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Teoria do Esquema

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UNIDADE II:
TEORIA DO ESQUEMA 
Teorias Cognitivas da Personalidade
Psicologia - 4º período
Profª. Ana Clara Aubin
TERAPIA DO ESQUEMA 
FOI DESENVOLVIDA POR JEFFREY 
YOUNG NA DÉCADA DE 90
Terapia do Esquema
• TE – proposta rica, inovadora e integradora, uma vez que amplia
significativamente os tratamentos e conceitos cognitivo-
comportamentais tradicionais. Mescla elementos das escolas
cognitivo-comportamental, de apego, da gestalt, e relações
objetais, construtivista e psicanalítica.
• A TE além de ser uma forma avançada das terapias cognitivo-
comportamentais, também representa uma contribuição relevante
ao campo da personalidade e do desenvolvimento humano.
• Surge inicialmente para trabalhar com pacientes diagnosticados
com transtornos de personalidade – crônicos, arraigados e
considerados difíceis de tratar.
Da Terapia Cognitiva à Terapia do Esquema
• TCC como tratamento de escolha para trabalhar transtornos do Eixo I
(DSM IV);
• TE para pacientes crônicos e difíceis de tratar.
Muitas vezes , pacientes 
com Transtornos de 
Personalidade e 
problemas 
caracterológicos não 
respondem totalmente a 
tratamentos cognitivo-
comportamentais 
tradicionais ( Beck, 
Freeman et al.,1990).
Da Terapia Cognitiva à Terapia do Esquema
➢ Algumas das razões que nos mostram que a TCC não seria o
tratamento mais adequado para trabalhar com pacientes
crônicos e difíceis:
• Motivação à terapia;
• Mudança de comportamentos e cognições problemáticas
por meio de disputa racional a curto prazo;
• Relação terapêutica;
• Problemas difusos e vagos.
Desenvolvimento da Terapia do Esquema
• Young desenvolveu a terapia do esquema para tratar pacientes com
problemas crônicos que não estavam sendo resolvidos de forma
adequada pela TCC: “os insucessos de tratamento”
• Pode ser breve, de médio ou longo prazo a depender do paciente.
• Ênfase à investigação das origens infantis e adolescentes dos
problemas psicológicos, técnicas emotivas, relação terapeuta-
paciente.
• Uma vez diminuídos os sintomas agudos, a TE é adequada para
tratar muitos transtornos dos Eixos I.
Desenvolvimento da Terapia do Esquema
• A TE expõe todo um sistema explicativo da personalidade. Atingiu uma
formulação nunca antes obtida dos fatores envolvidos na gênese da
personalidade, bem como dos processo mentais mantenedores de sua
homeostase.
• As principais críticas da TE para com a TCC tradicional concentram-se em
nãos e ater mais intensamente às experiências infantis e adolescentes dos
pacientes, assim como em não considerar o efeito indispensável de
ativações emocionais por meio da relação terapêutica.
Esquemas Iniciais Disfuncionais 
• Constructo básico da TE: ESQUEMAS DESADAPTATIVOS
REMOTOS OU ESQUEMAS INICIAIS DISFUNCIONAIS
• ESQUEMAS: princípio organizativo amplo que um indivíduo
usa para entender a própria experiência de vida.
• Young formulou a hipótese de que alguns desses esquemas
sobretudos os que se desenvolvem como resultado de
experiências infantis podem estar no centro de transtornos
de personalidade
Esquemas Iniciais Disfuncionais 
 Desenvolvidos durante a 
infância ou adolescência
 Elaborado ao longo da vida
 Disfuncional em nível 
significativo
 Lutam para sobreviver –
necessidade humana 
instintiva de coerência.
 O esquema é o que o 
indivíduo conhece! É 
familiar, portanto 
confortável.
➢ Cognições
➢ Memórias
➢ Emoções
➢ Sensações 
Corporais
Formado por: Características:
Esquemas Iniciais Disfuncionais 
• Em síntese, os esquemas iniciais disfuncionais são padrões
emocionais e cognitivos autoderrotista iniciados em nosso
desenvolvimento desde cedo e repetidos ao longo da vida.
