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Prática Componente Curricular Postagem I semestre

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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
Prática como Componente Curricular (PCC)
 POSTAGEM 1: Atividade 1 Semestre (Resenha crítica)
Aluno(s): Jeferson Luiz Ferreira Siqueira 		 1706220
POLO AMAMBAI 2017
RESENHA CRÍTICA:
Prática como Componente Curricular (PCC) - POSTAGEM 1: Atividade 1 Semestre
SUMÁRIO:
- Introdução:
- Desenvolvimento:
- Conclusão:
I - Introdução:
A atividade solicitada nesta disciplina, refere-se à POSTAGEM 1: Atividade 1 Semestre (Com a realização de um levantamento bibliográfico em livros didáticos de Sociologia, sobre a diversidade cultural na atualidade e os problemas causados pela intolerância e pela xenofobia, para analisar como os temas são abordados e confecção de uma resenha crítica), tudo voltado para o melhor aproveitamento e entendimento da disciplina .
II - Desenvolvimento:
Para atingir o objetivo proposto nesta atividade, após um levantamento bibliográfico, referente às seguintes disciplinas do semestre: Interpretação e Produção de Textos, Homem e Sociedade, História do Pensamento Filosófico, Fundamentos da Ciência Política, Fundamentos da Sociologia da Educação, Prática de Ensino: Introdução á Docência.
 Procurei realizar como tarefa específica uma resenha crítica sobre as ideias, as diversidades culturais na atualidade e os problemas causados pela intolerância e pela xenofobia, desta maneira seguem minhas reflexões por tópicos, procurei ordena-las nas sequencia dos levantamentos bibliográficos para que facilite o entendimento e dar fluência em milhas reflexões tendo como base o adquirido na realização de outras tarefas das Postagens já realizada:
CULTURA 
Todos os grupos, até os mais primitivos, possuem costumes e crenças que são passados de geração em geração; essas características constituem o patrimônio cultural de cada povo. A existência de uma diversidade cultural faz com que criemos subculturas caracterizadas pelo conjunto de normas que só pertencem a essas subculturas. Estas se desenvolvem por diferentes formas, como por hobbies, profissão ou crenças. A partir desse movimento, são criadas uma linguagem própria e características, que diferem um pouco da cultura dominante. Podemos observar esse processo através do exemplo da vinda de outras culturas para o país, como a dos negros, italianos e portugueses. Por intermédio desses povos, adquiriram-se costumes que não eram nativos, como a culinária africana composta por iguarias como o vatapá e o angu. Outro aspecto também advindo da cultura africana e a crença em seus deuses. A cultura se desenvolveu junto com a sociedade, adequando-se às transformações, agregando novas normas e costumes para melhor harmonizar a sociedade. Essas regras são preservadas, porém, outras mudam e, nesse movimento, a sociedade vai se desenvolvendo. O Brasil é dotado de uma mistura de culturas que podem ser ouvidas nos versos de músicas de grandes cantores como Arnaldo Antunes: Em “Inclassificáveis”, ele diz: “aqui somos mestiços, mulatos, cafuzos, pardos, mamelucos, sararás-crioulos, guaranisseis e judárabes. Orientupis, orientupisameriquítalos, lusos, nipos, caboclos, orientupisiberibárbaros, indo- ciganagôs, somos o que somos - inclassificáveis”. Podemos observar como os processos culturais se apresentam. Esses choques de culturas nos levam a processos de intolerâncias, discriminações e preconceitos. Preconceito e discriminação são dois fundamentos distintos que muitas vezes são tidos como sinônimos. O preconceito, segundo Voltaire (2002), é uma opinião sem julgamento. Essa opinião pode ser de grande ajuda, como aquelas fornecidas às crianças, antes mesmo que elas possam entender o porquê. Esses preconceitos ajudam na formação das mesmas e auxiliam na manutenção do bem-estar dessas crianças. As outras formas de preconceito derivam de opiniões distorcidas, nas quais um falso juízo pode levar as pessoas a terem uma postura negativa em relação a indivíduos