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RESUMO PROCESSO DO TRABALHO (1)

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RESUMO AULAS CERS - OAB
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O processo trabalho sistematizado surgiu com a CLT (1943), no entanto, os problemas oriundos das relações trabalhistas são bem anteriores a algo que está no poder judiciário. Antes as lides entre patrão e empregado eram resolvidos através da autocomposição, ou seja, a origem trabalhista tem uma origem conciliatória. Quem resolvia os conflitos era o poder executivo ou os sindicatos.
1907 – Conselhos Permanentes de Conciliação e Arbitragem;
1932 – Criação da Junta de Conciliação e Julgamento e as Comissões Mistas de Conciliação;
1939 – começou a organizar a Justiça do Trabalho
1943 – CLT
1946 – Inclusão da Justiça do Trabalho como órgão do Poder Judiciário – Criação do TRT e TST
EC 24/99 – Pôs fim às Juntas de Conciliação
Antes tinha o juiz togado e juízes classistas representantes da classe dos empregados e um da classe dos patrões. Os classistas eram indicados pelos sindicatos. Embora, a CLT ainda conste JUNTA DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO (JCJ) não existem mais. Agora são VARAS DO TRABALHO.
A Justiça do Trabalho é um ramo da Justiça Federal. Por isso que denominamos a Justiça do Trabalho de primeira instância como SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA e não comarca.
Instrução Normativa 39/16 (TST) – também é uma fonte formal do processo trabalhista
Esta instrução fala o que se aplica do Processo Civil ao Processo do Trabalho
2016 – TST incluído entre os órgãos do Poder Judiciário.
O processo serve para criarmos normas com a intenção de regrarmos o poder estatal, visando evitar as arbitrariedades.
CONCEITO: direito processual do trabalho é um conjunto de leis, princípios, órgãos, entidades, que atuarão dentro do processo do trabalho; O direito do trabalho nasceu do direito civil.
FONTES DO PROCESSO TRABALHO
FORMAIS: CF/88(art. 111 a 116); Convenções/tratados; CLT (art. 643 a 910); CPC (art. 769, CLT); 7701/88 (organização TST) e 6830/80 (lei aplicável no momento da sentença - lei de execução fiscal); decreto 779/69 e 5584/70 (rito sumário); acordo coletivo de trabalho e convenção coletiva do trabalho; Instrução Normativa 39/16
QUANDO EU APLICO O CPC NOS PROCESSOS TRABALHISTAS? O art. 769, CLT traz dois requisitos objetivos, ou seja, aplica-se quando a CLT for omissa e desde que a norma a ser aplica do CPC seja compatível com os princípios trabalhistas. 
“Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título”.
Subsidiariedade quer diz que primeiro eu aplico a CLT e somente se for omissa e a norma do CPC for compatível com a CLT, eu passo a aplicar o que diz o CPC. O problema é que o art. 15 do CPC ampliou esse conceito de subsidiariedade e passou a dizer que se aplica supletivamente. Isto é, supletivamente quer dizer que basta existir a omissão para se poder aplicar o CPC.
Ex.: no CPC diz que o sujeito que é citado por edital deve ser nomeado para ele um curador especial; ocorre que esta norma não é aplicável ao processo do trabalho porque o direito do trabalho é protetivo. Logo, privilegia-se a celeridade haja vista que as verbas trabalhistas têm cunho alimentar.
Por esse motivo a Instrução normativa veio e regulamentou o que se aplica e não se aplica do CPC à CLT.
MATERIAIS: os costumes como fonte é inegável. Ex.: no tribunal regional do RJ, o juízes costumava ouvir a reclamada antes do reclamante.
Ressalta-se que é difícil ver os costumes dentro do processo porque as normas de rito são normas de ordem pública e, portanto, de caráter cogente sobre as quais não podemos transigir. Nesse sentido, embora o artigo 190, CPC permita a mudança do procedimento quanto o processo versar sobre direitos disponíveis. Isto não se aplica ao processo do trabalho.
Art. 8º, CLT – é este artigo que traz as fontes, tanto do direito material quanto do direito processual. Assim, não servirá de fonte apenas para o judiciário, mas também para as autoridades administrativas (ex.: o Ministério do Trabalho)
“Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público”.
“Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste”.
Hoje se discute que se afastou a legalidade restrita e chegamos a juridicidade. Isto é, não estamos vinculados apenas a lei em sentido estrito, mas também as decisões dos tribunais.
AUTONOMIA DO PROCESSO DO TRABALHO
TEORIA MONISTA: segundo esta teoria o processo do trabalho não seria autônomo porque depende do processo civil.
TEORIA DUALISTA: esta é a teoria majoritária segundo a qual o processo do trabalho independe dos outros ramos. Isto porque possui objeto próprio, que é o direito do trabalho, princípios próprios, órgãos e entidades próprias, bem como regras e leis próprias.
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO
PRINCÍPIO PROTETOR (ART. 790, §3º CLT): está relacionado ao princípio da ISONOMIA, ou seja, tratar os desiguais na medida de suas desigualdades. Criar normas na CLT que diminuam as desigualdades entre patrão e empregado.
O art. 7º, CPC – traz o princípio da PARIDADE DE ARMAS, isto é, igualdades processuais às partes. Ressalta-se que para fins do processo do trabalho não se trata de uma regra absoluta. 
Ex.: um sujeito que possui mais de 60 anos tem o trâmite mais rápido do processo; o consumidor não possui as mesmas capacidades do fornecedor e por isso há inversão do ônus da prova; conceder gratuidade de justiça de ofício no processo do trabalho e súmula 212, TST (inversão do ônus da prova); art. 651, CLT
PRINCÍPIO DA CELERIDADE: Trata-se de um princípio básico que significa dizer que o processo do trabalho precisa ser célere em virtude do caráter alimentar das verbas trabalhistas. A justiça do trabalho só não é mais rápida por conta da diversidade de recursos ainda existentes.
ECONOMIA (ART. 852-A, CLT): nada mais é do que a busca de um processo célere.
Art. 852-A. “Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo”.
Parágrafo único. “Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional”.
CONCILIAÇÃO OBRIGATÓRIA: Juiz é obrigado a propor a conciliação sob pena de nulidade, ou seja, deve constar no termo da audiência.
Art. 764 – “Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação”.
§ 1º - “Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos”.
Art. 846 – “Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação”.
Art. 850 - "Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão”.
Obs: frise-se que o juiz não está obrigado a homologar o acordo. 
Ex.: no RJ o sujeito trabalhava sem carteira assinada, aí ele ia e ajuizava a demanda. A empresa propunha o acordo de pagar 10 mil sem declaração de vínculo (sem ter que assinar a carteira); Logo, o juiz não está obrigado a homologar um acordo que fere os direitos do trabalhador.
NORMATIZAÇÃO COLETIVA: Princípio próprio do processo do trabalho. A normatização coletiva são as decisões proferidas em sede de dissídio coletivo, ou seja, no dissídio coletivo é formado a sentença normativa. Não se pode confundir dissídio coletivocom data-base. Esta é o mês do ano em que patrões e empregados farão a negociação de melhores condições. Caso não cheguem a um acordo, aí sim pode virar um dissídio coletivo que será julgado, por exemplo, no TRT. O tribunal decidindo, torna-se uma normatização coletiva, isto é, atingirá a todos. 
Obs: é possível que dissídio coletivo seja julgado no TJ. Ex.: servidores públicos estaduais e municipais. Embora sejam estatutários, o TJ poderá lavrar uma sentença normativa como ocorreu no caso dos professores municipais de Juiz de Fora que tiveram um dissídio coletivo julgado pelo TJMG. TJ entendeu a grave ilegal e proferiu uma sentença normativa, ou seja, normatizou para todos os professores.
PRINCÍPIO DO INFORMALISMO: Para o processo ser rápido ele obrigatoriamente precisa ser informal, ou seja, não há no processo do trabalho todo aquele rigor exigido no processo civil. Tal princípio é visto com ressalva no direito trabalhista por envolver direitos indisponíveis.
INÉRCIA OU DISPOSITIVO (art. 2º do CPC): segundo o qual o juiz não vai dar início ao processo senão por iniciativa da parte. Relacionado à disposição do direito de ação.
EXCEÇÕES: Art. 856, da CLT – quer dizer que no caso de dissídio coletivo de greve, o presidente do tribunal pode DE OFÍCIO, no processo do trabalho, suscitar o dissídio coletivo.
A instauração de instância (quebra da inércia, ou seja, a jurisdição foi chamada) ainda é discussão no processo do trabalho, sobretudo nos dissídios coletivos. Doutrina minoritária diz que o judiciário pode dar início a demanda trabalhista no dissídio coletivo. Já a doutrina majoritária entende que o art. 856, CLT não foi recepcionado pela Constituição.
Art. 39, CLT - Outra exceção é o caso do dissídio coletivo ser instaurado de ofício pela superintendência regional do trabalho (órgão administrativo) quando diga respeito a anotação da CTPS. Ex.: tramita perante a superintendência regional do trabalho um reclamação contra o empregador porque este não fez o reconhecimento do vínculo; o empregador em sua defesa administrativa nega o vínculo de emprego. Então a superintendência encaminha um ofício ao juiz do trabalho e este vai instaurar a reclamação trabalhista buscando saber se havia vínculo de emprego ou não. Portanto, o órgão administrativo ao não conseguir resolver a questão, encaminha ofício para a justiça do trabalho comunicando o caso e esta, de ofício, iniciará a reclamação trabalhista para apurar se existia ou não esse vínculo de emprego.
