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Penal II Direito Estácio CADERNO com matéria completa

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ESTÁCIO – RIBEIRÃO PRETO 
DIREITO PENAL II 
MEU CADERNO – MATÉRIA COMPLETA 
 
THAIS FERRARI NEVES 
[Escolha a data] 
 
 
 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
ART. 29 CONCURSO DE AGENTES (DE PESSOAS) ...................................................................... 3 
REQUISITOS PARA O CONCURSO DE PESSOAS: ..................................................................... 3 
ART 30 – CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS ........................................................................ 4 
CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES SEGUNDO O CONCURSO DE AGENTES: ................................. 4 
CRIMES DE CONCURSO EVENTUAL: ......................................................................................... 4 
CRIME DE CONCURSO NECESSÁRIO: ....................................................................................... 4 
AUTORIA COLATERAL/ AUTORIA INCERTA ........................................................................... 4 
ARTS 31 E 32 - PENAS NO DIREITO PENAL: ................................................................................. 5 
PENA PRINCIPAL, PENA ACESSÓRIA E PENA DE MULTA. ................................................... 5 
RECLUSÃO, DETENÇÃO E PRISÃO SIMPLES. .......................................................................... 5 
REGIME FECHADO, ABERTO E SEMIABERTO ......................................................................... 5 
REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE ............................. 6 
CONTRAVENÇÃO PENAL: ............................................................................................................ 6 
TIPOS DE PRISÃO ........................................................................................................................... 7 
ART. 39 - TRABALHO NO SISTEMA PRISIONAL .......................................................................... 7 
REGRESSÃO E PROGRESSÃO DE REGIME ................................................................................... 7 
REGRAS PROGRESSÃO ................................................................................................................. 8 
DIREITO DE SAÍDA: ........................................................................................................................... 8 
DOSIMETRIA DA PENA ..................................................................................................................... 8 
ART. 41 - SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL ............................................................... 8 
DETRAÇÃO PENAL ........................................................................................................................ 9 
ART.43, 44 E 45 - PENA ALTERNATIVA RESTRITIVA DE DIREITO:........................................ 9 
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA............................................................................................................ 9 
PERDA DE BENS E VALORES....................................................................................................... 9 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE OU A ENTIDADES PÚBLICAS .................... 10 
INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS ............................................................................. 10 
LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA ............................................................................................. 10 
CONVERSÃO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITO EM PENA PRIVATIVA DE 
LIBERDADE ............................................................................................................................................... 10 
SEÇÃO III – DA PENA DE MULTA ................................................................................................. 10 
CALCULANDO PENA DE MULTA.............................................................................................. 11 
CONCURSO DE CRIMES .................................................................................................................. 11 
ART. 69 – CONCURSO MATERIAL DE CRIMES ...................................................................... 11 
ART 70 – CONCURSO FORMAL DE CRIMES ........................................................................... 12 
CONCURSO FORMAL PROPRIO OU PERFEITO ...................................................................... 12 
2 
 
CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO OU IMPERFEITO (POR DE DESIGNOS AUTÔNOMOS)
 ...................................................................................................................................................................... 12 
ART. 71 – CRIME CONTINUADO ................................................................................................... 12 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS) ....................................................................... 12 
LIVRAMENTO CONDICIONAL....................................................................................................... 15 
CONDIÇÕES ................................................................................................................................... 15 
REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO ............................................................................................... 15 
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DO LIVRAMENTO .................................................................. 15 
REVOGAÇÃO FACULTATIVA DO LIVRAMENTO .................................................................. 15 
EXTINÇÃO DA PENA ................................................................................................................... 15 
DIFERENÇA SURSIS E LIVRAMENTO CONDICIONAL ............................................................. 16 
CASO CONCRETO............................................................................................................................. 16 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO .......................................................................................................... 16 
EFEITO DE NATUREZA PENAL: ................................................................................................ 17 
ART. 91 EFEITOS EXTRAPENAIS GENÉRICOS: ...................................................................... 17 
EFEITOS EXTRAPENAIS ESPECÍFICOS: ................................................................................... 17 
MEDIDA DE SEGURANÇA .............................................................................................................. 18 
AÇÃO PÚBLICA E AÇÃO PRIVADA .............................................................................................. 19 
CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE .................................................................................. 19 
1 – MORTE DO AGENTE: ............................................................................................................. 19 
2 – ANISTIA: ................................................................................................................................... 20 
3 – GRAÇA: ..................................................................................................................................... 20 
4 – INDUTO: .................................................................................................................................... 20 
5 – ABOLITIO CRIMES: ................................................................................................................ 20 
6 – DECADÊNCIA: ......................................................................................................................... 20 
7 – PEREMPÇÃO: ........................................................................................................................... 20 
8 – PRESCRIÇÃO: ..........................................................................................................................20 
9 – PERDÃO DO OFENDIDO: ....................................................................................................... 20 
10 – RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA: .............................................................................. 20 
11 – RETRATAÇÃO: ...................................................................................................................... 20 
12 – PERDÃO JUDICIAL: .............................................................................................................. 20 
TEMAS PARA A AV II DE PENAL II .............................................................................................. 21 
 
 
 
3 
 
ART. 29 CONCURSO DE AGENTES (DE PESSOAS) 
REQUISITOS PARA O CONCURSO DE PESSOAS: 
1. Pluralidade de agentes 
2. Pluralidade de conduta 
3. Relevância causal de cada conduta 
4. Liame subjetivo entre os agentes 
5. Identidade de Infração penal 
Concurso  pluralidade Agentes Sujeito ativo 
Crime praticado por duas ou mais pessoas. 
Conceito de coautor: Aquele que pratica a conduta descrita no núcleo do tipo penal. 
Conceito de Participes: Todos aqueles que não realizaram a conduta descrita no núcleo do tipo 
penal mas de alguma forma auxiliaram o autor. 
LIAME subjetivo: Todos os envolvidos na conduta criminosa estão unidos por um objetivo 
COMUM, um desejo, vontade de praticar o crime. Conecta os agentes pelo objetivo\desejo em comum. 
Todos os envolvidos respondem pelo mesmo tipo penal na medida da sua culpabilidade (a pena será 
calculada de acordo com o tamanho de sua participação na conduta) 
 
 
TEORIA MONISTA TEORIA DUALISTA 
Um crime. 
O mesmo crime para todos os 
envolvidos. 
Distingue o crime praticado pelos 
autores daquele cometido pelo participe. 
 
