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Teoria Literária APOL

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Questão 1/10 - Teoria Literária
Leia a passagem a seguir: 
“Mas os livros não são um fim em si mesmos. Lemos os livros para aprender a ler o mundo. A leitura não é linear nem se restringe à leitura de livros, revistas, folhetos, papéis novos ou mofados, em atmosfera rarefeita.  É justamente o oposto. A leitura é louca pela vida, é louca como a própria vida. Com os livros aprendemos a ler a vida”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PERISSÉ, Gabriel. Elogio à leitura. Barueri, SP: Manole, 2005, p. 2. 
Há diferentes níveis de leitura no contexto da teoria literária, os quais servem a diferentes etapas do exame crítico do texto. Considerando a passagem acima e o livro-base Teoria da Literatura, texto de interpretação ou leitura de interpretação se caracteriza por:
Nota: 10.0
	
	A
	interpretar o texto por meio da subjetividade, verticalidade e conotação.
Você acertou!
a alternativa está correta porque o texto de interpretação ou a leitura de interpretação busca a alma do texto, que “não está na denotação, mas na conotação, isto é, não na objetividade, mas sim na subjetividade, não na aparência, mas sim na essência. Cada consideração horizontal encontra se contraponto navertical [...]” (livro-base, p. 96)
	
	B
	enfatizar os aspectos objetivos, denotativos e aparentes do texto.
	
	C
	captar o desconhecido e o estranho por meio de quebra às regras de leitura.
	
	D
	procurar nas entrelinhas as emoções que não se veem na superfície do texto.
	
	E
	buscar mediante métodos científicos de leitura a verdade relativa e absoluta.
Questão 2/10 - Teoria Literária
Leia o excerto a seguir:
“Os belos sentimentos, o sentido e o espírito desta feliz harmonia manifestam-se em todas as produções nas quais a liberdade grega tonou consciência de si mesma e representou a sua natureza. É por isso que a sua visão do mundo ocupa o meio, o centro em que a beleza começa a sua verdadeira vida e inaugura seu sereno reino”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Hegel, F.W. Estética. A arte clássica e a arte romântica. Trad. Orlando Vitorino. 2ª ed. Lisboa: Guimarães editores, 1972, p. 25 
O conceito de estética começa a tomar forma na Grécia antiga. Ele está ligado ao conceito do belo ou da beleza, o qual por sua vez vincula-se dependendo do pensador à verdade ou ao bem. Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre a teoria do belo aristotélica, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	o belo é aquilo que é aprazível para quem o contempla, pleno de harmonia, a qual se manifesta em qualquer lugar ou objeto.
Você acertou!
Esta alternativa está correta porque para Aristóteles, “o mundo, vindo do caos, passou a ser regido por uma harmonia [...], harmonia [compreendida] como indispensável à beleza. [...] e a harmonia é uma condição quer pode estar em qualquer lugar e em qualquer coisa [...]”. (livro-base, p. 116) Além disso, para o filósofo grego “o estudo da beleza não está mais no objeto, “mas sim nas repercussões que ela desencadeia no espírito do contemplador: ‘Beleza é aquele bem que é aprazível somente porque é bem’. Isto é, a beleza é o objeto que agrada ao sujeito pelo simples fato de ser apreendido e fruído. [...] (livro-base, p. 117)
	
	B
	a valorização da aparência criada pelo homem em oposição à criação da natureza é a plena realização do belo.
	
	C
	a beleza está no mundo das ideias e não no plano sensível e material, no qual nossa alma só consegue percebê-la degradada.
	
	D
	o belo depende da adesão universal a uma percepção do belo sentida individualmente por um sujeito.
	
	E
	a beleza sacia o desejo de liberdade do espírito pois a arte é desinteressada e por isso capaz de amenizar ou espiritualizar o mundo da natureza.
 