No direito do trabalho o princípio dispositivo não é absoluto porque o sindicato pode propor ação em nome de outrem. Isto é, legitimação extraordinária.
PRINCÍPIO DA ORALIDADE: Assemelha com o princípio da primazia da realidade (direito do trabalho prima pelos reais fatos e não pelos documentos). Logo esta relação está na prevalência da palavra oral pela escrita.
Ex.: art. 840, caput da CLT (a reclamação poderá ser verbal); art. 847 (defesa oral em 20 minutos)
PRINCÍPIO INQUISITIVO/INQUISITÓRIO (ART. 765, CLT) – IMPULSO OFICIAL
Tal princípio confere ao juiz poderes para impulsionar o processo, poderes para determinar quaisquer diligências que repute úteis ou necessárias ao esclarecimento da causa. O impulso oficial no processo do trabalho é mais evidente porque estamos lidando com verbas de cunho alimentar. Logo, o Estado-Juiz tem interesse em dar andamento no processo para garantir os direitos do trabalhador. ex.: ART. 765, CLT e 878, CLT.
Art. 765 – “Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas”.
Art. 878 – “A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior”.
Parágrafo único – “Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho”.
Diferente do processo civil, após o trânsito e julgado no processo do trabalho, é o juiz que dá o impulso da liquidação e execução da sentença.
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE OU IMEDIAÇÃO: Este princípio nos orienta no sentido de que as provas serão produzidas com a participação do juiz. Presente nos artigos que determinam a participação do juiz na produção da prova. Como exemplo temos o art. 820, CLT. Quando o juiz está em contato direto com as provas chamamos de imediatidade. Ex.: manda fazer perícia, manda ouvir a testemunha...
Art. 820 – “As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados”.
Outro exemplo também é a inspeção judicial. O juiz pode inspecionar coisas e pessoas. Ex.: o reclamante por exemplo pede o reconhecimento de vínculo de emprego; na dúvida o juiz pode levar todo mundo ao local de trabalho e começar a fazer perguntas para o reclamante para verificar se ele realmente conhece o local em que ele alega ter trabalhado.
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ: O juiz que concluir a instrução é o que deve julgar a lide, porque é o juiz que teve contado direto com as partes e assim tem maior aptidão para julgar. Salvo quando tiver afastado, licenciado, convocado, afastado, aposentado. Neste caso a própria lei vai excluir essas possibilidades. 
Obs.: Parte da doutrina defende que este princípio NÃO SE APLICA no processo do trabalho, pois a súmula 136 do TST foi cancelada. Além disso este princípio não vigora mais no atual CPC.
Obs.: outra parte da doutrina critica o novo CPC por não ter repisado o art. 132 do CPC/1973. Entretanto, entende que tal princípio não foi afastado e defende que defende que é possível extrair do art. 366 do novo código fundamento para sua manutenção. (O professor não disse se foi afastado)
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO: concentram-se em uma audiência no processo do trabalho quase todos os atos processuais. Concentram-se os atos de conciliação, defesa, instrução, debates (razões finais) e inclusive a sentença. O art. 849, CLT que versa sobre o procedimento ordinário, estabelece que a audiência no processo do trabalho é contínua, o que significa que a audiência foi planejada para ser UNA. No procedimento sumaríssimo, art. 852, alínea “C”, da CLT o legislador foi mais categórico e disse que a audiência deve ser UNA. Embora, em alguns casos isso não seja possível. Essa concentração foi irradiada para todos os processos; diz respeito à busca da otimização dos atos processuais, ou seja, que eles sejam realizados em uma única audiência
Art. 849 – “A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação”.
JUS POSTULANDI: Significa dizer o direito da parte postular em juízo sem a presença de uma advogado independentemente do valor da causa. Aplica-se tanto ao empregado quanto ao empregador. Entretanto, limita-se às Varas do Trabalho e aos TRTs.
“Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”.
Ex.: um trabalhador desloca à justiça do trabalho e lá um servidor faz a atermação (reduzir a termo), ou seja, esta reclamação chega ao judiciário de forma oral.
Súmula 425, TST – “O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho”.
Assim, pode fazer recurso ordinário (igual apelação do processo civil) sem advogado. Entretanto, não se pode postular sem advogado no TST. Isto porque as instâncias extraordinárias só julgarão matéria de direito (interpretação da lei. Ex.: esse artigo da CLT foi violado? Esse acordo coletivo foi interpretado corretamente?),ou seja, o TST não analisa prova, laudo pericial, por se tratarem de matéria de fato.
Ex.: o TRT-1 tá interpretando a CLT e falando “Y”; já o TRT- tá falando “X”. Aí vem o TST e pacifica a situação.
PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO: é aquele que autoriza o juiz a deferir algo, nas hipóteses previstas em lei, que não foi postulado pelo reclamante, ou seja, condenar o réu em pedidos não contidos na petição inicial, isto é, autoriza o julgador a conceder mais do que o pleiteado, ou mesmo vantagem diversa da que foi requerida. A regra é aplicação do princípio da adstrição, em que o juiz está vinculado ao pedido do reclamante.
Exemplo disso no Código de Processo Civil: autor pediu danos morais, mas esqueceu de pedir honorários, juros e custas. Logo, o juiz condenará ao pagamento de honorários, juros e custas mesmo não tendo sido pedido.
Exemplo extrapetição na CLT: a estabilidade no processo do trabalho é a mesma coisa, ou seja, extrapetição. Quando você é estável e é demitido, você pede só a reintegração e a lei autoriza na impossibilidade ser reintegrado ao trabalho que converta aquela reintegração em indenização
Art. 496 – “Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte”. (ver súmula 396, TST)
Art. 201 - As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do trabalho serão punidas com multa de 3 (três) a 30 (trinta) vezes o valor de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, e as concernentes à segurança do trabalho com multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o mesmo valor. 
Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.
Ex.: a empresa “A” “todo dia” está na justiça e o juiz defere periculosidade. Ele pode aplicar uma multa de ofício.
Art. 467. “Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento".
Sob pena do juiz de ofício aplicar esta multa de 50%.
Sumula 211 TST – “Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação”.
PRINCÍPIO DA PERPETUATIO JURISDICTIONIS (ART. 43, CPC): estabelece que a competência é definida no momento do ajuizamento da ação. Se o juízo for o competente no momento da propositura da ação será nele, em regra, que irá tramitar a ação até o final do processo.
Exceções: salvo quando se tratar de alteração de competência absoluta; ou então quando se tratar de supressão de órgão jurisdicional e criação da vara do trabalho. Nestes casos, as ações deslocam-se para o novo juízo competente independente da fase em que esteja o processo.
Cuidado! Quando há alteração da competência em razão da matéria (absoluta) deslocam-se para a justiça do trabalho todas as ações. Exceto, quanto as ações que se tornaram de competência da justiça do trabalho com a Emenda Constitucional 45/04. Nestes casos, deslocam-se para a justiça do trabalho só as que NÃO possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da emenda.
PRINCÍPIO DA APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CPC (art. 769, CLT)
Inicialmente é preciso distinguir a fase de conhecimento da fase de execução no processo do trabalho. Quando se diz que há omissão na CLT deve-se entender que esta omissão é na fase de conhecimento, pois para dizer que a omissão é na fase de execução terá que ser dito que há omissão na CLT na fase de execução.
Não basta que haja apenas omissão da CLT para aplicação subsidiária, é preciso que haja compatibilidade entre a norma a ser aplicada e os princípios gerais do processo do trabalho.
Na fase de execução é preciso que seja dito que a omissão é na fase de execução, assim deve-se recorrer a lei dos executivos fiscais e mesmo assim não basta que haja omissão da CLT, é preciso que também haja compatibilidade entre esta lei e os princípios gerais do processo do trabalho.
PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE DA LIDE: estabelece que há um momento final para modificação da petição inicial. No processo do trabalho entende-se que o momento final é no dia da audiência, desde que antes da apresentação da defesa. Maioria entende que é neste momento que se estabiliza a lide no processo do trabalho.
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE (ART. 336, CPC): segundo o qual toda matéria de defesa deve ser aduzida na contestação. Ex.: prescrição bienal e quinquenal. Ou seja, se o juiz extinguir o processo sem resolução do mérito eu não vou ter outro momento para trazer a prescrição quinquenal. Assim, é este o momento para aduzir toda matéria de defesa.
PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA (ART. 341, CPC): nos orienta no sentido de que todos os fatos alegados pelo reclamante devem ser impugnados ponto a ponto. Não se admite impugnação por negativa geral.
GRATUIDADE (ART. 790-A, CLT)
Art. 790-A. “São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita”:        
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica;       
II – o Ministério Público do Trabalho.
Parágrafo único. “A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora”.
Quando tratamos de pessoa jurídica os entes públicos terão gratuidade: Municípios, Estados, União, Distrito Federal e Territórios; Quanto a Sociedade Empresária, somente poderá ter gratuidade demonstrando sua situação financeira de que não tem condições. Sociedade de Economia Mista e Empresa pública não terão gratuidade porque têm natureza de pessoa jurídica de direito privado.
