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EpistemologiaCSH 1 (1)

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1º Ciclo PSICOLOGIA 3º Ano 1º Semestre 2017-18
Epistemologia das Ciênciais 
Sociais e Humanas
Rodrigo Brito
Professor Associado, EPCV
Investigador Sénior, COPELABS
Email: rodrigo.brito@ulusofona.pt
Aula 1
11/12 Setembro
Apresentação do programa, sistema de avaliação, e 
fontes bibliográficas da UC
Objectivos 1
● Saber compreender e avaliar as tensões entre o 
conhecimento científico e o senso comum
● Entender a evolução histórica da epistemologia na 
sua relação com a razão, a fé, e a ciência
● Entender o papel da teoria e dos dados na 
construção do conhecimento 
● Conhecer as principais posições epistemológicas da 
ciência em geral e das ciências sociais e humanas 
em particular
Objectivos 2
● Adquirir a capacidade de avaliar criticamente 
a validade dos paradigmas e abordagens das 
ciências sociais e da psicologia
● Entender os desafios práticos que se colocam 
à validade epistemológica nas ciências 
psicológicas na actualidade
● Adquirir competências de exposição e debate 
em torno das questões abordadas
Avaliação contínua
● teste escrito sobre a primeira parte do programa 
(35%): 6/7 Nov
● recensão crítica (máx. 1000 palavras) de um dos 
textos de leitura recomendada (35%): 30 Dez
● trabalho de grupo apresentando oralmente em aula a 
posição de um dos autores do programa (20%)
● qualidade da participação em aula (10%; para 
trabalhadores-estudantes que não estejam presentes 
em aulas, substituído por discussão oral individual com 
docente)
Programa (1ª parte)
1.As principais correntes, questões, e definições epistemológicas.
1.1. Conhecimento e conhecimento científico. Epistemologia da Antiguidade à 
Idade Média. Fé e Razão (25/26 de Setembro – 2/3 de Outubro). 
1.2. O papel da teoria e dos dados no debate entre empiricismo, 
racionalismo, e construtivismo: da Idade Moderna ao presente (2/3 de 
Outubro)
1.3. O falsificacionismo de K. Popper (9/10 de Outubro)
1.4. A estrutura e produção da ciência normal e as revoluções científicas 
segundo T. Kuhn (16/17 de Outubro)
1.5. A epistemologia evolucionista de D.T. Campbell (23/24 de Outubro)
- Aula de revisões. Articulações entre diferentes pontos do programa (30/31 
de Outubro)
Frequência (6/7 de Novembro)
Programa (2ª parte)
2. A Epistemologia das Ciências Sociais e Humanas
2.1. Ciências Naturais e Ciências Sociais: Objetos e métodos. Entidades sociais 
e entidades psicológicas (13Out/14 Nov) 
2.2. Perspectivas fundadoras das Ciências Sociais e Humanas:
2.2.1 A primazia do social (Durkheim) (20/21 Nov)
2.2.2 A sociologia compreensiva e o sentido (Weber) (27/28 Nov)
2.2.2 A sociologia interventiva e a acção (Marx) (4/5 Dez)
2.3. A relação entre Psicologia, Sociologia, e Antropologia. Funcionalismo 
estrutural e interacionismo simbólico. (11/12Dez)
2.4. O papel da descrição e da explicação causal nas ciências sociais e 
naturais: preconceitos e práticas efectivas. A procura da objectividade (8/9 
Jan)
Revisão dos trabalhos escritos, avaliação, conclusões (15/16Jan)
Bibliografia e fontes principais
*Braga da Cruz, M. (org.) (1989). Teorias sociológicas I: antologia de textos. Lisboa: Gulbenkian 
S/139-BC
Durkheim, E. (1998). As regras do método sociológico. Lisboa: Presença (orig. 1894) S/16-BC
Kuhn, T. (2001). Estrutura das revoluções científicas. S. Paulo: Perspectiva (orig. 1962) F/615-BC
Magee, B. (1979). As idéias de Popper. S. Paulo: Cultrix (orig. 1973) F/295-BC
*Miller, D. (Ed.) (1983). A pocket Popper. Oxford: Fontana Paperbacks F/674-BC
Rozin, P. (2001). Social Psychology and Science: Some lessons from Solomon Asch. Personality and 
Social Psychology Review 5: 2-14 
(https://sites.sas.upenn.edu/rozin/files/socpsysci195pspr2001pap_0.pdf)
*Zalta, E. (Ed.) (2016). The Stanford Encyclopaedia of Philosophy. (plato.stanford.edu)
*Fontes de textos diversos a serem seleccionados
Nota: As obras disponíveis na Biblioteca Victor de Sá têm as cotas indicadas
Aula 2
25/26 Setembro
As principais correntes, questões, e definições 
epistemológicas
Epistemologia da Antiguidade à Idade Média. Fé e Razão
Fontes recomendadas:
plato.stanford.edu/entries/epistemology (sobretudo 1-4)
www.britannica.com/topic/epistemology/the-history-of-epistemology (até 'St. 
