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ESTÁCIO – RIBEIRÃO PRETO DIREITO PENAL II MEU CADERNO – MATÉRIA COMPLETA THAIS FERRARI NEVES [Escolha a data] 1 SUMÁRIO ART. 29 CONCURSO DE AGENTES (DE PESSOAS) ...................................................................... 3 REQUISITOS PARA O CONCURSO DE PESSOAS: ..................................................................... 3 ART 30 – CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS ........................................................................ 4 CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES SEGUNDO O CONCURSO DE AGENTES: ................................. 4 CRIMES DE CONCURSO EVENTUAL: ......................................................................................... 4 CRIME DE CONCURSO NECESSÁRIO: ....................................................................................... 4 AUTORIA COLATERAL/ AUTORIA INCERTA ........................................................................... 4 ARTS 31 E 32 - PENAS NO DIREITO PENAL: ................................................................................. 5 PENA PRINCIPAL, PENA ACESSÓRIA E PENA DE MULTA. ................................................... 5 RECLUSÃO, DETENÇÃO E PRISÃO SIMPLES. .......................................................................... 5 REGIME FECHADO, ABERTO E SEMIABERTO ......................................................................... 5 REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE ............................. 6 CONTRAVENÇÃO PENAL: ............................................................................................................ 6 TIPOS DE PRISÃO ........................................................................................................................... 7 ART. 39 - TRABALHO NO SISTEMA PRISIONAL .......................................................................... 7 REGRESSÃO E PROGRESSÃO DE REGIME ................................................................................... 7 REGRAS PROGRESSÃO ................................................................................................................. 8 DIREITO DE SAÍDA: ........................................................................................................................... 8 DOSIMETRIA DA PENA ..................................................................................................................... 8 ART. 41 - SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL ............................................................... 8 DETRAÇÃO PENAL ........................................................................................................................ 9 ART.43, 44 E 45 - PENA ALTERNATIVA RESTRITIVA DE DIREITO:........................................ 9 PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA............................................................................................................ 9 PERDA DE BENS E VALORES....................................................................................................... 9 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE OU A ENTIDADES PÚBLICAS .................... 10 INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS ............................................................................. 10 LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA ............................................................................................. 10 CONVERSÃO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITO EM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE ............................................................................................................................................... 10 SEÇÃO III – DA PENA DE MULTA ................................................................................................. 10 CALCULANDO PENA DE MULTA.............................................................................................. 11 CONCURSO DE CRIMES .................................................................................................................. 11 ART. 69 – CONCURSO MATERIAL DE CRIMES ...................................................................... 11 ART 70 – CONCURSO FORMAL DE CRIMES ........................................................................... 12 CONCURSO FORMAL PROPRIO OU PERFEITO ...................................................................... 12 2 CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO OU IMPERFEITO (POR DE DESIGNOS AUTÔNOMOS) ...................................................................................................................................................................... 12 ART. 71 – CRIME CONTINUADO ................................................................................................... 12 SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS) ....................................................................... 12 LIVRAMENTO CONDICIONAL....................................................................................................... 15 CONDIÇÕES ................................................................................................................................... 15 REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO ............................................................................................... 15 REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DO LIVRAMENTO .................................................................. 