Observemos que, segundo essa definição o comportamento do
indivíduo não pertence ao esquema em si. Young teoriza que os
comportamentos desadaptativos desenvolvem-se como respostas a
um esquema. Portanto, os comportamentos são provocados pelos
esquemas, mas não se constituem em partes deles.
necessidades universais do ser 
humano 
1. Vínculos seguros com outros 
indivíduos (inclui segurança, 
estabilidade, cuidado e 
aceitação)
2. Autonomia, competência e 
sentimento de identidade
3. Limite realista e auto 
controle
4. Liberdade de expressão, 
necessidade de emoções 
válidas
5. Espontaneidade e lazer.
• Essas necessidades são universais;
• Todas as pessoas têm, embora algumas apresentem necessidades
mais fortes do que outras;
• Um indivíduo psicologicamente saudável é aquele que consegue
satisfazer de forma adaptativa as necessidades emocionais
fundamentais.
• Objetivo da TE: ajudar aos pacientes a encontrar formas adaptativas
de satisfazer suas necessidades emocionais fundamentais.
necessidades universais do ser 
humano 
Origem dos EIDs
Origem dos EIDs
• Primeiras experiências de vida:
. Frustração nociva de necessidades
. Traumatização
. Não atende às necessidades emocionais de autonomia
ou limites realistas
. Internalização ou identificação seletiva com pessoas
importantes.
Origem dos EIDs
• Temperamento Emocional – cada criança tem uma
temperamento singular e distinto desde o nascimento.
Origem dos EIDs
• O temperamento emocional interage com
eventos dolorosos da infância na formação de
esquemas.
• Diferentes temperamentos expõem, de forma
seletiva, as crianças a diferentes circunstâncias
de vida.
Reforços Sintomas
Estilo de 
enfrentamento 
adaptativo
Estilo de 
enfrentamento 
desadaptativo
ESQUEMAS INICIAIS 
DESADAPTATIVOS –
EID OU ADAPTATIVOS
Influências dos 
cuidadores
(Estilos Parentais) 
Experiências 
continuadas 
(traumáticas e/ ou 
positivas)
Necessidades 
Emocionais 
Básicas 
Temperamento 
Herança Filogenética
FIGURA - ELEMENTOS CONSTITUINTES DOS ESQUEMAS INICIAIS 
Domínios de Esquemas
• Jeffrey Young nos mostra que no
desenvolvimento normal ou patológico da
personalidade nós temos 5 grandes tarefas
evolutivas no desenvolvimento da personalidade
(5 domínios esquemáticos)
• Essas tarefas ocorrem de modo geral
sucessivamente.
DOMÍNIO
ESQUEMÁTICO
TAREFA 
EVOLUTIVA
(NECESSIDADES
BÁSICAS)
ESQUEMAS INICIAIS 
DESADAPTATIVOS 
ESQUEMAS INICIAIS 
ADAPTATIVOS 
1º DOMÍNIO Aceitação e 
pertencimento
1. Abandono
2. Abuso/desconfiaça
3. Privação emocional
4. Defeito/vergonha
5. Isolamento Social/Alienação
6. Fracasso 
Apego Seguro
Confiança básica
Completude emocional
Autoaceitação e amor próprio
Pertencimento social
Sucesso 
2º DOMÍNIO Senso de autonomia e 
competência 
adequado
7. Vulnerabilidade
8. Dependência/Incompetência
9. Emaranhamento
Segurança e força pessoal
Competência racional e senso de 
autonomia
Self desenvolvido
3º DOMÍNIO Limites realistas 10. Autocontrole e disciplina
insuficientes
11. Grandiosidade/merecimento
Autocontrole e disciplina saudáveis 
Consideração empática e respeito 
pelos outros
4º DOMÍNIO Respeito aos seus 
desejos e aspirações
12. Subjugação
13. Autossacrifício
Assertividade
Autocuidado e autointeresse
saudáveis
5º DOMÍNIO Expressão emocional
legítima 
14. Inibição emocional
15. Padrões 
inflexíveis/hipercriticidade
16. Negativismo/Pessimismo
17. Busca de 
aprovação/reconhecimento
18. Indesejabilidade/social 
Espontaneidade e expressão 
emocional 
Padrões realísticos 
Esquemas domínio 1
desconexão e rejeição 
❖Famílias: frias (desconectadas da 
necessidade do filho, críticas, 
rejeitadoras, abusadoras, 
negligentes, distantes, imprevisíveis 
*infâncias traumáticas 
➢ Abandono
➢ Abuso/Desconfiança
➢ Privação Emocional 
➢ Defectividade/Vergonha
➢ Isolamento Social/AlienaçãoEsquemas domínio 2
competência e autonomia 
prejudicados 
❖ Famílias: pais superprotetores e que
satisfazem todas as vontades dos filhos
não estimulam a “conquista”. No extremo
oposto, deixam os filhos “ largados”. Pais
excessivamente preocupados e críticos.