Questão 3/10 - Teoria Literária
Leia o excerto de texto a seguir
“A situação épica primitiva é:um narrador conta a um auditório alguma coisa que aconteceu. O ponto de vista do narrador encontra-se, pois, em frente do que vai contar; uma fusão como na Lìrica não pode surgir aqui. A clara expressão linguística disto é o pretérito, em que a narração se apresenta como passada, isto é, como qualquer coisa de imutável, de fixo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 388. 
Homero, a quem se atribui a autoria da Ilíada e da Odisseia, organizou e articulou várias narrativas orais contadas e cantadas por poetas conhecidos como rapsodos por meio do narrador “épico”. O texto escrito na realidade só vai ser estabelecido séculos mais tarde por filólogos da biblioteca de Alexandria. Em vista disso, do excerto acima e dos conteúdos do livro-base Teoria da Literatura acerca das origens e elementos estruturais do gênero épico, leia as afirmativas a seguir: 
I – A rapsódia era um canto improvisado parecido com o repente nordestino em que se intercalam versos originais e versos já feitos.
II – O gênero épica deriva na Grécia das narrativas dos protagonistas da cidade-Estado, versando sobre fatos políticos e corriqueiros.
III – As rapsódias e mesmo os textos épicos tinham um efeito didático, porque por meio de exemplos de seus heróis indicavam caminhos virtuosos.
IV – A épica se concentrava na paródia de líderes e guerreiros gregos, mostrando seus vícios à comunidade a que pertenciam.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III.
	
	B
	II e III.
	
	C
	II e IV.
	
	D
	II, III e IV.
	
	E
	I e III.
Você acertou!
As afirmativas I e III estão corretas porque “a rapsódia era uma espécie de recitação improvisada, como eram (sic) os dos nossos cantadores nordestinos os epítetos [...]”. Além disso, segundo Staiger, “A rapsódia necessitava de uma grande provisão de versos já feitos, que intercalava de quando em vez, para nesse ínterim [intervalo] penar no que viria a seguir” (livro-base, p. 145, 144). E (afirmativa III) “tais narrativas tinham que ser modelares, explicativas do Bem e da Verdade e de seus opostos, para que os membros do grupo pudessem encontrar o caminho qualificante do herói virtuoso e nobre” (livro-base, p. 145) As afirmativas II e IV estão erradas porque os protagonistas das histórias das rapsódias gregas resultam de “narrativas tribais que eram unificadoras dos grupos, alguns completamente primitivos [sic]” e porque   e  porque a épica não era paródica tampouco exaltava os vícios de seus heróis. (livro-base, 145). 
Questão 4/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Tal gesto [experiência estético-literária] significa, portanto, que estar alfabetizado, mesmo ser um inveterado leitor, ainda não significa que saibamos ler literatura. Isso se dá porque a obra literária tem uma organização própria. Esta teria por característica trazer em si uma carência de sentido, que só se completa pela presença ativa do leitor [...]. Por isso, perante a obra literária, o leitor não é um mero decodificador, que cumpre as exigências do texto condutor. Suplementador de uma carência estrutural, o leitor dá sentido ao que, sem sua participação, pareceria um amontoado de frases não perfeitamente articuladas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LIMA, Luiz Costa Lima. Apresentação (orelha). In: ISER, Wolfgang. O ato da leitura, v. 2. São Paulo: Cia das Letras, 1999. 
O fragmento acima desenvolve bem uma das correntes críticas que mudaram o modo de ver o texto literário no século XX. Sua ênfase se dá no papel do leitor e da leitura em face do texto literário. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura acerca dos movimentos críticos, o fragmento acima corresponde às ideias...
Nota: 10.0
	
	A
	da crítica biográfica.
	
	B
	da nova crítica.
	
	C
	do pós-estruturalismo.
	
	D
	da estéticada recepção.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque é a corrente que enfatiza o papel da leitura na construção do sentido do texto literário, por isso o termo “recepção”: “[...] Jauss e outros [..] propõem que a recepção e o leitor fossem o foco da investigação. Seu conceito de leitor abrange duas categorias: a do horizonte de expectativas e a da emancipação”.  O primeiro aspecto diz respeito às vivências e repertórios do leitor; e o segundo diz respeito às mudanças que sofre o leitor à medida que é alcançado pela arte (livro-base, p. 80) Wolfgang Iser, autor do fragmento de texto acima, é um dos expoentes dessa corrente crítica.
	