15 REVOGAÇÃO FACULTATIVA DO LIVRAMENTO .................................................................. 15 EXTINÇÃO DA PENA ................................................................................................................... 15 DIFERENÇA SURSIS E LIVRAMENTO CONDICIONAL ............................................................. 16 CASO CONCRETO............................................................................................................................. 16 EFEITOS DA CONDENAÇÃO .......................................................................................................... 16 EFEITO DE NATUREZA PENAL: ................................................................................................ 17 ART. 91 EFEITOS EXTRAPENAIS GENÉRICOS: ...................................................................... 17 EFEITOS EXTRAPENAIS ESPECÍFICOS: ................................................................................... 17 MEDIDA DE SEGURANÇA .............................................................................................................. 18 AÇÃO PÚBLICA E AÇÃO PRIVADA .............................................................................................. 19 CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE .................................................................................. 19 1 – MORTE DO AGENTE: ............................................................................................................. 19 2 – ANISTIA: ................................................................................................................................... 20 3 – GRAÇA: ..................................................................................................................................... 20 4 – INDUTO: .................................................................................................................................... 20 5 – ABOLITIO CRIMES: ................................................................................................................ 20 6 – DECADÊNCIA: ......................................................................................................................... 20 7 – PEREMPÇÃO: ........................................................................................................................... 20 8 – PRESCRIÇÃO: ..........................................................................................................................20 9 – PERDÃO DO OFENDIDO: ....................................................................................................... 20 10 – RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA: .............................................................................. 20 11 – RETRATAÇÃO: ...................................................................................................................... 20 12 – PERDÃO JUDICIAL: .............................................................................................................. 20 TEMAS PARA A AV II DE PENAL II .............................................................................................. 21 3 ART. 29 CONCURSO DE AGENTES (DE PESSOAS) REQUISITOS PARA O CONCURSO DE PESSOAS: 1. Pluralidade de agentes 2. Pluralidade de conduta 3. Relevância causal de cada conduta 4. Liame subjetivo entre os agentes 5. Identidade de Infração penal Concurso pluralidade Agentes Sujeito ativo Crime praticado por duas ou mais pessoas. Conceito de coautor: Aquele que pratica a conduta descrita no núcleo do tipo penal. Conceito de Participes: Todos aqueles que não realizaram a conduta descrita no núcleo do tipo penal mas de alguma forma auxiliaram o autor. LIAME subjetivo: Todos os envolvidos na conduta criminosa estão unidos por um objetivo COMUM, um desejo, vontade de praticar o crime. Conecta os agentes pelo objetivo\desejo em comum. Todos os envolvidos respondem pelo mesmo tipo penal na medida da sua culpabilidade (a pena será calculada de acordo com o tamanho de sua participação na conduta) TEORIA MONISTA TEORIA DUALISTA Um crime. O mesmo crime para todos os envolvidos. Distingue o crime praticado pelos autores daquele cometido pelo participe. O Código Penal Brasileiro adota a teoria monista, exceto no crime de aborto, onde se adota a teoria dualista. Exemplo: X, Y e Z combinaram de furtar uma residência. X e Y entraram na residência e subtrairam os objetos enquanto Z ficou do lado de fora vigiando. Todos responderão pelo mesmo crime de furto mas X e Y (coautores) terão penas diferentes de Z (participe). Teoria Monista: O mesmo crime para todos os envolvidos Teoria Dualista: Distingue o crime praticado pelos autores daqueles cometidos pelo participe. O Código Penal Brasileiro adota a teoria monista, exceto em caso de crime de aborto, quando adota a teoria dualista. Exemplo: X, Y, Z, combinam de de furtar uma residência. X e Y entraram na residência e subtraíram os objetos, enquanto Z ficou do lado de fora, vigiando a casa. Todos os envolvidos responderão pelo mesmo crime de furto, no entanto, X e Y (coautores) terão penas diferentes de Z (participe). CONCURSO DE AGENTES COAUTORIA PARTICIPAÇÃO Coautores Participação Para ser coautor precisa praticar elementar do tipo penal. Não pratica elementar do tipo penal mas ajuda os autores do crime de outra forma. 