Augustine')
Epistemologia
= 
episteme (conhecimento)
+ 
logos (discurso)
Conhecimento:
●Prático (saber fazer)
●Pessoal (relacional)
●Proposicional (saber que x)
Questões essencias
●Qual a natureza da realidade?
●Qual a capacidade humana de a 
conhecer?
●Qual o papel dos sentidos no 
conhecimento?
●Qual o papel da mente no conhecimento?
●Qual o papel dos processos sociais na 
produção do conhecimento?
Conhecimento: definição
'Crença verdadeira justificada' (Platão)
a) sujeito acredita em algo
b) essa crença corresponde a uma 
realidade
c) sujeito detê evidencia dessa 
realidade que justifica a crença
Como se justifica a crença
Visão tradicional: evidência 
(internalismo)
Visão não tradicional: fiabilidade da 
evidência (externalismo)
- probabilidade
Qual a relação entre crenças?
● Fundacionalismo: enfâse em crenças 
básicas não dependentes de outras; 
conhecimento constrói-se como edifício
● Coerentismo: enfâse em consistência 
lógica e reforço mútuo entre crenças; 
conhecimento constrói-se como rede
Quais as fontes do conhecimento?
Percepção
Introspecção
Memória
Razão
Testemunho
Correntes principais 
(e respectivas fontes válidas do conhecimento)
●Idealismo (introspecção, razão)
●Empiricismo (percepção)
●Racionalismo (razão, percepção)
●Cepticismo (-)
●Constructivismo / relativismo 
(variadas)
Períodos históricos: 
epistemologias...
Antiga, c. 500AC-400DC (os fundamentos 
do real)
Medieval 1000-1500DC (a conciliação da 
razão e da fé)
Moderna, c. 1500-1900DC (a revolução 
científica)
Idade Contemporânea, 1900- (a ciência 
auto-reflexiva)
Idealismo platónico
(alegoria da caverna)
Sentidos dão impressão superficial de mundo mutável 
vs A essência do mundo é imutável
logo
Não podemos confiar nos sentidos para nos indicar o 
que é a realidade: temos de confiar na razão
Eventos e exemplares individuais não podem ser 
objecto do conhecimento: apenas tipos gerais é que o 
podem ser
Epistemologia Aristotélica
Conhecimento (ciência) é baseado em 
silogismos coerentes entre si
A percepção fornece a forma das 
coisas, não a sua matéria
A percepção das formas corresponde à 
sua realidade
O cepticismo
(pós-Platão e Aristótles)
É impossível ter conhecimento seguro 
sobre o mundo:
●Evidências no mundo real são 
contraditórias
●É impossível determinar os critérios 
de veracidade de proposições
O que retemos da epistemologia grega 
clássica?
O conhecimento que interessa é o de 
casos gerais e não o de casos e 
eventos particulares
Não existe percepção sem teoria; 
teoria define categorias e tipos de 
objectos e de eventos (Platão)
Teoria define também lógica de 
Santo Agostinho (Séc IV)
Contra os cépticos
Deus conhece o mundo como ele é 
(omnisciência)
O Homem é feito à imagem de Deus, tem por 
isso a capacidade potencial de aceder a esse 
conhecimento...
Desde que Deus decida iluminar uma parte da 
realidade para que o Homem a conheça
Da religião à ciência
●Idade Média (Razão e Fé sem sistematização da 
Experiência)
●Idade Moderna (Fé torna-se subalterna; serve 
para justificar relação entre Razão e Experiência)
●Idade contemporânea (A Fé desaparece; a 
Ciência discute com a filosofia e reflecte sobre si 
própria)
Aula 3
26/27 Setembro
Conhecimento e conhecimento científico. O papel da teoria e dos dados 
no debate entre empiricismo, racionalismo, e construtivismoFontes recomendadas:
http://plato.stanford.edu/entries/rationalism-empiricism/
www.britannica.com/topic/epistemology/the-history-of-epistemology (a partir de 
Medieval Epistemology: ver autores referidos na aula)
Epistemologia medieval: Fé e Razão
Santo Anselmo (Séc XII): Conhecimento baseado na experiência directa; a descrição é 
baseada em experiências análogas (que permitem conhecer Deus)
São Tomás de Aquino (Séc XIII): Iluminação divina ocorre na criação de cada alma. 