semelhantes. Algumas formas importantes de preconceito são: racial, sexual e xenofóbica. A diferença entre discriminação e preconceito reside no fato de que a discriminação tem sua origem no preconceito, ou seja, o preconceito motiva a discriminação. Ambos têm agentes diversos: a discriminação pode ser provocada por indivíduos e por instituições e o preconceito, só pelo indivíduo. A discriminação possibilita que o enfoque seja do agente discriminador para o objeto da discriminação. Enquanto o preconceito é avaliado sob o ponto de vista do portador, a discriminação pode ser analisada sob a ótica do receptor. A partir desse fragmento, podemos compreender como os processos de discriminação e preconceito se distingue, e como a base para ambos se encontra na motivação, esta, vista como combustível para tais manifestações. Interessante salientar a dualidade existente nessas manifestações, pois, ao mesmo tempo em que excluem, em determinado momento servem como mecanismo de equilíbrio - como visto na discriminação positiva - e de preservação - como descrito nas formas de preconceito onde há uma prevenção sobre determinados comportamentos que podem ser prejudiciais ao indivíduo, ou seja, o preconceito advém da aprendizagem, como veremos adiante. A seguir, trago algumas formas de preconceito e discriminação ligadas à cultura, como: intolerância religiosa e preconceito contra as etnias. 
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA 
A religião sempre esteve presente em nossa sociedade, tendo uma influência enorme na formação de nossa cultura. Podemos encontrar vestígios de religião nas leis que nos regem e em nossa educação, ou seja, em todas as esferas, a religião age como forma de controle, como um código no qual as sociedades e indivíduos estabelecem suas condutas. Um dos fenômenos que faz a intolerância religiosa ser tão sangrenta e cruel é o fanatismo. Fanatismo é o fenômeno no qual o indivíduo adota uma verdade como absoluta e a defende como se a sua origem fosse divina. A força desse fenômeno faz com que os indivíduos acometidos tentem convencer outras pessoas sobre aquela verdade, podendo utilizar, como forma de persuasão, palavras e atos de cunho violento. O credo em algo maior e a crença nessa verdade fazem com que as pessoas adotem posturas irredutíveis a outras verdades e contestações. O fanatismo faz com que indivíduos de uma sociedade rompam com seus princípios para atuar como peças de uma engrenagem maior. Um dos mais espantosos exemplos de fanatismo foi uma pequena seita na Dinamarca, cujo princípio era o melhor do mundo. Esses crentes queriam obter a salvação eterna de seus irmãos; mas as consequências desse princípio eram singulares. Eles sabiam que todos os recém-nascidos que morrem sem batismo são condenados e que os que têm a felicidade de morrer imediatamente após receberem o batismo gozam da glória eterna. A maior questão envolta do fanatismo não é a religião, mas sim, a crença infundada em uma verdade tida como absoluta e incontestável. Hitler, Stalin e Mussolini, todos estes foram fanáticos, acreditavam em algo irreal, e por essa crença mataram, mutilaram, degolaram milhões. A junção desse fenômeno com a política e com a religião nos trouxe um terrível mal, trouxe-nos as manifestações de intolerância religiosa que perduram até hoje. Historicamente, naquelas civilizações antigas não ocorriam muitas manifestações de intolerância religiosa, pois as religiões eram de características politeístas. Afinal, havia a crença em mais de um Deus, como na Grécia, com seus deuses olimpianos, ou no Egito, entre outras culturas antigas e suas crenças. De modo geral, a intolerância religiosa era desconhecida na Antiguidade clássica, politeísta e, portanto, hospitaleira aos deuses de outras nações. A intolerância só se tornou possível com o advento do cristianismo, que afirmava a existência de um só Deus e de uma só revelação para a humanidade inteira. Hoje, as manifestações religiosas estão em ascendência, como em um passado não muito distante. Ao olharmos para nosso passado, deveríamos assimilar os