recentes estimam que a prevalência do diabetes na população brasileira esteja em torno de 7% a 8%, e na cidade de São Paulo esse numero chega a 9% na faixa etária dos 30 aos 59 anos, já na faixa etária dos 60 aos 69 anos é de 13,4% (Oliveira et al., 2002).
Um dos fatores primordiais no tratamento do diabetes é a atividade física, que tem uma grade contribuição na melhora da qualidade de vida do portador de diabetes. Atua preventivamente e implanta um programa de promoção da atividade física, dieta equilibrada, acompanhamento médico, pode reduzir a incidência do diabetes do tipo 2 e de suas complicações. (Nora Mercuri, 2001; Viviana Arrechea, 2001).
Dentre os benefícios, o aumento do consumo de glicose como combustível por parte do músculo em atividade, ajuda no controle da glicemia. O efeito hipoglicemiante do exercício pode durar por mais horas e até dias após o termino do treino. Esta resposta do metabolismo normal pode ser modificada durante o estado de extrema deficiência de insulina ou excesso da mesma, o que é responsável por um risco maior de hipoglicemia e/ ou hiperglicemia. (Nora Mercuri, 2001; Viviana Arrechea, 2001). 
Os benefícios a médio e longo prazo, da prática regular de exercício físico, mitiga os fatores de risco para o desenvolvimento da doença cardiovascular (aumentado na pessoa diabética), através das seguintes alterações: melhora do perfil lipídico, normalização da pressão arterial, aumento da circulação colateral, diminui a FC em repouso e durante o exercício. Além das alterações fisiológicas, ocorrem também alterações no comportamento da pessoa portadora de diabetes aumentando o autocontrole, e por consequência contribuem para melhorar sua qualidade de vida.
Atividade física para pessoas portadoras de diabetes
Há tempos atrás os médicos vieram reconhecer a importância da atividade física para uma boa saúde. Talvez isso possa ser bem exemplificado no diabetes, pois muito antes da descoberta da insulina já era conhecido que a urina dos diabéticos ficava menos adocicada após uma sessão de exercício físico.
O padrão habitual de atividade física de um indivíduo permite classificá-lo como inativo, pouco ativo ou fisicamente ativo. O corpo humano apresenta-se em estado de repouso ou de exercício. Em uma grande parte do tempo, a intensidade do exercício é muito baixa ou pouco diferente do repouso, embora em alguns momentos ela possa atingir níveis bastante elevados.
Diversos fatores implicam no efeito agudo do exercício físico, o mais importante é sua intensidade e duração. Nas atividades aeróbicas, em uma sessão de intensidade moderada pode reduzir a glicemia e melhorar a ação da insulina.
A atividade física deve ser prescrita individualmente para evitar riscos e aumentar os benefícios. A frequência, intensidade e duração do exercício dependerão da idade, do treinamento anterior e controle metabólico, duração do diabetes e complicações inerente da doença. Por isso, antes de iniciar a prática da atividade física, o aluno portador de diabetes deverá passar por exames clínico (fundo de olho, presença de neuropatia, osteoartrite e outros) e cardiovascular, se possível um teste de esforço (ergometria) (Nora Mercuri, 2001; Viviana Arrechea, 2001).
De acordo com (Lima, 2007), A atividade física é de vital importância para os portadores do diabetes, pois a um aumento a sensibilidade à ação da insulina. Esse aumento acontece durante e após a atividade física, com a duração de até 48 horas. Na diabetes do tipo I, que se inicia mais frequentemente em crianças e adolescentes, e que precisa de aplicações diárias de insulina, a atividade física ajuda na melhora da pressão arterial, no perfil lipídico, com redução do colesterol total e triglicérides, também melhora a condição física em geral. Tem uma Influência no aspecto emocional pelo fato dos exercícios proporcionarem sensação de bem estar. A glicemia deve ser acompanhada antes e após a atividade física, pois há riscos de hipoglicemia. Assim a atividade física pode ajudar no controle da diabetes do tipo I, podendo diminuir as necessidades de insulina diariamente, entre outros benefícios. É importante saber que a pratica de exercícios físicos é fundamental tanto na prevenção quanto no auxilio ao tratamento do diabetes. 
Ema pessoas portadoras de diabetes tipo II não usuários de insulina ou sulfonilureais, o risco de hipoglicemia induzida pela atividade física é baixo. Em atividade física intensa, níveis plasmáticos de catecolamina podem elevar e conduzir a um aumento de produção de glicose, resultando numa hiperglicemia que pode perdurar de 1 a 2 horas. Dados recentes comparando a glicemia monitorada continuamente em pessoas com diabetes tipo II revelaram uma queda desta substância de 16%, regressando ao nível basal nas primeiras 3 horas depois da sessão de exercícios.
Cronicamente, exercícios estruturados (aeróbicos, força e combinados) vêm mostrando redução nos valores Hba1c em aproximadamente 0,67% em pessoas com diabetes tipo II, uma descoberta mais recente está em relação ao tempo de exercício estruturado. A duração de Hba1c de 0,89% e a duração de 150 minutos ou menos por semana foi associada com redução de Hba1c de 0,36%.