*DIALETICIDADE: falamos de dialeticidade quando falamos de recurso. Diz respeito a cópia no recurso ordinário da Petição Inicial ou Contestação. Logo, isto fere a dialeticidade por não haver diálogo entre o recurso e a sentença. STJ e TST vem fazendo “vista grossa”, no entanto, a dialeticidade é um pressuposto processual recursal.
*IRRECORRIGIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS (ART. 893, CLT). Também existe no CPC.
Os atos clássicos do juiz são despachos, decisões interlocutórias e sentenças. As decisões interlocutórias não cabem recurso ordinário.
§ 1º, art. 893, CLT – “Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva”.
Ex.: no processo do trabalho estamos em uma audiência de instrução; você chega para o juiz e diz que quer fazer prova pericial; juiz diz que indefere (decisão interlocutória e, portanto, não cabe recurso). Assim deve pedir a palavra ao juiz e pedir para registrar na ata os protestos.
Ex.: reclamante pediu perícia para demonstrar que o ambiente de trabalho era periculoso e foi indeferido a prova; no final juiz sentenciou a favor da periculosidade e assim não teve prejuízo ao reclamante. Entretanto, se a sentença tivesse sido desfavorável o reclamante poderia fazer o recurso ordinário alegando o cerceamento de defesa por conta da decisão interlocutória do juiz ao indeferir a prova. Assim, o tribunal pode anular a decisão e mandar fazer aquela prova.
Súmula 214, TST – “Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superiordo Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
Esta súmula traz as exceções em que se pode recorrer imediatamente das decisões interlocutórias.
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO (ART. 111, CF)
Os órgãos da justiça do trabalho são: JUIZ DO TRABALHO (VARA DO TRABALHO), TRT e TST
De uma sentença proferida pelo juiz do trabalho cabe Recurso Ordinário (RO) para o TRT; de um RO cabe o Recurso de Revista (RR) para o TST e quem julga são as turmas; desta decisão de turmas cabe embargos ao TST para o próprio TST e Recurso Extraordinário ao STF.
A súmula 10 STJ dispõe que, instalada a Vara do Trabalho, cessa a competência do juiz de direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas.
Art. 112, CF trata das hipóteses em que determinada comarca não há juiz do trabalho. Quando não houver, a lei pode investir (não é automático) o juiz de direito da jurisdição trabalhista. O que significa dizer que você irá propor sua reclamação trabalhista para um juiz de direito e não do trabalho. Sendo que o recurso cabível desta sentença proferida por este juiz de direito, será o RECURSO ORDINÁRIO ao TRT e depois RR para o TST, Embargos ao TST para o próprio TST e Recurso Extraordinário ao STF. (Ver art. 668, CLT)
Compete às secretarias realizar notificações, autuações, atendimento aos advogados e, ainda, sob a supervisão do juiz, nos termos do art. 203, §4º do CPC, atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória.
Os distribuidores são designados pelo presidente do TRT, dentre os funcionários das Varas do Trabalho e do TRT, ficando subordinados diretamente a ele (art. 715, CLT)
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
1 ª PARTE (ART. 114, INCISO I DA CF)
1 - A justiça do trabalho é competente para julgar as ações oriundas da relação de trabalho (qualquer vínculo jurídico por meio do qual uma pessoa natural executa obra ou serviços para outrem, mediante o pagãmente de uma contraprestação), abrangidas assim a relação de emprego que tem como grande requisito a subordinação. Então podem demandar na justiça do trabalho o empregado, o autônomo, o trabalhador portuário em face dos operadores portuários e órgãos gestores de mão de obra (OGMO), dissídios resultantes de contrato de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
Trabalhadores AUTÔNOMOS (pedreiro, pintor, marceneiro), embora não seja empregado do tomador de serviços em função da ausência de subordinação, demandam na justiça do trabalho (só que a eles não se aplica a CLT, mas sim o Código Civil e outras leis esparsas);
ATENÇÃO: Compete a Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de cobranças de honorários de profissionais liberais (ex.: advogado, engenheiro)? O STJ e o TST entendem que NÃO (súmula 363 do STJ), ou seja, é COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL pelo fato desses profissionais estarem em patamar de igualdade ou até mesmo de superioridade com as pessoas que os contratam.
Em relação às ações acidentárias (previdenciárias) decorrentes de acidente de trabalho, embora envolvam situações decorrentes da relação de trabalho NÃO SE ECONTRAM na esfera de competência material da Justiça do Trabalho sendo a Justiça Ordinária (Varas de Acidente de Trabalho) competente para processar e julgar ação acidentária proposta pelo empregado (acidentado segurado) em face do INSS (seguradora), conforme previsto no art. 643, §2º da CLT
Cabe à Justiça Comum julgar processos decorrentes de contrato de previdência complementar privada. A competência da Justiça Comum para julgar processos decorrentes de contrato de previdência complementar privada abrange, naturalmente, a complementação de pensão requerida por viúva de modo que a OJ 26 do TST deveria ser cancelada.
2 - Abrangidos os entes de direito público externo (Estados Estrangeiros e Organismos Internacionais (ex.: ONU, OIT e OTAN)
ATENÇÃO: Inicialmente é preciso distinguir os atos praticados por tais Estados Estrangeiros. Alguns são ATOS DE IMPÉRIO. Por exemplo, a concessão de visto. No que diz respeito aos atos de império eles têm IMUNIDADE ABSOLUTA, isto é, imunidade de JURISDIÇÃO e imunidade de EXECUÇÃO. Não se submetem, portanto, a jurisdição brasileira em nenhuma hipótese.
Entretanto, há ainda os ATOS DE GESTÃO (quando o Estado atua como se fosse particular). Exemplo disso é a própria contratação de trabalhadores. Nestes casos os Estados Estrangeiros NÃO TÊM imunidade de jurisdição. Ex.: um trabalhador que trabalha na embaixada de um outro Estado e não recebeu suas horas extras, poderá demandar na justiça brasileira, entretanto, TEM imunidade de EXECUÇÃO, ou seja, a justiça brasileira não pode penhorar os bens do Estado Estrangeiro, terá que expedir a carta rogatória.
3 – Abrangidas a administração direita (poder executivo da União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista)
Os trabalhadores da administração direta e indireta são: os celetistas, estatutários e os temporários contratados pelo poder público (art. 37, inciso IX da CF). Entretanto, para o STF, somente podem demandar contra o poder público na justiça do trabalho em ações oriundas da relação de trabalho quando se tratarem de servidores CELETISTAS, pois mantêm com o poder público um vínculo de emprego. Já os estatutários mantêm um vínculo administrativo e por isso estão fora da justiça do trabalho, assim como os temporários, que são contratados sem concurso público para atenderem necessidade de excepcional interesse público.
Quanto aos Organismos Internacionais aplicam-se as normas que os criaram, assim aplica-se a OJ 416 da SDI-I. Logo, em regra, gozam de IMUNIDADE ABSOLUTA de JURISDIÇÃO. Salvo, expressa renúncia à imunidade.
O STF na ADI 3395 excluiu toda e qualquer interpretação do art. 114, inciso I da CF que atribua competência à justiça do trabalho para julgar as ações entre o poder público e seus servidores estatutários. Logo, ESTATUTÁRIOS E TEMPORÁRIOS estão FORA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Portanto, a Justiça do Trabalho é INCOMPETENTE para conciliar e julgar as ações envolvendo servidores públicos estatutários, sendo competente a Justiça Federal (servidores públicos federais) ou a Justiça Estadual (servidores públicos estaduais ou municipais)
Vale destacar que o STF vem decidindo, reiteradamente, que, em caso de contratação temporária realizada pela Administração Pública, mesmo irregular, a competência para julgamento de eventual ação não será da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Federal ou Estadual.
Contudo, se o servidor da administração pública direta, indireta, autárquica ou fundacional for regido pela CLT, será a JUSTIÇA LABORAL competente para conciliar e julgar os dissídios entre o denominado “EMPREGADO PÚBLICO” e a administração pública. 
Obs.: Emprego público é, no Brasil, o exercício da função pública por meio de um contrato de trabalho regido pela CLT, ao contrário do serviço estatutário, que é regido pelo Estatuto dos Funcionários Públicos.
A empresa pública e a sociedade de economia mista que, nos termos do art. 173, §1º, inciso II da CF, explorem atividade econômica, serão submetidas ao regime próprio das empresas privadas, constituindo-se em pessoas jurídicas de direito privado, com empregados regidos pela norma consolidada.
A súmula 97 do STJ dispõe que, se houver mudança de regime do servidor celetista (contratual) para estatutário, permanece a competência da Justiça do Trabalho em relação aos direitos oriundos do contrato celetário. Por sua vez, a súmula 137 do STJ menciona que compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao vínculo estatutário. Já a súmula 218 do STJ fixa a competência da Justiça dos Estados para processar e julgar ação de servidor estadual decorrentede direitos e vantagens estatutários no exercício de cargo em comissão.