• Dependência/ Incompetência 
• Vulnerabilidade
• Emaranhamento
• Fracasso
Esquemas domínio 3
limites prejudicados 
❖ Famílias: exageradamente permissivas 
(“intolerância” à frustração) ou 
indulgentes (excesso de tolerância -
não aprendem limites). 
• Autocontrole/ Autodisciplina 
Insuficientes
• Arrogo/Grandiosidade
Esquemas domínio 4
direcionamento para o outro 
❖ Família: pais que valorizam mais as suas 
próprias necessidades ou a “aparência” do 
que respeitam as inclinações e necessidades 
dos filhos. Amor, aceitação e aprovação 
dependem se o que fazem agradam ou não aos 
pais. Pais dominadores. 
• Subjugação
• Autosacrifício
• Busca de Aprovação/ Reconhecimento
Esquemas domínio 5
supervigilância e inibição 
❖ Família: pais pessimistas, hiper focados em eventos 
negativos da vida. Não valorizam momentos de lazer 
e bem-estar. Ao contrário, não relaxam, estão o 
tempo todo preocupados em não perder o controle 
de seus impulsos , temendo ser criticados. 
Necessidade de fazer “tudo certo”, evitando 
qualquer erro ou falha. Envolve o medo da crítica. 
• Negativismo/ Pessimismo
• Inibição Emocional
• Padrões Inflexíveis/ Postura crítica exagerada
• Postura punitiva
Bases biológicas das emoções e dos esquemas mentais 
Muitos esquemas surgem na etapa pré-verbal da criança, 
quando apenas memórias emocionais e sensações corporais 
são armazenadas 
Mais tarde quando a criança começa a falar é que surgem as 
cognições e o desenvolvimento do pensamento 
Bases biológicas das emoções e dos esquemas mentais 
• Le Doux – neurocientista: emoção e cognição são compreendidas como funções
mentais distintas, mediadas por sistemas cerebrais interativos.
• As emoções fazem parte de um circuito neuropsicológico que permitiu a
sobrevivência e procriação dos nossos ancestrais. As diversas situações ambientais,
como, por exemplo, a busca por alimento, o enfrentamento do perigo ou a
formação familiar, exigiram que estruturas especializadas desenvolvessem
sensações distintas, como medo, prazer, raiva e alegria. Em outras palavras, esses
diferentes estados emocionais existem por razões específicas,
ou seja o indivíduo apresenta capacidade de atribuir
valências diferentes aos eventos do meio.
Bases biológicas das emoções e dos esquemas mentais 
• Rede cerebral associada ao condicionamento do medo
e trauma - principal foco da Teoria do Esquema.
• Existem dois sistemas relacionados ao processamento
da informação de aprendizagem e medo, os quais
operam paralelo: o sistema consciente, mediado por
hipocampo e áreas corticais, e o sistema inconsciente
mediado pela amígdala
Bases biológicas das emoções e dos esquemas mentais 
• Quando o indivíduo entra em contato com estímulos
presentes no trauma original, cada sistema é capaz de
recuperar suas memórias, cognitiva e emocional, por meio
de lembranças e mudanças corporais associadas ao evento.