O Código Penal Brasileiro adota a teoria monista, exceto no crime de aborto, 
onde se adota a teoria dualista. 
 
Exemplo: X, Y e Z combinaram de furtar uma residência. X e Y entraram na residência e subtrairam 
os objetos enquanto Z ficou do lado de fora vigiando. 
Todos responderão pelo mesmo crime de furto mas X e Y (coautores) terão penas diferentes de Z 
(participe). 
Teoria Monista: O mesmo crime para todos os envolvidos 
Teoria Dualista: Distingue o crime praticado pelos autores daqueles cometidos pelo participe. 
O Código Penal Brasileiro adota a teoria monista, exceto em caso de crime de aborto, quando adota 
a teoria dualista. 
Exemplo: X, Y, Z, combinam de de furtar uma residência. X e Y entraram na residência e 
subtraíram os objetos, enquanto Z ficou do lado de fora, vigiando a casa. 
Todos os envolvidos responderão pelo mesmo crime de furto, no entanto, X e Y (coautores) terão 
penas diferentes de Z (participe). 
CONCURSO 
DE AGENTES 
COAUTORIA PARTICIPAÇÃO 
Coautores Participação 
Para ser coautor precisa 
praticar elementar do tipo penal. 
Não pratica elementar do tipo penal mas 
ajuda os autores do crime de outra forma. 
4 
 
Caso de estupro: Se um constrangeu com violência (segurou a vitima) e o outro estuprou, os dois 
respondem como Coautores de crime de estupro. A combinação do ato dos dois consumou a conduta. 
 
ART 30 – CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS 
Condições de caráter pessoal se forem elementares de um tipo penal, se comunicam (conectam). 
Circunstância pessoal de um encaixa-se também no outro e ambos respondem por Coautores no mesmo 
crime. Ex: infanticídio 
Obs: Ser mãe é uma condição pessoal. 
Condição pessoal: Qualquer um pode estar. 
Condição personalissima: Somente o individuo pode estar naquela circunstância. 
Tese de afastamentodo do art 30 para caso de infanticídio (tese de acusação): Em caso de mãe 
que com a ajuda da amiga mata o filho. Pode-se alegar que o estado puerperal é personalissima, logo, a mãe 
deve responder por infanticídio e a amiga responde por homicídio. 
 Exemplo: Individuo que por ter a condição de funcionário publico ao roubar bens da administração 
publica, ao invés de responder por furto responderá por peculato. Se outro individuo que não é funcionário 
publico participar do crime, a condição do funcionário será comunicada (transferida) para o outro agente e 
ambos responderão por peculato. 
Exemplo do X, Y, Z: Se houver violência, o furto vira roubo, se houver morte, o roubo vira 
latrocínio. Se Y sobe ao andar de cima da casa, encontra a pessoa M e sem informar os demais, mata a 
pessoa M; somente Y responderá por latrocínio, enquanto os demais responderão por furto. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES SEGUNDO O CONCURSO DE 
AGENTES: 
CRIMES DE 
CONCURSO EVENTUAL: 
(Crimes unissubjetivos ou 
monossubjetivos) 
Praticado por uma pessoa 
CRIME DE 
CONCURSO NECESSÁRIO: 
(Crimes plurisubjetivos). 
Praticado por duas ou mais 
pessoas. 
 
AUTORIA COLATERAL/ AUTORIA INCERTA 
 Nestes casos não haverá concurso de agentes. 
Se duas pessoas dividem um mesmo resultado advindo de conduta ilícita, mas não combinaram de 
praticar a conduta (um não sabe do outro) não haverá concurso de pessoas; cada agente responderá pelo 
crime sozinho (sem coautoria). 
Autoria colateral: ações paralelas independentes; ocorrem ao mesmo tempo, mas não se 
comunicaram. 
5 
 
Autoria colateral incerta: quando o resultado de duas condutas paralelas independentes ocorre mas 
não é possível definir qual dos agentes foi responsável pelo resultado, utiliza-se o indubio pro réu a todos os 
agentes. 
 
ARTS 31 E 32 - PENAS NO DIREITO PENAL: 
 Preceito Primario: descreve a conduta 
 Preceito Secundario: descreve a pena 
PENA PRINCIPAL, PENA ACESSÓRIA E PENA DE MULTA. 
Pena principal: Pena privativa de liberdade 
Pena acessória: Multa 
Pena Alternativa: Penas restritivas de direitos. Utilizadas somente com usuários de drogas. 
RECLUSÃO, DETENÇÃO E PRISÃO SIMPLES. 
Reclusão (crimes graves): Para regime fechado, semiaberto ou aberto. 
Detenção (crimes médios): Para regime semiaberto e aberto. Regime fechado somente por 
regressão. 
Prisão simples: Somente para contravenções penais. Em estabelecimento sem rigor penitenciário e 
em estabelecimentos especiais ou seção de prisão comum, separados dos condenados em reclusão e 
detenção. 
CRIME CONTRAVENÇÃO PENAL 
Reclusao Prisão simples 
Reclusao e/ou multa Prisão simples e/ou multa 
Detenção Multa 
Detenção e/ou multa 
 
REGIME FECHADO, ABERTO E SEMIABERTO 
Regime fechado: Intramuros. Se cumpre na penitenciária, de segurança média ou máxima. 
Regime Semiaberto: Colônias agrícolas, industriais ou casas prisionais e semelhantes. 
Regime aberto: Casa de albergado. 
 
