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Monitoria de Direito Romano 
	Terceiro estágio 
Período Letivo: 2017.2
Professor: José Orlando de Farias
Estágio: 3º
Monitora: Heloísa Helena de Araújo Oliveira
CAPÍTULO IV – ADOÇÃO, LEGITIMAÇÃO E EMANCIPAÇÃO
4.1 ADOÇÃO 
Ato jurídico pelo qual um estranho ingressava como filho numa família que não era a sua de origem. Inicialmente tinha o objetivo de perpetuar o culto doméstico. A relação criada entre adotante e adotado deveria ser semelhante à relação que aquele tinha com seus filhos legítimos. 
	
4.1.1 FORMAS DE ADOÇÃO
Ad-rogação: o adotado, pessoa sui iures, ingressava com toda a sua família e bens na família de outro pater, formando apenas uma domus. Era a absorção de uma família pela outra. O ad-rogado ficava totalmente sujeito ao pater, deixava de ser sui iures e passava a ser alieni iures. Se tivesse filhos, perdia a potestade sobre eles, que ficavam sob a patria potestas do novo paterfamilias. O culto aos deuses manes também era extinto, ficando o ad-rogado obrigado a cultuar a religião doméstica da nova família. 
Adoptio: acontecia quando um alieni iures (homem ou mulher) saia de sua família de origem para colocar-se sob outra patria potestas. No direito antigo, a adoção se dava em duas fases. A primeira era a venda simbólica do filho, que se repetia por três vezes, na última, desaparecia a patria potestas do paterfamilias de origem. Na segunda fase, surgia a patria potestas do adotante sobre o adotado por meio da in iure cessio, cerimonia solene realizada perante o magistrado. 
4.2 LEGITIMAÇÃO
Surgiu no Baixo Império, quando os filhos do concubinato foram considerados legítimos e lhes foi garantido o direito à sucessão. Antes, só eram legítimos os filhos nascidos das justas núpcias ou os adotados. No direito justinianeu, a legitimação não visava legalizar o concubinato, mas apenas melhorar a situação dos filhos naturais derivados dessa união.
4.2.1 FORMAS
Oblação à cúria: a legitimação se dava quando o pai oferecia o filho para o cargo de decurião, entregando-lhe uma gleba de terra que era oferecida a cúria, unidade em que acontecia a cobrança de impostos, se fosse uma filha, a terra era entregada como dote e o genro se tornava decurião. O decurião era a pessoa que recolhia os impostos, algumas vezes era obrigado a completar a diferença da soma dos tributos, por este motivo, não era um cargo atrativo. Para atrair candidatos, surgiu a oblação à cúria. 
Por rescrito imperial: determinava que os filhos legitimados tinham os mesmos direitos dos legítimos. Ocorria quando a legitimação pelo subsequente casamento os pais não era possível. Era necessário que o pai não tivesse filho legítimo e que o legitimado consentisse no ato. 
Pelo subsequente casamento dos pais: legitimada a situação dos pais com o casamento, estava regularizada a situação dos filhos. Para ser possível esse tipo de legitimação a mãe tinha que ser livre e que na ocasião da concepção do bebê, o casamento dos pais tivesse sido possível, impedindo assim a legitimação de filhos adulterinos e incestuosos. 
4.3 EMANCIPAÇÃO 
Era um ato exclusivo do paterfamilias que independia da vontade do emancipado. Excluía-o da sua patria potestas, fazendo passar de pessoa alieni iures para sui iures. 
No direito antigo o emancipado perdia os direitos de sucessão, tutela e curatela legítimas. Além disso, perdia todo vínculo com a domus, rompia laços com a mãe, irmãos, agnados e até com os filhos. 
No Direito Pós-Clássico o filho é chamado à sucessão em razão do parentesco consanguíneo. 
5. TUTELA
A tutela tinha o objetivo de proteger aquele que por sua idade não podia defender-se, ou seja, o homem e a mulher que ainda não tinha alcançado a puberdade. 
Eram tuteladas apenas as pessoas sui iures, que ficavam sob esta condição graças à morte do pater, surgindo assim um problema na administração dos bens. As pessoas alieni iures não ficavam sob tutela. 
Até a época clássica do direito romano, estavam sujeitos à tutela os impúberes de ambos os sexos e as mulheres sui iures. 
O instituto da tutela, no direito antigo, tinha apenas o objetivo de proteger o patrimônio da domus, não a pessoa da tutelado. Na era clássica, a tutela tinha como escopo garantir não somente a proteção dos bens, mas também a proteção da pessoa. 
5.2 ESPÉCIES 
Testamentária: determinada em testamento pelo pater em favor do filho ou descendente impúbere que se tornava sui iures com a sua morte. 
Legítima: ocorria quando o pater morria e não deixava testamento ou deixando-o não designava quem seria o tutor do filho, ficando este sob a tutela do agnado mais próximo. 
Dativa honorária ou atiliana: era determinada por um magistrado quando não existia tutela testamentária e nem legítima. 
OBS: para ser tutor, o homem tinha que ser livre, cidadão romano, paterfamilias, pessoa idônea, etc. No direito pós-clássico, essa faculdade se estendeu para a mãe e avó, desde que se comprometessem a não se casar outra vez. 
5.3 ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DO TUTELADO 
	