acertos e corrigir oserros, mas não é isso que vem acontecendo. Podemos visualizar que a fé deriva de dois processos distintos: o primeiro, que se encontra em sua maioria no Ocidente, tem como característica o uso da religião, como em outrora, como força política. Os líderes religiosos podem ser encontrados, com facilidade, ocupando cargos, tanto no legislativo quanto no executivo. A religião voltou a ser utilizada como massa de manobra. O segundo processo encontra-se no Oriente e deriva do fanatismo, do radicalismo religioso. O Islã hoje se tornou uma crença ofensiva em termos de fanatismo, e por tal, acaba levando ao povo árabe o estigma de terrorista. Por causa do fanatismo, o povo de origem árabe passou a sofrer um enorme processo de exclusão. A Igreja Católica adquiriu muitos bens e poderes, assim como os senhores feudais começaram a ter seu poder tido como divino, não cabendo a ninguém contestar tal poder. Em se falando de tais manifestações, o período de maior acentuação das mesmas foi a Idade Média, na qual se registram a Inquisição e as Cruzadas. Hoje, podemos observar a quantidade de líderes religiosos e políticos. O negro podia contar com um mundo negro, fonte de uma África simbólica, mantido vivo pela vida religiosa dos terreiros, como meio de resistência ao mundo branco, que era o mundo do trabalho, do sofrimento, da escravidão, da miséria. O candomblé nasce católico quando o negro precisa ser brasileiro. As novas condições de vida na sociedade brasileira industrializada fazem mudar radicalmente o sentido sociológico do candomblé. Se até poucas décadas atrás ele significava uma reação à segregação racial numa sociedade tradicional, em que as estruturas sociais tinham mais o aspecto de estamentos que de classes, agora ele tem o sentido de escolha pessoal, livre, intencional: alguém adere ao candomblé, não pelo fato de ser negro, mas porque sente que o candomblé pode fazer sua vida mais fácil de ser vivida, porque talvez se possa ser mais feliz, não importa se branco ou negro. No Brasil, que é dotado por uma diversidade cultural enorme, esse fenômeno fica mais aparente. As religiões africanas foram trazidas com os escravos. Importados do velho mundo, ao chegarem ao Brasil, os escravos sofreram com o domínio da religião católica a qual, por ser de origem monoteísta, não aceitava a crença em outros deuses que não fossem o seu próprio Deus. Com isso, os escravos passaram a chamar seus deuses pelos nomes dos santos católicos; o seu culto foi mascarado para que, com isso, eles não recebessem sanções. Assim, as religiões de origem africana começaram a ser discriminadas e excluídas pela sociedade. Mesmo com a criação do Estado laico, o panorama não mudou para essas religiões, muitos espíritas foram discriminados e marginalizados pelo seu credo. E, ainda nos dias atuais, temos certo preconceito em relação aos credos de origem africana. Tende-se a associar as pessoas seguidoras do credo africano a coisas ruins; chamam-nas de feiticeiras, bruxas, entre outros adjetivos pejorativos e, com isso, a intolerância tende a crescer. No candomblé, Oxum, Iemanjá, Ogum e outros demônios são verdadeiros deuses na umbanda, os deuses são os orixás, na realidade, orixás, caboclos e guias, seja lá quem forem, tenham lá o nome mais bonito, não são deuses. São espíritos malignos sem corpo, ansiando por achar um meio para se expressarem neste mundo, não podendo fazê-lo antes de possuírem um corpo todas as pessoas que se alimentam dos pratos vendidos pelas famosas baianas estão sujeitas, mais cedo ou mais tarde, a sofrer do estômago. Quase todas essas baianas são filhos-de-santo ou mães-de-santo que "trabalham" a comida para terem boas venda. Assim, podemos perceber como o processo de exclusão se liga a manifestações de intolerância religiosa - uma das maiores mazelas - que incita irmãos contra irmãos, filhos contra pais, jogando Estados contra Estados. O fanatismo e o poder se encontram na base das manifestações religiosas. Estas se ligam e torna a intolerância religiosa uma forma de exclusão muito prejudicial.