2 ª PARTE (ART 114, INCISO II ao IX da CF)
1 - Compete a justiça do trabalho processar e julgar DANO MORAL E PATRIMONIAL oriundos da relação de trabalho;
ATENÇÃO: quanto a ACIDENTE DO TRABALHO (SÚMULA VINCULANTE 22, STF)
É competência da justiça do trabalho processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas ações que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004 (ampliou muito a competência da justiça do trabalho). Logo, as que já possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda não se deslocam para a justiça do trabalho (isto é uma exceção, porque mudança de competência em razão da matéria, absoluta, desloca-se a competência). Neste sentido está a súmula 367 STJ: “a competência estabelecida pela EC n. 45/04 não alcança os processos já sentenciados”.
Quando o empregado sobreviver ao acidente de trabalho e pedir indenização por dano moral e patrimonial em decorrência do acidente já sabemos que é competência da justiça do trabalho. No entanto, pode ser que o empregado venha a MORRER e os sucessores optarem em propor um reclamação trabalhista em face do empregador. Logo, de quem será a competência? Também é de competência da justiça do trabalho, pois a constituição diz dano moral e patrimonial decorrentes das relações de trabalho não dizendo que é só entre empregado x empregador. O STJ entendia o contrário através da súmula 366, mas esta foi CANCELADA. Portanto, a Justiça do Trabalho é a única competente para julgar ação indenizatória de acidente do trabalho, ainda que o empregado seja falecido.
Súmula 392 TST – “Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido”.
ATENÇÃO: Ocorre que em um acidente de trabalho o empregado pode propor uma reclamação em face do INSS (autarquia federal) pleiteando benefícios previdenciários. Veja que não é uma ação decorrente da relação de trabalho, mas sim da relação do empregado com o INSS. Logo, a ação do empregado ou de seus sucessores em face do INSS NÃO É COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Portanto, numa ação do empregado contra o INSS em que se está discutindo acidente de trabalho a competência é da JUSTIÇA COMUM com base no inciso I do art. 109 da CF/88. Ex.: sofri um acidente de trabalho e o INSS se recusa a me fornecer auxílio acidentário. Nos demais casos, será competência da JUSTIÇA FEDERAL. Ex.: auxílio doença, aposentadoria etc...
2 - Compete a justiça do trabalho processar e julgar as ações oriundas do DIREITO DE GREVE;
ATENÇÃO: quanto a competência da justiça do trabalho processar e julgar as ações oriundas do DIREITO DE GREVE.
SÚMULA VINCULANTE 23, STF
Estabelece que compete a justiça do trabalho processar e julgar as AÇÕES POSSESSÓRIAS (reintegração de posse, manutenção de posse e interdito proibitório) ajuizadas em decorrência do exercício do direito de greve. Só que isso tudo em decorrência do exercício do direito de greve dos trabalhadores da INICIATIVA PRIVADA.
É pacífico, porém, que COMPETE À JUSTIÇA DO TRABALHO, à luz do art. 114 da CF, processar e julgar as ações que envolvam exercício do direito de greve, em caso de trabalhadores submetidos a regime celetista, inclusive em caso de empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista (porque são celetistas).
O exercício abusivo do direito de greve pode gerar o manejo de ações coletivas disciplinas nos §§ 2º e 3º do art. 114, CF (dissídio coletivo de greve proposto pelo sindicato patronal, empresa ou MP). Por outro lado, o exercício irregular do direito de greve também pode gerar a propositura de ações individuais (COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO), como as ações de reparação propostas pela empresa ou por qualquer interessado em face de danos causados pelo sindicato profissional, ou mesmo pelos trabalhadores em função de uma greve abusiva; ações indenizatórias, de obrigação de fazer, para assegurar durante a greve a prestação de serviços individuais; e ainda ações possessórias. Ressalta-se que, nesses casos, a COMPETÊNCIA É DAS VARAS DO TRABALHO.
A Justiça do Trabalho NÃO é competente para julgar as ações penais decorrentes do exercício do direito de greve.
3 - Compete a justiça do trabalho processar e julgar MANDADO DE SEGURANÇA, HABEAS CORPUS E HABEAS DATA quando o ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição;
ATENÇÃO: quanto a competência da justiça do trabalho para julgar MS, HC e HD quando o ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição.
SÚMULA VINCULANTE 25, STF
Ex.: o juiz proferiu uma sentença deferindo 2 horas extras por dia com adicional de 50% no últimos dois dias (salário de mil reais por mês). A sentença de liquidação nos dá o valor da execução; a carta de cobrança no processo de trabalho chama-se mandado de citação e penhora para que o executado pague ou garanta o juízo no prazo de 48horas. Sem a garantia do juízo o processo não sai. Em contrapartida, uma vez que seja dada a garantia do juízo o processo segue. Se o executado não paga ou não garante o juízo o juiz mandará penhorar tantos bens quantos bastem para a garantia do juízo. Aí sim prosseguiu a execução; tempos depois o oficial foi até a empresa do reclamado para penhorar bens; o gerente assinou como depositário fiel sem saber e foi mandado embora; o dono vendeu os bens; o gerente ficou sabendo depois que era depositário fiel; o juiz determinou a prisão (embora não seja mais possível). Cabe então o HABEAS CORPUS por força da súmula vinculante nr. 25. Porque o juiz está descumprindo a súmula vinculante, cabe concomitantemente uma RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL.
Se a justiça do trabalho é competente para HABEAS CORPUS ele também é competente para as AÇÕES PENAIS? Não, pois o STF já deixou claro na ADI 3684 que a justiça do trabalho NÃO É COMPETENTE para as AÇÕES PENAIS. 
Obs.: crime contra a organização do trabalho é de competência da justiça federal.
4 - Compete a justiça do trabalho processar e julgar as AÇÕES DE REPRESENTAÇÃO SINDICAL. Sindicato x Sindicato (ex.: dois sindicatos discutem a representação da categoria em uma determinada base territorial); Sindicato x Empregado (ex.: os empregados não concordam com o resultado da eleição para direção do sindicato); Sindicato x Empregador (ex.: os empregadores têm que reter um dia do ano para repassarem ao sindicato e não fizeram)
Súmula 222 STJ – “Compete à Justiça Comum processar e julgar as ações relativas à contribuição sindical prevista no art. 578 da CLT”.
5 - Compete a justiça do trabalho processar e julgar os CONFLITOS DE COMPETÊNCIA entre os seus órgãos (juiz do trabalho, TRT e TST). Salvo quando a competência for do STJ ou do STF.
6 - Compete a justiça do trabalho processar e julgar as PENALIDADES ADMINISTRATIVAS IMPOSTAS AOS EMPREGADORES OU TOMADORES DE SERVIÇO (obs.: não são as impostas aos empregados) pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Ex.: vai o auditor fiscal do trabalho numa empresa, verifica o descumprimento da legislação trabalhista e autua a empresa. Então, esta ação será julgada na justiça do trabalho.
ATENÇÃO: quanto a competência da justiça do trabalho processar e julgar as penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
SÚMULA VINCULANTE NR. 21, STF E 424, TST (versam sobre o recurso administrativo)
Essa penalidade administrativa desafiam recurso administrativo e está previsto no art. 636, § 1º da CLT. Tal dispositivo traz a exigência de depósito prévio do valor da multa que foi imposta como condição de admissibilidade do recurso administrativo.Ocorre que tanto a súmula vinculante nr. 21 quanto a súmula 424 do TST afastam a aplicação do art. 636, § 1º da CLT entendendo que ele não foi recepcionado pela Constituição Federal, ou seja, é INCONSTITUCIONAL.
7 - Também compete a justiça do trabalho EXECUTAR, de OFÍCIO, as contribuições SOCIAIS (não fiscais) decorrentes das sentenças que proferir (não é qualquer sentença). Contribuição fiscal (imposto de renda) cabe a justiça do trabalho apenas a retenção e não a execução de ofício de contribuições fiscais.
ATENÇÃO: quanto a competência da justiça do trabalho executar de ofício as contribuições sociais (não é fiscais) decorrentes das sentenças que proferir (não é de toda e qualquer sentença)
SÚMULA 368 TST
Quanto as contribuições fiscais: não compete a justiça do trabalho a execução, mas apenas a retenção dos valores devidos.
Quanto as contribuições sociais: o art. 876, parágrafo único da CLT compete a justiça do trabalho executar de ofício as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido.
Ex.: foi proferida a sentença e o juiz tem que discriminar a parcela que tem natureza salarial e a que tem natureza indenizatória. Porque sobre aquelas que tem natureza salarial vai incidir INSS. Sobre estas, vai haver a execução de ofício pela justiça do trabalho dessas contribuições que incidem sobre um valor que foi deferido na sentença. Já quando as partes celebram um acordo no processo do trabalho as contribuições vão incidir sobre o valor do acordo celebrado e homologado.
Assim, essa incidência de contribuição previdenciária sobre os valores dos salários pagos durante o período contratual reconhecido. Ex.: eu digo para o juiz que era considerado autônomo, mas na verdade eu era empregado naquela relação contratual. Ajuízo a reclamação trabalhista e postulo o vínculo de emprego; durante todo curso da relação de trabalho eu recebia 3 mil reais, mas como eu era considerado autônomo não havia recolhimento sobre esse valor de 3 mil. Ocorre que eu ajuizei a reclamação trabalhista e não pedi nada (férias, 13º...) além do vínculo de emprego; aí o juiz vai proferir a sentença e reconhece o vínculo de emprego. Entretanto, por força do parágrafo único do 876, CLT o juiz, cabe ao juiz do trabalho executar de ofício as contribuições sociais incidentes sobre os salários que foram pagos durante o período contratual reconhecido. Logo, deveria o juiz ao verificar que o empregado recebia 3 mil, calcular a contribuição previdenciária incidente sobre esse valor e executar de ofício ao invés da União ter que fazer. Entretanto, como mesmo assim o INSS na hora de computar esse período como tempo de serviço não reconhecia automaticamente, o STF e depois o TST passaram a entender que não cabe a execução de ofício das contribuições previdenciárias incidentes sobre salários que não pleiteados, ou seja, que não foram deferidos na sentença, que são relativos a salários que foram pagos ao período contratual reconhecido. Logo, não é o juiz do trabalho que vai levantar quanto o empregado recebeu, calcular quanto dá de contribuição e executar. 
