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MpMagEst SATPRES Administrativo CSpitzcovisky Aula13 060513 CarlosEduardo

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MpMagEst 
Administrativo 
Celso Spitzcovisky 
Data: 06/05/2013 
Aula 13 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Bens públicos 
2. Propriedade 
3. Meios de intervenção na propriedade 
 
 
1. BENS PÚBLICOS 
 
1.1. Transferência do uso: são instrumento através dos quais transfere-se o uso dos bens públicos para 
particulares. 
 
a) Autorização – é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário através do qual 
transfere-se o uso de bens públicos para particulares no interesse predominante deles. 
A administração decide sozinha se irá transferir ou não (unilateral) 
Não tem prazo determinado e pode ser desfeita a qualquer momento sem pagamento de 
indenização (precariedade) 
A administração pode fazer um juízo de valores, de conveniência e oportunidade 
(discricionariedade). 
Ex.: fechamento de uma determinada rua para realização de eventos (festas, quermesses, 
laser etc). 
 
b) Permissão – é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário através do qual 
transfere-se o uso de bens públicos para particulares no interesse da coletividade. 
Tem como objetivo primeiro o interesse da coletividade. 
Ex.: colocação de mesas e cadeiras em frente a bares e restaurantes. A prioridade é verificar se 
tais mesas prejudicará a circulação de pedestres. 
Ex.: permissão de uso para ambulantes (termo de permissão de uso). 
 
c) Concessão – é um contrato administrativo através do qual transfere-se por prazo determinado 
o uso de bens públicos para particulares. (art. 55 da lei 8.666/93) 
Ex.: a construção de um comércio nas dependências de um aeroporto. 
 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que 
estabeleçam: 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de 
entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o 
caso;” 
 
1.2. Bens que integram o patrimônio da união (art. 20 da CF): 
 
a) Terrestres – ex.: as terras ocupadas pelos índios, eles não possuem a propriedade, mas apenas 
o usufruto; terras devolutas (fronteiras). 
 
 
2 de 6 
b) Aquáticos – ex.: mar territorial; zona econômica exclusiva (o país detém a possibilidade de 
exploração dos recursos naturais); plataforma continental (prolongamento das terras do 
continente por debaixo d’água. 
 
c) Subsolo - 
 
“Art. 20. São bens da União: 
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser 
atribuídos; 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das 
fortificações e construções militares, das vias federais de 
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de 
seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites 
com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele 
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; 
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros 
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, 
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto 
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental 
federal, e as referidas no art. 26, II; 
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona 
econômica exclusiva; 
VI - o mar territorial; 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e 
pré-históricos; 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.” 
 
1.3. Bens que integram o patrimônio nacional (art. 225, §4º): 
 
a) Serra do mar – 
b) Pantanal – 
c) Mantiqueira – f 
 
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras 
gerações. 
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra 
do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são 
patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, 
dentro de condições que assegurem a preservação do meio 
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.” 
 
2. PROPRIEDADE 
 
2.1. Localização (art. 5º caput e inciso XXII) 
 
3 de 6 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXII - é garantido o direito de propriedade;” 
Envolve direito de propriedade sobre bens móveis, imóveis, materiais e imateriais (ex.: direitos 
autorais). 
 
Ninguém será privado dos seus bens sem o devido processo legal, assegurados o contraditório e a 
ampla defesa. 
 
“LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal;” 
 
“LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;” 
 
2.1.1. Limite – o proprietário não poderá dar ao bem a destinação que bem entender, há 
limitação na função social da propriedade. 
 
“XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;” 
 
Se o proprietário desrespeitar o artigo 5º, XXIII e não dar à propriedade sua respectiva função 
social cometerá uma inconstitucionalidade sujeita a sanções. 
 
2.1.2. Propriedade urbana – cumprirá sua função social quando obedecer o que está disposto no 
plano diretor, obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes 
Plano diretor é o diploma legal encarregado de estabelecer as regras que vão permitir que 
uma cidade cresça de forma ordenada. 
 
“Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo 
Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, 
tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções 
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. 
§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, 
obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o 
instrumento básico da política de desenvolvimento e de 
expansão urbana. 
§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando 
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade 
expressas no plano diretor.” 
 
Sanções aplicadas em caso de descumprimento da função social da propriedade urbana 
(art. 182, §4º): 
 
(i) Edificação compulsória; 
(ii) IPTU progressivo; 
 
4 de 6 
(iii) Desapropriação – terá direito a indenização mediante (não será prévia, não será 
em dinheiro) pagamento de títulos da dívida pública, resgatáveis em até 10 anos. 
O proprietário está sendo penalizado por não dar a propriedade sua função social. 
 
“§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei 
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos 
da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, 
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado 
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
I - parcelamento ou edificação compulsórios; 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana 
progressivo no tempo; 
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida 
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, 
com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais 
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros 
legais.” 
 