PRECONCEITO ÉTNICO 
Raça - palavra que utilizamos para distinguir indivíduos da nossa sociedade - não tem sua origem na constituição biológica do sujeito, como a etnia o tem. Sua fundamentação se dá através da cultura, política e economia, ou seja, a origem da palavra raça está nas dinâmicas das relações sociais, às quais todos os indivíduos estão sujeitos. A “raça” não é uma condição biológica como a etnia, mas uma condição social, psicossocial e cultural, criada, reiterada e desenvolvida na trama das relações sociais, envolvendo jogos de forças sociais e progressos de dominação e apropriação. Racionalizar os indivíduos de uma sociedade é uma forma de rotulá-los e discriminá-los, para que, com isso, se possa fazer uma espécie de pirâmide social que tenha como base, não as capacidades de cada indivíduo, mas sim, sua etnia. O racista fundamenta em argumentos que parecem consistentes e convincentes a sua “taxionomia” e “hierarquização”, distinguindo, delimitando, segregando ou estranhando o “outro”: negro, árabe, judeu, índio chinês, oriental e assim por diante. São estereótipos, signos, símbolos mobilizados ao acaso das situações elaboradas no curso de anos, décadas, séculos, com os quais o “branco”, “dolicocéfalo”, “europeu”, “ariano”, “norte-americano”, “ocidental” explica, legitima, racionaliza ou naturaliza a sua posição e perspectiva privilegiadas, de controle de instrumentos de poder. Podemos observar esse fenômeno de forma mais clara, ao pensarmos em nosso país, que tem um enorme espaço territorial e abriga uma grande gama cultural. E, por ele possuir essa diversidade cultural, acabamos criando preconceitos para com as outras regiões do nosso país. É comum ouvirmos nas ruas que baianos são preguiçosos, paraíbas só servem para os trabalhos de esforço, gaúchos são homossexuais e cariocas são malandros. A palavra raça é a responsável pela segregação, pela exclusão e pelas matanças. Mas, por que usamos como critério para distinção a raça? A seguir vamos estudar algumas manifestações de preconceitos e discriminações mais contundentes na história da nossa sociedade, como: o holocausto que levou à morte mais de cinco milhões de judeus, e a escravidão imposta aos negros e índios. O preconceito étnico tem marcado a nossa sociedade durante centenas de anos, os judeus estão entre os povos que mais sofreram com essas manifestações. O preconceito contra os judeus, conhecido como antissemitismo, teve seu maior momento com a Segunda Guerra, nos campos de concentrações alemãs, onde foi morto cerca de um terço de toda a população judaica. O papel do mais forte é dominar. Não se deve misturar com o mais fraco, sacrificando assim a grandeza própria. Somente um débil de nascença poderá ver nisso uma crueldade, o que se explica pela sua compleição fraca e limitada. Certo é que, se tal lei não prevalecesse, seria escusado cogitar de todo e qualquer aperfeiçoamento no desenvolvimento dos seres vivos em geral. Esse instinto que vigora em toda a Natureza, essa tendência à purificação racial tem por consequência, não só levantar uma barreira poderosa entre cada raça e o mundo exterior, como também uniformizar as disposições naturais. Analisando a postura hitleriana, entendemos que, para ele, não estava em questão a morte de indivíduos, mas sim, a disputa entre raças. E, como os arianos eram a raça superior, nada mais natural do que a aniquilação das raças inferiores. Podemos observar que seu pensamento tinha como base teorias sobre a evolução. Charles Darwin, em seus estudos, desenvolveu a teoria da evolução das espécies, na qual ele preconizava que os mais aptos sobreviveriam, enquanto os menos hábeis estariam fadados ao fim. Mas sua teoria era voltada para as espécies animais. Tempos após sua morte, Francis Galton, entre outros cientistas, criou, com base na evolução de Darwin, a teoria da Eugenia, que tinha como pressuposto a manutenção de raças tidas como superiores e a extinção de raças tidas como inferiores. Essa teoria foi um dos pilarespara a criação do nazismo, como também foi utilizada para justificar crueldades feitas contra negros e índios. O fanatismo em torno desse movimento é enorme. Hitler e seus seguidores causaram