	E
	da crítica semiótica.
Questão 5/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“Onde quer que o mundo se torne dramático, cessa aquela calma contemplação, aquele largo distanciamento, aquele amor por cada ponto isolado na variegada plenitude da existência, que são característicos da atitude épica. Aqui o sentido último da palavra não é a manifestação de uma fusão ou a representação de um outro ser [...], tudo tende, ansiosamente, para o que há de vir”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 408. 
“Fim da calma” e “tensão” pelo que pode vir a acontecer, elementos presentes na tragédia grega, estão ligados em sua origem a uma etapa da história da Grécia antiga, diferente daquela que imprimiu o gênero épico. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre a relação da tragédia grega e a sociedade que a originou, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	O surgimento da pólis trouxe a figura do cidadão, cujas ações exemplares foram descritas nas tragédias de Sófocles.
	
	B
	A tragédia grega expressa a tensão entre mito e razão, representação do conflito entre o cidadão da pólise preceitos do discurso mítico.
Você acertou!
Esta alternativa está correta porque “O momento histórico do aparecimento da tragédia corresponde a um estado de conflito entre o mito e a razão”. Livro-base, p. 149) A alternativa a está errada porque a tragédia não descreve as ações exemplares do cidadão grego; as alternativas c, d e e também estão incorretas porque as tragédias não expressam ações ligadas à corrupção; tampouco o conflito se dá entre paixão e filosofia; nem aborda conflitos ou tensões ligadas às formas de escolha dos governantes da pólis.
	
	C
	O drama grego antigo exibe a punição do cidadão corrupto da pólis, que coloca seu desejo acima tudo irritando os seguidores do deus Apolo.
	
	D
	O cidadão da pólis vive sob o conflito entre a paixão e a filosofia, tensão que é retratada nas tragédias gregas.
	
	E
	A expectativa de quem governaria a pólis a cada eleição é o que leva à tensão representada nas tragédias da antiga Grécia,
Questão 6/10 - Teoria Literária
Leia a passagem a seguir:
“O movimento da estética teve na modernidade o seu auge em Hegel, que demarca um ponto fundamental na análise da arte antiga. Junto a Kant, com a antinomia do gosto, e chegando a Nietzsche, na invenção do gosto como belo, Hegel, que compõe a saída filosófica de sua juventude na harmonia da estética de Schelling, integra o conjunto das determinações da nova disciplina: a estética”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REZENDE, Claudinei Cássio de. O momento hegeliano da estética: a auto-superação da arte.  Kínesis, vol. I, n. 01, p.12-21, mar. 2009, p. 12
Hegel em sua estética se contrapõe aos antigos e a Kant. O Belo será incorporado a sua filosofia do espírito. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Teoria da literatura, sobre a estética de Hegel pode-se afirmar corretamente que:
Nota: 10.0
	
	A
	a beleza existe num plano transcendental, não se realiza no nível das sensações por isso não aliviam a relação do homem com a natureza.
	
	B
	o gosto ou prazer estético é uma manifestação da subjetividade e como tal se dilui no turbilhão das aparências.
	
	C
	o belo e suas manifestações se realizam  no mundo transcendental, no mundo sensível são apenas sombra deles
	
	D
	o belo ou a beleza é uma manifestação sensível  da ideia que acaba por espiritualizar o mundo.
Você acertou!
Esta alternativa é a correta pois o centro da teoria hegeliana “repousa na beleza como sendo a manifestação sensível da ideia. (livro-base, p. 122). E para Hegel a “arte é o escalão inicial, através do qual, nesse processo de espiritualização do mundo, o homem procura humanizar as coisas, inserindo a Ideia no sensível”. (livro-base, p. 125). As demais alternativas não dizem respeito à estética hegeliana porque a beleza para Hegel se manifesta no sensível, não é mera aparência ou refém da subjetividade, e, muito menos, compreende o espírito como brutalizador da natureza, mas o contrário, o belo e o espírito “sutilizam” a natureza. (livro-base, p. 125)
	