4 Caso de estupro: Se um constrangeu com violência (segurou a vitima) e o outro estuprou, os dois respondem como Coautores de crime de estupro. A combinação do ato dos dois consumou a conduta. ART 30 – CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS Condições de caráter pessoal se forem elementares de um tipo penal, se comunicam (conectam). Circunstância pessoal de um encaixa-se também no outro e ambos respondem por Coautores no mesmo crime. Ex: infanticídio Obs: Ser mãe é uma condição pessoal. Condição pessoal: Qualquer um pode estar. Condição personalissima: Somente o individuo pode estar naquela circunstância. Tese de afastamentodo do art 30 para caso de infanticídio (tese de acusação): Em caso de mãe que com a ajuda da amiga mata o filho. Pode-se alegar que o estado puerperal é personalissima, logo, a mãe deve responder por infanticídio e a amiga responde por homicídio. Exemplo: Individuo que por ter a condição de funcionário publico ao roubar bens da administração publica, ao invés de responder por furto responderá por peculato. Se outro individuo que não é funcionário publico participar do crime, a condição do funcionário será comunicada (transferida) para o outro agente e ambos responderão por peculato. Exemplo do X, Y, Z: Se houver violência, o furto vira roubo, se houver morte, o roubo vira latrocínio. Se Y sobe ao andar de cima da casa, encontra a pessoa M e sem informar os demais, mata a pessoa M; somente Y responderá por latrocínio, enquanto os demais responderão por furto. CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES SEGUNDO O CONCURSO DE AGENTES: CRIMES DE CONCURSO EVENTUAL: (Crimes unissubjetivos ou monossubjetivos) Praticado por uma pessoa CRIME DE CONCURSO NECESSÁRIO: (Crimes plurisubjetivos). Praticado por duas ou mais pessoas. AUTORIA COLATERAL/ AUTORIA INCERTA Nestes casos não haverá concurso de agentes. Se duas pessoas dividem um mesmo resultado advindo de conduta ilícita, mas não combinaram de praticar a conduta (um não sabe do outro) não haverá concurso de pessoas; cada agente responderá pelo crime sozinho (sem coautoria). Autoria colateral: ações paralelas independentes; ocorrem ao mesmo tempo, mas não se comunicaram. 5 Autoria colateral incerta: quando o resultado de duas condutas paralelas independentes ocorre mas não é possível definir qual dos agentes foi responsável pelo resultado, utiliza-se o indubio pro réu a todos os agentes. ARTS 31 E 32 - PENAS NO DIREITO PENAL: Preceito Primario: descreve a conduta Preceito Secundario: descreve a pena PENA PRINCIPAL, PENA ACESSÓRIA E PENA DE MULTA. Pena principal: Pena privativa de liberdade Pena acessória: Multa Pena Alternativa: Penas restritivas de direitos. Utilizadas somente com usuários de drogas. RECLUSÃO, DETENÇÃO E PRISÃO SIMPLES. Reclusão (crimes graves): Para regime fechado, semiaberto ou aberto. Detenção (crimes médios): Para regime semiaberto e aberto. Regime fechado somente por regressão. Prisão simples: Somente para contravenções penais. Em estabelecimento sem rigor penitenciário e em estabelecimentos especiais ou seção de prisão comum, separados dos condenados em reclusão e detenção. CRIME CONTRAVENÇÃO PENAL Reclusao Prisão simples Reclusao e/ou multa Prisão simples e/ou multa Detenção Multa Detenção e/ou multa REGIME FECHADO, ABERTO E SEMIABERTO Regime fechado: Intramuros. Se cumpre na penitenciária, de segurança média ou máxima. Regime Semiaberto: Colônias agrícolas, industriais ou casas prisionais e semelhantes. Regime aberto: Casa de albergado. 6 REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE CONTRAVENÇÃO PENAL: Fato típico com penas mais brandas, definidas por lei especifica de contravenções penais. PENA PRINCIPAL (pena privativa de liberdade CRIMES A) Reclusão B) Reclusão e/ou multa (graves) Fechado - Para penas acima de 8 anos - Para reincidentes Semiaberto Para penas de 4 a 8 anos. Aberto Para penas de até 4 anos. A) Detenção B) Detenção e/ou Multa (médias) Fechado Somente por regressão Semiaberto Para penas acima de 4 anos. Aberto Para penas até 4 anos.. Contravenções Penais - Prisão Simples - Prisão Simples e multa - Multa REGIME FECHADO: Nunca SEMIABERTO: De 4 a 8 anos. ABERTO: Até 4 anos 7 TIPOS DE PRISÃO Na detenção nunca cabe inicialmente o regime semi aberto, somente por regressão. Na prisão simples não existe regime fechado. ART. 39 - TRABALHO NO SISTEMA PRISIONAL Somente para regime fechado e semiaberto (intramuros): Efeito de ressocialização e qualificação profissional. Remuneração. Carga horária mínima de 6 horas diárias e máxima de 8 horas diárias, sem garantias trabalhistas mas com recolhimento de INSS (preso não é funcionário publico). A cada 8 horas forma- se um dia de trabalho. Somando as horas de dias diferentes quando necessário, em dias nos quais o prisioneiro trabalhou menos de 8 horas. Obrigatório (caso o estabelecimento prisional tenha a possibilidade e a ele seja incumbida uma tarefa). Em caso de descumprimento sofre reprimenda disciplinar. Remição penal: quando o preso trabalha no sistema prisional, a cada 3 dias trabalhados, desconta-se um dia da pena. A LEP (Lei de execução penal) alterou a condição de somente trabalho para também estudos, valendo a mesma proporção de 3 pra 1 (sumula 341/STJ). REGRESSÃO E PROGRESSÃO DE REGIME PROGRESSÃO DE REGIME Na progressão não é possível saltar/pular uma etapa. REGRESSÃO DE REGIME Na regressão é possível saltar/pular etapas. PRISÃO PENA Sentença condenatória aplicada após o processo. PREVENTIVA Preventiva e/ou temporária. CIVIL Alimentos DISCIPLINAR Militar FECHADO SEMIABERTO ABERTO FECHADO SEMIABERTO ABERTO 8 REGRAS PROGRESSÃO CRIMES COMUNS CRIMES HEDIONDOS (LEI 72/90) 1- Cumprimento mínimo de 1/6 da pena no regime inicial. 