Gestão de negócio: o tutor administrava o patrimônio do tutelado, pois este era menor de 7 anos, ou seja, absolutamente incapaz. O tutelado era representado pelo tutor, este assumindo as obrigações em nome próprio. 
Autoridade do tutor: acontecia quando o tutelado tinha mais de 7 anos e menos de 14. O tutelado administrava o seu patrimônio assistido pelo tutor, pois já possuía um certo discernimento. O tutor apenas completava a capacidade do impúbere. 
5.4 TUTELA DAS MULHERES 
Atingida a puberdade, a mulher ficava sob tutela, pois era considerada um ser, por natureza, inferior e débil, necessitando assim ser protegida. Ficavam isentas só as virgens vestais, ingênuas e libertas que tivessem quatro filhos. 
A autoridade do tutor só se materializava sobre a administração do patrimônio e não sobre a pessoa da mulher. 
5.4.1 ESPÉCIES
As mesmas da tutela comum. 
	
5.4.2 ADMINISTRAÇÃO DOS BENS 
 A própria mulher administrava seus bens, sob a assistência do tutor. 
5.4.3 EXTINÇÃO DA TUTELA DAS MULHERES
	
Ao tempo de Constantino, a tutela das mulheres era completamente ignorada. Entretanto, só com a Constituição de Teodósio, em 410, foi concedida a total liberdade às mulheres. 
6. CURATELA 
Tinha por finalidade a proteção das e dos bens dos loucos, pródigos e menores de 25 anos. Se não houvesse curador legítimo, o magistrado nomeava um. Não existia a curatela testamentária. 
6.1 ESPÉCIES
Dos loucos: a vontade do louco é nula, por isso, ele não tinha capacidade para administrar os seus bens. Em razão da incapacidade, ele tinha que ser curatelado. O curador cuidava da pessoa do louco e administrava seu patrimônio como um gestor de negócios. Apesar de não existir a curatela testamentária, mas se o pai deixasse em testamento um curador para o seu filho louco, o pretor deveria nomeá-lo, atendendo a vontade do pater. 
Dos pródigos: era uma curatela limitada, pois curador só intervinha na administração dos bens. Visava preservar o patrimônio e garantir que os filhos não fossem levados à miséria. O pródigo é aquele que dilapida o seu patrimônio, diferente dos loucos, eles só eram curatelados quando a doença se manifestava. 
Dos menores de 25: aos 14 anos o homem se tornava plenamente capaz. Entretanto, com essa idade, a pessoa não tinha total amadurecimento para reger seus negócios, pois a vida econômica era considerada complexa. Em vista disso, foi estabelecido que o romano de 14 a 25 anos deveria ser curatelado. 
6.2 ADMINISTRAÇÃO DOS BENS 
O curador dos loucos e pródigos administrava os bens por meio da gestão de negócios, já o do menor de 25 era assistido pelo curador. 
6.3 DISTINÇÃO ENTRE TUTELA E CURATELA 
A tutela se aplicava os incapazes por fatores normais, a idade e o sexo. Existia duas formas de administração dos bens, a gestão de negócios e autoridade do tutor. O tutor poderia ser nomeado por testamento. 
A curatela se aplicava aos incapazes por fatores anormais. O único modo deadministração era a gestão de negócios. Não existia a curatela testamentária.

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