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ELEMENTOS CARACTERIZADORES DA RESPONS CIVIL

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ELEMENTOS CARACTERIZADORES
DA 
RESPONSABILIDADE CIVIL
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
 	Para que seja caracterizada a Responsabilidade Civil de alguém, imputando a este o dever de reparar o injusto sofrido é essencial a verificação de elementos imprescindíveis. 
 	Vê-se claro na dicção do art. 186 do Código Civil: 
 			“Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”
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 	Observa-se, então, a presença de quatro elementos que, apresentados no caso concreto, ensejariam a Responsabilidade Civil:
 a) conduta comissiva ou omissiva, 
 	b) culpa (em sentido amplo), 
 	c) nexo de causalidade e
 	d) dano sofrido pela vítima. 
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 	Destaque-se, entretanto, a presença do elemento culpa, pois este se faz oportuno quando se fala em responsabilidade subjetiva, haja vista que para a teoria objetiva tal elemento é descartado na hora de apurar o dever de amparar a vítima
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 	a) CONDUTA COMISSIVA OU OMISSIVA
Dá-se importância em tratar da conduta pelo fato de que analisar apenas a culpa abstratamente e de forma isolada só tem importância no plano conceitual.
Por conduta temos que se trata da exteriorização da atitude do homem que, de maneira voluntária, por ação ou omissão produz consequências relevantes para o Direito.
Dito assim tem-se que conduta é gênero do qual a ação e a omissão são espécies. “Ação ou omissão é o aspecto físico, objetivo da conduta, sendo a vontade o seu aspecto psicológico, ou subjetivo.”
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 	Outro importante conceito é do trazido por Maria Helena Diniz: 
 		“Ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, voluntário e objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiro, ou o fato de animal ou coisa inanimada, que cause dano a outrem, gerando o dever de satisfazer os direitos do lesado.”
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 	A conduta pode ser comissiva que se consubstancia numa ação que se materializa no plano concreto através de um ato positivo; ou omissiva que, diferente daquela, revela-se num ato negativo, ou seja, numa conduta contrária ao que se espera demonstrando ser relevante para o ordenamento jurídico, de forma a atingir bem juridicamente tutelado, resultando daí o evento danoso.
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 	b) CULPA (em sentido amplo) 
 	Embora a culpa seja um elemento essencial na caracterização da responsabilidade civil subjetiva e não tenha nenhuma relevância para a responsabilidade civil objetiva é de bom grado analisar suas características. Isto porque, apesar de caminharmos para a prevalência da teoria objetiva, não está excluída a apreciação da teoria subjetiva no campo da responsabilização civil.
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 	Embora expressamente previsto na lei, o conceito de culpa não é de fácil definição. 
 	De modo simples temos a definição de que “a culpa stricto sensu seria a violação de um dever, legal ou contratual, por imprudência, negligência ou imperícia; e o dolo seria a violação de tais deveres intencionalmente, buscando o resultado que aquele ato irá causar ou, ainda, assumindo o risco de produzi-lo.”
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 	Para a responsabilidade civil quando se fala em culpa toma-se o vocábulo pelo seu significado mais abrangente, ou seja, a culpa latu sensu. 
 	Esta abarca tanto a culpa strictu sensu, quanto o dolo, isto é, todas as espécies de comportamentos contrários ao direito, sejam intencionais ou não, mas sempre imputáveis ao causador do dano.
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 	c) NEXO DE CAUSALIDADE 
 	O nexo de causalidade consiste na relação de causa e efeito entre a conduta praticada pelo agente e o dano sofrido pela vítima.
 	Assim, o nexo de causalidade tanto é pressuposto de responsabilidade, como é medida da obrigação de indenizar, pois não são todos os danos que se mostram passíveis de ressarcimento, mas apenas os que tenham sido ocasionados pelo fato imputável ao agente lesionador.
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 	Na apreciação de casos concretos nem sempre é tarefa fácil buscar a origem do dano e a demonstração do nexo causal, seja pela insuficiência do conceito naturalístico de causalidade, seja pelo aparecimento, em cada caso, de várias causas, denominadas de “concausas”, que podem ser concomitantes ou sucessivas.
 	Segundo Gandini e Salomão, quando as concausas são concomitantes ou sucessivas o problema se resolve com a aplicação da regra presente no art. 942 do Código Civil de 2002 que estipula a responsabilidade solidária de todos aqueles que concorreram para o evento danoso
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 	 d) DANO SOFRIDO PELA VÍTIMA. 
 	O dano é elemento central na caracterização da responsabilidade civil. Isso porque não haveria que se falar em dever de indenizar ou ressarcir sem a presença do dano.
	Configura-se o dano quando há lesão, sofrida pelo prejudicado, em seu conjunto de valores protegidos pelo direito, relacionando-se a sua própria pessoa, aos seus bens e direitos.
 	Contudo, não é qualquer dano que é passível de reparação, mas apenas o dano injusto, contra ius, afastando-se daí o dano autorizado juridicamente.
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 	 Na esteira de pensamento em que não é qualquer dano que enseja indenização Gandini e Salomão assim explicam: 
 		“Para o dano ser passível de indenização, há a necessidade de apuração de alguns requisitos: atualidade, certeza e subsistência. O dano atual é aquele que efetivamente já ocorreu. O certo é aquele fundado em um fato certo, e não o calcado em hipóteses. A subsistência consiste em dizer que não será ressarcível o dano que já tenha sido reparado pelo responsável.”
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 	 Um conceito sobre o dano é o apresentado por Cavalieri Filho. Diz assim: 
 		“A subtração ou diminuição de um bem jurídico, qualquer que seja a sua natureza, quer se trate de um bem patrimonial, quer se trate de um bem integrante da própria personalidade da vítima, como a sua honra, a imagem, a liberdade etc.”
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DIVISÃO DO DANO EM DANOS MATERIAIS E DANOS MORAIS.
Por dano material temos que é o dano exteriorizado num prejuízo visível, mensurável, donde se possibilita apuração, recaindo sobre o patrimônio do sujeito passivo. Compreendendo o dano emergente e o lucro cessante. 
Dano emergente é o que a vítima efetivamente viu diminuir do seu patrimônio. Enquanto que lucro cessante é o que o ofendido razoavelmente deixou de ganhar. Tanto um como o outro estão presentes no que determina o art. 402 do Código Civil Brasileiro.
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DIVISÃO DO DANO EM DANOS MATERIAIS E DANOS MORAIS.
Já o dano moral é “lesão de um bem integrante da personalidade; violação de bem personalíssimo, tal como a honra, a liberdade, a saúde, a integridade psicológica, causando dor, vexame, sofrimento, desconforto e humilhação à vítima”
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	Por sua vez, Rui Stoco assim declara: 
 		“Os danos morais são ofensas aos direitos da personalidade, assim como o direito à imagem constitui um direito de personalidade, ou seja, àqueles direitos da pessoa sobre ela mesma, no dizer de Teresa Ancona, direitos esses insuscetíveis de serem avaliados em dinheiro.”
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	Há ainda quem apresente outra modalidade de dano, em relação ao modo da produção deste dano, que é o dano reflexo ou ricochete. Este “corresponde ao fato de uma pessoa sofrer, por reflexo, um dano, primariamente causado a outrem, como por exemplo, separanda que deixa de receber pensão alimentícia em razão da superveniente incapacidade física do ex-marido, esta decorrente de ato ilícito praticado por terceira pessoa.”

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