6 
 
REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
 
 
 
 
CONTRAVENÇÃO PENAL: 
Fato típico com penas mais brandas, definidas por lei especifica de contravenções penais. 
 
 
 
PENA PRINCIPAL 
(pena privativa de 
liberdade 
CRIMES 
A) Reclusão 
B) Reclusão e/ou multa 
(graves) 
Fechado 
- Para penas 
acima de 8 anos 
- Para 
reincidentes 
Semiaberto 
Para penas de 
4 a 8 anos. 
Aberto 
Para penas de 
até 4 anos. 
A) Detenção 
B) Detenção e/ou 
Multa 
(médias) 
Fechado 
Somente por 
regressão 
Semiaberto 
Para penas 
acima de 4 
anos. 
Aberto 
Para penas até 
4 anos.. 
Contravenções 
Penais 
 - Prisão Simples 
- Prisão Simples e 
multa 
- Multa 
REGIME 
FECHADO: 
Nunca 
SEMIABERTO: 
De 4 a 8 anos. 
ABERTO: Até 4 
anos 
7 
 
TIPOS DE PRISÃO 
 
 Na detenção nunca cabe inicialmente o regime semi aberto, somente por regressão. 
 Na prisão simples não existe regime fechado. 
ART. 39 - TRABALHO NO SISTEMA PRISIONAL 
 Somente para regime fechado e semiaberto (intramuros): Efeito de ressocialização e qualificação profissional. 
 Remuneração. Carga horária mínima de 6 horas diárias e máxima de 8 horas diárias, sem garantias 
trabalhistas mas com recolhimento de INSS (preso não é funcionário publico). A cada 8 horas forma-
se um dia de trabalho. Somando as horas de dias diferentes quando necessário, em dias nos quais o 
prisioneiro trabalhou menos de 8 horas. 
 Obrigatório (caso o estabelecimento prisional tenha a possibilidade e a ele seja incumbida uma 
tarefa). Em caso de descumprimento sofre reprimenda disciplinar. 
 Remição penal: quando o preso trabalha no sistema prisional, a cada 3 dias trabalhados, desconta-se 
um dia da pena. 
 A LEP (Lei de execução penal) alterou a condição de somente trabalho para também estudos, 
valendo a mesma proporção de 3 pra 1 (sumula 341/STJ). 
REGRESSÃO E PROGRESSÃO DE REGIME 
PROGRESSÃO DE REGIME 
 
Na progressão não é possível saltar/pular uma etapa. 
REGRESSÃO DE REGIME 
 
Na regressão é possível saltar/pular etapas. 
PRISÃO 
PENA 
Sentença 
condenatória aplicada 
após o processo. 
PREVENTIVA 
Preventiva e/ou 
temporária. 
CIVIL 
Alimentos 
DISCIPLINAR 
Militar 
FECHADO SEMIABERTO ABERTO 
FECHADO SEMIABERTO ABERTO 
8 
 
 
REGRAS 
PROGRESSÃO 
CRIMES 
COMUNS 
CRIMES 
HEDIONDOS (LEI 
72/90) 
1- Cumprimento 
mínimo de 1/6 da 
pena no regime 
inicial. 
2- Bom 
comportamento 
carcerário 
Primários: 2/5 pena 
+ bom comportamento 
 
Reincidentes:3/5 da 
pena + bom 
comportamento 
 
 
No caso de crimes comuns, a cada vez que se progride de regime, para progredir para outro ele 
precisará novamente cumprir os mesmos requisitos. 
EX: Sujeito condenado a 12 anos em regime fechado, terá de cumprir 2 anos(1/6 de 12 anos), 
quando ele chegar ao regime semi aberto o 1/6 será calculado em cima da pena restante (pena extinta não 
se calcula para o 1/6). 
O detentor entra numa fila de espera (caso não aja vaga) até surgir a vaga e poder ser transferido. 
Muitos presos passam cumprindo o 1/6 da pena do semiaberto no fechado por falta de vagas e a quando 
vence o 1/6 do aberto, o condenado progride para o regime aberto. 
Após a regressão é possível progredir desde que cumpridas as regras. 
DIREITO DE SAÍDA: 
Fechado e Semiaberto: Em caso de falecimento de familiares o diretor do presídio da uma 
permissão de saída . O detentor vai escoltado e algemado, depois retorna ao presídio . 
Em caso de doenças graves que requerem tratamento fora do presídio. 
Saída temporária (semiaberto): concedido pelo juiz da execução. Para estudar, trabalhar, dias 
comemorativos. Com hora para sair e voltar. 
DOSIMETRIA DA PENA 
PROCESSO PENAL  SENTENÇA PENAL  PENA PRIVATIVA LIBERDADE  
DOSIMETRIA PENA FIXA  REQUISITOS ART 44 CP  SUBSTITUIÇÃO DE PENAS  
PENA ALTERNATIVA 
ART. 41 - SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL 
O Condenado que venha a desenvolver doença mental após o inicio do cumprimento de sua pena, 
deverá ser recolhido a hospital de custódia ou de tratamento psiquiátrico, ou, na falta desses, a 
estabelecimento psiquiátrico adequado, até o cumprimento de sua pena ou até que cesse a doença mental. 
Se a doença mental for de caráter duradouro ou permanente, mediante requerimento do ministério 
público ou da autoridade administrativa, a pena será convertida em medida de segurança (art. 183 LEP) 
devendo durar pelo período de sua condenação. 
9 
 