2- Bom comportamento carcerário Primários: 2/5 pena + bom comportamento Reincidentes:3/5 da pena + bom comportamento No caso de crimes comuns, a cada vez que se progride de regime, para progredir para outro ele precisará novamente cumprir os mesmos requisitos. EX: Sujeito condenado a 12 anos em regime fechado, terá de cumprir 2 anos(1/6 de 12 anos), quando ele chegar ao regime semi aberto o 1/6 será calculado em cima da pena restante (pena extinta não se calcula para o 1/6). O detentor entra numa fila de espera (caso não aja vaga) até surgir a vaga e poder ser transferido. Muitos presos passam cumprindo o 1/6 da pena do semiaberto no fechado por falta de vagas e a quando vence o 1/6 do aberto, o condenado progride para o regime aberto. Após a regressão é possível progredir desde que cumpridas as regras. DIREITO DE SAÍDA: Fechado e Semiaberto: Em caso de falecimento de familiares o diretor do presídio da uma permissão de saída . O detentor vai escoltado e algemado, depois retorna ao presídio . Em caso de doenças graves que requerem tratamento fora do presídio. Saída temporária (semiaberto): concedido pelo juiz da execução. Para estudar, trabalhar, dias comemorativos. Com hora para sair e voltar. DOSIMETRIA DA PENA PROCESSO PENAL SENTENÇA PENAL PENA PRIVATIVA LIBERDADE DOSIMETRIA PENA FIXA REQUISITOS ART 44 CP SUBSTITUIÇÃO DE PENAS PENA ALTERNATIVA ART. 41 - SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL O Condenado que venha a desenvolver doença mental após o inicio do cumprimento de sua pena, deverá ser recolhido a hospital de custódia ou de tratamento psiquiátrico, ou, na falta desses, a estabelecimento psiquiátrico adequado, até o cumprimento de sua pena ou até que cesse a doença mental. Se a doença mental for de caráter duradouro ou permanente, mediante requerimento do ministério público ou da autoridade administrativa, a pena será convertida em medida de segurança (art. 183 LEP) devendo durar pelo período de sua condenação. 9 DETRAÇÃO PENAL Abate-se do tempo de condenação da pena privativa de liberdade e da medida de segurança, o tempo cumprido em prisão provisória, no Brasil e no exterior, e o de internação em hospital de custódia ou de/ tratamento psiquiátrico. ART.43, 44 E 45 - PENA ALTERNATIVA RESTRITIVA DE DIREITO: Não compete ao réu mas somente ao juiz decidir quais serão as penas restritivas de direitos a serem aplicadas. As penas restritivas de direito são: Prestação pecuniária Perda de bens e valores Prestação de serviço à comunidade ou à entidades públicas Limitação de fim de semana Poderá haver ainda, proibição de prestar concurso/vestibular, e obrigatoriedade de participar de cursos de capacitação, palestras ou curso de qualificação. As penas restritivas de direito só poderão ser aplicadas (substituir as penas privativas de liberdade) quando: Condenação for de até 4 anos Se a condenação for por crime doloso, precisa ser sem violência ou grave ameaça Réu não pode ser reincidente em crime doloso Se a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do condenado bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente Condenações de até um ano: a substituição poderá ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direito. Condenações superiores a um ano: multa + 1 pena restritiva de direitos ou duas penas restritivas de direitos. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA Pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou na impossibilidade ou rejeição destes, a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz no valor mínimo de um salário mínimo e máximo de 360 salários mínimos. Caso as vítimas ou seus dependentes aceitem a prestação precuniária, ela poderá consistir em prestação de outra natureza, como por exemplo, oferta de mão de obra, a doação de cestas básicas ou a substituição da quantia por um bem (automóvel, por exemplo). Infrações penais sem vítimas: Nestes casos a prestação pecuniária poderá ser endereçada a entidades públicas ou privadas de caráter social. PERDA DE BENS E VALORES Para o calculo de perda de bens e valores, se considerará o maior valor, o do prejuízo causado à vítima ou do valor obtido ilicitamente pelo agente. 10 Os bens ou valores do agente deverão ser lícitos (do contrário seria confisco), podendo ser bens móveis ou imóveis; e valores são tanto a moeda corrente depositada na conta bancária do condenado, bem como todos os papéis de importâncias negociáveis (ex: ações da bolsa de valores). PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE OU A ENTIDADES PÚBLICAS O condenado, de acordo com suas aptidões, deverá exercer gratuitamente atividades em entidades públicas ou privadas de cunho social, como hospital, escolas, orfanatos e congêneres. O horário de cumprimento da pena deverá ser estabelecido em uma hora diária, pelo tempo fixado pelo juiz, de forma a não prejudicar a atividade profissional do condenado. INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS I – Proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo: II – Proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público: Proibição temporária de exercer determinada atividade profissional que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público. Como por exemplo, um médico que culposamente causou a morte de uma paciente e teve sua CRM mantida pelo conselho de medicina, poderá ser condenado pelo juiz de, pelo tempo da pena privativa de liberdade, ao impedimento de exercer sua profissão. III – Suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo: IV – Proibição de frequentar determinados lugares: LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA Consiste em permanecer por 10 horas semanais (5h no Sábado e 5h no Domingo) em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Durante a permanência do condenado em tais locais poderão ser ministrados ao condenado, cursos e palestras, ou atribuídas atividades educativas. CONVERSÃO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITO EM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE Ocorrência de descumprimento injustificadoda pena Se durante cumprimento da pena, em razão de nova condenação a pena restritiva de direitos tornar-se incompatível. Penas de multa e de prestação pecuniária não podem ser convertidas em privativas de liberdade. SEÇÃO III – DA PENA DE MULTA Só estará sujeito á pena de multa quem foi condenado durante um processo penal. O juiz deverá atender, principalmente, à situação econômica do réu. Não confundir pena de multa com multa de infração administrativa. 