Portanto, conforme entendimento do inciso I da súmula 368 do TST, compete a justiça do trabalho executar de ofício as contribuições previdenciárias incidentes sobre as sentenças condenatórias em pecúnia, sobre as sentenças homologatórias de acordo, MAS NÃO sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido.
Ex.: o reclamante ajuizou a reclamação trabalhista e pleiteou horas extras, adicional noturno e disse que nunca foi recolhido o INSS sobre os salários pagos durante o período que trabalhou. Juiz proferiu a sentença deferindo as horas extras, adicional noturno. Pergunta-se: o Juiz vai executar de ofício o INSS sobre os salários que o empregado já recebeu e não está postulando, ou seja, sobre os salários pagos durante o período contratual já reconhecido? NÃO, compete a justiça do trabalho executar de ofício apenas as contribuições previdenciárias incidentes sobre os valores deferidos na sentença condenatória em pecúnia e não sobre valores que já foram pagos, isto é, só sobre valores que acaba de deferir na sentença condenatória em pecúnia.
Por fim, inclui-se na competência da Justiça do Trabalho a execução de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), uma vez que tem natureza de contribuição para a seguridade social. (súmula 454 TST)
8 - Compete ainda processar e julgar outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho previstas em lei;
9 - Compete ainda, Súmula 389 do TST – seguro desemprego. Ex.: empregado dispensado sem justa causa tem direito a receber as guias para percepção do seguro desemprego. Se ele não recebe essas guias em tempo hábil ele não recebe o seguro desemprego. Logo, ele terá interesse em propor uma reclamação contra o empregador postulando o que ele receberia a título de seguro desemprego (indenização substitutiva). Assim, é competência da justiça do trabalho a lide entre empregado e empregador que tem por objeto indenização pelo não fornecimento das guias do seguro-desemprego, visto que a não liberação dá origem à indenização.
10 - Compete ainda, súmula 300 do TST – PIS. Compete ao empregador cadastrar o empregado no PIS para que ele receba o abono anual quando preencher os requisitos. Assim, se o empregador não cadastra o empregado no PIS, mesmo que ele preencha os requisitos, ele não terá como receber o benefício e então surgirá para ele interesse em propor uma reclamação em face do empregador. 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO (art. 808, CLT)
Ocorre o conflito quando dois ou mais juízes se julgam competentes (conflito positivo) ou quando dois ou mais juízes se julgam incompetentes (conflito negativo) e ainda se entre dois ou mais juízes surge controvérsia sobre reunião ou separação de processos (arts. 66, CPC e 804 CLT)
No âmbito laboral o conflito pode ser suscitado pelos juízes ou tribunais do trabalho, pelo MP ou pela parte interessada. No que concerne à parte interessada, o art. 806, CLT dispõe que, se ela já houver oposto na causa exceção de incompetência, estará proibida de suscitar o conflito.
1ª PARTE (LÓGICA) – é quando o conflito vai ser resolvido pela própria justiça do trabalho.
Ex.: conflito envolvendo juiz do trabalho x juiz do trabalho, ambos subordinados ao mesmo TRT. Quem resolverá tal conflito será este mesmo TRT.
Ex.: juiz trabalho x juiz do trabalho de diferentes TRTs. Quem julgará o conflito será o TST
Ex.: conflito de competência entre um TRT x outro TRT. Quem resolverá esse conflito será o TST.
Ex.: conflito entre um juiz de direito investido da jurisdição trabalhista (ocorre em locais que não têm vara do trabalho) x juiz de direito investido da jurisdição trabalhista. Quem julgará tal conflito vai depender do TRT. Se for o mesmo TRT, será este o responsável, mas agora se for TRTs diferentes quem julga é o TST.
2 ª PARTE (CONFLITO ENTRE ÓRGÃOS DE JUSTIÇAS DIFERENTES)
Art. 105, inciso I, alínea “d” da CF
TRT x TJ quem julga é o STJ;
TRT x TRF quem julgo é o STJ;
Juiz de direito (não está investido de jurisdição trabalhista) x Juiz do Trabalho quem julga é STJ.
Perceba, que não importa que seja entre juízes, entre tribunais. Importa é que o conflito seja entre órgãos de justiças diferentes e quem julgará será o STJ.
3ª PARTE (CONFLITO DE COMPETÊNCIA COM A PRESENÇA DE TRIBUNAL SUPERIOR)
Neste caso é atraído para o STF conforme previsão do art. 102, inciso I, alínea “O” da CF. Portanto, se no meio do conflito tiver tribunal superior quem julga este conflito é o STF. Ex.: TST x TJ quem julga é o STF; TST e STJ é o STF; TRT e STJ é STF.
4ª PARTE (SÚMULA 420 DO TST)
Quem resolve o conflito de competência entre o juiz do trabalho (VARA DO TRABALHO) e o TRT a que ele está subordinado? A jurisprudência entende que se aplica o princípio da hierarquia. Logo, NÃO HÁ CONFLITO.
Obs.:embora a súmula não traga, NÃO há conflito de competência entre qualquer TRT e o TST.
Exemplo de como ocorre o conflito de competência (sumula 363, STJ): um profissional liberal ajuizou reclamação trabalhista, ou seja, uma ação de cobrança na justiça do trabalho; ele médico alega que trabalhou e não recebeu e queria que a justiça do trabalho executasse o seu contrato; O juiz do trabalho se julga incompetente e remete os autos para aquele que ele entende ser o competente; daí remete os autos para Justiça Comum; se a Justiça Comum também se julga incompetente não pode retornar para justiça do trabalho senão ficaria um “ping pong”; por isso tal juiz é forçado a suscitar um conflito de competência; conflito de competência entre órgãos de justiças diferentes, quem resolve é o STJ. Daí de tanto decidir essa matéria, pacifica. Pacificou o entendimento na súmula 363 do STJ.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Tal competência está definida no art. 651, CLT, ou seja, a regra é a competência da Vara do Trabalho do local da prestação do serviço.
ATENÇÃO: quando o local da prestação dos serviços for diferente do lugar da contratação (ex.: o empregado foi contratado em Curitiba para trabalhar em São Paulo). Neste caso, os dois são competentes de acordo com art. 651 §3º da CLT. Isto é, será assegurado ao obreiro apresentar reclamação trabalhista no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Assim, vale destacar a OJ 149 da SDI-II/TST: “Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651 , § 3º , da CLT . Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta”.
Art. 651 §1º da CLT (EMPREGADO AGENTE OU VIAJANTE COMERCIAL)
Se o empregado for agente ou viajante comercial ele tem que ajuizar a reclamação trabalhista no lugar da agência ou filial a que ele estiver subordinado. Logo, o competente é o lugar da agência ou filial a que ele esteja subordinado. Isto, porque o legislador presumiu é que este é o lugar onde estão as provas.
Obs.: NA FALTA de uma agência ou filial a que o empregado esteja subordinado, será competente a vara em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
Pegadinha: coloca que o empregado agente ou viajante comercial pode optar entre propor a reclamação trabalhista no local em que a empresa tenha agência ou filial a que ele está subordina, ou no lugar do seu domicílio ou na localidade mais próxima. ERRADA. Somente na falta uma agência ou filial a que o empregado esteja subordinado é que ele pode propor a reclamação trabalhista no local de seu domicílio ou localidade mais próxima.
ART. 651 §2º DA CLT (empregado brasileiro contratado para trabalhar no estrangeiro)
Empregado brasileiro contratado para trabalhar no estrangeiro podem demandar no Brasil desde que não haja convenção internacional dispondo em contrário. Outrossim, em relação aos dissídios ocorridos no exterior, a regra de direito processual a ser aplicado é a brasileira, tendo em vista que a demanda será submetida à Justiça do Trabalho brasileira.
Obs.: a legislação material aplicável, em regra, é a do país da prestação dos serviços. Ocorre que a súmula 207 TST foi cancelada porque ela não contemplava a exceção (exceção ao princípio da territorialidade que dispõe que em regra é competente a legislação do local da prestação do serviço). Tais exceções são as hipóteses em que o empregado é transferido, situação na qual se aplica a legislação mais benéfica. As hipótese de transferência desse empregado estão previstas no art. 2º da lei 7064/82 o qual diz que se aplica a legislação brasileira se ela for mais benéfica. 
Ex.: empregado que foi removido para o exterior, cujo contrato estava sendo executado no território brasileiro ou então hipótese em que o empregado é cedido a empresa com sede no estrangeiro para trabalhar no exterior, desde que mantido o vínculo trabalhista com o empregador brasileiro; ou situação em que é contratado por uma empresa com sede no Brasil, mas ele já é contratado para trabalhar para esta empresa no exterior. Em tais casos, será aplicada a legislação brasileira se ela for mais benéfica.
