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XCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA_____ VARA DO JURI DA COMARCA DE_____
PROC Nº_______
CAROL, já devidamente qualificada nos autos do processo supra, que lhe move a Justiça Pública, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, através do Advogado que esta subscreve, mandado incluso, oferecer as presentes ALEGAÇÕES FINAIS, em forma de MEMORIAIS, por aplicação analógica do art. 403, § 3º, do Código de Processo penal, consubstanciado no que segue:
DOS FATOS
1. Segundo consta na peça acusatória, a acusada foi denunciada em 30/01/2010 como incurso no art. 126 do Código penal, porque, teria sido procurada por sua amiga Natasha, de quatorze anos de idade, inconformada com o fato de ter engravidado de seu namorado, Cleonilson, para que ela lhe provocasse um aborto.
Utilizando-se de seus conhecimentos de estudante de enfermagem, a acusada fez com que sua amiga Natasha, ingerisse um remédio para úlcera. Após alguns dias, em 31/12/2004, Natasha abortou e disse a Cleonilson que estava menstruada, alegando que não estivera de fato, grávida.
Cleonilson, encontrou nas gavetas de Natasha, exame de gravidez positivo em seu nome, um frasco de remédio para úlcera embrulhado em um papel com um bilhete da acusada para Natasha, na qual ela prescrevia as doses deremédio.
A acusada, tanto na delegacia quanto em seu interrogatório judicial. Negou veemente a prática do aborto.
Tanto é que o exame de corpo de delito, realizado por Natasha, apesar de confirmar a existência de resquício de saco gestacional, compatível com gravidez, não acusou elementos suficientes para a confirmação de aborto espontâneo ou provocado.
Preliminarmente:
Consideração merece ser feita sobre a extinção da punibilidade, pela prescrição. Os fatos narrados na denúncia ocorreram em data de 31 de Dezembro de 2004, sendo a denúncia oferecida em data de 30 de Janeiro de 2010. De acordo com o art. 126 do CP, o fato ilícito capitulado na denúncia tem como pena prevista de um a quatro anos de reclusão. 
Conforme dispõe o artigo 109, inciso IV do CP, ocorrerá sua prescrição em oito anos. Entretanto, tratando-se de menor de vinte e um anos na época dos fatos, a prescrição corre pela metade, com isso o crime está prescrito de acordo com o art. 115 do CP.
Pois, ocorrido o crime, nasce para o Estado a pretensão de punir o autor do fato criminoso. Essa pretensão deve, no entanto, ser exercida dentro de determinado lapso temporal, que varia de acordo com a figura criminosa composta pelo legislador e segundo o critério do máximo cominado em abstrato para a pena privativa de liberdade.A prescrição da pretensão punitiva trata-se de matéria de ordem pública e, com tal, deve ser declarada de ofício pelo Juiz ou Tribunal. Possível é, nos termos do Artigo 61 do Código de Processo Penal, reconhecer a prescrição em qualquer fase do processo.
Portanto, o crime em questão ora incurso a acusada está prescrito, nos termos do artigo 109, inciso IV c.c art. 115, ambos do Código Penal, ocorreu a prescrição do crime, o que determinará desde logo, a aplicação do artigo 107, inciso IV do CP, o qual prevê a extinção da punibilidade.
DO DIREITO:
Por outro lado, há de ressalvar que o crime ofertado, não tem o condão de ser, isto porque, sob o prisma do laudo da pericia realizada pelo IML é inconclusivo, pois NÃO EXITEM ELEMENTOS para confirmar a existência do aborto espontâneo ou provocado.
Ainda sim, não existem nos autos elementos probatórios, que conduzam a uma afirmação do crime, isto porque, a pessoa que vivenciou os fatos e no caso em tela, a menor sequer tem suas declarações colhidas em procedimento inquisitorial.
O que já de antemão, demonstra a incapacidade de vislumbrar uma autoria coesa, sem falhas, assim se não tem provas, não existe crime.
A impronúncia é de rigor.
Não foram esclarecidos os fatos, no que tange a materialidade (inexistência de elementos conclusivosao aborto) e autoria (sem oitiva da menor Natasha), o que data máxima vênia, caberia tão somente aquele que acusa a produção da prova.