Distinção aristotélica entre conhecimento de particulares (exemplares), generalidades, 
e Deus; humanos especialmente capacitados para conhecer generalidades. 
Conhecimento obtém-se pela abstração de propriedades de um objecto que é 
percebido pelos sentidos
John Dun Scotus (Séc XIII-XIV): Diversas classes de coisas podem ser conhecidas, entre 
as quais as que se conhecem através da experiência. Co-ocorrências regulares podem 
indicar causalidade; leis são induzidas da observação acumulada.
William Ockham (Séc. XIV): Conhecimento intuitivo deve ser verdadeiro (tem origem 
em Deus); conhecimento abstracto também pode ser. Impossibilidade de saber com 
certeza (Cepticismo). Preferência por explicações simples (Lâmina de Ockham)
A separação da Fé e da Razão na Idade Moderna 
(séc. XVII-XVIII)
Os filósofos defendem frequentemente a existência de Deus mas separam epistemologicamente 
o mundo no que se pode conhecer pela Fé (sobrenatural) do que se pode conhecer pela razão e 
experiência (natural).
●Hobbes (1588-1679): Proposições da Fé baseadas na vontade e não no intelecto.
●Locke (1632-1704): A Razão restringe as proposições admissíveis pela Fé às que não contradizem 
a realidade, nem umas às outras
●Descartes (1596-1650): O conhecimento pela Razão é possível porque Deus não é enganador e a 
Razão baseia-se em intuições.
●Alguns astrónomos propõe uma nova visão do cosmo que contradiz a verdade revelada proposta 
na Bíblia e aponta o caminho para uma ciência dominada pela Razão
●Copérnico (1473-1543) argumenta que a terra gira em redor do sol e não o contrário
●Galileu (1564-1642) demonstra que esse facto, como muitos outros, contradiz também a 
impressão imediata dos sentidos e só se pode inferir da observação mediada por instrumentos e 
cálculos matemáticos complexos
O debate racionalismo vs empiricismo na Idade 
Moderna (séc. XVII-XVIII)
Em qualquer área do conhecimento pode-se adoptar uma posição mais 
racionalista ou mais empiricista (correntes só entram em conflito dentro de 
uma àrea)
●Racionalismo (Descartes, Espinoza, Leibniz): a fonte principal do 
conhecimento encontra-se na razão: na intuição (o sentimento de veracidade 
relacionado com proposições fundamentais - fundacionalismo) e na dedução 
(proposições secundárias que se deduzem das fundamentais - coerentismo)
●Empiricismo (Hobbes, Locke, Hume): a fonte principal do conhecimento 
encontra-se na experiência dos sentidos; intuição e dedução úteis por ex. na 
matemática, mas não servem para conhecer factos no mundo real (natural), 
que só podem ser conhecidos através da observação
●Idealismo racionalista (Kant): Conhecimento resulta dos factos do mundo 
serem apreensíveis pelos conceitos humanos
A forma da realidade e da razão: epistemologia 
contemporânea 1
Perspectiva fenomenológica: Aceita-se que o conhecimento é baseado nas 
capacidades e limites da relação entre o ser humano e o mundo a conhecer
●Fenomenologia: Conhecimento do mundo baseado nos fenómenos da 
experiência (Husserl). Experiência prática implica relação directa com o 
mundo (Heidegger); percepção humana baseada nos limites do corpo e da 
mente (Merleau-Ponty). (base da Gestalt)
● (des)Constructivismo: Todo o conhecimento é historicamente situado e 
serve propósitos de poder (Foucault). Apoia visão relativista da ciência.
A forma da realidade e da razão: epistemologia 
contemporânea 2
Perspectiva analítica: O foco situa-se na análise linguistica (ex. Wittgenstein) 
e na clarificação conceptual.
●Positivismo lógico (Escola de Viena): Assume distinção entre conhecimento 
possível (verificável) e impossível (não verificável). Função da filosofia e 
epistemologia é conceptual e analítica e não legitimadora; deve descrever a 
prática científica.
●Realismo: Distinção entre entidades reais mentais (privadas) e físicas 
(públicas)
●Fenomenalismo: Indistinção entre entidades mentais e físicas

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