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PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO Prof.ª Naracélia Sousa Barbosa Teles DEFINIÇÃO • Esterilização é o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetaAvas e esporulada, fungos e vírus), mediante a aplicação de agentes Esicos e químicos. • Um arAgo é considerado estéril quando a p r o b a b i l i d a d e d e s o b r e v i v ê n c i a d e microrganismos é de 1:1.000.000 TIPOS DE PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • O autoclave consiste: • Câmara de aço inoxidável • Uma ou duas portas • Válvula de segurança • Manômetro de pressão • Indicador de temperatura • UAlizado em hospitais • Mais econômico PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Tipos de autoclave: • Gravitacional • Pré-‐vácuo PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Tipos de autoclave: • Gravitacional • A injeção do vapor na câmara força a saída do ar frio por uma válvula • Formação de bolhas • Ciclo mais demorado PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Tipos de autoclave: • Pré-‐vácuo • O ar é removido pela bomba de vácuo ou sistema de Venturi • Vácuo único ou fracionado • Não há formação de bolhas • Secagem mais rápida PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Parâmetros do processo de esterilização Equipamento Temperatura Tempo de Exposição Gravitacional 132º a 135º 121º a 123º 10 a 25 min 15 a 30 min Pré-‐vácuo 132º a 135º 3 a 4 minutos PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Invólucros • Campo de algodão • Papel grau cirúrgico • Papel crepado • Filmes transparentes • Contêines • Caixas metálicas • Vidro refratário • Manta PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Controle do Processo • Eficácia do equipamento • Registro dos parâmetros • Teste de Bowie & Dick • Indicadores químicos externos e internos • Indicadores biológicos PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Controle do Processo • Eficácia do equipamento • Manutenção prevenAva ou correAva • Registro dos parâmetros • Tempo, temperatura e o manovacuômetro de pressão PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Controle do Processo • Teste de Bowie & Dick • Testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave • Uso diário • UAlizado no primeiro ciclo • Equipamento aquecido e câmara vazia • Após manutenções correAvas e prevenAvas PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Controle do Processo • Indicadores químicos externos (classe I) • Reage a uma temperatura e diferencia a carga processada da não processada • Estar em todos os pacotes • Fita zebrada, eAqueta PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Controle do Processo • Indicadores químicos internos • Classe III – Único parâmetro • Classe IV – Dois ou mais parâmetros • Classe V – Parâmetros críAcos: vapor, temperatura e tempo • Classe VI – Todos os parâmetros críAcos Classe III Classe VI Classe IV Classe V PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Controle do Processo • Indicadores biológicos • Esporos de Geobacillus stearothermophillus • Comprovam a morte bacteriana • Uso semanal ou diária • Obrigatório em cargas com implantes PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Vantagens • Facilidade de uso • Custo acessível • Eficácia • Rapidez • Ausência de toxicidade PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Desvantagens • Não serve para pós e líquidos • Causa oxidação em arAgos de aço inoxidável PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por vapor saturado sob pressão • Recomendações • Vapor penetrar em todas as regiões dos pacotes, sem que se formem bolhas de ar • Não apertar muito os pacotes • Dispor os pacotes de modo verAcal • UAlizar 80% da capacidade do equipamento • Não colocar os pacotes sobre as superEcies frias • Seguir as normas de funcionamento do equipamento • Limpar a câmara semanalmente PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização Rápida • Definição Esterilização de arAgo termorresistente por meio de vapor saturado sob pressão em um equipamento ajustado para efetuar o processo em tempo reduzido diante de situações de urgência PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização Rápida • Parâmetros do processo • O ciclo compreende: • Drenagem de ar • Admissão do vapor • Exposição do arAgo ao agente esterilizante, com tempo de penetração, esterilização e confiança • Exaustão do vapor • Tempo de até 10 minutos e temperatura de 132º a 135º PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização Rápida • Recomendações • Separar fisicamente o local da esterilização rápida das áreas de descontaminação e do trafego de pessoas • Limparrigorosamente o arAgo e secá-‐lo • Colocar um indicador classe VI • Posicionar o material aberto e não sobrepor • Levar o cassete com cobertura esteril a sala de operações para que seja aberto pelo circulante PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização Rápida • Recomendações • Verificar