DETRAÇÃO PENAL 
Abate-se do tempo de condenação da pena privativa de liberdade e da medida de segurança, o tempo 
cumprido em prisão provisória, no Brasil e no exterior, e o de internação em hospital de custódia ou de/ 
tratamento psiquiátrico. 
ART.43, 44 E 45 - PENA ALTERNATIVA RESTRITIVA DE DIREITO: 
Não compete ao réu mas somente ao juiz decidir quais serão as penas restritivas de direitos a serem 
aplicadas. 
As penas restritivas de direito são: 
 Prestação pecuniária 
 Perda de bens e valores 
 Prestação de serviço à comunidade ou à entidades públicas 
 Limitação de fim de semana 
Poderá haver ainda, proibição de prestar concurso/vestibular, e obrigatoriedade de participar de 
cursos de capacitação, palestras ou curso de qualificação. 
As penas restritivas de direito só poderão ser aplicadas (substituir as penas privativas de liberdade) 
quando: 
 Condenação for de até 4 anos 
 Se a condenação for por crime doloso, precisa ser sem violência ou grave ameaça 
 Réu não pode ser reincidente em crime doloso 
 Se a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do condenado bem 
como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente 
Condenações de até um ano: a substituição poderá ser feita por multa ou por uma pena restritiva de 
direito. 
Condenações superiores a um ano: multa + 1 pena restritiva de direitos ou duas penas restritivas de 
direitos. 
 
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA 
Pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou na impossibilidade ou rejeição destes, a 
entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz no valor mínimo 
de um salário mínimo e máximo de 360 salários mínimos. Caso as vítimas ou seus dependentes 
aceitem a prestação precuniária, ela poderá consistir em prestação de outra natureza, como por 
exemplo, oferta de mão de obra, a doação de cestas básicas ou a substituição da quantia por um bem 
(automóvel, por exemplo). 
Infrações penais sem vítimas: Nestes casos a prestação pecuniária poderá ser endereçada a 
entidades públicas ou privadas de caráter social. 
 
PERDA DE BENS E VALORES 
Para o calculo de perda de bens e valores, se considerará o maior valor, o do prejuízo causado à 
vítima ou do valor obtido ilicitamente pelo agente. 
10 
 
Os bens ou valores do agente deverão ser lícitos (do contrário seria confisco), podendo ser bens 
móveis ou imóveis; e valores são tanto a moeda corrente depositada na conta bancária do condenado, 
bem como todos os papéis de importâncias negociáveis (ex: ações da bolsa de valores). 
 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE OU A ENTIDADES PÚBLICAS 
 O condenado, de acordo com suas aptidões, deverá exercer gratuitamente atividades em entidades 
públicas ou privadas de cunho social, como hospital, escolas, orfanatos e congêneres. 
O horário de cumprimento da pena deverá ser estabelecido em uma hora diária, pelo tempo fixado 
pelo juiz, de forma a não prejudicar a atividade profissional do condenado. 
 
INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS 
I – Proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato 
eletivo: 
II – Proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de 
habilitação especial, de licença ou autorização do poder público: Proibição temporária de exercer 
determinada atividade profissional que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização 
do poder público. 
Como por exemplo, um médico que culposamente causou a morte de uma paciente e teve sua CRM 
mantida pelo conselho de medicina, poderá ser condenado pelo juiz de, pelo tempo da pena privativa 
de liberdade, ao impedimento de exercer sua profissão. 
III – Suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo: 
IV – Proibição de frequentar determinados lugares: 
LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA 
Consiste em permanecer por 10 horas semanais (5h no Sábado e 5h no Domingo) em casa de 
albergado ou outro estabelecimento adequado. Durante a permanência do condenado em tais locais poderão 
ser ministrados ao condenado, cursos e palestras, ou atribuídas atividades educativas. 
CONVERSÃO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITO EM PENA PRIVATIVA DE 
LIBERDADE 
 Ocorrência de descumprimento injustificadoda pena 
 Se durante cumprimento da pena, em razão de nova condenação a pena restritiva de direitos 
tornar-se incompatível. 
 Penas de multa e de prestação pecuniária não podem ser convertidas em privativas de 
liberdade. 
SEÇÃO III – DA PENA DE MULTA 
Só estará sujeito á pena de multa quem foi condenado durante um processo penal. 
O juiz deverá atender, principalmente, à situação econômica do réu. 
Não confundir pena de multa com multa de infração administrativa. 
11 
 
A multa pode aparecer dentro do tipo penal (prevista no tipo penal). Acompanha a pena 
principal do tipo penal, ficando como pena acessória. 
A multa possui caráter patrimonial: pagamento em dinheiro, em moeda corrente. 
Destinatário: o dinheiro da multa vai para o Estado, indo para o fundo penitenciário 
nacional. 
Pagamento: A multa deve ser paga dentro de dez dias depois de transitada em julgada a 
sentença. A requerimento do condenado, o juiz poderá permitir que o pagamento se realize em 
parcelas. 
CALCULANDO PENA DE MULTA 
 Padrão de calculo da multa: Dias – Multa. O sujeito sempre será condenado em 
dias multa. 
 1° passo: Juiz fixa a quantidade de dias multa. 
A lei estabelece uma quantidade mínima e uma quantidade máxima de dias multa e obriga 
o juiz a respeitar este parâmetro. 
 