um mal incalculável, drástico ao nosso mundo. Dentre tantos genocídios relacionados à etnia, o que sempre é lembrado são a crueldade e fanatismo de seus líderes; mas quase nunca sabemos de onde surgiram tais ideias que impulsionaram esses sádicos a cometerem atos sombrios que acabaram por levar ao crepúsculo diversas etnias. Esses pensadores escreveram teorias que resultaram em diversos genocídios, como: o Conflito nos Bálcãs, o qual colocou em choque as várias nacionalidades que compunham a Iugoslávia, levando-a ao seu esfacelamento; o processo de independência da Bósnia, que colocou croatas, sérvios e muçulmanos em conflito, resultando em uma limpeza étnica dos não sérvios na região; a Guerra do Kosovo, na qual a população que ansiava por direitos para os povos de origem albanesa foi massacrada; o massacre ocorrido em Ruanda, onde milhares de tutsis foram mortos por hutus. Todos esses genocídios se juntam, aos ocorridos na colonização das Américas, processo este que levou à morte 70 milhões de índios nativos. Esses conflitos nos revelam um panorama terrível, onde as questões étnicas geram uma dialética de intolerância e exclusão que nos leva à total degradação social. No Brasil, o racismo se apresenta de forma silenciosa. O povo brasileiro não assume que é preconceituoso. Embora não negue a existência de preconceitos, prefere transferir a outros o atributo em questão, negando, com isso, que seja detentor de tal qualidade. Um grande escritor brasileiro cujo nome é Nelson Rodrigues em seus versos já nos falava: Não caçamos pretos, no meio da rua, a pauladas, como nos Estados Unidos. Mas fazemos o que talvez seja pior. A vida do preto brasileiro é toda tecida de humilhações. Nós tratamos com uma cordialidade que é o disfarce pusilânime de um desprezo que fermenta em nós, dia e noite. O silêncio é a pior forma de preconceito. Ao transferirmos para outrem a responsabilidade pelas ações que se estabelecem nas dinâmicas das relações sociais, consequentemente estamos nos destituindo da culpa. Com isso, torna-se difícil o combate a esse preconceito, que se reflete, por exemplo, nas relações que temos com o povo de descendência africana: não se atiram pedras ou se fazem discursos racistas, porém, exclui-se essa raça, à medida que se lhe privam as oportunidades. Segundo o IBGE (2006), entre 15 milhões de analfabetos no país, cerca de 10 milhões são negros ou pardos. Essa amostragem nos dá a real dimensão desse racismo silencioso. Precisamos deixar de pensar que o racismo é algo distante e começar a combatê-lo, para que possamos, assim, reduzir o processo de desigualdade e exclusão que hoje se encontram em uma enorme latência em nossa sociedade.
Xenofobia
A Xenofobia é um tipo de preconceito caracterizado pela aversão, hostilidade, repúdio ou ódio aos estrangeiros, que pode estar fundamentado em diversos fatores históricos, culturais, religiosos, dentre outros. A xenofobia corresponde a um problema social baseado na intolerância e / ou discriminação social, frente a determinadas nacionalidades ou culturas. A xenofobia gera violência entre as nações do mundo, desde humilhação, constrangimento, e agressão física, moral e psicológica. Tudo isto promovido principalmente pela não aceitação das diferentes identidades culturais. Inicialmente o termo “xenofobia” foi incorporado aos estudos da psicologia com o intuito de nomear um transtorno psiquiátrico de pessoas que sofrem com o medo excessivo aos estrangeiros. É considerado um tipo de aversão irracional aos estrangeiros, o que gera demasiada angústia e ansiedade nos pacientes. Nesses casos, o tratamento é feito por meio de terapia comportamental. Para o filósofo grego Sócrates (469 A.C-399 a.C.) o conceito de “estrangeiro” não existe, na medida em que analisamos sua célebre frase: “Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo”. Sócrates define assim alguém que abdica de sua nacionalidade e pensa na humanidade como um todo, não importando com a cultura, religião, costume, tradições, raça, etc. Do grego, o termo "xenofobia" é formado por dois termos: “xénos” (estrangeiro, estranho ou diferente) e “phóbos”, (medo), que corresponde literalmente, o medo do diferente.