as condições do indicador químico • ReArar o material somente com paramentação estéril • Usar os arAgos imediatamente • Não uAlizá-‐lo para implantes PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Calor Seco • Definição • A estufa é um equipamento elétrico que propaga calor seco, gerado por resistências elétricas, para destruir os microrganismos • Usada nos anos 80 • Usada nos consultórios odontológicos • Tem baixo poder de penetração • Recomendado para óleo e pó PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Calor Seco • Parâmetros do processo Temperatura Tempo de exposição 121º C 12 horas 140º C 180 minutos 150º C 150 minutos 160ºC 120 minutos 170ºC 60 minutos PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Calor Seco • Invólucros • Caixas de aço • Controle do processo • Medição da temperatura e tempo de exposição • Teste biológico, Bacillus sub2lis, diariamente na primeira carga e após manutenção • IdenAficação das caixas com fita termorresistente • Manutenção prevenAva semanal PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Calor Seco • Recomendações • Usar invólucros adequados • Evitar volumes pesados • Usar de 80 a 85% da capacidade do aparelho • Marcar o tempo de exposição a parAr do momento em que aAngir a temperatura ideal • Evitar que o bulbo do termômetro toque o arAgo • Não abrir a estufa durante a esterilização • Usar luvas de proteção térmica • Não colocar os arAgos quentes em superEcie fria PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Cobalto 60 • Definição O cobalto 60 é uAlizado como fonte de radiação gama para esterilização de arAgos críAcos. A capacidade anAmicrobiana da radiação ionizante se dá principalmente por modificações no DNA da célula alvo. PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Cobalto 60 • Risco de exposição ambiental • Controlados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) • Recomenda-‐se uso de filmes dosímetricos • Os dados são registrados e arquivados por 25 anos PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Cobalto 60 • Parâmetros do processo • O único parâmetro a ser controlado é o tempo de exposição, todas as outras variáveis permanecem constantes PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Cobalto 60 • Controle do processo • Indicador biológico com Bacillus pumilus • Vantagens • Esteriliza uma variedade grande de arAgos • Alto poder de penetração nos arAgos • Não deixa resíduos • Baixo nível de agressão ao meio ambiente PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Cobalto 60 • Desvantagens • Custo elevado • Disponibilidade dificultada no mercado • Recomendações • Exigência de pessoal altamente treinado • Controle permanente da equipe • Simplicidade do processo PROCESSOS FÍSICOS • Esterilização por Cobalto 60 • Recomendações • Uso de temperatura ambiente • Possibilidade de controle da dose no arAgo irradiado • Ausência de resíduos químicos ou radioaAvos • Uso industrial PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Definição • É o método realizado em autoclaves por meio da combinação de solução de formaldeído com vapor saturado, a uma temperatura entre 50ºC e 78ºC • Também chamado de: Formalina ou Formol • Gás incolor, inflamável, odor picante e irritante • Fórmula: HCHO PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Parâmetros do Processo • Incluem tempo, temperatura, umidade, pressão, concentração e distribuição do formaldeído PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Fases da esterilização • Pré-‐aquecimento • Quando a temperatura da câmara aAngem a temperatura pré-‐selecionada • Remoção de ar • Combinação de formaldeído, vapor e pulsos de vácuo, tendo a finalidade de facilitar a penetração do vapor e do gás nos arAgos PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Fases da esterilização • Esterilização • O gás se separa e permanece no interior do equipamento • Remoção do gás • Pulsos de vapor de agua desmineralizada são usados para remover o formaldeído da carga PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Fases da esterilização • Secagem • É realizada com vácuo para remover a umidade da carga • Admissão do ar • A entrada de ar na câmara passa pelo filtro retentor de bactérias PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Controle do processo • Parâmetros Físicos • Medição e registro de tempo, temperatura, umidade e concentração de esterilizante gasoso • ControleQuímico • Indicador externo em todos os pacotes • Indicador interno, classe V, dentro de cada pacote PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Controle do processo • Controle biológico • Monitorar os processos de esterilização, de modo a assegurar o carregamento e acondicionamento adequados, a qualidade do esterilizante e as condições ideais do ciclo PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Vantagens • Baixo índice de aborto de ciclos • Programas de 50ºC, 60ºc e 78ºC • Ausência de impacto ambiental • Segurança para paciente e equipe de enfermagem • UAlização imediata dos arAgos • Possibilidade de perceber o odor do formaldeído em concentrações abaixo do limite prejudicial (1ppm) PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Desvantagens • Não se aplica à arAgos que absorvem grande quanAdade de formaldeído, como é o caso do papel, papelão, látex e produtos têxteis PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Recomendações • UAlizar para arAgos termossensíveis • Dispor os materiais verAcalmente nos cestos • Preencher a câmara com até 70 a 80% da sua capacidade • Respeitar as dimensões máximas dos pacotes • Selecionar o involucro compauvel com o processo • Não esterilizar arAgos que absorvem formaldeído PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso • Recomendações • UAlizar somente as embalagens do Apo: Tyvek, SMS, papel grau cirúrgico, papel crepado e contêines • Fazer o controle do processo de esterilização PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Óxido de ECleno • Definição • Consiste em um processo Esico-‐químico que uAliza gás óxido de eAleno, sendo realizada em autoclave a uma temperatura entre 50ºC e 60ºC • É um gás incolor, altamente explosivo e inflamável • Não exercem aAvidades com OE menores, gestantes e mulheres em idade férAl. PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Óxido de ECleno • Parâmetros • Tempo, temperatura, umidade relaAva e concentração do gás PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Óxido de ECleno • Vantagens • Serve para vários arAgos • Capacidade de subsAtuir os processos Esicos e químicos • Excelente capacidade de penetração • Ação bactericida, fungicida, virucida e esporicida • Incapacidade de danificar o arAgo exposto • Possibilidade de esterilizar o arAgo embalado em envelope ou papel grau cirúrgico PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Óxido de ECleno • Desvantagens • Formação de bolhas quando o óxido de eAleno entra em contato com alguns polímeros • Custo elevado de aparelhagem e cilindros • Necessidade de pessoal técnico especializado • Tempo despendido para esterilização e para a aeração • Necessidade de local com caracterísAcas especificas PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Óxido de ECleno • Recomendações • UAlizar para arAgos termossensíveis • Atender aos requisitos da legislação vigente • Estabelecer os parâmetros de esterilização de acordo com a carga dos arAgos • Limpar e secar completamente os materiais • Selecionar invólucros compauveis com o óxido de eAleno • Controlar e documentar o processo de esterilização PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Plasma de Peróxido de Hidrogênio • Definição • É um processo Esico-‐químico realizado por meio de uma autoclave própria, que gera plasma de peroxido de hidrogênio por meio de ondas de radiofrequência • Forma produtos não tóxicos com a decomposição do peróxido de hidrogênio, ou seja, água e o oxigênio PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Plasma de Peróxido de Hidrogênio • Parâmetros • Temperatura, pressão, concentração de peróxido de hidrogênio PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Plasma de Peróxido de Hidrogênio • Vantagens • Rapidez no ciclo • CompaAbilidade com arAgos que deve ser esterilizados por baixa temperatura • Facilidade de instalação do equipamento • Automação do ciclo • Mecanismos para cancelamento do ciclo PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Plasma de Peróxido de Hidrogênio • Desvantagens • InvesAmento inicial elevado e custo de manutenção • IncompaAbilidade com celulose, líquidos, lumens de fundo cego e lumens longos e estreitos • Necessidade de involucro especifico PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Plasma de Peróxido de Hidrogênio • Controles do Processo • Controle Químico • Classe I • Classe IV • Controle biológico PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por PasClhas de Paraformaldeído • Definição • Uso de pasAlhas de paraformaldeído cujo o principio aAvo é o formaldeído • Método obsoleto PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Glutaraldeído • Definição • É um dialdeído com potente ação bactericida, podendo seruAlizado para esterilização quimica ou para desinfecção de alto nível de arAgos termossensiveis • UAlizar venAlação adequada • Validade de 14 a 21 dias PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Ácido PeracéCco • Definição • O ácido peracéAco é uma mistura entre ácido peracéAco, peróxido de hidrogênio e água reconhecido como um potente agente microbicida, mesmo em baixas concentrações (0,001% a 0,2%) • DiEcil monitorização • Usar quando não houver outro método PROCESSOS FÍSICO-‐QUÍMICOS • Esterilização por Ácido PeracéCco • Recomendações • Imergir totalmente os arAgos na solução • Secar completamente os arAgos antes submergi-‐los • Após o tempo de exposição, enxaguar os arAgos em agua esterilizada com técnica assépAca • UAlizar imediatamente o item esterilizado
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