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Aula 00 Administração Estratégia para CGU – Área Administrativa Aula Demonstrativa Professor: Sandro Monteiro Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 2 Caro (a) Amigo (a), seja bem-vindo(a) ao Curso de administração Estratégica para a CGU 2016 – Área Administrativa. Em breve, a Controladoria-Geral da União (CGU) irá publicar edital para o concurso de Analista de Finança e Controle. Será um dos concursos mais concorridos, pois a remuneração mensal inicial supera os R$ 15 mil. A banca examinadora provavelmente será a ESAF, uma das mais difíceis. Não perca, portanto, tempo nos estudos. Este nosso curso trata de um dos principais itens dos estudos para a Área Administrativa. É conteúdo dos conhecimentos específicos. Estará na sua prova com certeza, podendo ser, muito provavelmente, o tema da sua discursiva. Vejamos a distribuição das nossas aulas. Aula Conteúdo Programático Data 00 Aula Demonstrativa. Gestão Estratégica: Conceitos de estratégia; Fundamentos de planejamento estratégico; Contexto do Planejamento Estratégico. o Evolução do Planejamento nas Organizações o Planejamento em um contexto de mudanças o Mudança organizacional na administração pública Fundamentos do Planejamento Estratégico o O que é pensamento estratégico o Por que planejar? o O que é planejamento organizacional? o O que é estratégica? Exercícios Resolvidos 04/04 01 Estratégia x Planejamento 3. Gestão Estratégica e Planejamento Estratégico. 2. Escolas do Pensamento Estratégico: prescritivas, descritivas e escola de configuração; aplicações contemporâneas. Exercícios Resolvidos e Propostos 02/05 02 Organização x Estratégia 1. Estratégia Organizacional: evolução histórica; conceitos básicos; interpretações da gestão e do planejamento estratégicos. Exercícios Resolvidos e Propostos 24/05 Aula 00 – Aula Demonstrativa Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 3 Aula Conteúdo Programático Data 03 Ferramentas e Estratégias 4. Análise SWOT e Balanced Scorecard. 5. Estratégias Competitivas e sua Sustentabilidade. Exercícios Resolvidos e Propostos 07/06 04 Gestão por Resultados 6. Gestão Estratégica e Administração Pública: administração pública orientada para a gestão por resultados; indicadores e medição de desempenho; Exercícios Resolvidos e Propostos 21/06 05 Governança 6. Gestão Estratégica e Administração Pública: visão estratégica da administração pública no Brasil; o conceito de governança corporativa aplicado ao setor público. Exercícios Resolvidos e Propostos 28/06 É o conteúdo completo do edital de 2012, edital que tende a ser seguido. Dividimos os temas conforme a lógica temática, em grupos e sequencial que torna mais fácil o entendimento da matéria. Verifique que m nossas aulas trabalharemos primeiro a teoria. Depois a prática, listando ao final de cada apostila uma sequência de questões dos últimos concursos, incluindo meus comentários e dicas. Serão mais de 200 exercícios selecionados de forma ideal para o seu concurso da ESAF. Quando for imprescindível definiremos termos técnicos sem que seja preciso conhecimento prévio de outras disciplinas. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 4 Agora, uma breve apresentação minha. Sandro Monteiro, paulistano, formou-se em Engenharia Elétrica há 15 anos. Possui o título de Especialista em Gestão Pública pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP, 2014) e de Mestre em Engenharia pela Universidade de São Paulo (USP, 2007) onde estudou com ênfase a questão da regulação dos serviços públicos. Atuou por 11 anos como gestor no setor de telecomunicações, em multinacional sueca. Desde 2011 é servidor público federal, em Brasília, lidando diariamente com o tema da regulação, políticas públicas e planejamento governamental. Como servidor cedido pelo Ministério do Planeamento (MPOG), trabalhou por quatro anos no Ministério de Minas e Energia (MME), sendo membro constante da Sala de Situação do PAC Energia, e foi um dos coordenadores que atuaram monitorando e avaliando as obras de infraestrutura voltadas para a Copa do Mundo 2014. Palestrante, foi também professor de faculdade particular e teve vários artigos publicados em seminários e congressos especializados. Foi aprovado em vários concursos públicos, incluindo o de Analista de Infraestrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Analista Legislativo da Câmara dos Deputados; Especialista em Regulação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), onde está atualmente. No PONTO, é especializado em Gestão Pública (Administração Pública e Políticas Públicas), Economia da Regulação (foco do Direito Administrativo e foco da Microeconomia), Legislação de Agências Reguladoras e Infraestrutura (transportes e energia). Além das aulas de teoria e exercícios, leciona no Ponto Recursos e no Ponto Discursivas. Na disciplina de Administração Estratégia, já lecionei para os concursos do IBGE, do Tribunal Federal Regional (TRF) de SP, ANAC (banca ESAF) e ANP. Neste momento estou lecionando alguns subtemas para o concurso do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro. Lecionei também a matéria na segunda fase do concurso de Analista de Planejamento e Orçamento (APO), banca ESAF (dois dez melhores colocados, cinco foram meus alunos). Envie suas dúvidas. Curta minha página e acompanhe outras dicas. Sandro Monteiro https://www.facebook.com/MScSandroMonteiro. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 5 SUMÁRIO 1. CONTEXTO DO PLANEJAMENTO ........................................................................................................... 6 1.1 EVOLUÇÃO DO PLANEJAMENTO NAS ORGANIZAÇÕES .................................................................................. 6 1.2. PLANEJAMENTO EM UM CONTEXTO DE MUDANÇAS ..................................................................................... 8 1.3. MUDANÇA ORGANIZACIONAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .................................................................. 