11 A multa pode aparecer dentro do tipo penal (prevista no tipo penal). Acompanha a pena principal do tipo penal, ficando como pena acessória. A multa possui caráter patrimonial: pagamento em dinheiro, em moeda corrente. Destinatário: o dinheiro da multa vai para o Estado, indo para o fundo penitenciário nacional. Pagamento: A multa deve ser paga dentro de dez dias depois de transitada em julgada a sentença. A requerimento do condenado, o juiz poderá permitir que o pagamento se realize em parcelas. CALCULANDO PENA DE MULTA Padrão de calculo da multa: Dias – Multa. O sujeito sempre será condenado em dias multa. 1° passo: Juiz fixa a quantidade de dias multa. A lei estabelece uma quantidade mínima e uma quantidade máxima de dias multa e obriga o juiz a respeitar este parâmetro. QUANTIDADE MÍNIMA (MENOR PENA) QUANTIDADE MÁXIMA (MAIOR PENA) 10 DIAS MULTA 360 DIAS MULTA Ninguém poderá ser condenado a menos de 10 dias multas e mais de 360 dias multas. VALOR MÍNIMO DO DIA/MULTA VALOR MÁXIMO DO DIA/MULTA 1/30 do salário mínimo 5 X o salário mínimo CRITÉRIOS PARA ESTIPULAÇÃO DE DIAS MULTA 1° - Capacidade patrimonial (econômica) do condenado. 2° - Culpabilidade (gravidade, participação, etc) 2° passo: Juiz fixará o valor unitário (um dia multa) em reais, do dia multa. (Lei também estabelece um valor mínimo e máximo que irá guiar o juiz para a definição do valor). Sendo o valor mínimo de 1/30 do salário mínimo e o máximo de 5x o salário mínimo. Fórmula = valor do dia multa * quantidade de dias multa = valor total da n multa CONCURSO DE CRIMES ART. 69 – CONCURSO MATERIAL DE CRIMES Sujeito prática duas ou mais condutas que igualmente produzem dois ou mais resultados (crimes). Cada conduta produz um crime. Sujeito: 2 ou + condutas = 2 ou + crimes Concurso material homogêneo – Crimes iguais Concurso material heterogêneo – crimes diferentes 12 Calcula-se a pena de cada crime separadamente e ao final soma-se todas as penas (sistema de cúmulo material de penas). ART 70 – CONCURSO FORMAL DE CRIMES Quando, com uma única conduta, o agente produz dois ou mais resultados. CONCURSO FORMAL PROPRIO OU PERFEITO O agente pratica a conduta pretendendo produzir apenas um resultado mas por erro ou acidente, produz dois ou mais resultados. SUJEITO 1 Conduta Resultou em 2 ou mais crimes (Homogêneos ou heterogêneos) Homogêneos: Como foi uma única conduta, calcula-se a pena de um único crime para Mesmo que uma única conduta, por exemplo, tenha matado 5 pessoas. Heterogêneos: - Como foi uma única conduta, calcula-se a pena do crime mais grave. No concurso formal próprio, utiliza-se o Sistema da Exasperação de pena, na qual se calcula a pena de um único crime com aumento de pena de 1/6 até ½ . CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO OU IMPERFEITO (POR DE DESIGNOS AUTÔNOMOS) O agente comete o crime pretendendo produzir dois ou mais resultados. Utiliza-se para calculo de pena, o sistema de cumulo material da pena. Ex: O agente tem sucesso em seu objetivo de matar três pessoas com um único tiro. Por haver dolo na multiplicidade de resultados, o juiz calculará a mesma pena três vezes. ART. 71 – CRIME CONTINUADO O crime será continuado quando os crimes subsequentes forem uma continuação do primeiro. Os crimes devem ser da mesma espécie (ofender o mesmo bem jurídico ou ser do mesmo tipo penal), serem praticados em circunstâncias semelhantes de tempo, lugar e modo de execução. Pena: Utiliza-se o sistema de exasperação, com majorante de 1/6 a 2/3, exceto em caso de crime continuados específicos e de concurso material benéfico. Crime continuado específico: Quando os crimes continuados são dolosos e praticados mediante violência ou grave ameaça contra vítimas diferentes. A pena poderá ser triplicada. Em caso de crimes diferentes, se considerará a pena base do crime mais grave. Concurso material benéfico: As penas serão somadas caso o resultado do cúmulo material seja inferior ao da exasperação. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS) Refere-se exclusivamente a penas restritivas de liberdade. Existem dois tipos de Sursis: simples e especial. 13 Sursis especial: Exclusivo para o condenado o qual na data da condenação tenha a partir de 70 anos e 1 dia (sursis especial etário), ou em caso de doença grave (sursis especial humanitário). - Primario: pode ser de bons ou maus antecedentes, não tem condenação transitada em julgado. - reincidente: possui condenação anterior transitada em julgado. A pena do condenado é suspensa e o mesmo é submetido a um período de provas, definido pelo juiz através do tempo mínimo e máximo definido em lei (obrigatório respeitar o limite legal de tempo mínimo e máximo). Condições do Sursis: Sursis simples: mínimo de dois anos e máximo de 4 anos. Sursis Especial: Mínimo de 4 anos e máximo de 6 anos. 1° ano do período de provas: o juiz deverá escolher entre duas condições: uma prestação de serviços a comunidade ou uma limitação de fim de semana. Neste momento a prestação ou a limitação funcionarão como condições de períodos de provas e não como penas alternativas. No caso de escolha das limitações de finais de semana, durante um ano, todos