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PA 6 CASO CONCRETO DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II SIA

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ACADÊMICA: MURÍCIO JOSÉ FACUNDO CONCEIÇÃO – 2013.01.906956 
PLANO DE AULA 06– DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II 
CASO CONCRETO 
Responda: 
PLANO DE AULA 6 – CASO CONCRETO 
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias? 
R: Não, pois conforme elencado no artigo 185 do CTN os atos de alienação e oneração de bens do sujeito passivo da obrigação tributária, praticados após a inscrição do respectivo crédito em dívida ativa, configuram -se fraude à execução. Salvo se remanescerem bens ou rendas suficientes para garantir a execução fiscal, conforme parágrafo único do mencionado artigo. 
Assim, os atos do sócio-gerente alienando bens sociais são nulos de pleno direito, a não ser que haja reservado outros bens sociais bastantes para assegurar a execução 
b) Poderão ser executados bens do sócio -gerente? Em qualquer hipótese? 
R:Sim, mas não em qualquer hipótese. Se a Fazenda Pública exequente não lograr êxito com a execução pelo fato de não ter bens sociais suficientes, poderá executar bens particulares de quem foi sócio-gerente à época do descumprimento da obrigação tributária, como entende a jurisprudência, ao aplicar conjugadamente, na hipótese, os arts. 134, VII, e 135, I e III do CTN 
c) E bens dos demais sócios não-gerentes? 
Justifique as respostas com base na Legislação e na jurisprudência. 
Já quanto aos bens dos demais sócios não-gerentes, estão estarão fora do alcance da execução. 
(4) COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial – direito de empresa. Saraiva: São Paulo, 2011, 23ª. ed., p. 141/142: ""A responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade empresária é sempre subsidiária. À vista do disposto no art.1024 do CC e art. 596 do CPC, que asseguram aos sócios o direito de exigirem o prévio exaurimento do ativo do patrimônio social, a subsidiariedade é a regra na responsabilização deles por obrigações da sociedade. Quando a lei qualifica de "solidária" a responsabilidade de sócios – ao delimitar a dos membros da N/C (CC, art. 1039) dos comanditados da C/S (art. 1045), dos diretos da C/A (art. 1091) ou dos da limitada em relação à integralização do capital social (art. 1052) -, ela se refere às relações entre eles; quer dizer, se um sócio descumpre sua obrigação, esta pode ser exigida dos demais, se solidários. Quando se diz, portanto, que a responsabilidade do sócio pelas obrigações da sociedade é subsidiária, o que se tem em mira é, justamente, esta regra de que sua eventual responsabilização por dívidas sociais tem por pressuposto o integral comprometimento do ativo do patrimônio social. É subsidiária no sentido de que se segue à responsabilidade da própria sociedade. Esgotadas as forças do patrimônio social é que se poderá pensar em executar bens do patrimônio particular do sócio por saldos existentes no passivo da sociedade. O direito brasileiro da atualidade não conhece nenhuma hipótese de limitação de responsabilidade pessoal. Assim, quando a sociedade estiver respondendo por obrigação sua, terá responsabilidade limitada; também o sócio, quando responder por ato seu, ainda que relacionado com a vida social, terá responsabilidade ilimitada. Somente se concebe, no presente estágio evolutivo do direito nacional, a limitação da responsabilidade subsidiária. Os sócios respondem, assim, pelas obrigações sociais, sempre de modo subsidiário, mas limitada ou ilimitadamente. Se o ativo do patrimônio social não foi suficiente para integral pagamento dos credores da sociedade, o saldo do passivo poderá ser reclamado dos sócios, em algumas sociedades, de forma ilimitada, ou seja, os credores poderão saciar seus créditos até a total satisfação, enquanto suportarem os bens dos patrimônios particulares dos sócios. Em outras sociedades, os credores somente poderão alcançar dos bens dos patrimônios particulares um determinado limite, além do qual o respectivo saldo será perda que deverão suportar. Em um terceiro grupo de sociedades, alguns dos sócios têm responsabilidade ilimitada e outros não. (...)".
DJU 15.10.1992, p. 32.517: "TRIBUTARIO. DIVIDA TRIBUTARIA DA EMPRESA. RESPONSABILIDADE DE SOCIO-GERENTE. ART. 135, III DO CTN. INVOCAÇÃO. INSUFICIENCIA. SOCIEDADE EM PLENO FUNCIONAMENTO. PATRIMONIO IMOBILIARIO DA EMPRESA. EXISTENCIA. VERIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO FISCAL EM 02.05.84. EPOCA EM QUE O IMPETRANTE ERA O PRINCIPAL COTISTA DA EMPRESA E REPRESENTANTE LEGAL. POSIÇÃO QUE NÃO TRANSFORMA "RESPONSAVEL"EM CONTRIBUINTE. CTN, 121, II. OBRIGAÇÃO POR DIVIDA PROPRIA E OBRIGAÇÃO POR DIVIDA ALHEIA. DISTINÇÃO. FISCO QUE CONFUNDIU CONTRIBUINTE COM RESPONSAVEL TRIBUTARIO. NA IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO PELA PESSOA JURIDICA E DEMONSTRADA A RESPONSABILIDADE DO SOCIO-GERENTE, A EXIGENCIA PODERIA SER FEITA AO RESPONSAVEL TRIBUTARIO. DILIGENCIA DE COBRANÇA DE DEBITO A PESSOA JURIDICA. AUSENCIA. DESCAMINHO. PROCEDIMENTO DIVERSO. MANIFESTA ILEGALIDADE DE COBRANÇA. DEVIDO PROCESSO LEGAL. ARTIGO 5, INCISO LIV DA CF/88. INOBSERVANCIA. EXIGENCIA QUE SE FAZ POR EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA. ANULABILIDADE. FISCO QUE DEVERA UTILIZAR PROCEDIMENTO ADEQUADO. PROVIMENTO PARCIAL. DECISÃO UNANIME."

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