• Para Young, a diferença nos locais de armazenamento das
memórias consciente e inconsciente explica por que os EIDs
não são modificáveis por métodos cognitivos simples.
Amígdala
• É responsável, principalmente, pela formação e pelo
armazenamento da memória emocional.
• Participa do reconhecimento das expressões faciais de medo e do
processamento de estímulos, emitindo respostas apropriadas a
situações de ameaça ou perigo.
• Sabe-se que lesões nessa estrutura podem prejudicar a capacidade
de reconhecer o medo e de modular as emoções. Em contraste, a
estimulação da amígdala pode aumentar o estado de atenção e
vigilância, gerando medo e ansiedade.
Amígdala 
• Pode enviesar o aparelho perceptual, gerando interpretações erradas referentes a
estímulos ambientais. Assim, qualquer situação que se assemelhe a original pode
ativar o sistema emocional.
“... um cônjuge que tenha sido criado num ambiente familiar com um pai abusador
se torna alvo de abuso físico ou psicológico pelo parceiro. Ele ou ela pode,
naturalmente, tornar-se altamente sensibilizado, fisiologicamente, através da
amígdala. Consequentemente, qualquer conflito que ocorra em situações
familiares, e que se assemelhe ao abuso anterior experienciado quando criança,
seria automaticamente ativado pela amígdala.”
Amígdala
• A resposta emocional de medo é mais rápida do
que o surgimento das cognições referentes à
ameaça. O sinal de perigo atinge a amígdala antes
de atingir o córtex (responsável ao raciocínio,
pensamento e consciência).
• As memórias inconscientes relacionadas ao medo
parecem ser permanentes.
Características do sistema amigdalino
• É inconsciente
• É mais rápido
• É automático
• Memórias emocionais nesse sistema parecem 
ficar permanentes
• Não faz discriminações minuciosas
• É anterior em termos evolutivos, aos córtices 
superiores. 
• As primeiras experiências dos indivíduos são cruciais no crescimento e
funcionamento do tecido cerebral. Os desenvolvimentos cognitivo e
emocional são sensíveis aos efeitos da experiência ambiental. Estudos de
neuroimagem sugerem que a exposição a uma trauma grave na infância
pode acarretar mudanças na estrutura cerebral.
• A capacidade de defesa de um organismo diante do estresse está
diretamente relacionada com a magnitude e a duração do estressor, além
de depender da interação entre fatores genéticos, sociais e ambientais. O
estresse frequente ou contínuo no início da vida tem sido associado ao
aumento de risco para desenvolvimento de doença psiquiátrica e
disfunção comportamental na idade adulta.
Amígdala 
• As principais causas de estresse precoce são maus-tratos na infância que podem ser divididos em:
• Abuso físico: agressões físicas com risco de lesoes corporais graves e morte, em geral cometidas
por indivíduos mais velhos, pais ou responsáveis pela criança
• Abuso emocional: agressões verbais que humilham, envergonham e agetam o bem-estar do infante
• Abuso sexual: qualquer tipo de contato ou comportamento sexual entre um indivíduo mais velho e
a criança; estudo recentes mostram que crianças expostas ao abuso sexual grave são as que
apresentam maior risco para o desenvolvimento de psicopatologias
• Negligência emocional: omissão com relação às necessidades emocionais do infante; falha no
fornecimento de afeto e suporte emocional
• Negligência física: falha no fornecimento de necessidades básicas, como moradia, alimentação,
segurança e saúde.
Processos do Esquema
• A perpetuação e a cura são operações fundamentais
dos esquemas.
• Todos os pensamentos, comportamentos, sentimentos
ou experiências de vida relevantes para os esquemas
ou o tornam mais elaborado e reforçado, perpetuando-
o ou o enfraquecem, curando-o.