Etnocentrismo e Racismo
A xenofobia está relacionada com diversos tipos de conceitos que englobam a discriminação, formada pelo sentimento de superioridade entre os seres humanos. Dessa forma, o etnocentrismo e o racismo são dois conceitos associados a determinados tipos de discriminações. O etnocentrismo está pautado no pensamento de superioridade de uma cultura sobre a outra (preconceito cultural). Já o racismo designa um tipo de preconceito associado às raças, etnias ou características físicas dos indivíduos (preconceito racial). Para saber mais, veja Etnocentrismo e Racismo.
Xenofobia no Mundo
Na América, os Estados Unidos são considerados um dos países mais xenófobos, de forma que dificulta a entrada de imigrantes no país, sobretudo, de mexicanos e dos latinos em geral. Importante salientar que as migrações do século XXI, diferentemente do século anterior, estão pautadas na busca de novas oportunidades em que o estrangeiro fixa-se no país de destino.
III - Conclusão:
Após a realização desta tarefa, chego à conclusão que essa técnica de reflexão/critica sobre os sobre as ideias, as diversidades culturais na atualidade e os problemas causados pela intolerância e pela xenofobia, foi uma ótima ferramenta para que possamos interpretar não só em leituras, mas no dia a dia a real situação de nossa sociedade frente ao tema em questão e suas evoluções no decorrer dos tempos, despertando em nós o discernimento e a consciência da importância, de adquirirmos estes valores para que no futuro possamos contribuir e ajudar a minimizar essas diferenças sociais para que afete ao mínimo nossa educação. Em suma maioria a intolerância se mostra presente através de informações passadas de forma distorcida para uma massa de indivíduos ignorantes que acabam por comprar uma ideia errada. Com este trabalho concluo que nenhuma cultura é mais importante que a outra, que uma visão etnocêntrica não nos leva a nada no mundo globalizado de hoje, temos que abrir nossas mentes para o novo e não fechar os olhos para tudo que ocorre em nossa volta. 
REFERÊNCIA 
CASTEL, R. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Rio de Janeiro: Vozes, (1998). 
FERRETI, S. F. Sincretismo, religião e culturas populares. Goiânia: Ellos,(2004). 
HITLER, A. Mein Kampf. Rio Grande do Sul: Cultura, (1939). 
HOBSBAWM, E. Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras, (1994). 
IANNI, O. A Dialética das Relações Raciais. Rio de Janeiro: Vozes (2004). 
LARAIA, R.B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, (2002). 
LOCKE, J. Carta Acerca da Tolerância. São Paulo: Abril Cultural, (1978). 
MACEDO. E. Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios? Rio de Janeiro: Gráfica Universal, (1990). 
MIRANDA, M. F. Inculturação da fé e sincretismo religioso. São Paulo: Loyola, (2001). 
PRANDI, R. Deuses africanos no Brasil. São Paulo: Hucitec, (1996). 
ROBESPIERRE, M. Discurso e Relatórios na convenção. Rio de Janeiro: Contraponto, (1999). 
SANTOS, I. A. A. Discriminação: uma Questão de Direitos Humanos. Brasília: Larraya, (1999). 
VOLTAIRE. Tratado acerca da tolerância: a propósito da morte de Jean Calas. São Paulo: Martins Fontes, (2000).

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