os finais de semana, durante x horas de Sábado e Domingo, das horas tal a tal da tarde, o agente deverá ir ao centro comunitário. A partir do 2 ano – A lei dá três opções de condições: 1 – Proibição de frequentar determinados lugares, 2 – Proibição de se ausentar da comarca sem prévia autorização do juiz, 3 – Comparecimento pessoal obrigatório e mensal ao juízo para prestar informações a respeito da sua vida. Dentro do art. 78 tem a seguinte regra: Se o juiz verificar que o condenado reparou o dano civil da vítima (pagou indenização), e se todas as condições do art. 59 do CP lhe são favoráveis, o juiz poderá substituir a regra do primeiro ano (afastar essa regra) pela cumulação das três condições citadas. A Pena restritiva de direitos é mais benéfica ao réu do que o SURSIS. Sursis do processo: O processo fica suspenso de dois a quatro anos, e ao fim do prazo, se o réu cumpriu as condições, não ficará com antecedentes criminais. Sursis da pena: O réu já foi condenado com sentença irrecorrível, em julgado. Condenação definitiva. Suspende-se a pena durante o período de provas, nas condições determinadas em lei e aplicadas pelo juiz. 14 Pena alternativas Necessário cumprir TODAS AS ALTERNATIVAS) SURSIS Necessário cumprir TODAS AS ALTERNATIVAS) Art. 44. CP – Requisitos Art. 77 Cp. Requisitos 1) Quantidade de penas Crime doloso: até 4 anos de pena 1 – Quantidade de pena (condenação) Não existe a diferença entre crime culposo/doloso (Requisito objetivo do juiz) Sursis simples: pena não superior a dois anos. (até dois anos de pena) Crime culposo: qualquer pena Sursis Especial Etário: até 4 anos de pena Humani tário: 2) Modo de execução de conduta Crimes dolosos: Não pode ter sido cometido com violência/graveameaça 2 – Modo de execução de conduta: No Sursis o crime pode ter sido cometido com violência ou grave ameaça. (Requisito objetivo do juiz) 3 - Não ser condenado reincidente em crime doloso. 3 – Não pode ser condenado reincidente em crime doloso . (Reincidente em outros crimes podem ter o benefício) 4 - Mérito do condenado : juiz avaliará se é merecedor do beneficio (culpabilidade, antecedentes, personalidade, conduta social, motivos do crime, circunstância do crime) * Também chamado de requisitos subjetivos do juiz 4 – Mérito do condenado: juiz avaliará se é merecedor do beneficio (culpabilidade, antecedentes, personalidade, conduta social, motivos do crime, circunstância do crime) * Também chamado de requisitos subjetivos do juiz 15 LIVRAMENTO CONDICIONAL Consiste em colocar o sujeito em liberdade após o cumprimento de parte de sua condenação em pena privativa de liberdade. CONDIÇÕES Penas iguais ou superiores a dois anos; Cumprimento de 1/3 da pena para não reincidente em crime doloso; Cumprimento de ½ da pena pra reincidente em crime doloso ; Cumprimento de 2/3 da pena em caso de condenação por crime hediondo ou congêneres (pratica de tortura, trafico entorpecentes, trafico de pessoas e terrorismo), sem reincidência. Se houver reincidência em crime hediondo, não poderá haver livramento condicional. Bom comportamento durante o cumprimento da pena no sistema prisional e bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; Comprovação de aptidão para prover sua subsistência; Reparação do dano causado, salvo a impossibilidade de fazê-lo. Durante o tempo restante da pena a ser cumprida, o condenado estará sujeito às condições do livramento condicional, definidas pelo juiz, vez que o legislador não especificou tais condições para o Livramento como o fez para o Sursis. REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO A revogação do Livramento Condicional poderá ser obrigatória ou facultativa. REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DO LIVRAMENTO O Livramento Condicional é obrigatoriamente revogado: a) Por nova condenação irrecorrível durante a vigência do benefício. Neste caso, o tempo de pena cumprido durante o benefício é desconsiderado e o condenado retorna ao estado anterior ao cumprimento da pena, ou seja, voltará a cumprir integralmente sua condenação em pena privativa de liberdade. b) Por condenação anterior ao benefício mas que se tornou irrecorrível durante sua vigência. Neste caso, o tempo cumprido em Livramento Condicional será considerado e descontado do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade. REVOGAÇÃO FACULTATIVA DO LIVRAMENTO O juiz poderá revogar o Livramento Condicional, caso o beneficiado deixe de cumprir as condições constantes do benefício, ou, caso seja condenado irrecorrivelmente à contravenção penal ou crime sem pena privativa de liberdade. Antes da revogação do benefício, o condenado deverá ter direito a defesa. EXTINÇÃO DA PENA O período de provas do Livramento Condicional poderá ser prorrogado enquanto não transitar em julgado a sentença em processo a que o liberado responde por crime praticado durante o livramento. Ultrapassado o período de prova sem que haja revogação do livramento, a pena será extinta. 16 DIFERENÇA SURSIS E LIVRAMENTO CONDICIONAL SURSIS LIVRAMENTO CONDICIONAL Pena é suspensa mediante determinadas condições. O condenado não cumpre a restritiva de liberdade desde o início, mediante cumprimento do período probatório e das condições impostas pelo juiz. O condenado cumpre inicialmente a pena privativa de liberdade, obtendo, posteriormente, o direito de cumprir o restante da pena em liberdade. CASO CONCRETO Amadeu praticou um crime de receptação em 2002, e foi processado e condenado em trânsito em julgado em 2006. No mesmo ano iniciou o cumprimento da pena de reclusão de 6 anos. Amadeu por ser primário, requereu o beneficio do livramento condicional, que foi concedido pelo juiz da execução, após cumprir mais de 1/3 da pena, em 2008. Em 2011, durante o período de cumprimento de provas, foi condenado novamente por sentença transitada em julgado a uma pena de 12 anos de reclusão, por participação em crime de roubo de cargas e associação criminosa, crimes cometidos em 2009. O benefício do livramento condicional foi revogado. Faça a unificação da pena e mostre quando o sujeito poderá ser novamente beneficiado pelo livramento condicional. 