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ACAO DE INCONSTITUCIONALIDADE

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ADI
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) é a ação que tem por finalidade declarar que uma lei ou parte dela é inconstitucional, ou seja, contraria a Constituição Federal.
A ADI é um dos instrumentos daquilo que os juristas chamam de “controle concentrado de constitucionalidade das leis”. Em outras palavras, é a contestação direta da própria norma em tese.
Uma outra forma de controle concentrado é a Ação Declaratória de Constitucionalidade. O oposto disso seria o “controle difuso”, em que inconstitucionalidades das leis são questionadas indiretamente, por meio da análise de situações concretas.
Partes
Somente as seguintes pessoas/ entidades podem propor esta ação: • Presidente da República; • Mesa do Senado Federal; • Mesa da Câmara dos Deputados; • Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal • Governador de Estado ou do Distrito Federal; • Procurador-Geral da República; • Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; • Partido político com representação no Congresso Nacional; • Confederação sindical ou entidade de classe no âmbito nacional.
Não pode haver intervenção de terceiros no processo, ou seja, partes que não estavam originariamente na causa não podem ingressar posteriormente.
Tramitação
A petição inicial deve conter cópia da lei ou do ato normativo que está sendo questionado. Ela deve ser fundamentada, caso contrário pode ser impugnada de imediato pelo relator. O relator deve pedir informações às autoridades de quem emanou a lei, tais como Presidente da República, Congresso Nacional, para estabelecer o contraditório. Considerando a relevância da matéria e a representatividade dos requerentes, o relator poderá ouvir outros órgãos ou entidades. Caso haja necessidade de esclarecimento da matéria, podem ser designados peritos para emitir pareceres sobre a questão ou chamadas pessoas com experiência e autoridade no assunto para opinar.
 LEGITIMAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DA AÇÃO NO ÂMBITO DO PROCESSO CIVIL
Descreve o artigo 6° do Código de Processo Civil que “Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei”, com isso define-se como legitimado para a causa, aquele que se diz titular do direito cuja tutela invoca, a princípio só terá legitimidade ativa para a ação, apenas quem pleiteia direito próprio.
Não se cogita determinar a legitimidade a partir da titularidade do direito subjetivo, porque essa titularidade será definida no processo. Tem-se no momento do ajuizamento da ação a afirmação do autor de que, por ser sujeito da relação jurídica litigiosa, é titular do direito posto em questão. A legitimidade será determinada a partir da coincidência da figuração, no processo, dos sujeitos da relação jurídica posta em juízo.
Ernani Fidélis, ensina sobre o tema:
“O direito de ação é abstrato e a relação processual autônoma e independente, sem nenhuma vinculação com o direito material deduzido no processo. Em razão desta abstração e autonomia, não se pode dizer que só possa propor a ação quem seja sempre o titular do direito e que o pedido só pode ser feito contra o obrigado da relação de direito material. Não, afaste-se tal entendimento por demais pernicioso. A pessoa pode não ter o direito e ser parte legítima para propor a ação”.[1]
A noção de legitimidade, deve-se muito mais a característica de autonomia da relação processual do que ao conceito abstrato de ação.
Havendo coincidência entre o que se afirma titular do direito objeto da relação jurídica material e o sujeito da relação jurídica processual, está-se diante da chamada legitimação ordinária. O jurista Nelson Nery escreve que “ quando há coincidência entre a legitimação de direito material e a legitimação para estar em juízo, diz-se que há legitimação ordinária para a causa”.[2]
Devemos distinguir a capacidade de ser parte de uma determinada relação litigiosa (legitimatio ad causam), a capacidade para estar em juízo, ou legitimação processual (legitimatio ad processum), que é a capacidade para a prática dos atos processuais, ou para tomar ciência desses atos. O doutrinador Ovídio A. Batista lembra que:
“(...) Os menores podem ser partes numa determinada controvérsia que lhes diga respeito e, neste caso, terão legitimatio ad causam, porém, somente através de seus representantes podem estar em juízo, o que significa dizer que a legitimatio ad processum a estes corresponde e não a seus representados. Os maiores de 16 e menores de 21 anos têm capacidade para estar em juízo apenas parcial e limitada, uma vez que haverão de ser assistidos por seus representantes legais”.[3]
A legitimação para a causa é  vista de ambos os pólos da relação processual, a ativa e a passiva respectivamente, e não se confunde com a legitimação processual, ou capacidade de estar em juízo. Um menor de dezesseis anos pode ter legitimidade para a causa, mas não tem capacidade para estar em juízo, devendo ser representado (art. 8°, CPC).[4]
Caberá o indeferimento da inicial, se manifesta a ilegitimidade ad causam ativa ou passiva (art. 295, II, CPC)[5] com a conseqüente extinção do processo sem o julgamento do mérito (art. 267, I, CPC)[6]. Se verificada ao longo da marcha processual, ensejará a falta da legitimidade a extinção do processo sem julgamento do mérito, com base no art. 267, IV do Código de Processo Civil.[7]
2 LEGITIMIDADE PARA AGIR NA ESFERA DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Tradicionalmente, legitimidade é a identidade de pessoa do autor com a pessoa favorecida pela lei, e a da pessoa do réu com a pessoa obrigada. No entanto, na ação civil pública há um rompimento com o processo civil tradicional, uma vez que nem sempre coincidem as figuras do interessado, que é aquele a quem a lei confere o poder de agir.

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