2.1.3. Propriedade rural – cumprirá sua função social quando atender simultaneamente as 
exigências do art. 186 da constituição: 
 
(i) Exploração racional e adequada (subjetivo, não há resposta única);(ii) Respeito aos recursos naturais e meio ambiente (subjetivo); 
(iii) Exploração que respeite as relações de emprego (configura desrespeito quando 
encontrar trabalho escravo ou menores de 14 anos trabalhando); 
(iv) Exploração que atenda ao bem estar do proprietário e dos trabalhadores. 
 
“Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural 
atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência 
estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: 
I - aproveitamento racional e adequado; 
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e 
preservação do meio ambiente; 
III - observância das disposições que regulam as relações de 
trabalho; 
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos 
trabalhadores.” 
 
Sanção única para a propriedade que não atender a sua função social será a 
desapropriação para fins de reforma agrária. Com pagamento de indenização em títulos 
da dívida agrária, pagos em 20 anos. 
 
“Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para 
fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo 
sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos 
da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, 
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano 
de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. 
§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em 
dinheiro. 
 
5 de 6 
§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, 
para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de 
desapropriação. 
§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento 
contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de 
desapropriação. 
§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da 
dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender 
ao programa de reforma agrária no exercício. 
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as 
operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de 
reforma agrária.” 
 
3. MEIOS DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE 
 
(i) Desapropriação transferência compulsória da propriedade 
(ii) Confisco 
(iii) Requisição transferência compulsória da posse 
(iv) Ocupação 
(v) Limitação restrições quanto ao uso do bem 
(vi) Servidão 
(vii) Tombamento 
 
3.1. Desapropriação: meio de intervenção na propriedade em que ela é transferida compulsoriamente 
para o patrimônio público por razões de interesse público ou de inconstitucionalidade, mediante 
pagamento de indenização nos termos previstos pela constituição. 
Transferência unilateral. 
Excepcionalmente a desapropriação pode recair sobre bens públicos e neste caso a União pode 
desapropriar Estados e Municípios, e os Estados podem desapropriar os Municípios. 
A desapropriação pode se dar: 
 
a) Razões de interesse público – supremacia do interesse público sobre o particular, por: 
(i) Necessidade pública; quando importar em uma obrigação ex.: desapropriação para 
construção de uma delegacia, hospital, posto de saúde, etc. 
(ii) Utilidade pública; quando importar em uma comodidade que atenda ao interesse 
público ex.: desapropriação para construção de um parque, uma área de laser, etc. 
(iii) Interesse social; a desapropriação se dará para o assentamento de pessoas. 
 
b) Razões de inconstitucionalidade – estará ligado ao cumprimento de uma função social do bem 
e o expropriado colaborou para a desapropriação do bem. 
 
Modalidade de desapropriação Indenização 
Interesse público Prévia, Justa e em dinheiro (art. 5º, XXIV) 
Razões de inconstitucionalidade Área urbana – títulos da dívida pública em 
até 10 anos (art. 182, §4º,III) 
Área rural – títulos da dívida agrária em 
até 20 anos (art. 184) 
 
3.2. Competência para legislar em matéria de desapropriação (art. 22,II): compete privativamente à 
união legislar sobre desapropriação: 
 
6 de 6 
3.2.1. Principal legislação em matéria de desapropriação: Decreto 3365/41 – ainda que editado 
no período do Estado Novo, regime ditatorial do governo de Getúlio Vargas, foi 
recepcionado pela constituição (STF) 
 
3.3. Competência para desapropriar: 
 
a) Se a desapropriação se der em virtude de razões de interesse público – as quatro esferas de 
governo terão competência pra desapropriar. 
b) Se a desapropriação se der em virtude de razões de inconstitucionalidade há duas 
possibilidades: 
(i) Se o imóvel estiver localizado na área urbana, será competente o Município; 
(ii) Se o imóvel estiver localizado na área rural, será competente a União. 
 
3.4. Fases de uma desapropriação: 
 
a) Fase declaratória 
 
 Objeto: é declarar um bem como sendo objeto de uma desapropriação. 
 Legitimidade: em regra a legitimidade pertence ao poder público. Excepcionalmente 
pode ser atribuída a legitimidade para desapropriar para um particular, quando 
envolver concessões e permissões. 
 Instrumento: decreto de desapropriação. Após a publicação do decreto, deverá trazer 
algumas informações mínimas essenciais (área que está sendo desapropriada; 
fundamento que está sendo promovida a desapropriação; destinação a ser oferecida 
ao bem) 
 Tresdestinação é o nome que se dá em caso de desvio de finalidade da 
desapropriação. Ex.: tresdestinação ilícita: desapropriação para construção de uma 
escola, e após desapropriado realiza a construção de um hotel. Tresdestinação lícita: 
desapropriação para construção de uma delegacia e é construído um hospital. 
 Retrocessão: é receber o bem novamente em face de uma tresdestinação ilícita. 
 
b) Fase executiva

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