Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Ana beatriz junqueira Ceglia Ana Paula Barzagli Laura longo Marrichi Welington MaFra Antropologia Antropologia Antro = Homem Logia = Estudo Ou seja, a Antropologia é a ciência que estuda o homem como ser biológico, social e cultural. Origem da Antropologia A Antropologia surgiu com o intuito de resolver e inventar soluções para a urbanização, industrialização e pela expansão europeia no mundo, buscando o entendimento do homem e a sua cultura; Desenvolveu-se para melhor compreensão dos povos colonizados na África, Ásia e Américas pelas sociedades europeias; As pesquisas científicas eram financiadas pelas elites europeias com apoio político; Eurocentrismo = tudo girava em torno dos europeus; Era importante conhecer para dominar. Antropologia Áreas muito amplas dividas e organizadas em: Antropologia Física/Biológica: estuda os aspectos genéticos e biológicos do homem; Antropologia Social: estuda a organização social e política, parentescos e instituições sociais; Antropologia Cultural: estuda sistemas simbólicos, religião, comportamento; Arqueologia: estuda condições de existência dos grupos humanos desaparecidos. Antropologia É uma forma de conhecimento sobre a diversidade cultural, isto é, busca de respostas para entendermos o que somos a partir do espelho fornecido pelo “Outro”, uma maneira de se situar na fronteira de vários mundos sociais e culturais, abrindo janelas entre eles, através das quais podemos alargar nossas possibilidades de sentir, agir e refletir sobre o que nos torna seres singulares, humanos. Escolas Antropológicas Ao longo de sua existência, a Antropologia tem, como toda ciência, mudado seus paradigmas e construído formas diversas de investigação e análise dos fenômenos culturais. Diante dessa evolução de paradigmas, surgem as Escolas Antropológicas. Principais Escolas Antropológicas Formação de uma literatura “etnográfica” sobre a diversidade cultural; Evolucionismo Social; Escola Sociológica Francesa; Funcionalismo Culturalismo Norte-Americano; Difusionismo; Estruturalismo; Antropologia Interpretativa; Antropologia Pós-Moderna ou Crítica. Formação de uma literatura “etnográfica” sobre a diversidade cultural Séculos XVI – XIX; É caracterizada por relatos de viagens; Seus temas e conceitos eram as descrições das terras (fauna, flora, topografia), dos povos “descobertos” (hábitos e crenças) e os primeiros relatos sobre alteridade; Representantes e obras: Pero Vaz Caminha (“Carta do Descobrimento do Brasil”); Hans Staden (“Duas Viagens ao Brasil”); Jean de Léry (“Viagem a Terra do Brasil”). EVOLUCIONISMO SOCIAL Século XIX; Caraterizado pela sistematização do conhecimento acumulado sobre os povos primitivos e o predomínio do trabalho de gabinete; Seus temas e conceitos são a unidade psíquica do homem, a evolução das sociedades mais primitivas para as mais civilizadas, a busca das origens (perspectiva diacrônica), os estudos de parentesco, religião e organização social, e a substituição do conceito de raça pelo de cultura; Representantes e obras: Herbert Spencer (“Princípios de biologia”); Edward Tylor (“A cultura primitiva”); Lewis Morgan (“A sociedade antiga”). DIFUSIONISMO Século XIX; É caracterizado: Pela explicação através do aspecto diacrônico; Busca uma explicação histórica para justificar as semelhanças e diferenças entre culturas; Procura a origem do comportamento ou costume da sociedade em análise. ESCOLA SOCIOLÓGICA FRANCESA Século XIX; Caracterizada pela definição de regras do método sociológico e dos fenômenos sociais como objetos de investigação socio-antropológica; Seus temas e conceitos são as representações coletivas, a solidariedade orgânica e mecânica, as formas primitivas de classificação, a teoria do conhecimento, a busca pelo Fato Social Total (biológico + psicológico + sociológico), a troca e a reciprocidade como fundamento da vida social (dar, receber, retribuir); Representantes e obras: Émile Durkheim (“Algumas formas primitivas de classificação”); Marcel Mauss (“Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a noção do eu”). FUNCIONALISMO Século XX, 1920; Caracterizado pelo modelo de etnografia clássica, com ênfase no trabalho de campo e sistematização do conhecimento acumulado sobre uma cultura; Seus temas e conceitos são a cultura como totalidade, interesse pelas instituições e suas funções para a manutenção da totalidade cultural e ênfase na sincronia X diacronia; Representantes e obras: Radelifte Brown (“Estrutura e função na sociedade primitiva”, “Sistemas políticos africanos de parentesco e casamento”); Raymond Firth (“Nós, os Tikopia”, “Elementos de Organização Social”); Victor Turner (“Ruptura e Continuidade em uma Sociedade Africana”, “O Processo Ritual”). CULTURALISMO NORTE-AMERICANO Século XX, 1930; Caracterizado pelo método comparativo, busca leis no desenvolvimento das culturas, relação entre cultura e personalidade; Seus temas e conceitos são a ênfase na construção e identificação de padrões culturais ou estilos de cultura; Representantes e obras: Franz Boas (“Os objetos da etnologia”, “Raça, Língua e Cultura”); Margaret Mead (“Sexo e temperamento em três sociedades primitivas”); Ruth Benedict (“Padrões de cultura”). ESTRUTURALISMO Século XX, 1940; Caracterizado pela busca de regras estruturantes das culturas presentes na mente humana, pela teoria do parentesco, lógica do mito, classificação primitiva e a distinção de natureza X cultura; Seus temas e conceitos são princípios de organização da mente humana, pares de oposição e códigos binários, reciprocidade; Representantes e obras: Claude Lévi-Strauss (“As estruturas elementares do parentesco”, “Tristes Trópicos”, Pensamento selvagem”, “Antropologia estrutural”, “Antropologia estrutural dois”, “O cru e o cozido” e “O homem nu”). ANTROPOLOGIA INTERPRETATIVA Século XX, 1960; Caracterizada pela cultura como hierarquia de significados, busca da descrição densa, interpretação X leis, e inspiração hermenêutica; Seu tema e conceito é a interpretação antropológica: leitura da leitura que os nativos fazem de sua própria cultura; Representantes e obras: Clifford Geertz (“A interpretação das culturas” e “Saber local”). ANTROPOLOGIA PÓS-MODERNA OU CRÍTICA Século XX, 1980; Caraterizada pela preocupação com os recursos retóricos presentes no modelo textual das etnografias clássicas e contemporâneas, politização da relação observador-observado na pesquisa antropológica, crítica dos paradigmas teóricos e da autoridade etnográfica do antropólogo; Seus temas e conceitos são cultura como processo polissêmico, etnografia como representação polifônica da polissemia cultural e antropologia como experimentação/arte da crítica cultural; Representantes e obras: James Clifford e Georges Marcus (“Writing culture – The poetics and politics of ethnography”); George Marcus e Michel Fischer (“Anthropoly as cultural critique”); Michel Taussing (“Xamanismo, colonialismo e o homem selvagem”); James Clifford (“The predicament of culture”).
Compartilhar