2 anos 2002 2006 2008 2009 2011 2012 Crime1 Condenado 6 anos Livramento condicional Novo crime Condenado 12 anos Provável Extinção Se o novo crime for cometido antes do inicio do livramento condicional, o tempo de livramento condicional será excluído da nova pena. Se o novo crime for cometido após o início do livramento condicional, o tempo cumprido de L.C. será desconsiderado e, não será, portanto, abatido no calculo da nova pena. Nova pena: Crime 1 Pena cumprida Pena Restante Pena Restante Pena 2 Extinção provável 6 anos 2 anos 4 anos 4 anos 12 anos 2027 O condenado só poderá solicitar novo livramento condicional após cumprir o período restante da pena do primeiro crime, desde que de acordo com as condições do Livramento Condicional, impostas pelo código penal. EFEITOS DA CONDENAÇÃO Os efeitos da condenação poderão ser penais e extrapenais, como, por exemplo, os de natureza civil e administrativa, podendo estes ser genéricos ou específicos. 17 EFEITO DE NATUREZA PENAL: Imposição da pena. ART. 91 EFEITOS EXTRAPENAIS GENÉRICOS: São assim chamados porque se produzem qualquer que seja o crime praticado. E, ainda que o juiz não se refira a eles, seus efeitos serão produzidos. São eles: Obrigação de indenizar o dano causado, nas esferas civil e penal. Não se discutirá se haverá ou não o dever de indenizar o dano mas sim seu valor. Perda da propriedade do meio ilícito para o cometimento do crime para a União. Se o meio não for ilícito, o bem não será de propriedade da união mas sim devolvido para seu proprietário. Ex: Homicídio por arma de fogo ilícita. A arma se tornará propriedade da União. Se o meio do crime for o carro do autor, adquirido legalmente, o bem será devolvido ao proprietário. Perda do produto do crime em favor da União, ou seja, tudo o que foi arrecadado com a pratica criminosa será de propriedade da União. EFEITOS EXTRAPENAIS ESPECÍFICOS: Perda de cargo, função pública, ou mandato eletivo; Incapacidade de uso do poder familiar (pátrio poder), tutela ou curatela, em casos de crimes dolosos cometidos contra o filho, tutelado ou curatelado; Inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado para a prática de crime doloso; 18 MEDIDA DE SEGURANÇA Crime Sanção Penal Sentença condenatória Imputáveis Crime Sanção penal Medidas de segurança Sentença absolutória imprópria Inimputáveis (art. 26) Sentença absolutória própria: reconhece a inocência Sentença absolutória imprópria: sentença para inimputáveis MEDIDAS DE SEGURANÇA 1 – Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico Medida restritiva de liberdade. Pessoa é internada, não pode sair do hospital. É um hospital de celas com vigilância ostensiva. É desenvolvido um tratamedo médico psiquiátrico. 2 – Tratamento Ambulatorial O agente fica em casa, obrigado a manter tratamento médico psiquiátrico na rede publica de saúde, passando mensalmente pelo médico para acompanhamento. Forma monitorada de acompanhar o agente. O código penaldiz que toda vez que o doente mental cometer um crime que é punido com reclusão, obrigatoriamente o juiz é obrigado a colocar o sujeito na modalidade de internação. Se o crime for de reclusão, a medida será de internação; se o crime for de detenção, o juiz poderá escolher o tratamento ambulatorial ao invés da internação. Iniciada a execução da medida de segurança, as modalidades podem ser modificadas. Pode começar com a internação e posteriormente, por indicação do psiquiatra e concordância do juiz, poderá migrar o agente para tratamento ambulatorial. É possível também que, em caso de agravamento do quadro clinico, com indicação do psiquiatra e concordância do juiz, o agente em tratamento ambulatorial poderá migrar para a internação. Ambos os casos deverão ser respaldados por laudos psiquiátricos para ajudar o juiz em sua decisão. A medida de segurança é por prazo indeterminado, pois apesar de haver um prazo inicial, não se poderá definir o prazo de sua extinção, pois só se extinguirá quando cessar a periculosidade, a qual também deverá ser embasada por laudo psiquiátrico. Quando o juiz impõe a medida de segurança, ele precisa determinar o prazo mínimo, ou seja, que submeterá o custodiado à primeira perícia após a execução da medida de segurança, que deverá, por ordem da lei, ser de no mínimo 1 ano e de no máximo 3 anos. Se a primeira perícia indicar que não cessou a periculosidade, a internação continuará e, por força da lei, a cada um ano a perícia deverá ser realizada até que uma perícia indique que cessou a periculosidade. Se uma perícia determinar que cessou a periculosidade, o juiz irá suspender a medida de segurança, ou seja, o juiz não irá extinguir, a principio, a medida de segurança. A suspensão se manterá por ano, tempo em que será monitorado pela justiça. Se neste um ano houver qualquer sinal indicativo em seu comportamento social de que retorno ao seu quadro clínico levando ao retorno de periculosidade, mesmo 19 sem que haja novo crime, deverá o juiz restabelecer a medida de segurança. Se após um ano não houver sinais de retorno ao quadro clínico gerador da periculosidade, o custodiado será liberado. Se cometer um novo crime, recomeçará tudo do zero. Prazo Mínimo 1ª perícia 2 ª P 6ª P. Suspensão de um ano Após 1 ano sem indícios