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MpMagEst 
Administrativo 
Celso Spitzcovisky 
Data: 12/03/2013 
Aula 05 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Poderes da administração pública. 
2. Atos administrativos 
3. 
 
 
1. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
1.1. Poder normativo (continuação) 
 
Outro fundamento para se concluir da existência de decretos autônomos, trata-se da extinção de 
cargos vagos, se numa eventualidade o chefe do executivo extinguir um cargo que não esteja vago 
caberá controle de constitucionalidade. Fundamentado Art. 102,I “a” da CF 
 
“a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade 
de lei ou ato normativo federal.” 
 
Ato normativo é todo aquele não se confundindo com a lei deriva diretamente da constituição. 
Obs.: no mesmo sentido é o entendimento da inconstitucionalidade das medidas provisórias. Incide 
também sobre todas as outras figuras do artigo 59 da Constituição. 
 
“Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções.” 
 
Ex.: no ano passado o Governo aumentou a alíquota de carros importados por decreto, sem ter sido 
respeitado o prazo da noventena, que foi objeto de controle de constitucionalidade e acolhido pelo 
STF. 
 
1.2. Poder de polícia: é o poder conferido à administração para limitar, condicionar, restringir, 
condicionar, frenar os direitos e atividades dos particulares para a preservação dos interesses da 
coletividade. 
 
O fundamento do poder de polícia é a supremacia do interesse público sobre o particular. Este 
poder pode se interferir na ocorrência de uma irregularidade ou não. 
 
O Poder de polícia surge como um dos fatos geradores para a cobrança de taxas (art. 145, II CF). 
 
2 de 4 
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e 
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;” 
 
Ex.: poder de polícia em fiscalização de bares, restaurantes, boates. Poder de polícia na fiscalização de 
veículos automotores (taxa de licenciamento, inspeção veicular obrigatória). 
 
Poder de polícia na limitação de veiculação de espetáculos públicos nos parâmetros do Ministério da 
Justiça – ex.: classificação indicativa por faixa etária Art. 21,XVI e Art. 220 CF. 
 
Art. 21. Compete à União: 
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões 
públicas e de programas de rádio e televisão; 
 
“Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão 
e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não 
sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta 
Constituição. 
§ 3º - Compete à lei federal: 
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder 
Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que 
não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação 
se mostre inadequada; 
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família 
a possibilidade de se defenderem de programas ou programações 
de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem 
como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam 
ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. 
§ 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, 
agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições 
legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, 
sempre que necessário, advertência sobre os malefícios 
decorrentes de seu uso.” 
 
2. ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
São todos aqueles editados pela administração debaixo de regras de direito público para a 
preservação dos interesses da coletividade. 
 
a) Quem edita? A administração. 
b) Como edita? Debaixo de regras de direito público. 
c) Para que? Para a preservação dos interesses da coletividade. 
 
As regras da edição dos atos não são as mesmas que comandam os atos dos particulares. As regras de 
direito público que comandam os atos administrativos são revestidas de atributos e requisitos de 
validade. 
 
2.1. Atributos dos atos administrativos. 
 
 
3 de 4 
2.1.1. Presunção de legitimidade: os atos administrativos pressupõem-se legítimos desde a sua 
edição. Essa presunção não é absoluta pois admite prova em sentido contrário. Porém, até 
que exista a prova em sentido contrário o ato administrativo goza de validade. 
 
2.1.2. Imperatividade (ou coercibilidade): desde a sua edição os atos administrativos são de 
cumprimento obrigatório sob pena de sanção. 
 
2.1.3. Auto executoriedade: a administração pode executar sozinha seus próprios atos. Ou seja, 
para executá-los não precisa da concordância de ninguém (seja de quem é atingido pelo 
ato, ou do poder judiciário). Ex.: vizinho de casa noturna que faz barulho excessivo, 
sozinho não tem como fazer cessar o barulho deve necessariamente valer-se do poder 
judiciário. No mesmo exemplo, fiscal da prefeitura constata irregularidade no excesso de 
barulho da casa noturna, ele sozinho poderá lavrar, por exemplo, auto de infração )ato 
administrativo). 
Exceção: decreto 3.365/41 que trata de desapropriação. Ex.: sozinha a administração não 
pode ser imitir na posse de um bem particular – depende do judiciário. 
Clausula de reserva judicial – são aquelas situações que a decisão só podem ser tomadas 
com concordância judicial. 
Art. 5º, LXI – prisão é outra situação que caracteriza a cláusula de reserva judicial 
 
“LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, 
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei;” 
 
2.1.4. Tipicidade: para cada situação concreta deve corresponder um ato administrativo típico. 
Ex.: alvará de funcionamento para exercício de atividade empresaria; permissão de uso de 
bem público para colocação de mesas e cadeiras em frente a bares e restaurantes; habite-
se para liberação da moradia após conclusão da obra; etc. 
 
2.2. Requisitos de Validade dos atos administrativos 
 
São requisitos e obrigações que a administração deve cumprir para preservação dos interesses da 
coletividade. 
 
Código Civil Art. 104 Atos Administrativos 
Agente capaz Competência 
Objeto Objeto 
Forma (não proibida em lei) Forma (prevista em lei) 
----------------- Finalidade 
----------------- Motivo 
 
2.2.1. Competência: é um poder-dever, é uma série de poderes, que o ordenamento outorga aos 
agentes públicos para que eles possam cumprir a contento seu dever de atingir da melhor 
forma possível o interesse público. 
 
2.2.2. Objeto: É o efeito jurídico imediato que o ato deve produzir. 
 
2.2.3. Forma: forma é o procedimento previsto em lei para a prática do ato administrativo. 
 
4 de 4 
 
2.2.4. Finalidade: é o interesse público e, portanto, desvio de finalidade é uma espécie de 
ilegalidade. 
 
2.2.5. Motivo: a cada ato que a administração edita deve ser acompanhado das razões e dos 
motivos que deram origem a ele sob pena do ato ser inválido. 
 
Ato vinculado é aquele que o administrador se encontra diante de situações que comportam soluções 
únicas e o administrador não tem espaço para fazer um juízo de valores – de conveniência e 
oportunidade. 
 
Ato discricionário é aquele que o administrador não se encontra diante de situações que comportam 
solução única e portanto tem espaço para fazer uma juízo de valores – de conveniência e 
oportunidade. 
 
TODOS os atosadministrativos devem ser motivados. 
 
A motivação é a pedra de toque do controle da legalidade dos atos administrativos. 
 
Art. 37 CF. 
 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração.” 
 
Súmula vinculante nº 13 proíbe o administrador de nomear cargos em comissão parentes até o 
terceiro grau. 
 
Art. 37, V – cargo em comissão e funções de confiança deve ser ocupados preferencialmente por 
servidores de carreira. 
 
Teoria dos motivos determinantes: ao editar os atos, a Administração deverá motivá-los. 
Apresentados os motivos eles passam a determinar a conduta a ser seguida pelo administrador, que 
como regra geral deles não poderá se afastar sob pena de desvio de finalidade. 
Exceção: quando se afastar dos motivos mantendo o interesse público. Ex.: desapropriação para 
construção de escola e naquele local é construída uma delegacia.

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