QUANTIDADE MÍNIMA 
(MENOR PENA) 
QUANTIDADE MÁXIMA 
(MAIOR PENA) 
10 DIAS MULTA 360 DIAS MULTA 
Ninguém poderá ser condenado a menos de 10 dias multas e mais de 360 
dias multas. 
VALOR MÍNIMO DO 
DIA/MULTA 
VALOR MÁXIMO DO 
DIA/MULTA 
1/30 do salário mínimo 5 X o salário mínimo 
 
CRITÉRIOS PARA ESTIPULAÇÃO DE DIAS MULTA 
1° - Capacidade patrimonial (econômica) do condenado. 
2° - Culpabilidade (gravidade, participação, etc) 
 2° passo: Juiz fixará o valor unitário (um dia multa) em reais, do dia multa. (Lei também estabelece 
um valor mínimo e máximo que irá guiar o juiz para a definição do valor). Sendo o valor mínimo de 
1/30 do salário mínimo e o máximo de 5x o salário mínimo. 
 Fórmula = valor do dia multa * quantidade de dias multa = valor total da n multa 
 
CONCURSO DE CRIMES 
ART. 69 – CONCURSO MATERIAL DE CRIMES 
Sujeito prática duas ou mais condutas que igualmente produzem dois ou mais resultados (crimes). 
Cada conduta produz um crime. 
Sujeito: 2 ou + condutas = 2 ou + crimes 
 Concurso material homogêneo – Crimes iguais 
 Concurso material heterogêneo – crimes diferentes 
12 
 
Calcula-se a pena de cada crime separadamente e ao final soma-se todas as penas (sistema de 
cúmulo material de penas). 
 
ART 70 – CONCURSO FORMAL DE CRIMES 
Quando, com uma única conduta, o agente produz dois ou mais resultados. 
CONCURSO FORMAL PROPRIO OU PERFEITO 
O agente pratica a conduta pretendendo produzir apenas um resultado mas por erro ou acidente, 
produz dois ou mais resultados. 
SUJEITO  1 Conduta  Resultou em 2 ou mais crimes (Homogêneos ou heterogêneos) 
Homogêneos: Como foi uma única conduta, calcula-se a pena de um único crime para 
Mesmo que uma única conduta, por exemplo, tenha matado 5 pessoas. 
Heterogêneos: - Como foi uma única conduta, calcula-se a pena do crime mais grave. 
No concurso formal próprio, utiliza-se o Sistema da Exasperação de pena, na qual se calcula a 
pena de um único crime com aumento de pena de 1/6 até ½ 
. 
CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO OU IMPERFEITO (POR DE DESIGNOS 
AUTÔNOMOS) 
O agente comete o crime pretendendo produzir dois ou mais resultados. 
Utiliza-se para calculo de pena, o sistema de cumulo material da pena. 
Ex: O agente tem sucesso em seu objetivo de matar três pessoas com um único tiro. Por haver dolo 
na multiplicidade de resultados, o juiz calculará a mesma pena três vezes. 
 
ART. 71 – CRIME CONTINUADO 
O crime será continuado quando os crimes subsequentes forem uma continuação do primeiro. 
Os crimes devem ser da mesma espécie (ofender o mesmo bem jurídico ou ser do mesmo tipo penal), 
serem praticados em circunstâncias semelhantes de tempo, lugar e modo de execução. 
Pena: Utiliza-se o sistema de exasperação, com majorante de 1/6 a 2/3, exceto em caso de crime 
continuados específicos e de concurso material benéfico. 
 Crime continuado específico: Quando os crimes continuados são dolosos e praticados mediante 
violência ou grave ameaça contra vítimas diferentes. A pena poderá ser triplicada. Em caso de crimes 
diferentes, se considerará a pena base do crime mais grave. 
Concurso material benéfico: As penas serão somadas caso o resultado do cúmulo material seja 
inferior ao da exasperação. 
 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS) 
Refere-se exclusivamente a penas restritivas de liberdade. 
Existem dois tipos de Sursis: simples e especial. 
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Sursis especial: Exclusivo para o condenado o qual na data da condenação tenha a partir de 70 anos 
e 1 dia (sursis especial etário), ou em caso de doença grave (sursis especial humanitário). 
 
- Primario: pode ser de bons ou maus antecedentes, não tem condenação transitada em julgado. 
- reincidente: possui condenação anterior transitada em julgado. 
 
A pena do condenado é suspensa e o mesmo é submetido a um período de provas, definido pelo juiz 
através do tempo mínimo e máximo definido em lei (obrigatório respeitar o limite legal de tempo mínimo e 
máximo). 
Condições do Sursis: 
Sursis simples: mínimo de dois anos e máximo de 4 anos. 
Sursis Especial: Mínimo de 4 anos e máximo de 6 anos. 
 
 
1° ano do período de provas: o juiz deverá escolher entre duas condições: uma prestação de 
serviços a comunidade ou uma limitação de fim de semana. 
Neste momento a prestação ou a limitação funcionarão como condições de períodos de provas e não 
como penas alternativas. 
No caso de escolha das limitações de finais de semana, durante um ano, todos os finais de semana, 
durante x horas de Sábado e Domingo, das horas tal a tal da tarde, o agente deverá ir ao centro comunitário. 
A partir do 2 ano – A lei dá três opções de condições: 
1 – Proibição de frequentar determinados lugares, 
2 – Proibição de se ausentar da comarca sem prévia autorização do juiz, 
3 – Comparecimento pessoal obrigatório e mensal ao juízo para prestar informações a respeito da sua 
vida. 
Dentro do art. 78 tem a seguinte regra: Se o juiz verificar que o condenado reparou o dano civil da 
vítima (pagou indenização), e se todas as condições do art. 59 do CP lhe são favoráveis, o juiz poderá 
substituir a regra do primeiro ano (afastar essa regra) pela cumulação das três condições citadas. 
A Pena restritiva de direitos é mais benéfica ao réu do que o SURSIS. 
Sursis do processo: O processo fica suspenso de dois a quatro anos, e ao fim do prazo, se o réu 
cumpriu as condições, não ficará com antecedentes criminais. 
Sursis da pena: O réu já foi condenado com sentença irrecorrível, em julgado. Condenação 
definitiva. Suspende-se a pena durante o período de provas, nas condições determinadas em lei e aplicadas 
pelo juiz. 
 