9 2. FUNDAMENTOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ................................................................. 10 2.1. O QUE É O PENSAMENTO ESTRATÉGICO? .................................................................................................... 10 2.2. POR QUE PLANEJAR? ........................................................................................................................................ 10 2.3. PORÉM, O QUE É PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL? ............................................................................ 12 2.4. O QUE É ESTRATÉGIA? .................................................................................................................................... 14 3. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS .................................................................................................................... 16 4. LISTA DAS QUESTÕES ........................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 6 1. CONTEXTO DO PLANEJAMENTO 1.1 Evolução do Planejamento nas Organizações Segundo PORTO & BELFORT (2001), antes da Segunda Guerra Mundial, o planejamento que ocorria na maioria das organizações estava voltado basicamente para as operações físicas de fabricação. Tratava-se essencialmente de um processo bastante fragmentado e desarticulado, desenvolvido em segmentos isolados da instituição. O planejamento verdadeiramente institucional começou, de fato, com a introdução de previsões gerais das condições econômicas e a preparação do orçamento de capital e despesa. Seu principal propósito, contudo, não era ampliar a capacidade gerencial para promover o sucesso futuro da organização, mas sim o controle das despesas. Dessa forma, o horizonte de planejamento raramente era maior que um ano. Até a década de 1950, o ritmo de transformações, tanto na sociedade em geral como no mundo de negócios, era relativamente lento e uniforme. A partir desse período, porém, os critérios da administração científica e do profissionalismo nos negócios superam, em importância, uma visão empírica e romântica de gestão (LOBATO, 2000). Depois da Segunda Guerra Mundial, três tendências básicas começaram a transformar as organizações e a maneira de gerenciá-las, segundo PORTO & BELFORT (2001): O marketing começava a surgir como um elemento cada vez mais importante na conquista dos mercados; O impacto de novas tecnologias ampliava-se a uma velocidade acelerada - especialmente nos domínios da eletrônica, informação, comunicação e novos materiais; Tudo isso ocorria em um mundo submetido a um processo de elevada expansão e diversificação dos negócios, mercados e produtos. Nesse contexto, o planejamento orçamentário começou a demonstrar sinais de insuficiência como instrumento para enfrentar os novos desafios e tendências, cedendo espaço a novas orientações e perspectivas, que acabaram por construir o planejamento da forma que o conhecemos hoje. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 7 LOBATO (2001), na Figura 1, apresenta graficamente as fases da Evolução do Planejamento Estratégico, em um modelo adaptado do de Gluck, Kaufmann e Walleck, apresentado na Harvard Business Press (1986): Figura 1: Fases de Evolução dos Sistemas Formais de Planejamento Estratégico É possível notar que as técnicas de planejamento têm evoluído na medida em que os modelos adotados incorporam perspectivas negligenciadas no momento anterior. É o que aconteceu com o Planejamento de Longo Prazo, que extrapolou a visão anual do modelo anterior e incorporou a projeção de tendências em uma perspectiva de longo prazo. Em seguida, o Planejamento Estratégico extrapola a perspectiva financeira e incorpora os fatores ambientais (internos e externos) que podem interferir ou potencializar o seu desempenho. Na década de 1980, a Administração Estratégica surgiu buscando aproximar o planejamento da implementação, de forma que os planos e as estratégias traçadas constituíssem referenciais para a gestão das organizações. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 8 Com a Gestão Estratégica, além do plano e da estratégia incorporados à implementação, valoriza-se o pensamento estratégico e sistêmico, que reconhece a necessidade de dinamizar o planejamento e dotar as organizações de capacidade de constante adaptação, o que pressupõe o comprometimento de toda a equipe com a missão e os valores organizacionais, o que, por sua vez, depende de um competente sistema de comunicação entre a alta gerência e os demais colaboradores. 1.2. Planejamento em um Contexto de Mudanças Dentre os fatores que caracterizam o mundo atual, destacam-se a velocidade e a intensidade das mudanças nos mais variados campos de nossa vida, transformando de forma contínua nossa realidade. De modo bastante sintético, podemos afirmar que esse processo pode ser observado, nos últimos tempos, em termos de quatro principais eixos de mudança, que são definidos, de acordo com DOWBOR (1994), da seguinte forma: Talvez pela primeira vez na história, a humanidade tenha a capacidade de criar muito mais informação do que o homem pode absorver, de gerar muito mais interdependência do que o homem pode administrar e de acelerar as mudanças com muito mais rapidez do que o homem pode acompanhar. (SENGE, 1990) O progresso tecnológico, que criou novas formas de trabalho, novos e modernos meios para a comunicação e novos materiais, provocando mudanças que se distinguem não apenas por sua natureza, mas principalmente pelo ritmo em que ocorrem. A globalização gerou a internacionalização da economia, trazendo vários impactos, dentre os quais a criação de um novo conjunto de referências espaciais onde não é mais possível pensar em processos culturais e econômicos de modo isolado. A urbanização e a democratização que tornaram predominante a concentração das populações em espaços urbanos, abrindo novas possibilidades de organização da sociedade e fazendo surgir novos e relevantes atores, com maiores exigências de participação. A polarização entre ricos e pobres, em ritmo e intensidade inéditos, que torna indispensável a atuação do Estado, único ente com responsabilidade e poder para defender o interesse coletivo e garantir a equidade. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 9 Esse processo de aceleradas transformações afeta, de forma significativa, as organizações (públicas ou privadas) e seus modelos gerenciais, exigindo delas novas capacidades para se adaptarem ao novo contexto. No que diz respeito ao planejamento, a grande questão que se coloca é se nesse mundo em rápida e permanente mutação, com exigências de flexibilidade e de ajustes contínuos por parte das organizações, existe muito espaço e necessidade da prática do planejamento. 1.3. Mudança Organizacional na Administração Pública Considerando esse contexto, podemos verificar que o planejamento estratégico está estreitamente ligado às mudanças organizacionais. Tais mudanças implicam alteração no padrão de atividades dos agentes envolvidos no processo, o que, naturalmente, cria resistências. Essas resistências, por sua vez, podem ser gerenciadas a partir de instrumentos que estão à disposição dos dirigentes e dos gestores do planejamento organizacional. O que é mudança organizacional? Quais são essas resistências às mudanças? E quais são esses instrumentos que podem mitigar ou eliminar tais resistências? De acordo com WOOD (1995), "mudança organizacional é qualquer transformação de uma natureza estrutural, estratégica, cultural, tecnológica, humana ou de qualquer outro componente, capaz de gerar impacto em parte ou no conjunto da organização". Assim, podemos verificar que a mudança se relaciona com numerosos fatores, constituindo desafios que podem variar entre demasiadamente simples ou extremamente complexos. Não obstante a definição de WOOD, precisamos elencar que o planejamento estratégico e as consequentes mudanças relacionadas possuem papel relevante para o climaorganizacional. Tal papel pode ter reações positivas ou negativas para instituição, variando de acordo com a capacidade de gerenciamento do planejamento e das mudanças organizacionais pelos dirigentes e gestores do planejamento organizacional. Para aprofundar-se no assunto, assista ao seguinte vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=YwbOn4dNSCU Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 10 2. FUNDAMENTOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2.1. O que é o Pensamento Estratégico? O pensamento estratégico é geralmente associado à ideia de antecipação das ações de outros atores envolvidos com uma questão e à avaliação dos efeitos de cada decisão, riscos, custos e benefícios, ZAJDSNAJDER (1989). Segundo ZAJDSNAJDER, esta noção embora correta, ainda é parcial. Para esse autor, "o pensamento estratégico é aquele que trabalha com contornos pouco nítidos, incertezas, e riscos difíceis de serem calculados, sendo uma maneira de ver globalmente as situações segundo determinada categoria." O pensamento estratégico transmite aos gestores a fundamentação necessária para a construção de modelo e de ferramentas gerenciais suficientemente potentes para garantir maior efetividade na gestão das organizações públicas e privadas. Por conseguinte, em uma época de grandes transformações, com uma sensível ampliação das variáveis e das possibilidades de mudanças, é fundamental que as organizações adotem o pensamento estratégico para orientar seu modelo de gestão de planejamento. 2.2. Por que planejar? Mas, afinal de contas, por que devemos planejar? Com tantas mudanças no mundo, por que se preocupar com isso? Não seria uma perda de tempo? Ao contrário do que se pensa, é no momento de grande mudança que o planejamento se torna ainda mais relevante. E tais mudanças não se circunscrevem ao universo empresarial. Há muitas demandas por um Estado, ou seja, por um setor público mais eficiente, mais flexível, mais democrático e efetivo nas suas ações. Tais demandas não podem ser respondidas com a improvisação e, por essa razão, o planejamento e a gestão, bem como ferramentas potentes para a sua realização, tornam-se exigências básicas. Nesse contexto, algumas mudanças têm afetado fortemente o Estado. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 11 Entre as mudanças no setor público consideradas mais relevantes temos: i. Abandono gradativo de suas funções de execução e intervenção direta (via produção) e ascensão de um papel cada vez mais articulador e promotor, com ênfase na regulação; ii. Foco no cidadão e mudança na relação com a Sociedade, estimulando parcerias, principalmente, com o terceiro setor; iii. Maior flexibilidade e autonomia com responsabilização por resultados e controle social; iv. Tendência de fortalecimento do nível estratégico na sua dimensão formuladora e avaliadora de políticas públicas; v. Tendência a dar extrema prioridade à gestão da informação e do conhecimento para que o Estado possa cumprir seus novos papéis. Entretanto, para ser efetivo nesse novo contexto de mudanças, o planejamento e a gestão têm que ser construídos sobre novas bases. Do ponto de vista da gestão, um mundo como o de hoje exige, das organizações e de seus gestores, uma postura orientada por novo paradigma da gestão, fundamentado em um tipo de pensamento de natureza especial: o pensamento estratégico. Nesse sentido, e buscando responder à pergunta inicial – por que devemos planejar? –, MINTZBERG (1994) afirma que as organizações enfrentam inúmeras variáveis nesse novo contexto, tais como: 1. A organização necessita coordenar suas atividades de modo integrado; 2. A organização precisa de racionalidade, principalmente por meio da adoção de procedimentos formalizados, padronizados e sistemáticos; 3. A organização necessita exercer o controle; 4. A organização necessita considerar o futuro, de modo a: a. Preparar-se para o inevitável; b. Ter opções frente ao indesejável; c. Controlar o controlável. Segue link de vídeo complementar sobre o tema: http://www.youtube.com/watch?v=LOyX-vgdQGQ. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 12 2.3. Porém, o que é Planejamento Organizacional? Como mencionamos anteriormente, planejar é algo fundamental no contexto de mudanças em que vivemos, sendo crucial que essa ação seja presidida por um pensamento estratégico. Mas o que significa exatamente esse agir estratégico? De acordo com MATUS (1988), o "planejamento está associado à ideia de preparação e controle do futuro a partir do presente, através da reflexão sistemática sobre a realidade a enfrentar e os objetivos a atingir". Figura 2: Alguns fatos sobre o planejamento Para LOBATO (2000), o planejamento é "a função que determina um meio sistemático para a tomada de decisões, visando garantir o sucesso da empresa, em seu ambiente atual e futuro". DRUCKER, por sua vez, ao considerar o processo de tomada de decisões, assegura que o planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes, ou seja, um dos problemas enfrentados pelos executivos que tomam decisões não é o que a empresa deve fazer no futuro, mas sim o que deve fazer hoje para estar preparada para as incertezas de amanhã. A ideia do processo dinâmico, que envolva diferentes atores, é realçada na concepção do planejamento estratégico. O conceito admite que o planejador – e a organização a que ele pertence – participe de um processo de interação com outros atores, que têm interesses e vontades próprias. Esses atores fazem seus próprios planos e interferem na realidade. Veja a Figura 2 acima sobre três fatos importantes para o bom planejamento. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 13 LOBATO (2000), por exemplo, refere-se ao planejamento estratégico como o "processo dinâmico através do qual são definidos caminhos que a empresa deverá trilhar por meio de um comportamento proativo, levando em conta a análise de seu ambiente e em consonância com a sua razão de existir, a fim de construir o seu futuro desejado". O planejamento estratégico é, portanto, uma atividade fundamental para a gestão estratégica das organizações, e se particulariza por orientar-se por um conjunto de princípios metodológicos que determinam as atividades dos gestores e técnicos envolvidos nessa tarefa. Tais princípios podem ser definidos na forma: O foco é o problema. Isso pressupõe uma análise exaustiva do problema e da organização em suas várias dimensões: causas, consequências e análise dos atores envolvidos, direta ou indiretamente, com o problema; Os objetivos são apostas ou propostas e não rígidos preceitos normativos; O planejamento e a ação são articulados considerando que o planejamento só se completa com uma ação e constitui uma atividade em permanente processo de elaboração. O monitoramento e a avaliação constituem, nesse contexto, instrumentos indispensáveis para dar viabilidade ao plano; O planejamento é um processo composto de momentos - estratégico, tático e operacional - queinteragem entre si e se repetem continuamente e não como um conjunto de fases estanques que se sucedem cronologicamente. Esses momentos, ou níveis organizacionais, devem ser compreendidos de acordo com os seguintes significados: • Estratégico: envolve a definição do rumo a ser seguido pela organização, visando otimizar sua relação com o ambiente. • Tático: envolve o desenvolvimento dos programas e projetos, por exemplo: macro funcionais (tecnologia, informática, RH, etc.). • Operacional: envolve o detalhamento, no nível de operação, das ações e atividades necessárias para atingir os objetivos e metas fixadas pelos níveis hierarquicamente. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 14 A Figura 3 explica mais sobre os momentos (níveis) de planejamento. O nível estratégico é o primeiro, por isso está no alto da pirâmide. Figura 3: Momentos ou Níveis do Planejamento 2.4. O que é Estratégia? O termo "estratégia" poderia ser definido como sendo o caminho mais adequado a ser percorrido para alcançar determinado objetivo ou superar certo desafio. Logo, a estratégia constitui uma escolha que a organização deve fazer, considerando a análise dos caminhos prováveis a seguir no rumo dos objetivos propostos. A Estratégia, por ser uma escolha maior, também serve como referencial para que, nos níveis táticos e operacionais da organização, sejam feitas "escolhas menores". Uma das mais importantes funções de uma estratégia explícita e bem divulgada é guiar os empregados para tomarem as decisões certas em suas atividades rotineiras. Nível Estratégico •Missão e Visão de Futuro •Formulação dos Objetivos Estratégicos Nível Tático •Ações e Projetos Estratégicos •Monitoramento Nível Operacional •Detalhamento das atividades e dos projetos •Execução Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 15 De acordo com TIFFANY & PETERSON (1998), estratégia significa: Descrever como alcançar as metas e objetivos organizacionais; Considerar os valores pessoais e sociais existentes na empresa; Orientar a utilização de pessoas e de recursos financeiros; Criar e sustentar vantagem competitiva. A Estratégia expressa como uma organização utiliza seus pontos fortes e fracos (existentes e potenciais) para atingir seus objetivos, levando em conta as oportunidades e ameaças do meio ambiente. Em outra perspectiva, conforme aponta DAY (1999), a estratégia constitui um "conjunto de ações integradas, com a finalidade de obter vantagem competitiva duradoura". Nas aulas seguintes trataremos das metodologias de planejamento organizacional e estratégico, entre eles o Balanced Scorecard (o famoso BSC), outros métodos como o 5W2H, além de definições essenciais como Missão, Visão, Valores, Objetivos Estratégicos, Ambiente Interno e Externo, SWOT, Cenários etc. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 16 3. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS As questões a seguir são todas recentes. Note que estudando por esta apostila de aula demonstrativa já somos capazes de resolver muitas questões. Em nossas aulas vamos tratar de um mix de questões ESAF, FCC, Cesgranrio e CESPE, ou seja, somente as principais bancas. Teremos a lista de exercícios resolvidos, a lista de exercícios propostos (somente com gabarito, simulando a sua prova). Os exercícios propostos poderemos tirar dúvidas pelo Fórum dos alunos. Ao longo das aulas soltarei lista de exercícios simulados, para testar seus conhecimentos. ================================================ Questão 01 (ANAC 2012 – Analista ADM Área 2) Ao considerar a inexistência de concorrência, as organizações públicas não realizam análises organizacionais em seus processos de planejamento. Comentários: Vimos que as demandas contemporâneas da sociedade requerem mudanças organizacionais no setor público. O fato do setor público não possuir concorrência não o isola dos fatores ambientais (externos) ameaçadores que expõem sua fraqueza. Nota-se que quanto mais a sociedade eleva seu padrão cultural e educacional, mais esta exige do aparato estatal. A resposta a essa pressão social surge nos processos de planejamento, que inclui a análise organizacional. Aqui, análise organizacional significa a atividade de identificar o funcionamento dos setores que compõe uma organização pública, como a ANAC, avaliando quais tarefas cada setor executa, e quais são os pontos necessários para aprimoramento. Gabarito: ERRADO. Questão 02 (ANAC 2012 - Especialista Área 6) O desdobramento das estratégias de qualidade pode ser realizado por meio do BSC (balanced scorecard), cuja função é desdobrar os objetivos da empresa em estratégias operacionais. Comentários: Veremos na aula seguinte mais detalhes sobre o BSC, mas com as informações desta apostila já somos capazes de responder. Vimos que o planejamento possui vários momentos, independente d metodologia escolhida. Os três momentos, ou níveis organizacionais, são o Estratégico, Tático e Operacional. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 17 As metodologias de planejamento e de gestão estratégica podem ser realizadas por meio do BSC como a assertiva afirma, mas no primeiro momento o planejamento irá desdobrar os objetivos estratégicos em Programas, Ações ou Projetos Estratégicos, que é o Nível Tático do planejamento. A assertiva cita que esse desdobramento ocorreria no nível operacional, o que não é correto. Gabarito: ERRADO. Questão 03 (ANAC 2012 – Especialista Área 6) A implementação de uma estratégia é definida por meio de uma ação estratégica, que diz respeito a como fazer para implementar a estratégia definida. Uma técnica usual para implementação da estratégia é a utilização da ferramenta 5W2H. Comentários: A implementação da estratégia pode ocorrer por meio de diversas ferramentas. Essas ferramentas irão produzir, como resultado, um documento dito Plano Estratégico. O que existe de comum entre esses Planos Estratégicos e ferramentas diversas é o fato que os objetivos estratégicos serão sempre desdobrados para os níveis de planejamento inferiores. Assim, um objetivo estratégico será detalhado em ações (ou projetos) estratégicas. Cada objetivo pode gerar várias ações, e cada ação em algumas metas. A Ferramenta Balanced Scorecard (BSC), como veremos na aula seguinte, tem como característica a criação de um Painel Estratégico. Na verdade, é uma tabela onde estarão contidos, sob o ângulo de cinco perspectivas (aqui o grande diferencial do método), um conjunto de ações (também chamadas de iniciativas), metas e indicadores de desempenho do plano. A Ferramenta 5W2H, também como veremos na aula seguinte, é outra maneira usual para obtermos o Plano Estratégico. Tem caído em desuso, mas ainda é praticado dentro do setor público. É uma abreviatura da palavra inglesa: What – o que será feito (etapas); Why – por que será feito (justificativa); Where – onde será feito (local) When – quando será feito (tempo) Who – por quem será feito (responsabilidade); How – como será feito (método); How much – quanto custará fazer (custo).Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 18 A palavra What corresponde à uma ação estratégica. Em seguida, detalha-se quem irá executá-la, quando, por quanto tempo e quanto custará. Para cada objetivo estratégico faz-se um tabela, também chamada de matriz 5W2H. Posteriormente, controla-se a execução do Plano. Veja a seguir um exemplo simples de matriz 5H2H. Muitos também chamam de Plano de Ação. Gabarito: CERTO. Questão 04 (ANAC 2012 - Básico para Especialista Área 6) Planejamento estratégico e gestão estratégica referem-se ao mesmo processo gerencial. Comentários: Questão para confundir o candidato a respeito dos conceitos de planejamento e de gestão. Vimos nesta Aula que o conceito de gestão é superior, antecede ao planejamento. Na verdade, a gestão estratégica condiciona (determina) todos os demais processos gerenciais de uma organização, incluindo o planejamento. Os processos gerenciais são os que estão contemplados no clássico ciclo PDCA (Plan, Do, Check and Act), conforme figura a seguir. Iremos vê-lo na próxima aula. Planejamento está em PLAN. É também chamado de ciclo de Deming, tido como seu criador. Gabarito: ERRADO. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 19 Questão 05 (ANP 2012) Enquanto as atividades de planejamento e organização lidam com os aspectos mais concretos do processo administrativo, a atividade de direção é mais abstrata, pois consiste em lidar diretamente com as pessoas, influenciando-as e motivando- as constantemente para o trabalho. Comentários: É justamente o inverso. A questão trata também do ciclo de PDCA. O planejamento é mais abstrato, e a Direção é mais concreta. Planejamento é mais abstrato porque irá lidar com algo muito vago, imaginário, subjetivo, como a Missão e os Valores da empresa. A Direção, ao contrário, estará ligada diretamente ao dia-a-dia da organização, lidando com pessoas, prazos, clientes e fornecedores. Traduzirá o abstrato planejamento em concretas diretrizes. Gabarito: Errado. Questão 06 (ANATEL 2014) O planejamento estratégico pode ser considerado como a formalização das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas; o planejamento tático tem por objetivo a otimização dos resultados da empresa como um todo; e o planejamento operacional relaciona-se com objetivos de longo prazo e com estratégias e ações para se alcançá-los. Todos esses tipos de planejamento, portanto, estão associados aos níveis de decisão da organização. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 20 Comentários: Diversos erros nesta questão, adequada, portanto, para o nosso estudo sobre os fundamentos do planejamento. Afirmação 01: O planejamento estratégico pode ser considerado como a formalização das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Erro => é incorreto afirmar que a formalização das metodologias é o planejamento. Seria o plano. Afirmação 02: O planejamento tático tem por objetivo a otimização dos resultados da empresa como um todo. Erro => este é o objetivo do planejamento do nível estratégico, que trata a empresa de forma completa, e não por setores ou ações específicas. Afirmação 03: O planejamento operacional relaciona-se com objetivos de longo prazo e com estratégias e ações para se alcançá-los. Erro => este objetivo também é do planejamento do nível estratégico, pois trata do longo prazo da organização, os chamados objetivos estratégicos. Afirmação 04: Todos esses tipos de planejamento, portanto, estão associados aos níveis de decisão da organização. Erro => o nível decisório está associado somente ao nível mais alto. O nível tático está associado ao monitoramento das ações, e o nível operacional à sua execução. Gabarito: ERRADO. Questão 07 (ANATEL 2014) Em qualquer processo de planejamento, independentemente da metodologia utilizada, devem ser considerados os planejamentos dos fins, de meios, organizacional, de recursos e, por fim, de implantação e controle. Comentários: Exatamente. A organização, ao preparar seu planejamento, deve considerar todos as restrições financeiras e de pessoal. Deve ainda, após preparado o plano, tomar o cuidado de monitorá-lo, controlando sua execução por meio de metas e indicadores. Gabarito: CORRETO. Questão 08 (MTE 2010 - ESAF) 7- Nos casos em que um gestor público, visando ao planejamento estratégico de sua organização, necessite realizar uma análise de cenário com base nas forças e fraquezas oriundas do ambiente interno, bem como nas oportunidades e ameaças oriundas do ambiente externo, é aconselhável que o faça valendo-se da seguinte ferramenta: Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 21 a) Balanced Scorecard. b) Reengenharia. c) Análise SWOT. d) Pesquisa Operacional. e) ISO 9000. Comentários: Optei por mostrar esta questão da ESAF porque aborda várias ferramentas de gestão pública numa mesma assertiva. De imediato eliminamos da resposta o ISO 9000 e Pesquisa Operacional, que não são ferramentas de planejamento. São da Gestão da Qualidade e da Gestão do Processo Decisório, dois itens que não estarão na sua prova. Do mesmo modo, o termo Reengenharia está ligado a um conceito de remodelamento drástico de estruturas e de processos organizacionais de grandes empresas, mais conhecido como uma técnica abrangente de Gestão de Qualidade ou de Processos, não sendo um método analítico que está dentro do planejamento estratégico. Curiosamente, as três são ferramentas citadas que estão em desuso, quase caindo no esquecimento. Sobrando, temos o Balanced Scorecard (BSC), e a Análise SWOT. Estas sim são duas ferramentas genuínas de planejamento e típicas do pensamento estratégico, e usadas cada vez mais. Veremos em detalhes as duas na próxima aula. Mas, com o que vimos hoje, já podemos responder que o Balanced Scorecard é uma ferramenta para estruturar planos. Não serve para realizar análise de cenários. Por fim, a Análise SWOT está consagrada como uma ferramenta clássica de auxílio à identificação de deficiências ou qualidades excedentes de uma organização ou de uma situação qualquer. A resposta correta é Análise SWOT. Gabarito: C Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 22 Questão 09 (MPOG 2005 – ESAF) 22- As frases a seguir referem-se ao processo de planejamento estratégico. Classifique as opções em Verdadeiras (V) ou Falsas (F). ( ) O planejamento estratégico é capaz de estabelecer a direção a ser seguida pela organização com objetivos de curto, médio e longo prazo e com maneiras e ações para alcançá-los que afetam o ambiente como um todo. ( ) O planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente, sendo necessário o desenvolvimento e a implantação dos planejamentos táticos e operacionais de forma integrada. ( ) O planejamento estratégico é o desenvolvimento de processos,técnicas e atitudes políticas, os quais proporcionam uma conjuntura que viabiliza a avaliação das implicações presentes de decisões a serem tomadas em função do ambiente. ( ) O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da organização e diz respeito tanto à formulação de objetivos, quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução. ( ) O planejamento estratégico é uma ferramenta que tem como fases básicas para sua elaboração e implementação o diagnóstico estratégico, a definição da missão, a elaboração de instrumentos prescritivos e quantitativos, além do controle e da avaliação. Indique a opção correta. a) F, V, F, V, V b) F, F, V, F, V c) V, V, F, F, V d) V, F, F, V, V e) V, V, F, V, F Comentários: Coloquei outra questão da ESAF, para citar várias sentenças verdadeiras e essenciais para seu estudo. Comentarei somente as falsas. A primeira sentença é obviamente Falsa. Na verdade, o planejamento estratégico visa olhar a organização no longo prazo, e não o curto prazo. O ambiente externo não é afetado pela empresa, é o contrário. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 23 A terceira sentença também é Falsa. O planejamento estratégico não é um processo político, é um processo gerencial. Ademais, não proporciona uma conjuntura. Ao contrário, o planejamento é condicionado pela conjuntura que passa a empresa. Gabarito: A Questão 10 (ANTAQ 2014) Atribuir e alocar tarefas em departamentos são ações relacionadas à função administrativa de planejamento Comentários: Outra questão sobre o ciclo gerencial. Aqui, cabe um outro ciclo, criado por Henry Fayol. É chamado de POC3, sendo anterior ao Ciclo PDCA. A função de atribuir e alocar tarefas é posterior à fase de planejamento, ou seja, na etapa de Organização. Primeiro planeja, depois organiza. Gabarito: Errado Questão 11 (ANP 2012) Pensar antecipadamente em objetivos e ações, e embasar as ações em algum método são exemplos de atividades de organização. Comentários: Nova questão sobre o POC3. A assertiva refere-se à etapa de Planejamento, não de Organização. Gabarito: Errado Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 24 Questão 12 (ANTAQ 2014 - Analista ADM TI) O planejamento estratégico situacional separa as funções de planejamento das funções de execução e possui regras mais rígidas do que em casos de planejamentos tradicionais. Comentários: Esta questão contrapõe o Planejamento Estratégico Situacional com o Planejamento Tradicional. Questão bastante moderna e profunda. O Planejamento Tradicional relaciona-se com a capacidade de prever o futuro com base com nos acontecimentos passados. O futuro está determinado pelo passado. Quando ocorreu a situação X no passado, ocorreu logo depois o fato Y. Logo, se a situação X voltar a se repetir, o fato Y voltará a se manifestar. O futuro é previsível. Logo, o Planejamento Tradicional é preditivo. O Planejamento Estratégico Situacional, elaborado primeiramente por Carlos Matus, entende que todas as decisões que tomamos hoje têm múltiplos efeitos sobre o futuro porque dependem não só da minha avaliação sobre fatos presentes, mas da evolução futura de processos que não controlamos, fatos que ainda não conhecemos. Nele, o futuro sempre será incerto e nebuloso, não existe a hipótese de governabilidade absoluta sobre sistemas sociais, mesmo próximo desta condição há sempre um componente imponderável no planejamento. Devemos, então, através de técnicas de governo apropriadas, preparar-nos para enfrentar surpresas com planos de contingência, com rapidez e eficácia, desenvolvendo habilidades institucionais capazes de diminuir a vulnerabilidade do plano. É prospectivo. Enquanto o Planejamento Tradicional acredita poder controlar a realidade, o Planejamento Estratégico Situacional pretende (por acreditar ser possível) apenas influir na realidade. Este último é, portanto, mais flexível às situações, e não mais rígido, como na assertiva. Gabarito: Errado Questão 13 (ANTAQ 2014 - Analista ADM TI) A gestão estratégica de processos visa à melhoria dos processos mais impactantes nos objetivos estratégicos da organização de uma maneira genérica, sem que indicadores de desempenho das atividades estejam associados a esses objetivos. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 25 Gabarito: Errado Comentários: O erro da questão está em afirmar que a gestão estratégica ocorre “sem” que indicadores de desempenho das atividades. Ao contrário, os indicadores são fundamentais para avaliar a organização. Estudaremos eles na Aula 04. Questão 14 (ANP 2012 – Analista ADM Área 1) O planejamento permite aos gestores saberem o que o futuro reserva para seus concorrentes, fornecedores e empresas. Gabarito: Errado Comentários: O planejamento tradicional não é um instrumento de futurologia. É uma etapa gerencial, que torna viável fazer análises baseadas em cenários prováveis, considerando e somando as ameaças e oportunidades externas, além das fraquezas e fortalezas internas da organização. Com esses cenários, poderemos indicar possibilidades para os mercados e os concorrentes, mas nunca saberemos o futuro com exatidão (como afirma erradamente a questão). Questão 14 (ANP 2012) No planejamento estratégico, a missão proporciona o referencial para o qual devem convergir todas as ações da organização. Gabarito: Certo. Comentários: Isso mesmo. A Missão faz parte das chamadas “premissas estratégicas”, e que condicionam todas as demais etapas do planejamento. Veremos nas próximas aulas mais detalhes sobre Missão. Questão 15 (ESAF/STN/AFC/2005). Planejamento é um processo de I. definir resultados a serem alcançados. II. distribuir os recursos disponíveis. III. pensar o futuro. IV. assegurar a realização dos objetivos. V. realizar atividades. Escolha a opção que indica corretamente o entendimento de planejamento. a) III e V b) II Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 26 c) I e IV d) I e) V Comentário: Vamos analisar os itens para saber quais são possíveis definições para planejamento? O item I fala em definir resultados a serem alcançados. Planejamento faz isto: define o futuro que a organização deseja perseguir para aumentar a probabilidade que ele aconteça. Item certo. O item II fala em distribuir recursos. Esta é uma atividade pertencente a atividade de organização empresarial e não planejamento! Mesmo que você não soubesse, não erraria a questão, pois não haveria alternativa que incluísse isto de forma válida! O item III propõe “pensar o futuro” como parte do planejamento. Deve ter confundido muita gente ... mas está errado! Como vimos, o planejamento não pensa o futuro, ele busca definir o futuro e o caminho para se chegar nele! O quarto item diz que o planejamento assegura a realização dos objetivos... não! Na verdade, quem busca assegurar que os objetivos e planos se realizem é a gestão estratégica! O quinto item, por fim, dizque o planejamento realiza atividades. Sabemos que o planejamento não executa, ele só planeja. Assim sendo, apenas o item I está correto. Gabarito: D Questão 16 (ESAF/SUSEP/ANALISTA/2010) Concebe-se que um processo de administração estratégica tem como fases principais a Formulação da Estratégia, a Operacionalização da Estratégia e o Acompanhamento e Controle. Na última fase (acompanhamento e controle), podemos afirmar que: a) deve identificar os culpados por possíveis falhas. b) deve fixar metas quantitativas e mensuráveis. c) deve permitir a realimentação necessária à correção de rumos. d) deve ter a imagem de um processo de auditoria, realizado de tempos em tempos. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 27 e) deve controlar para que a execução seja rigorosamente de acordo com o planejado. Comentário: Na fase de controle da administração estratégica deve existir um feedback para que as informações sejam utilizadas em novos ciclos de planejamento. O feedback também deve ser utilizado para correção de rumos em relação à execução do planejamento já realizado. Assim, a alternativa C é a única correta. Gabarito: C. Questão 17 (ESAF/SUSEP/Analista Técnico - Administração e Finanças/2010). Segundo Matias-Pereira, o alcance de resultados positivos na implementação de planejamento estratégico, principalmente na administração pública, depende das condições e formas para a sua concretização. Destacam-se as abaixo listadas, com exceção de: a) forma de envolvimento exclusivamente da alta direção, em especial do processo de sensibilização. b) demonstração de vontade política para a implementação. c) a existência de mecanismos que monitoram tanto o plano quanto os elementos contextuais que lhe deram origem. d) capacidade de percepção das condições que sustentam e condicionam a viabilidade das ações planejadas. e) nível de consciência das potencialidades e debilidades que o grupo que planeja possui Comentário: O erro está na alternativa A. Ela afirma que o planejamento estratégico envolveria exclusivamente a alta direção. Sabemos que o planejamento estratégico deve buscar ser inclusivo para que, aumentando a participação dos funcionários, possa incluir mais ideias e ser implementado mais facilmente. Gabarito: A. Questão 18 (ESAF/MPOG/APO/2010). Sobre o tema ‘planejamento estratégico’, é correto afirmar: a) a análise das ameaças e oportunidades do ambiente externo da organização é mais importante que a análise dos pontos fracos e fortes de seu ambiente interno. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 28 b) é um processo que abrange a organização de forma sistêmica, compreendendo todas as suas potencialidades e capacidades. c) os conceitos de missão e visão se equivalem, podendo um substituir o outro. d) conta, atualmente, com uma metodologia padronizada para aplicação nas diversas organizações, sejam elas públicas ou privadas. e) uma vez iniciado, pode ser revisto apenas de ano em ano, desde que tais revisões tenham sido previstas em sua formatação original. Comentário: Vamos analisar cada uma das alternativas: a) a análise das ameaças e oportunidades do ambiente externo da organização é mais importante que a análise dos pontos fracos e fortes de seu ambiente interno. De fato, as oportunidades e as ameaças estão no ambiente externo, mas não há qualquer grau de importância entre o ambiente externo e o ambiente interno. Saber sobre apenas um deles não é suficiente. Os dois são importantes! b) é um processo que abrange a organização de forma sistêmica, compreendendo todas as suas potencialidades e capacidades. Não há grandes dúvidas quanto a esta questão. De fato, o planejamento estratégico é sistêmico, compreende as capacidades e potencialidades da organização como um todo. Alternativa correta. c) os conceitos de missão e visão se equivalem, podendo um substituir o outro. Como vimos, os conceitos de missão e visão são diferentes e não se equivalem. Missão está mais ligado ao papel da organização na sociedade, para que ela serve, enquanto a visão é um como os estrategistas da organização percebem que ela estará no longo prazo. d) conta, atualmente, com uma metodologia padronizada para aplicação nas diversas organizações, sejam elas públicas ou privadas. Boa alternativa, que mostra justamente a minha preocupação com esta disciplina como um todo. Como vimos, ela está errada porque não há uma metodologia padronizada de planejamento estratégico para aplicação nas organizações. Vários autores falam coisas completamente distintas. e) uma vez iniciado, pode ser revisto apenas de ano em ano, desde que tais revisões tenham sido previstas em sua formatação original. Não faz o menor sentido. O planejamento pode ser revisto conforme seja necessário, mas esta revisão deve ser feita pelos próprios planejadores e não pelas pessoas que estão trabalhando com a implementação da estratégia. Idealmente, entretanto, o planejamento não precisaria ser revisto antes do fim do ciclo de planejamento atual, que normalmente é de um ano. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 29 Gabarito: B Questão 19 (CESGRANRIO/Petrobras/Administrador – Biocombustíveis/2010). Em função da crise financeira mundial, o conselho diretor de um conglomerado industrial decidiu pelo desinvestimento em uma unidade estratégica de negócios cuja participação relativa de mercado é baixa, apesar da taxa de crescimento do mercado ser alta. Segundo a matriz BCG, eles classificaram a unidade como um(a) a) abacaxi. b) cão. c) ponto de interrogação. d) estrela. e) vaca leiteira. Comentário: Questão bastante direta, onde você precisaria apenas se lembrar que, segundo a Matriz BCG, os produtos com baixa participação no mercado e que estão em um mercado em crescimento são os produtos “em questionamento”, simplesmente representados por um ponto de interrogação. A seguir a famosa matriz BCG e uma tabela com sua explicação a respeito de que estratégia adotar conforme a situação. Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 30 Gabarito: C Administração Estratégica para CGU – Área Administrativa Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Sandro Monteiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Sandro Monteiro 31 BIBILIOGRAFIA [1] DAY, George S., REIBSTEIN, David J. & GUNTHER, Robert. A Dinâmica da Estratégia Competitiva. Rio de Janeiro. Campus, 1999. [2] DOWBOR, Ladislau. Descentralização e Governabilidade in Revista do Serviço Público. Brasília. ENAP, ano 45, nº1, 1994. [3] GLUCK, F. N.; KAUFMANN, S.P. & WALLEC, S. Strategic management for competitive Advantage. Harvard Business Review, 1986. [4] Indicadores de programas: Guia Metodológico. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos – Brasília, 2010. [5] LOBATO, David M. Administração Estratégica. Rio de Janeiro. Editoração Ed Ltda, 2000. 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