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Revisão av2 Fundamentos epistemicos

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Revisão – AV2
Fundamentos Epistêmicos da Psicologia.
Kant – conhecimento a priori (razão, que não é bem um conhecimento, mas que para Kant é a priori, ou seja, independente da experiência) e a posteriori (empírico).
Racionalismo – O conhecimento vem da razão. Em Kant, isso não quer dizer que existam ideias inatas, já prontas, mais ou menos como em Platão se pensava que já nascíamos conhecendo tudo. Em Kant, o que existe ante de qualquer experiência é a razão e não ideias inatas. A razão não é uma ideia. Kant procura solucionar o impasse entre idealismo e empirismo, justamente afirmando que nem tudo vem da experiência (a razão é inata) mas que sem a experiência tampouco pode haver conhecimento.
Empirismo – O conhecimento vem da experiência. Não existem ideias inatas nem uma razão inata, independente da experiência.
Karl Marx – Sua concepção de tarefa da filosofia. A crítica que fez a Hegel.
Positivismo – É uma filosofia da ciência, quer dizer, um modo de entender como se deve proceder para produzir conhecimento científico. Nasce com Augusto Comte e faz parte de um momento histórico marcado pelo entusiasmo pela revolução industrial e pelo capitalismo incipiente. O positivismo originalmente ficou conhecido pela frase de Comte de que o conhecimento deve basear-se nos fatos. A revolução industrial e o capitalismo de certa maneira presentificavam isso no trabalho e na política, pois a tecnologia, a ciência, parecem valer mais do que as tradições sempre mais ou menos marcadas pela visão religiosa. Podemos dizer que industrialização e capitalismo apontaram em dado momento para um mundo mais laico, menos religioso, ainda marcados pelo iluminismo típico da etapa moderna (aquela que vem suceder a idade média, muitas vezes referida como idade das trevas.
Existencialismo – uma aplicação do método fenomenológico à condição humana, quer dizer, ao homem em sua condição histórica concreta. O existencialismo é destes movimentos em filosofia que voltam-se para aproxima-la de interesses humanos, tal como apareceu em Karl Marx, mas também em já em Sócrates. Isso não quer dizer que estes dois últimos fossem existencialistas. O existencialismo enfatizou também que a existência precede a essência. Isso quer dizer que o homem ao nascer é livre para o projeto que vier a fazer. A liberdade à qual o homem está “condenado” traz angústia, pois o homem é sempre livre para errar e só ele mesmo pode afirmar o sentido que dá à sua existência, sem nenhuma garantia vinda de fora, seja de Deus ou de qualquer doutrina / Pai / moral / tradição.
Fenomenologia – método que visa estudar o modo como fenômenos manifestam-se em uma consciência e como atos mentais trabalham estes fenômenos. Embora a fenomenologia não tenha desistido de encontrar modos necessários de aparição para uma consciência que corresponderiam a essências universais, o método fenomenológico, principalmente em psicologia, valorizou a empatia como modo de nos colocarmos no lugar do outro, compreendendo as vivências psíquicas singulares daquela dada consciência (outro). Ao enfatizar fenômenos e não fatos, a fenomenologia justamente defende que vivemos em um mundo de significações e não em um mundo puramente material, idêntico para todos.
Hegel – o conceito de dialética em Hegel, especialmente a dialética entre o senhor e o escravo. O elemento mais superficial aponta que o senhor depende do escravo. Especialmente, do trabalho do escravo. Mais ainda, é o escravo que conhece o senhor; essa parte não parece tão clara.
Como se o senhor não soubesse tão bem o que faz, mas o escravo sim. Trata-se talvez de uma caricatura, ou seja, algo exagerado, mas não podemos deixar de reconhecer que há um tipo de senhor, mestre, que dá ordens caprichosamente enquanto são seus empregados / escravos que com muito mais lucidez percebem o que ele deseja e trabalham para realiza-lo.
Para Hegel, essa é uma dinâmica que tem relação com o próprio processo de conhecimento, pensado como um processo de tomada de consciência. Em um primeiro momento, temos como uma consciência vazia, tola, não pensada do mundo. Somos como o mestre que manda, sem saber por que. Pensamos que somos donos do saber, mas é ele quem nos domina. A dialética de Hegel transforma-se assim em uma dialética da consciência, que fala do processo de sairmos de uma consciência alienada para uma consciência plena.
Foucault – Filósofo muito importante para a ciências humanas, pois seus trabalhos plenos de investigação histórica sempre mostraram o odo como conceitos destas ciências estão impregnados de efeitos de poder. Foucault trabalha com saberes e práticas. Em um de seus últimos momentos, faz genealogias de conceitos. Essas genealogias traçam a história das práticas no seio das quais conceitos formam-se inevitavelmente produzindo efeitos de poder. Os estudos de Foucault, conforme acabei de escrever, voltam-se especialmente para práticas e discursos que versam sobre a verdade no campo das práticas sociais e de seus efeitos sobre a subjetividade. 
Defino subjetividade como o modo como as pessoas apreendem ao mundo em seu entorno e a si mesmas. Como mundo de significações, é inseparável da questão da verdade, do saber e do poder.
Assim, Foucault se interessa como as pessoas aprendem a saber da verdade de si mesmas e dos efeitos de poder que disso emanam nas relações sociais (discursos, que não são apenas verbais, envolvem as práticas, elementos contextuais). Suas pesquisas não se dirigem tanto às ciências em geral quanto às ciências humanas e sociais. Temas como a sexualidade, a prisão, a loucura, a formação dos hospitais, a verdade, os saberes, a subjetividade e o poder são temas recorrentes em seu trabalho.

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