Processos do Esquema
• Os processos esquemáticos foram desenvolvidos ao logo da vida
como a melhor forma (naquele momento cronológico) de se
adaptar às condições ambientais a que o indivíduo foi exposto.
• Vão sendo desenvolvidos no decorrer da infância no intuito de
promover a adaptação do indivíduo ao seu ambiente, mas acabam
se tornando desadaptativos na vida adulta ao consolidar os EIDs e
desconsiderar as mudanças dos contextos na adultez.
• Eles ocorrem de forma automática e são vistos pelo indivíduo como
naturais e corretos.
Processos do Esquema
• A cura dos esquemas é o objetivo final da Terapia do Esquema e sua
trajetória é árdua, longa e envolve a mudança comportamental, à medidaque os pacientes aprendem a substituir estilos de enfrentamento
desadaptativos por padrões comportamentais adaptativos.
• Entretanto, os esquemas nunca desaparecem por completo, apenas
ativam-se com menor frequência e o sentimento associado não é tão
intenso. Os pacientes têm, então, uma visão mais positiva de si mesmos,
escolhem relacionamentos mais amorosos e respondem à ativação de
seus esquemas de forma mais saudável (Young et al., 2008).
Processos do Esquema
• Diante de situações de ameaça existem basicamente três respostas
emitidas pelos organismos:
 a luta,
 a fuga
 e o congelamento (freezing)
• os quais, na Terapia do Esquema
correspondem, respectivamente,
aos estilos de enfrentamento:
 hipercompensação,
 evitação
 e resignação/ manutenção
Processo de Perpetuação esquemática
• Mecanismos inconscientes de manter a estrutura das
nossas crenças:
1. Resignação ou Manutenção do esquema
2. Evitação Esquemática
3. Compensação ou Hipercompensação Esquemática
• Explica à ideia de proteção que os indivíduos fazem
às intervenções, as vivências que vão contra aos EID
Processos do Esquema
• No caso de resignação a um esquema, o paciente considera esse como verdadeiro e não luta
nem tenta evitá-lo.
• O estilo de enfrentamento como evitação tem como propósito a fuga da dor gerada pela
ativação do esquema. Como os pacientes evitam o esquema, em um processo automático,
podem emitir comportamentos a fim de distrair-se, como manter comportamentos aditivos
através do uso de substâncias psicoativas, por exemplo.
• Na hipercompensação os pacientes enfrentam o esquema “pensando, sentindo,
comportando-se e relacionando-se como se o oposto do esquema fosse verdadeiro” (Young
et al. 2008, p. 46). Com isso, suas reações tendem a ser o oposto das vividas na infância, o
que pode ser considerado como uma tentativa saudável de ir contra o esquema. No entanto,
a característica dos hipercompensadores é contra-atacar, utilizando-se de comportamentos
exagerados, insensíveis e inadequados.
EIDs Resignação Evitação Hipercompensação
Abandono/
Instabilidade
Escolhe parceiros 
com os quais não 
consegue 
estabelecer 
compromisso e se 
mantém no 
relacionamento
Evita 
relacionamentos 
íntimos
“Agarra-se” ao parceiro 
e o “sufoca” a aponto 
de afastá-lo. Ataca 
veementemente o 
parceiro até mesmo 
por pequenas 
separações. 
Desconfiança/
Abuso
Escolhe parceiros 
abusivos e 
permite o abuso.
Evita se tornar 
vulnerável e 
acreditar em 
qualquer pessoa.
Usa e abusa de outros 
(“pegue-os antes que 
eles lhe peguem”)
Defectividade/
Vergonha
Escolhe amigos 
que o critivcam e 
rejeitam; diminui 
a si próprio
Evita expresar os 
verdadeiros 
pensamentos e 
sentimentos e 
deixar que os 
outros se 
aproximem.
Critica e rejeita os 
outros enquanto 
aparenta ser perfeito. 
Os indivíduos podem utilizar-se de cada um deles em 
diferentes contextos, embora Young houvesse 
indicado que cada pessoa teria uma tendência maior 
ao uso de um específico, por questão de 
temperamento.

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