	E
	a beleza tem a função de recuperar a generosidade da natureza, uma vez que o espírito humano e as ideias são brutos e insensíveis.
Questão 7/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, em sua cama, viu-se metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre suas costas duras como couraça e, ao levantar um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido por nervuras arqueadas, no topo do qual a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se sustinha. Suas numerosas pernas, lastimavelmente finas em comparação com o volume do resto do corpo, tremulavam desamparadas diante dos seus olhos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAFKA, Franz. Metamorfose. In: Franz Kafka – Essencial. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Penguin Classics/Cia das Letras, 1997 (Coleção Clássicos), p.227.
Um dos conceitos chave da teoria literária é a mimese. Elaborado desde a Antiguidade por Platão e Aristóteles esse conceito é mal compreendido hoje em boa parte pelo senso comum, que o reduz à ideia de imitação. Nesse sentido, considerando o texto de Kafka e o conteúdo do livro-base Teoria da Literatura sobre a mimese ou imitação, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	o texto de Kafka é fantasioso e irreal, por isso não se aplica a ele o conceito de mimese, por isso é chamado de fábula.
	
	B
	a transformação de Gregor Samsa em um inseto monstruoso é uma elaboração fantasiosa, portanto foge aos limites da mimese.
	
	C
	a semelhança com a realidade é a base da mimese, mas o texto literário é expressão dos sentimentos e das aspirações do escritor.
Você acertou!
Esta alternativa está correta porque “apesar das diferenças profundas que distinguem as doutrinas da mimese em Platão e Aristóteles um elemento fundamental é comum a ambas teorias: a noção de que toda a obra poética [...] tem de manter uma relação de semelhança e de adequação com uma realidade natural já existente. [Mas] A atenção desloca-se do objeto para o sujeito e o ideal poético deixa de consistir na imitação da natureza para se transformar na expressão dos sentimentos, dos desejos, das aspirações do poeta. [...] Então tem sentido dizer que o artista ‘imita’ a natureza enquanto força criadora” (livro-base, p. 58-59)
	
	D
	a Metamorfose, de Kafka, é um gênero do realismo mágico, estilo que abre mão do emprego da mimese.
	
	E
	a mimese em um texto literário é a pura imitação dos fatos e dos homens reais, sem espaço para elaborações fantasiosas ou surreais.
 
Questão 8/10 - Teoria Literária
Leia o excerto a seguir:
"A epopeia está em conformidade com a tragédia, até pelo fato de ser imitação de homens nobres numa narrativa versificada; mas o fato de que ela emprega um metro uniforme e é uma narração torna ambas diferentes. E elas são diferentes pela extensão de cada cada qual: posto que uma tenta, tanto quanto possível, desenvolver-sedurante uma única revolução solar ou, no mínimo, não se distanciar muito disso, ao passo que a outra, a epopeia, não tem limites temporais".
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓTELES. A Poética, 14449b Trad. Eudoro de Souza. 3. ed. São Paulo: Ars Poética, 1993.
A Ilíada e a Odisseia são os épicos gregos que exerceram forte influência na literatura do Ocidente, da Eneida, de Virgílio, ao Ulisses, de Joyce. O hexâmetro e o modo de narrar dessas obras são algumas das características desse gênero. Dadas essas informações e considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura acerca do gênero épico, é correto firmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Na épica o narrador expressa sentimentos e faz reflexões acerca dos fatos narrados, intervindo na história.
	
	B
	os sentimentos do narrador épico intervêm na história o que explica a irregularidade dos versos na Ilíada, por exemplo.
	