Desta forma, nos termos do artigo 414 do Código Processual Penal, demonstrado que a materialidade e autoria se encontram falha, a impronúncia, mais uma vez é salutar.
Além disso, não existem outras provas em contrario do alegado pela ré Carol, pois esta em seu interrogatório (meio de defesa) e tanto em delegacia ouvida pela autoridade policial descreve que desconhecia as intenções da menor, acreditando que a amiga sofria de úlcera.
As provas são frágeis e sem estrutura de ser, razão pela qual a impronúncia deve ser declarada em seus exatos termos.
DO PEDIDO:
A vista do exposto se inclina esta defesa pela improcedência da ação penal declarando-se a prescrição da pretensão punitiva nos termos do artigo 109, inciso IV cc. art. 115, ambos do Código penal, e se caso não for este o entendimento de Vossa Excelência se requer com fulcro no artigo 414 do Código de Processo Penal a impronuncia de Carol, pelos elementos acima descritos e fartamente explorados, pleiteando-se ainda absolvição de CAROL nos termos do artigo 386, inciso V do CPP por ser essa expressão de direito e, sobretudo lídima JUSTIÇA!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO... TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP.
Processo nº...
FÁTIMA, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, por seu advogado no final assinado com fundamento no art. 406 e §§. do CPP, apresentar ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS, pelos fatos e fundamentos narrados a seguir.
DOS FATOS
Em meados de dezembro/2004, Leila, de quatorze anos de idade, descobriu que estava grávida, quando procurou sua amiga Fátima, ora Ré, a fim de que esta lhe provocasse um aborto, esta por sua vez, utilizando seus conhecimentos como estudante de enfermagem, ministrou a Leila remédios para úlcera, acreditando de fato que sua amiga sofria fortemente com problemas de úlcera, desconhecendo a gravidez.
Passados alguns dias, Leila sofreu aborto em decorrência da ingestão do medicamento ministrado pela Ré, que a época contava com vinte anos. 
O então namorado de Leila, Joel, investigou nos pertences pessoais da mesma descobriu o resultado positivo do exame de gravidez, além do frasco de remédios para tratamento de úlcera com um bilhete da Ré, onde prescrevera as doses do referido remédio, ocasião em que Joel ofereceuqueixa-crime contra a Ré junto autoridade policial, com base nas provas encontradas.
Assim é que a Ré foi indiciada por crime de aborto, todavia, tanto na delegacia quanto em juízo, a mesma negou tal prática, afirmando que ministrou tal medicação, uma vez que acreditava de fato que a amiga estava sofrendo com problemas de úlcera.
Embora a perícia realizada em Leila junto ao IML – Instituto Médico Legal tenha confirmado a existência de resquícios de saco gestacional, compatível com gravidez, não foi encontrado elementos suficientes para confirmação de aborto tanto espontâneo quanto provocado. 
Importante ressaltar que, Leila não foi ouvida durante a fase de inquérito policial, pois depois de realizado o exame a mesma se mudou para Brasília e, embora pesassem todos os esforços dos policiais, não conseguiram encontrar a localização de Leila.
Ressaltando ainda que, mesmo sem elementos suficientes para comprovação do aborto, a Ré foi denunciada pela prática do crime de aborto em 30/01/2010 
1. DA FUNDAMENTAÇÃO
1.1 PRELIMINARES
1.2 DA PRESCRIÇÃO
Nota-se que houve erro quando do pronunciamento da Ré, uma vez que ocorreu a prescrição punitiva, visto que o fato ocorreu emdezembro de 2004 e a denúncia foi realizada em janeiro de 2010, passando mais de quatro anos.
Ressaltando que, o crime de aborto previsto no artigo 126 do Código Penal, prevê pena de um a quatro anos e prescrição do crime em oito anos. Entretanto, quando trata-se de menor de vinte e um anos, a prescrição corre pela metade. 
Conforme narrado nos fatos, o crime prescreveu em quatro anos d data do fato, ou seja, dezembro/2008.
2. DO MÉRITO
Superadas as teses preliminares, passa-se
1
2
Adriana Frutuoso fez um comentário há segundos
pratica simulada 3 aula 5
thumb_upAprovar• 0 aprovações
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5 pág.
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