 
14 
 
 
 
 
 
Pena alternativas 
Necessário cumprir TODAS AS 
ALTERNATIVAS) 
 SURSIS 
Necessário cumprir TODAS AS ALTERNATIVAS) 
Art. 44. CP – Requisitos Art. 77 Cp. Requisitos 
1) Quantidade 
de penas 
Crime doloso: até 4 
anos de pena 
1 – Quantidade de pena 
(condenação) 
Não existe a diferença 
entre crime culposo/doloso 
 
(Requisito objetivo do 
juiz) 
Sursis simples: pena 
não superior a dois 
anos. (até dois anos de 
pena) 
Crime culposo: 
qualquer pena 
Sursis 
Especial 
Etário: 
até 4 
anos de 
pena 
Humani
tário: 
2) Modo de 
execução de 
conduta 
Crimes dolosos: 
Não pode ter sido 
cometido com 
violência/graveameaça 
2 – Modo de execução de conduta: No Sursis o crime 
pode ter sido cometido com violência ou grave ameaça. 
(Requisito objetivo do juiz) 
3 - Não ser condenado reincidente em crime 
doloso. 
3 – Não pode ser condenado reincidente em crime doloso . 
(Reincidente em outros crimes podem ter o benefício) 
4 - Mérito do condenado : juiz 
avaliará se é merecedor do beneficio 
(culpabilidade, antecedentes, personalidade, 
conduta social, motivos do crime, 
circunstância do crime) 
 
* Também chamado de requisitos 
subjetivos do juiz 
 4 – Mérito do condenado: juiz avaliará se é 
merecedor do beneficio (culpabilidade, antecedentes, 
personalidade, conduta social, motivos do crime, 
circunstância do crime) 
 
* Também chamado de requisitos subjetivos do juiz 
 
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LIVRAMENTO CONDICIONAL 
Consiste em colocar o sujeito em liberdade após o cumprimento de parte de sua condenação em pena 
privativa de liberdade. 
CONDIÇÕES 
 Penas iguais ou superiores a dois anos; 
 Cumprimento de 1/3 da pena para não reincidente em crime doloso; 
 Cumprimento de ½ da pena pra reincidente em crime doloso ; 
 Cumprimento de 2/3 da pena em caso de condenação por crime hediondo ou congêneres 
(pratica de tortura, trafico entorpecentes, trafico de pessoas e terrorismo), sem reincidência. 
Se houver reincidência em crime hediondo, não poderá haver livramento condicional. 
 Bom comportamento durante o cumprimento da pena no sistema prisional e bom 
desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; 
 Comprovação de aptidão para prover sua subsistência; 
 Reparação do dano causado, salvo a impossibilidade de fazê-lo. 
 
Durante o tempo restante da pena a ser cumprida, o condenado estará sujeito às condições do 
livramento condicional, definidas pelo juiz, vez que o legislador não especificou tais condições 
para o Livramento como o fez para o Sursis. 
REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO 
A revogação do Livramento Condicional poderá ser obrigatória ou facultativa. 
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DO LIVRAMENTO 
O Livramento Condicional é obrigatoriamente revogado: 
a) Por nova condenação irrecorrível durante a vigência do benefício. Neste caso, o tempo 
de pena cumprido durante o benefício é desconsiderado e o condenado retorna ao estado 
anterior ao cumprimento da pena, ou seja, voltará a cumprir integralmente sua condenação 
em pena privativa de liberdade. 
b) Por condenação anterior ao benefício mas que se tornou irrecorrível durante sua 
vigência. Neste caso, o tempo cumprido em Livramento Condicional será considerado e 
descontado do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade. 
REVOGAÇÃO FACULTATIVA DO LIVRAMENTO 
O juiz poderá revogar o Livramento Condicional, caso o beneficiado deixe de cumprir as condições 
constantes do benefício, ou, caso seja condenado irrecorrivelmente à contravenção penal ou crime sem pena 
privativa de liberdade. Antes da revogação do benefício, o condenado deverá ter direito a defesa. 
EXTINÇÃO DA PENA 
O período de provas do Livramento Condicional poderá ser prorrogado enquanto não transitar em 
julgado a sentença em processo a que o liberado responde por crime praticado durante o livramento. 
Ultrapassado o período de prova sem que haja revogação do livramento, a pena será extinta. 
 
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DIFERENÇA SURSIS E LIVRAMENTO CONDICIONAL 
SURSIS LIVRAMENTO CONDICIONAL 
Pena é suspensa mediante determinadas condições. 
O condenado não cumpre a restritiva de liberdade 
desde o início, mediante cumprimento do período 
probatório e das condições impostas pelo juiz. 
O condenado cumpre inicialmente a pena privativa 
de liberdade, obtendo, posteriormente, o direito de 
cumprir o restante da pena em liberdade. 
 
 
 
CASO CONCRETO 
Amadeu praticou um crime de receptação em 2002, e foi processado e condenado em trânsito em 
julgado em 2006. No mesmo ano iniciou o cumprimento da pena de reclusão de 6 anos. Amadeu por ser 
primário, requereu o beneficio do livramento condicional, que foi concedido pelo juiz da execução, após 
cumprir mais de 1/3 da pena, em 2008. Em 2011, durante o período de cumprimento de provas, foi 
condenado novamente por sentença transitada em julgado a uma pena de 12 anos de reclusão, por 
participação em crime de roubo de cargas e associação criminosa, crimes cometidos em 2009. O benefício 
do livramento condicional foi revogado. Faça a unificação da pena e mostre quando o sujeito poderá ser 
novamente beneficiado pelo livramento condicional. 
 2 anos 
2002 2006 2008 2009 2011 2012 
Crime1 Condenado 
6 anos 
Livramento 
condicional 
Novo 
crime 
Condenado 
12 anos 
Provável 
Extinção 
 
Se o novo crime for cometido antes do inicio do livramento condicional, o tempo de livramento 
condicional será excluído da nova pena. 
Se o novo crime for cometido após o início do livramento condicional, o tempo cumprido de L.C. 
será desconsiderado e, não será, portanto, abatido no calculo da nova pena. 
Nova pena: 
Crime 1 Pena 
cumprida 
Pena 
Restante 
 Pena 
Restante 
Pena 2 Extinção 
provável 
 