	C
	a regularidade dos versos e o afastamento do narrador diante da história narrada caracterizam a narrativa épica.
Você acertou!
O narrador épico é aquele que registra, não se emociona, não se envolve. O épico objetiva a apresentação dos fatos narrados. O narrador épico nada sabe da evolução dos fatos que apenas se somam e existe a possibilidade de que esses fatos sejam interrompidos para ganhar nova direção ou lugar. Esse narrador indiferente, entretanto, não está absolutamente, ausente. [...]. É evidente que procura ser admitido tão somente como narrador, o homem que vê e mostra as coisas dessa maneira, que aí está com uma vareta na mão e que aponta os quadros que vão aparecendo" (livro-base, p. 142)
	
	D
	a perspectiva do narrador oscila de acordo com o que vai sendo narrado, altera-se tanto a ponto de o leitor confundi-lo com as personagens.
	
	E
	o narrador épico é absolutamente ausente, não intervém, na obra nem para mostrar-se, nem para ser admirado.
Questão 9/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Na limpidez transparente do seu universo sem culpa, entrevemos o contorno de uma terra sem males definitivos ou irremediáveis, regida por uma encantadora neutralidade moral. Lá não se trabalha, não se passa necessidade, tudo se remedeia. Na sociedade parasitária e indolente, que era a dos homens livres do Brasil de então, haveria muito disto, graças à brutalidade do trabalho escravo, que o autor elide junto com outras formas de violência”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, Antonio. Dialética da malandragem. In: CANDIDO, A. O discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1993, p. 53-54. 
O fragmento de texto acima é parte de uma crítica do romance Memórias de um sargento de milícias escrita por Antonio Candido. Vê-se nele características da crítica sociológica. Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre a crítica sociológica, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	o pensamento direcionado para a essência do homem e o incentivo ao exame que tem o texto como base estão o centro da crítica sociológica.
	
	B
	a crítica sociológica privilegia o exame detalhado da vida do autor, dos seus afetos e de sua psicologia.
	
	C
	a crítica sociológica interpreta o romance pela observação do meio social no qual surgiu e do contexto sociopolítico em que está inserido.
Você acertou!
As alternativas a, b, d, e e estão erradas porque referem-se, respectivamente, à nova crítica, à crítica biográfica, à crítica estilística e à crítica psicológica (livro-base, p.72-81). A alternativa c está correta porque a crítica sociológica “trabalha a sociologia do romance pela via da observação da estrutura do meio social no qual surgiu o romance e a forma do próprio romance de fundo político e social. (livro-base, p. 78)
	
	D
	os elementos afetivos da língua, uma estilística da linguagem o estilo individual do escritor são os objetos da crítica sociológica.
	
	E
	a leitura das motivações inconscientes dos personagens, seus traumas, pulsões e libidos predominam na crítica sociológica.
Questão 10/10 - Teoria Literária
Leia a passagem a seguir:
“’Não seja criativo, cumpra apenas o seu dever’, diz a cartilha. Uma leitura assim, feita com esmero, não traz muitos perigos. Muito perigoso, porém, para nossa saúde intelectual, cultural, seria nos limitarmos a ela”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PERISSÉ, Gabriel. Elogio à leitura. Barueri, SP: Manole, 2005, p. 56. 
No contexto da crítica literária há diferentes níveis de leitura, os quais servem a diferentes funções. Considerando a passagem acima e o livro-base Teoria da Literatura, texto de uso ou leitura de uso se caracteriza por:
Nota: 10.0
	
	A
	procurar sentir emoções que se produzem nas entrelinhas do texto.
	
	B
	buscar a verdade que se revela mediante métodos científicos de leitura.
	
	C
	interpretar o texto por meio dos seus sentidos conotativos e mais profundos.
	
	D
	buscar informações superficiais e em geral ligadas a dados externos ao texto.
Você acertou!
a alternativa está correta porque “texto de uso e/ou leitura de uso refere-se à atividade de ler o texto em busca de informações evidentes e superficiais sobre aspectos externos ao próprio texto” (livro-base, p. 96). As alternativas a e bnão se referem a nenhum tipo de leitura específico e a alternativa c remete-se à texto de interpretação ou leitura de interpretação.
	
	E
	uma busca por fuga às regras a fim de se captar o desconhecido e o estranho.

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