Mais do que a intensidade, o volume de atividades físicas estruturadas, representado pelo numero de sessões semanais, associa-se a um melhor controle glicêmico (HbA1c) quando se refere a pessoas com diabetes. É oque mostra os resultados de revisão sistemática recente, na qual foi encontrada uma associação inversa entre o volume de atividades físicas aeróbicas (r ponderado = -0,64) e que combinam atividades físicas aeróbicas e força (r ponderado= -0,70) com o controle glicêmico dessa pessoa, enquanto a relação com a intensidade não mostrou associação significativa.
A atividade física em geral, tem a característica de aumentar a necessidade de energia do organismo. Por tanto a atividade física estimula o aumento especifico na demanda energética, o que exige ajuste metabólico e endócrino preciso. O diabetes é uma patologia em que acontecem alterações endócrinas importantes, que modificam os níveis insulinêmicos e podem modificar as respostas aatividade física (FORJAZ et al, 1998).
Para chegar nestes objetivos, Furtado et al (2007) Recomentam a prática da atividade física com pelo mentos 150 minutos de aeróbia de intensidade moderada (50 – 70% da FC máxima), distribuídos ao longo da semana, ou, 90 minutos de exercício intenso por semana.
Não tendo contra indicação, deve ser estimulado a praticar exercícios de resistência, 3 vezes por semana, nos principais grupos musculares. Para chegarem a este beneficio, os portadores de diabetes do tipo I precisam de ajustes nas doses de insulina, tendo em vista a melhora na sensibilidade a este hormônio obtida pela atividade física regular.
Após um período longo, a hiperglicemia do diabetes determina dano, disfunção e falha de diversos órgãos e tecidos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vaso sanguíneo, conhecidas como complicações crônicas.
De uma forma geral, a maioria dos diabéticos podem praticar exercícios físicos com segurança. Em casos de complicações crônicas, metabolismo descontrolado e hipertensão arterial não controlada, deve se tomar um maior cuidado antes de iniciar os exercícios físicos. Pessoas sedentárias com risco cardiovascular aumentado devem realizar exames mais detalhados como eletro cardiograma antes de qualquer atividade física.
Conclusão
Sabemos que o diabetes atualmente é um dos maiores problemas de saúde pública. A ação de prevenção à doença, como mudança nos hábitos e programa de controle da glicemia, deve-se adaptar a realidade da população de acordo com o grau de desenvolvimento socioeconômico. Promovendo palestras sobre diabetes, qualidade de vida, atividades físicas, verificar a glicemia capilar e pressão arterial são subterfúgios para começar um grupo em busca do controle da diabetes. A intervenção do profissional de educação física colabora muito com o estilo de vida deste grupo. O professor em seu ambiente de trabalho oferece condições de perceber que a diabetes não limita ninguém e sim que é capaz de realizar quais quer ações. 
A prática de atividade física tem uma importância tão quanto a aplicação diária de insulina, associada com uma dieta regrada. A atividade física contribui com perfil fisiológico e como uma opção para obter qualidade de vida. Uma boa parte dos diabéticos desconhece a importância do exercício físico, devido à falta de informações sobre os benefícios e até mesmo por desacreditarem da importância da atividade física na saúde do portador de diabetes. Através de dialogo e esclarecimento de duvidas em respeito ao exercício físico para diabéticos, fazem com que interaja e torne assíduos com o seu grupo.
Referências 
ALVARENGA, Marle; FIGUEIREDO, Manoela ; TIMERMAN, Fernada; ANTONACCIO, Cynthia. Nutrição comportamental. Barueri, SP: Manole, 2015.
CREPALDI, Sandro; SAVALL, Paulo Javier; FIAMONCINI, Rafaela Liberali. Diabetes Mellitus e exercício físico. Curso de Especialização em Fisiologia do Exercício pela UVA/MG. Revista Digital. Buenos Aires - Año 10 - N° 88 2014.
FERNANDES, Carlos Alexandre Molena; NARDO JUNIOR, Nelson; TASCA, Raquel Soares; PELLOSO, Sandra Marisa; NAKAMURA, Roberto Kenji Cuman. A importância da associação de dieta e de atividade física na prevenção e controle do Diabetesmellitus tipo 2. vol. 27, núm. 2, 2005, pp. 195-205.Universidade Estadual de Maringá. Maringá, Brasil.
GREGUOL, Márcia; COSTA, Roberto Fernandes da. Atividade física adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 3ª ed. e ampl. -Barueri, SP-Manole, 2013.
MERCURI, Nora; ARRECHEA, Viviana. Atividade física e diabetes mellitus
Atlantica. Editora 2001.
OLIVEIRA, José Egídio Paulo de; MILECH, Adolpho. Diabetes Mellitus Clínica, Diagnóstico e Tratamento Multidisciplinar.- São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
PINTO, Carlos Eduardo Homobono. A Prática do Exercício Físico no Controle da Diabetes Mellitus do Tipo. 1. Curso de Graduação do Departamento de Educação Física do centro Universitário Plínio Leite. Niterói, 2007.

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