6 anos 2 anos 4 anos 4 anos 12 anos 2027 
 
O condenado só poderá solicitar novo livramento condicional após cumprir o período restante da 
pena do primeiro crime, desde que de acordo com as condições do Livramento Condicional, impostas pelo 
código penal. 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO 
Os efeitos da condenação poderão ser penais e extrapenais, como, por exemplo, os de natureza civil e 
administrativa, podendo estes ser genéricos ou específicos. 
17 
 
EFEITO DE NATUREZA PENAL: 
Imposição da pena. 
ART. 91 EFEITOS EXTRAPENAIS GENÉRICOS: 
São assim chamados porque se produzem qualquer que seja o crime praticado. E, ainda que o juiz 
não se refira a eles, seus efeitos serão produzidos. 
São eles: 
 Obrigação de indenizar o dano causado, nas esferas civil e penal. Não se discutirá se haverá 
ou não o dever de indenizar o dano mas sim seu valor. 
 Perda da propriedade do meio ilícito para o cometimento do crime para a União. Se o meio 
não for ilícito, o bem não será de propriedade da união mas sim devolvido para seu 
proprietário. Ex: Homicídio por arma de fogo ilícita. A arma se tornará propriedade da União. 
Se o meio do crime for o carro do autor, adquirido legalmente, o bem será devolvido ao 
proprietário. 
 Perda do produto do crime em favor da União, ou seja, tudo o que foi arrecadado com a 
pratica criminosa será de propriedade da União. 
EFEITOS EXTRAPENAIS ESPECÍFICOS: 
 Perda de cargo, função pública, ou mandato eletivo; 
 Incapacidade de uso do poder familiar (pátrio poder), tutela ou curatela, em casos de crimes 
dolosos cometidos contra o filho, tutelado ou curatelado; 
 Inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado para a prática de crime doloso; 
 
18 
 
MEDIDA DE SEGURANÇA 
Crime  Sanção Penal  Sentença condenatória  Imputáveis 
Crime Sanção penal  Medidas de segurança  Sentença absolutória imprópria  Inimputáveis 
(art. 26) 
Sentença absolutória própria: reconhece a inocência 
Sentença absolutória imprópria: sentença para inimputáveis 
 
MEDIDAS 
DE SEGURANÇA 
1 – Internação em 
hospital de 
custódia e 
tratamento 
psiquiátrico 
Medida restritiva de liberdade. 
Pessoa é internada, não pode sair do 
hospital. É um hospital de celas com 
vigilância ostensiva. É desenvolvido um 
tratamedo médico psiquiátrico. 
2 – Tratamento 
Ambulatorial 
O agente fica em casa, obrigado a 
manter tratamento médico psiquiátrico na 
rede publica de saúde, passando 
mensalmente pelo médico para 
acompanhamento. Forma monitorada de 
acompanhar o agente. 
 
O código penaldiz que toda vez que o doente mental cometer um crime que é punido com reclusão, 
obrigatoriamente o juiz é obrigado a colocar o sujeito na modalidade de internação. Se o crime for de 
reclusão, a medida será de internação; se o crime for de detenção, o juiz poderá escolher o tratamento 
ambulatorial ao invés da internação. 
Iniciada a execução da medida de segurança, as modalidades podem ser modificadas. Pode começar 
com a internação e posteriormente, por indicação do psiquiatra e concordância do juiz, poderá migrar o 
agente para tratamento ambulatorial. 
É possível também que, em caso de agravamento do quadro clinico, com indicação do psiquiatra e 
concordância do juiz, o agente em tratamento ambulatorial poderá migrar para a internação. 
Ambos os casos deverão ser respaldados por laudos psiquiátricos para ajudar o juiz em sua decisão. 
A medida de segurança é por prazo indeterminado, pois apesar de haver um prazo inicial, não se 
poderá definir o prazo de sua extinção, pois só se extinguirá quando cessar a periculosidade, a qual também 
deverá ser embasada por laudo psiquiátrico. 
Quando o juiz impõe a medida de segurança, ele precisa determinar o prazo mínimo, ou seja, que 
submeterá o custodiado à primeira perícia após a execução da medida de segurança, que deverá, por ordem 
da lei, ser de no mínimo 1 ano e de no máximo 3 anos. 
Se a primeira perícia indicar que não cessou a periculosidade, a internação continuará e, por força da 
lei, a cada um ano a perícia deverá ser realizada até que uma perícia indique que cessou a periculosidade. 
Se uma perícia determinar que cessou a periculosidade, o juiz irá suspender a medida de segurança, 
ou seja, o juiz não irá extinguir, a principio, a medida de segurança. A suspensão se manterá por ano, tempo 
em que será monitorado pela justiça. Se neste um ano houver qualquer sinal indicativo em seu 
comportamento social de que retorno ao seu quadro clínico levando ao retorno de periculosidade, mesmo 
19 
 
sem que haja novo crime, deverá o juiz restabelecer a medida de segurança. Se após um ano não houver 
sinais de retorno ao quadro clínico gerador da periculosidade, o custodiado será liberado. 
Se cometer um novo crime, recomeçará tudo do zero. 
Prazo 
Mínimo 
1ª 
perícia 
2
ª P 
6ª P. Suspensão de 
um ano 
Após 1 ano sem 
indícios de retorno ao 
quadro clínico 
De 1 a 3 anos Perícia indica 
cessação. Juiz 
suspende M.S. por 
um ano. 
Monitorament
o judicial 
Liberação 
EXECUÇÃO DE MEDIDA DE SEGURANÇA 
 
AÇÃO PÚBLICA E AÇÃO PRIVADA 
Ação pública é ferramenta do Ministério Público, para oferecer denúncia (peça processual) ao 
judiciário. 
Ação privada, a legitimação e a obrigação de provocar o judiciário pertence ao ofendido ou ao seu 
representante legal, que a promoverá através de queixa-crime. 
A ação penal será irretratável após sua representação. 
Haverá decadência do direito de queixa ou de representação, se o mesmo não for exercido em até 
seis meses contados a partir do dia do conhecimento do autor do crime. 
O direito de queixa não poderá ser exercido quando houver renúncia expressa ou tácita do mesmo. 
O perdão do ofendido poderá ser oferecido durante o processo, expressa ou tacitamente, por um dos 
ofendidos (sem prejudicar o direito dos demais) ou por todos. O perdão não produzirá efeitos se o ofensor 
não o aceitar. O perdão não é admissível após o transito em julgado da sentença. 
 
CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE 
Causas em que o Estado fica impossibilitado de punir o sujeito. Art. 107 C.P. 
1 – MORTE DO AGENTE: 
Extingue-se a punibilidade em caso de morte do agente. 
Com o advento no código civil, há uma segunda forma de morte, que não é a morte real, mas sim a 
morte presumida. Ex: se um condenado a 20 anos por homicídio, que ainda não iniciou o cumprimento de 
sua pena, sofre um desastre aéreo cujos corpos foram impossíveis de encontrar. Não havendo a possibilidade 
de comprovar a morte real, declara-se a morte presumida. Alguns autores defendem que não importa o tipo 
de morte, basta que, em caso de morte ficta, a família leve ao juiz os comprovantes da morte ficta e o juiz 
declara a impunibilidade penal. Caso, posteriormente, o sujeito seja encontrado vivo e já houver sido extinta 
a punibilidade de seu crime por morte ficta, ao retornar, continuará a ter sua pena extinta pois pena extinta 
não poderá ser reaberta. 
Alguns outros autores dizem que o juiz não é obrigado a reconhecer a morte ficta, devendo deixar o 
processo apenas suspenso, para caso de retorno do condenado. Se dentro do prazo prescricional ele não 
reaparecer, exclui-se a punibilidade pelo prazo prescricional. 
20 
 
LER ARTIGO: A MORTE PRESUMIDA E A CAUSA EXTINTIVA DE PUNIBILIDADE 
2 – ANISTIA: 
Ato de perdão, concedido através do Congresso Nacional, que o concede através de uma lei, a qual 
deverá ser sancionada pelo Presidente da República. Lei penal benéfica, retroativa. Poderá abranger 
quaisquer crimes (políticos, eleitorais, etc.), exceto crimes hediondos. Todos os efeitos penais condenatórios 
são extintos pela anistia, mantendo-se os efeitos civis. 
3 – GRAÇA: 
Ato de perdão individual, concedido pelo Presidente da República, através de decreto. A graça 
deverá ser requerida através do Ministério da Justiça e aguardar decreto presidencial. 
O perdão pode ser total e abolir toda a sentença penal ou parcial. 
4 – INDUTO: 
Ato de perdão coletivo, concedido pela Presidência da República através de decreto. Pode ser 
concedido de ofício, e conferido por pessoa delegada (ministro do estado, procurador geral da república, ou 
advogado geral da união). 
O perdão pode ser total e abolir toda a sentença penal ou parcial. 
 
5 – ABOLITIO CRIMES: 
Retroatividade da lei penal que extingue crime anterior. 
6 – DECADÊNCIA: 
Após seis meses contados do dia em que se tomou conhecimento da autoria do crime. 
7 – PEREMPÇÃO: 
Quando o querelante ou seus descendentes, em caso de ação privada, por inércia ou morte deixa de 
dar prosseguimento à ação. 
8 – PRESCRIÇÃO: 
9 – PERDÃO DO OFENDIDO: 
Posterior a instauração do processo podendo ser exercido até seu trânsito em julgado. É ato bilateral 
pois depende da aceitação do beneficiado. 
10 – RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA: 
Ato unilateral do ofendido que independe da aceitação do beneficiado. 
11 – RETRATAÇÃO: 
12 – PERDÃO JUDICIAL: 
Para que o crime tenha uma condenação, da prática do crime até a condenação (quando o (Estado 
pratica o IUS PUNIENDI) precisa existir um processo legal, garantindo durante o processo à ampla defesa e 
contraditório; que ocorre na justiça penal, dentro do judiciário. Para dar inicio a este processo penal, é 
21 
 
preciso provocar o poder judiciário (levar a demanda até o poder judiciário). Todo conflito de interesses 
durante um processo penal, se chama lide penal. 
O processo tem inicio numa acusação, feita por meio de uma ação penal, através da acusação. 
No direito brasileiro há dois tipos de ação penal. Ação penal pública e ação penal privada, sendo a 
maioria dos crimes cometidos, públicas. 
Na ação penal pública, a acusação é feita através de denúncia pelo Ministério Público, através do 
promotor. 
Na ação penal privada, a própria vítima acusa através dá queixa-crime, que deverá ser formulada e 
assinada por um advogado. Ex: Calúnia. 
Os crimes de: Decadência, Prescrição, Perdão do Ofendido e Renuncia do direito de queixa são 
crime de ação penal privada. 
 
TEMAS PARA A AV II DE PENAL II 
1- Dosimetria da pena – Sistema trifásico de aplicação da pena privativa de liberdade. 
2- SUSRSIS – Condições e imposições no período de provas. 
3- Penas alternativas: restritivas de direito emulta. 
4- Regimes de cumprimento de penas. 
5- Medida de segurança (quando é aplicada, tipos e características). 
6- Progressão de regimes na pena privativa de liberdade (para crimes comuns e hediondos). 
7- Dosimetria: cálculo da pena 
8- Tipos de concurso de crimes (formas e regimes). 
9- Pena alternativa art. 44. 
10- Concurso de agentes (coautoria e participação).

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