NULIDADES NO PROCESSO DO TRABALHO
Ela existe quando um ato processual é praticado de forma diversa do que prevê a lei, mas não é porque ocorreu esse divergência que o ato será declarado nulo.
A nulidade absoluta ocorre quando há uma inobservância de norma de interesse público, podendo por isso ser decretada de ofício pelo juiz. 
Já a nulidade relativa é diferente, ela ocorre quando a norma inobservada diz respeito ao interesse das partes (ex.: ouvir uma testemunha, o local onde é ajuizada uma reclamação trabalhista). Assim, depende de alegação, ou seja, o juiz não pode declarar de ofício. Tal alegação tem o momento para ocorrer e esse momento é a primeira oportunidade que a parte tiver que falar nos autos ou em audiência. Aqui temos o princípio da preclusão (convalidação), isto é, se a parte não alega no momento oportuno preclui o direito de alegar. Logo, o ato é convalidado.
Obs.: falou só nulidade, quer dizer que esta nulidade é relativa, pois quando quiser se referir nulidade absoluta tem que está expresso.
Para que a nulidade relativa seja pronunciada ela depende de manifesto prejuízo, ou seja, trazer prejuízo às partes litigantes (somente). Aqui temos o PRINCÍPIO DA TRANSCENDÊNCIA (prejuízo), isto é, um ato só será declarado nulo quando trouxer prejuízo às partes litigantes.
AS NULIDADES NÃO SERÃO PRONUNCIADAS:
Quando for possível suprir a falta ou repetir o ato. Logo, estamos diante do PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL. Porque vou declarar nulo um ato se eu posso suprir a falta ou repetir o ato; 
Também não será pronunciada quando arguida por quem lhe deu causa; 
Também não será pronunciada quando a causa for decidida a favor de quem a alegação de nulidade aproveitaria. Aqui também há o princípio da Economia Processual.
Quando o juiz declara um ato nulo ele deve declarar a que outros atos a nulidade se estende. Ela se estende a todos os atos posteriores que do nulo dependam ou sejam consequência (não é anteriores e nem todos os atos posteriores, mas sim os posteriores que do nulo dependam ou seja consequência. Princípio do aproveitamento dos atos processuais.
ART. 795 §1º DA CLT
Estabelece que a INCOMPETÊNCIA DE FORO (foro aqui não quer dizer incompetência territorial, mas sim foro trabalhista, matéria trabalhista, incompetência absoluta) pode ser declarada ex offício pelo juiz. Logo, trata-se de caso de incompetência absoluta e por isso pode ser declarada de ofício.
Atenção: OJ 149 da SDI-II do TST (relação com art. 651 §3º da CLT) – Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651 §3º da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta.
PRINCÍPIOS
1 – INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS: se a lei prescrever que o ato tenha determinada forma, sem cominar nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outra forma, lhe alcançar a finalidade. (art. 188 e 277, CPC)
2 – APROVEITAMENTO OU UTILIDADE: este princípio encontra suporte no art. 798, CLT, o qual determina que a nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência. Portanto, o princípio da utilidade impõe o aproveitamento, ao máximo, dos atos processuais posteriores, desde que não sejam atingidos pelo ato inquinado. No CPC tal princípio está previsto no art. 281.
3 – TRANSCENDÊNCIA ou DO PREJUÍZIO: tal princípio está previsto no art. 794, CLT ao dispor que somente haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo processual aos litigantes. Ex.: se o reclamado é notificado por edital e, posteriormente, comparece de forma espontânea à audiência, apresentando sua defesa, não poderá, no futuro, alegar nulidade em função da ausência de notificação postal, uma vezque a nulidade apontada não lhe causou prejuízo.
4 – CONVALIDAÇÃO OU PRECLUSÃO: está explícito no art. 795, CLT, segundo o qual as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las na primeira vez em que tiverem de falar em audiência nos autos. Impende destacar que tal princípio só se aplica as nulidades relativas. Tal princípio também está previsto no art. 278, CPC.
ATOS, PRAZOS E TERMOS PROCESSUAIS
1 - Termo consiste na reprodução gráfica de um ato processual, isto é, reduzir o ato processual a termo.
2 – Com relação aos atos processuais:
A - eles são públicos, salvo quando contrariarem o interesse social. Neste caso, o processo segue em segredo de justiça. Ex.: assédio sexual, assédio moral que expõe a parte de forma que o direito à privacidade prevalece sobre o interesse público à informação.
B – o horário dos atos processuais é em dias úteis das 6h às 20horas observadas as regras de organização judiciária local;
C – PENHORA (770, parágrafo único da CLT) – as penhoras podem acontecer inclusive em domingos e feriados mediante expressa autorização do juiz. Nos sábados não dependem.
D – Art. 781, CLT CERTIDÕES – eu posso pedir certidões em processos em curso ou arquivados, mas posso pedir certidões também em processo que corram em segredo de justiça, desde que haja despacho do juiz.
E – DOCUMENTOS DESENTRANHADOS (retirados do processo): eles serão devolvidos depois de findo o processo ficando traslado (cópia) nos autos.
O TST por meio da súmula 16 firmou entendimento de que se presume (presunção relativa) recebida a notificação postal no prazo de 48 horas após sua postagem. A jurisprudência têm considerado válida a notificação postal entregue na empresa a empregado do reclamado, zelador ou empregado da administração do edifício ou mesmo depositada em caixa postal, uma vez que não há previsão legal de pessoalidade na realização da comunicação, sendo a notificação considerada válida com a simples entrega do registro postal no endereço da parte.
Nos termos do art. 841, CLT, entre o recebimento da notificação postal e a realização do audiência deverá decorrer o prazo mínimo de cinco dias. A falta de notificação pode ser suprida pelo comparecimento espontâneo do réu. Todavia, não respeitando o quinquídio legal previsto no art. 841, CLT o reclamado poderá comparecer à audiência apenas para arguir a nulidade de citação, caso em que decretada a nulidade pelo juiz, será designada nova data para realização da audiência, onde o réu apresentará sua defesa.
PRAZOS PROCESSUAIS
Inicialmente há que se distinguir dois momentos previstos no art. 775, da CLT. Existe o momento que é o início do prazo e o início da contagem do prazo.
O momento do início do prazo inicia-se no dia da intimação ou notificação no processo do trabalho; já o início da contagem do prazo é o primeiro dia útil subsequente.
CONTAGEM DO PRAZO NO PROCESSO DO TRABALHO: exclui o dia do começo e inclui o dia do vencimento. 
Os prazos são CONTÍNUOS e IRRELEVÁVEIS. Significa dizer que uma vez iniciado o prazo ele não se paralisa por conta do advento de sábado, domingo e feriado. Além disso, são PRORROGÁVEIS pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada.
Os prazos TERMINARÃO no primeiro dia útil subsequente: quando o último dia coincidir com sábado, domingo ou feriado.
ATENÇÃO - Súmula 262 do TST (Quando a intimação ocorrer no sábado)
Quando a intimação ocorrer no sábado, ela se tem por realizada no primeiro dia útil subsequente. Isto é, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. Ex.: intimação ocorreu no sábado eu devo entender que ela ocorreu na segunda-feira e o início da contagem começa na terça-feira.
Além disso a súmula traz o recesso forense 20/12 a 06/01 obs.: (20 de dezembro a 20 janeiro – art. 220, CPC) e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) suspendem os prazos recursais. Suspender quer dizer que se paralisa a contagem e retoma-se quando terminar a causa suspensiva pelo que lhe resta.
Ex.: você foi intimado da sentença (cabe recurso ordinário no prazo de 8 dias) dia 18/12 (útil); o prazo começa correr no dia 19/12 (1º dia); de 20/12 a 06/01 é o recesso forense; dia 21/01 (segunda-feira) seria o segundo dia do prazo; logo o oitavo dia (último dia para o recurso) será no domingo 27/01. Sendo assim, prorroga-se para o primeiro dia útil subsequente, ou seja, segunda-feira 28/01.
PRAZO PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO (UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS, DISTRITO FEDERAL, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS): têm prazo em DOBRO para RCORRER e QUÁDRUPLO para CONTESTAR (embora o art. 183 do CPC diga que o prazo é em dobro para todas as manifestações processuais). Isto porque prevalece a Lei Espcecial (Decreto Lei 779/1969 art. 1º, II e III). A contagem terá início a partir da INTIMAÇÃO PESSOAL.
PRAZO PARA MINISTÉRIO PÚBLICO: quanto ao MP prevalece a previsão do art. 180, CPC, ou seja, PRAZO EM DOBRO para TODAS AS SUAS MANIFESTAÇÕES PROCESSUAIS, que terá início a partir de sua INTIMAÇÃO PESSOAL conforme art. 180, CPC.
ATENÇÃO: OJ 310 DA SDI-I
CLT é omissa quanto a litisconsortes com procuradores diferentes. O CPC prevê prazo em dobro para este caso em seu art. 229, §1º e 2º do CPC. Entretanto, tal artigo é INAPLICÁVEL ao processo do trabalho em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.