de retorno ao quadro clínico De 1 a 3 anos Perícia indica cessação. Juiz suspende M.S. por um ano. Monitorament o judicial Liberação EXECUÇÃO DE MEDIDA DE SEGURANÇA AÇÃO PÚBLICA E AÇÃO PRIVADA Ação pública é ferramenta do Ministério Público, para oferecer denúncia (peça processual) ao judiciário. Ação privada, a legitimação e a obrigação de provocar o judiciário pertence ao ofendido ou ao seu representante legal, que a promoverá através de queixa-crime. A ação penal será irretratável após sua representação. Haverá decadência do direito de queixa ou de representação, se o mesmo não for exercido em até seis meses contados a partir do dia do conhecimento do autor do crime. O direito de queixa não poderá ser exercido quando houver renúncia expressa ou tácita do mesmo. O perdão do ofendido poderá ser oferecido durante o processo, expressa ou tacitamente, por um dos ofendidos (sem prejudicar o direito dos demais) ou por todos. O perdão não produzirá efeitos se o ofensor não o aceitar. O perdão não é admissível após o transito em julgado da sentença. CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE Causas em que o Estado fica impossibilitado de punir o sujeito. Art. 107 C.P. 1 – MORTE DO AGENTE: Extingue-se a punibilidade em caso de morte do agente. Com o advento no código civil, há uma segunda forma de morte, que não é a morte real, mas sim a morte presumida. Ex: se um condenado a 20 anos por homicídio, que ainda não iniciou o cumprimento de sua pena, sofre um desastre aéreo cujos corpos foram impossíveis de encontrar. Não havendo a possibilidade de comprovar a morte real, declara-se a morte presumida. Alguns autores defendem que não importa o tipo de morte, basta que, em caso de morte ficta, a família leve ao juiz os comprovantes da morte ficta e o juiz declara a impunibilidade penal. Caso, posteriormente, o sujeito seja encontrado vivo e já houver sido extinta a punibilidade de seu crime por morte ficta, ao retornar, continuará a ter sua pena extinta pois pena extinta não poderá ser reaberta. Alguns outros autores dizem que o juiz não é obrigado a reconhecer a morte ficta, devendo deixar o processo apenas suspenso, para caso de retorno do condenado. Se dentro do prazo prescricional ele não reaparecer, exclui-se a punibilidade pelo prazo prescricional. 20 LER ARTIGO: A MORTE PRESUMIDA E A CAUSA EXTINTIVA DE PUNIBILIDADE 2 – ANISTIA: Ato de perdão, concedido através do Congresso Nacional, que o concede através de uma lei, a qual deverá ser sancionada pelo Presidente da República. Lei penal benéfica, retroativa. Poderá abranger quaisquer crimes (políticos, eleitorais, etc.), exceto crimes hediondos. Todos os efeitos penais condenatórios são extintos pela anistia, mantendo-se os efeitos civis. 3 – GRAÇA: Ato de perdão individual, concedido pelo Presidente da República, através de decreto. A graça deverá ser requerida através do Ministério da Justiça e aguardar decreto presidencial. O perdão pode ser total e abolir toda a sentença penal ou parcial. 4 – INDUTO: Ato de perdão coletivo, concedido pela Presidência da República através de decreto. Pode ser concedido de ofício, e conferido por pessoa delegada (ministro do estado, procurador geral da república, ou advogado geral da união). O perdão pode ser total e abolir toda a sentença penal ou parcial. 5 – ABOLITIO CRIMES: Retroatividade da lei penal que extingue crime anterior. 6 – DECADÊNCIA: Após seis meses contados do dia em que se tomou conhecimento da autoria do crime. 7 – PEREMPÇÃO: Quando o querelante ou seus descendentes, em caso de ação privada, por inércia ou morte deixa de dar prosseguimento à ação. 8 – PRESCRIÇÃO: 9 – PERDÃO DO OFENDIDO: Posterior a instauração do processo podendo ser exercido até seu trânsito em julgado. É ato bilateral pois depende da aceitação do beneficiado. 10 – RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA: Ato unilateral do ofendido que independe da aceitação do beneficiado. 11 – RETRATAÇÃO: 12 – PERDÃO JUDICIAL: Para que o crime tenha uma condenação, da prática do crime até a condenação (quando o (Estado pratica o IUS PUNIENDI) precisa existir um processo legal, garantindo durante o processo à ampla defesa e contraditório; que ocorre na justiça penal, dentro do judiciário. Para dar inicio a este processo penal, é 21 preciso provocar o poder judiciário (levar a demanda até o poder judiciário). Todo conflito de interesses durante um processo penal, se chama lide penal. O processo tem inicio numa acusação, feita por meio de uma ação penal, através da acusação. No direito brasileiro há dois tipos de ação penal. Ação penal pública e ação penal privada, sendo a maioria dos crimes cometidos, públicas. Na ação penal pública, a acusação é feita através de denúncia pelo Ministério Público, através do promotor. Na ação penal privada, a própria vítima acusa através dá queixa-crime, que deverá ser formulada e assinada por um advogado. Ex: Calúnia. Os crimes de: Decadência, Prescrição, Perdão do Ofendido e Renuncia do direito de queixa são crime de ação penal privada. TEMAS PARA A AV II DE PENAL II 1- Dosimetria da pena – Sistema trifásico de aplicação da pena privativa de liberdade. 2- SUSRSIS – Condições e imposições no período de provas. 3- Penas alternativas: restritivas de direito emulta. 4- Regimes de cumprimento de penas. 5- Medida de segurança (quando é aplicada, tipos e características). 6- Progressão de regimes na pena privativa de liberdade (para crimes comuns e hediondos). 7- Dosimetria: cálculo da pena 8- Tipos de concurso de crimes (formas e regimes). 9- Pena alternativa art. 44. 10- Concurso de agentes (coautoria e participação).
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