ATENÇÃO: Súmula 387 do TST (recurso por fac-símile)
É possível interpor recurso via fax nas varas e tribunais em que ainda não houver sido implantado o Sistema do Processo Judicial Eletrônico.
Ocorre que a parte tem que apresentar os originais, isto é, tem que ser protocolados em 5 dias, ou seja, apresentar os originais em 5 dias contados do dia subsequente ao TÉRMINO DO PRAZO RECURSAL. Portanto, se você enviar por fax o recurso no 3º dia do prazo recursal é somente depois do dia subsequente ao oitavo (recurso ordinário) que vou começar a contagem dos 5 dias para apresentação dos originais. Logo, começa do término do prazo recursal e não do envio do fax. Começa mesmo a partir do dia seguinte, ou seja, o “dies a quo”. Isto é, o primeiro dos 5 dias pode ser igual a sábado, domingo ou feriado, uma vez que é um ato que não dependa de intimação. Quanto ao 5º dia, a regra é a do art. 775, parágrafo único da CLT, ou seja, o quando o 5º dia vencer em sábado, domingo ou feriado terminará no primeiro dia útil seguinte.
PARTES E PROCURADORES
Desde que receba um salário mínimo e exista relação de emprego, o menor de 18 anos e maior de 16 estará emancipado, inclusive para postular em juízo sem necessidade de representação ou assistência, independentemente de declaração judicial de emancipação.
No âmbito do processo do trabalho, a capacidade postulatória, nas demandas envolvendo RELAÇÃO DE EMPREGO (não pode nas relações de trabalho, que são as relações onde não há subordinação), é conferida também as próprias partes.
Não cabe ao assistente fazer acordo em nome do assistido, mas simplesmente ratificar ou não a declaração de vontade deles. Isto é, na assistência faz-se necessária a declaração de vontade de ambos (assistente e assistido), enquanto na representação basta a declaração de vontade do representante em substituição a do representado.
De acordo com a súmula 377 TST, salvo nos casos de ação proposta por empregado doméstico ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deverá ser necessariamente empregado da empresa. Com efeito, caso compareça à audiência preposto que não seja empregado da empresa, serão declaradas a revelia e a confissão fática da empresa.
O Código de Ética da OAB proíbe que o advogado funcione no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.
Caso o empregado esteja doente ou mesmo em função de qualquer outro motivo relevante não possa comparecer à audiência, poderá outro empregado da mesma profissão ou sindicado profissional apresentar-se à audiência com base no art. 843, § 2º CLTpara evitar que o processo seja extinto sem resolução do mérito. Segundo doutrina majoritária tal representação é eficaz apenas para requerer o adiamento da audiência, não autorizando o representante a depor e confessar, isso porque, em se tratando do reclamante, o depoimento pessoal não pode ser prestado por interposta pessoa.
O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
Súmula 383 TST (ver)
Não poderá o advogado detentor de mandato tácito substabelecer os poderes, sendo considerado o recurso assinado pelo causídico substabelecido inexistente. Isto é o detentor de mandato tácito (apud acta – que consta na ata da audiência) não possui poder especial para praticar ato negocial de procuração em geral, no qual se inclui o poder de substabelecer. No mesmo sentido está a OJ 200 da SDI-I na qual o TST firmou entendimento no sentido de considerar inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.
Dispõe a súmula 395 TST que são válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer.
Há presunção de veracidade da alegação de que não há recursos financeiros para arcar com as despesas processuais apenas para a pessoa natural. Já a pessoa jurídica deverá comprovar tal impossibilidade (art. 99, §3º CPC)
O benefício da gratuidade da justiça poderá ser requerido em qualquer fase do processo desde que na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso. O benefício pode ser concedido inclusive de ofício conforme §3º do art. 790, CLT.
A assistência judiciária gratuita é prestada exclusivamente ao trabalhador, por intermédio do sindicado da categoria à qual pertence o obreiro, mesmo que o obreiro não seja associado ao respectivo ente sindical.
Uma vez concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita ao reclamante, na hipótese de sucumbência do reclamado, este será condenado a pagar honorários advocatícios no importe de 15%, reversíveis ao sindicato.
A substituição processual confere à parte legitimidade extraordinária. Ao substituto não é dado o direito de transigir, renunciar ou de reconhecer o pedido, uma vez que o direito material não lhe pertence. De acordo com a CF, art. 8º, inciso III, cabe ao Sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria.
O sindicato possui legitimação extraordinária e por isso é substituto processual. O sindicato representa os associados para os atos processuais em geral. Não necessitando de procuração para tanto. No entanto, para a realização de atos executivos (saque da condenação por exemplo) será necessária apresentação de procuração específica e demonstração de quem ele está assistindo.
Segundo entendimento majoritário consubstanciado nas súmulas 219 e 329 TST, os honorários advocatícios, nas lides decorrentes da relação de emprego, não decorrem simplesmente da sucumbência, devendo a parte ser beneficiária da assistência judiciária gratuita e estar assistida pelo sindicato profissional. Assim, exceto nas lides decorrentes da relação de emprego, os honorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência, ou seja, cabe honorário sucumbencial numa ação que envolva relação de trabalho.
Entretanto, estabelece a OJ 421 da SDI-I: “a condenação em honorários advocatícios nos autos de ação de indenização por danos morais e materiais decorrentes de acidente de trabalho ou doença profissional, remetida à justiça do trabalho após o ajuizamento na Justiça Comum, antes da vigência da EC 45, decorre da mera sucumbência nos termos dos arts. 84 e 85, CPC.
DISSÍDIOS INDIVIDUAIS (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA)
A reclamação trabalhistas pode ser VERBAL, art. 840, CLT (PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE e SIMPLICIDADE) ou ESCRITA.
REQUISITOS DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA ESCRITA (art. 840, CLT): endereçamento, qualificação, fatos, pedido, data e assinatura. 
Logo, não precisa pedir a produção de provas, fundamentos legais, não precisa trazer o pedido de notificação porque ela é automática no processo do trabalho e não precisa trazer o valor da causa (exceto no procedimento sumaríssimo).
Mas se é o valor da causa que define o procedimento, alguém vai ter que definir. E que quem define o valor da causa, portanto, é o juiz. Ele fará isso em audiência no processo do trabalho e será feito após a defesa e antes da instrução. Este tipo de decisão do juiz que define o valor da causa é meramente INTERLOCUTÓRIA e as partes podem se manifestar contra essa decisão em RAZÕES FINAIS. Caso o juiz mantenha a decisão interlocutória, embora em regra não caiba recurso de imediato, por conta de uma exceção à regra da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, caberá um recurso chamado PEDIDO DE REVISÃO.
Quem julga esse PEDIDO DE REVISÃO é o presidente do TRT e o prazo é de 48 horas, não suspendendo o processo. Este pedido de revisão está previsto na lei 5584/70.
Na inicial trabalhista, portanto, não há citação do reclamado, mas notificação via postal mesmo, por meio de remessa automática pelo servidor da secretaria da vara nos termos do art. 841, CLT.
Na Justiça do Trabalho, ao contrário do que ocorre na Justiça Comum e na Justiça Federal, o reclamado não é citado para apresentar de imediato a resposta, mas, sim, para comparecer à audiência, onde apresentará sua defesa.
O reclamante será notificado da audiência no ato da distribuição da reclamação ou poderá ser notificado, via postal, da data designada para a realização da audiência. (§2º do art. 841, CLT)
RECLAMAÇÃO VERBAL
Primeiro ela é distribuída para uma das Varas do Trabalho e depois é que será reduzida a termo (art. 786, caput da CLT), observando os mesmos requisitos da reclamação escrita (endereçamento, qualificação das partes, pedido, data e assinatura). Também não terá pedido de notificação, pedido de produção de provas, fundamentação legal e nem valor da causa. Salvo se o procedimento for sumaríssimo.
Outra coisa importante é que ela é ao final assinada também pelo escrivão ou chefe de secretaria (não é assinada pelo juiz)
O reclamante tem 5 dias para comparecer à secretaria para redução à termo (parágrafo único do art. 786, CLT). Caso ele não compareça ocorre a PEREMPÇÃO (ele não poderá ajuizar nova reclamação trabalhista pelo prazo de 6 meses).
PEREMPÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO (DIFERENTE DO PROCESSO CIVIL)
Aqui, perempção é a impossibilidade TEMPORÁRIA de ajuizamento de uma nova reclamação trabalhista pelo prazo de 6 meses. São duas as hipótese de perempção (art. 731 e 732, da CLT):
1 – NO CASO DA RECLAMAÇÃO VERBAL (art. 731, CLT): primeiro ela é distribuída e o reclamante tem o prazo de 5 DIAS para comparecer na secretaria para redução à termo. A consequência do não comparecimento é a perempção.
2 – NÃO COMPARECIMENTO DO RECLAMANTE NA AUDIÊNCIA (art. 732, CLT): o não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação (art. 844, CLT), ou seja, extinguir o processo sem resolução do mérito. Nada impede que o reclamante ajuíze nova reclamação trabalhista e assim vai ser designada uma nova audiência para que ele compareça à Vara do Trabalho. Caso o reclamante mais uma vez não compareça à audiência, mais uma vez vai ocorrer o arquivamento do processo. Assim, por força do art. 732, CLT, quando o reclamante der causa a DOIS ARQUIVAMENTOS SEGUIDOS POR NÃO COMPARECER EM AUDIÊNCIA é que vai ocorrer a perempção.
Exemplo pegadinha: o processo foi arquivado por que o reclamante não compareceu em audiência e depois foi arquivado porque ele desistiu da ação. Neste caso, perceba, NÃO HÁ PEREMPÇÃO. Portanto, NÃO PRECISA aguardar 6 meses para propor uma nova ação.
TIPOS DE PROCEDIMENTOS
São três: SUMÁRIO (até 2 S.M), SUMARÍSSIMO (2 até 40 S.M – art. 852-A, CLT) e ORDINÁRIO (acima 40 S.M).
O que define o procedimento no processo do trabalho é só uma coisa, O VALOR DA CAUSA.
Para se encontrar o valor da causa, basta somar os pedidos. Quando eu tenho o valorda causa até 2 SALÁRIOS MÍNIMOS o procedimento é SUMÁRIO. Quando o valor da causa está acima de 2 e não ultrapassa 40 SALÁRIOS MÍNIMOS o procedimento é SUMARÍSSIMO. Por fim, quando o valor da causa está ACIMA de 40 SALÁRIOS MÍNIMOS estamos diante do procedimento ORDINÁRIO. No processo do trabalho não há possibilidade de se escolher o rito por conta da celeridade, quem define é o valor da causa.
PROCEDIMENTO SUMÁRIO (LEI 5584/70): O procedimento Ordinário é a regra geral, o procedimento sumário aplica-se as causas cujo valor da causa seja de até 2 salários mínimos. Essas causas sujeitas ao procedimento sumário são denominadas de DISSÍDIOS DE ALÇADA. Tais causas são de ÚNICA INSTÂNCIA. Portanto, das sentenças proferidas só cabem recurso por violação à Constituição. Este procedimento é regido pela lei 5584/70.
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO (art. 852-A e seguintes da CLT)
Aplica-se aos DISSÍDIOS INDIVIDUAIS (não se aplica aos Dissídios Coletivos e a Ação Civil Pública) cujo o valor NÃO EXCEDA a 40 x o SALÁRIO MÍNIMO vigente na data do ajuizamento da reclamação (não é na data do término do contrato de trabalho). Art. 852-A, CLT
NÃO SE APLICA: à Administração Pública Direta (composta pelo poder executivo da União, Estados, DF e Municípios), Autárquica e Fundacional.
CUIDADO: a administração indireta é composta por autarquias, empresas públicas, fundações e sociedades de economia mista. Portanto, o procedimento sumaríssimo APLICA-SE às EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA pelo falto de serem pessoas jurídicas de direito privado. E não se aplica as autarquias e fundações públicas que não explorem atividade econômica.
O PRAZO MÁXIMO para que uma causa seja apreciada no sumaríssimo: 15 DIAS. Isto porque a audiência no procedimento sumaríssimo é UNA (852-C, CLT). Assim, a causa deve ser apreciada em no máximo 15 dias no processo do trabalho. Agora, a audiência pode ser interrompida em alguns casos, por exemplo, em razão da necessidade da produção de prova pericial. TEM PROVA PERICIAL NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO!!! No caso da audiência ser interrompida, a solução do litígio (nova audiência com a sentença) pode demorar mais 30 dias (art. 852-H, §7º da CLT).
Ex.: ajuizada a reclamação trabalhista (RT) ela é distribuída para uma das Varas; quando chega nessa Vara automaticamente o SERVIDOR vai encaminhar uma notificação para que as partes compareça à audiência; esta audiência tem que ser UNA; quer dizer que entre a data do ajuizamento da ação e a data da audiência em que vai ser proferida a sentença tem que demorar no máximo 15 dias. Entretanto, vamos imaginar que o reclamante pediu adicional de insalubridade (em regra tem que produzir prova pericial); na audiência o juiz verificou o pedido de insalubridade. Logo, tem que determinar a perícia. Assim, não tem como ser proferida a sentença nesta mesma data. Então, a audiência será interrompida, vai ser produzida a prova pericial e o juiz irá designar uma nova audiência para que seja proferida a sentença. Logo, a nova audiência com a solução do litígio podem demorar mais 30 dias. Portanto, em caso de interrupção da audiência, o PRAZO MÁXIMO para que a causa seja apreciada será de 45 DIAS.
QUAIS SÃO OS REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL DO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO (ART. 852-B INCISOS I e II, CLT):
1 – PEDIDO: tem que ser certo e/ou determinado (isso vale para qualquer procedimento). Além disso, no procedimento sumaríssimo esse pedido tem que ser SEMPRE LÍQUIDO.
PEDIDO CERTO é aquele que você aponta o bem da vida pretendido e DETERMINADO é aquele que você aponta a quantidade desse bem ou a qualidade desse bem dependendo do que ele exija (ex.: eu quero duas horas extras por dia; eu quero todas, além da 8ª e da 44ª).
O PEDIDO LÍQUIDO é quando você traz o quantum relativo a cada um dos pedidos. O valor da hora extra por exemplo (ex.: eu quero 3 mil de horas extras)
2 – NOME E ENDEREÇO: também é obrigação do reclamante trazer o nome e o endereço corretos do reclamado para que a notificação seja feita via postal.
Cuidado: NÃO HÁ citação por EDITAL no procedimento sumaríssimo.
A inobservância de um desses requisitos acarretará o arquivamento do processo (extinção do processo sem resolução do mérito) e a condenação do reclamante ao pagamento de custas processuais. (§1º do art. 852-B, CLT).
AUDIÊNCIAS NO PROCESSO DO TRABALHO – MATÉRIA DEPOIS DA AV1
CONSIDERAÇÕES GERAIS
As audiência são públicas, salvo quando contrariar o interesse público. Ex.: assédio moral
Acontece das 08h às 18h com duração máxima de 5h. Salvo em casos de matéria urgente, que poderá passar de 5h. Não confundir com o prazo dos atos processuais, que se realizam das 06h às 20h;
O juiz do trabalho tem uma tolerância para seu atraso de 15 minutos;
OJ 245 DA SDI-I: a tolerância para o atraso de 15 minutos aplica-se ao juiz, mas NÃO se aplica às partes. Art. 815, parágrafo único da CLT. Não há tolerância para o atraso das partes em audiência.
NOTIFICAÇÃO PARA COMPARECIMENO NA AUDIÊNCIA: ajuizada a reclamação trabalhista ela é distribuída para uma das varas do trabalho. Quando esta reclamação chega na vara do trabalho, automaticamente o SERVIDOR no prazo máximo de 48h vai encaminhar uma notificação para que as partes compareçam à audiência. É na audiência que se apresenta a defesa, seja no procedimento ordinário, procedimento sumaríssimo ou seja no sumário. Mesmo quando o processo é eletrônico a defesa é apresentada em audiência, embora neste caso (eletrônico) você possa enviá-la antes. Caso em que ficará indisponível. A apresentação vai ocorrer somente no dia da audiência, quando ela vai ficar liberada.
A distribuição ocorre pela ordem rigorosa de entrada da reclamação trabalhista em juízo e sucessivamente a cada uma das varas do trabalho. Então, a reclamação trabalhista chegou, ela vai para uma das varas, a próxima vai para a outra e assim vai. Na prática, é muito comum que a distribuição ocorra por sorteio. De forma diversa do que prevê a CLT, mas não gera nenhuma nulidade porque não traz às partes nenhum prejuízo.
Diferente do processo civil, no processo do trabalho o juiz não despacha a petição inicial ordenando a citação. Não é o juiz que tem contato com o processo neste momento. Quando a reclamação trabalhista chega na vara do trabalho, automaticamente o servidor em 48h encaminha a notificação. O juiz terá contato com a petição inicial obrigatoriamente no dia da audiência.
A notificação no processo do trabalho ocorre via postal com aviso de recebimento. As pessoas que poderão receber a notificação são: aqueles que tem poderes para representar a empresa, qualquer empregado, zelador/ porteiro, e também pode ser deixada na caixa postal da empresa. Neste caso, fica na caixa postal um aviso que há uma encomenda a ser retirada nos Correios. Chegando lá a pessoa assina o aviso de recebimento.
Súmula 16, TST – A notificação é encaminha pelo servidor e aí ela presume-se recebida em 48h depois de sua postagem. O ônus de provar o seu não recebimento ou a entrega após este prazo será do destinatário.
A notificação será feita por edital só no procedimento ordinário e sumário; quando ainda o réu criar embaraços ao recebimento da notificação ou se ele não for encontrado. Lembrando que NÃO tem citação por edital no procedimento SUMARÍSSIMO. Neste caso, deverá ser pedido ao juiz que converta a RT em procedimento ordinário e se ele deferir tramitará pelo procedimento ordinário. Ocasião na qual será possível a citação por edital.
Portanto, a notificação será encaminhada via postal e pode ser recebida por quem tenha poderes, empregados, zelador e deixada na caixa postal da empresa. Será feita por edital em dois casos, quando o réu criar embaraços ou não for encontrado. Encaminhada a notificação ela presume-se recebida no prazo de 48h e o ônus de provar o seu não recebimento ou recebimento fora do prazo será do destinatário.
Atenção: a audiência no processo do trabalho será a primeira desempedida depois de 5 dias. Isto quer dizer que a audiência vai ocorrer na primeira data livre que houver na

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