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1 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Leonardo F. R. Miranda 1o semestre - 2008 AULA 05 – METAIS NÃO FERROSOS Pontos de nucleação Grãos Estado líquido Estado sólido Estrutura Cristalina � Polifásica � fase = grão � Diferença entre fases é dada pela direção de crescimento dos cristais � “falsa isotropia” � Muitos cristais distribuídos desuniformemente � < grão, > desorientação, > falsa isotropia � Deformações a frio: � Orientam os grãos � Aumentam a anisotropia Estrutura Cristalina � Depende do processo de fusão e resfriamento � Resfriamento rápido ou agitado: � < tamanho grãos � > falsa isotropia � > homogeneidade � Quinas �baixo entrelaçamento �são mais fracas �preferível cortes arredondados Ligação Metálica � átomos grandes � elétrons livres � condutividade térmica � condutividade elétrica � dilatação térmica � opacidade � brilho � não direcional � ↑ empacotamento � ccc, cfc e hc � densidade elevada � f(temperatura) � 2,56 a 11,45 kg/dm3 � platina: 21,30 kg/dm3 Ligas metálicas Tipos: � Soluções sólidas � Interligação dos cristais durante a solidificação � substituição de átomos do metal original ou ocupação do espaço intersticial � Deformação do plano cristalino: metais com > Rmec, fragilidade e limite elástico � Ex: Aço � Compostos (fases) � Formação de um composto químico diverso � Ex: liga de Cu e Zn � Altera propriedades � Pode aumentar a resistência mecânica e à corrosão � “impurezas” deformam o plano cristalino dificultando o escorregamento: < ductilidade � Obtenção de ligas � Principal para a construção civil: Fusão � Outros métodos: � Pressão � Aglutinação � Eletrólise � Metalurgia associada Propriedades Mecânicas � Função � composição � tratamentos térmicos � tratamentos mecânicos � Elastoplásticos � deformação elástica � deformação plástica � ↑↑↑↑ Dureza � força p/ penetração Brinnel -> esfera � Ductilidade � Fácil moldagem � ↑↑↑↑ Tenacidade � resistência a impactos � Pêndulo de Charpy σ ε 2 METAIS NÃO FERROSOS Não competem em preço ou Rmec com o aço � leveza � condutividade elétrica � resistência à corrosão Vantagens sobre o Fe e suas ligas... 2,71 2,8 8,94 7,86 0 2 4 6 8 10 Alumínio Duralumínio Cobre Aço Massa Específica (Kg/dm3) Densidade de Massa Específica 120 70 210 0 50 100 150 200 250 Cobre Alumínio Aço Módulo de Elasticidade (GPa) Módulo de Elasticidade 485 300 220 50 500 0 200 400 600 Duralumínio Latão Cobre Alumínio Aço R Tração (MPa) Resistência à Tração 10 36 58 16 7,5 0 20 40 60 80 ferro gusa aluminio cobre latão (70-30) Bronze (92-8) Condutividade (Ohms m-1 10-6) Condutividade Elétrica METAIS NÃO FERROSOS � Série eletroquímica � Ouro � Prata � Cobre � Hidrogênio � Chumbo � Estanho � Níquel � Cobalto � Ferro � Cromo � Zinco � Manganês � Alumínio + - 0 3 METAIS NÃO FERROSOS � Corrosão eletroquímica � Necessário: � diferença de potencial elétrico (ddp) � meio condutor (ex.umidade do ar) � contato (curto-circuito) � Material > potencial corrói o de < potencial � Corrosão + rápida quanto > a ddp e + baixo o potencial do metal METAIS NÃO FERROSOS � A ddp pode ocorrer: � contato de metais diferentes � ligas com grande quantidade de cristais de composição diversa em contato � impurezas no metal � Pontos de tensão. Ex: ao redor de rebites, arestas de chapas dobradas, amassadura (encruamento) � Peças em contato com meio ambiente diferente. Ex. metais apoiadas na água ou enterrados em locais com diferentes umidades � Corrente elétrica próxima ou atravessando o metal � Pontos onde o capeamento protetor está rompido � Metal, quando em condições ótimas para corrosão, ainda sofre grandes tensões (“stress corrosion”) METAIS NÃO FERROSOS � Proteção contra corrosão: � Escolha do metal ou liga adequada � Recobrimento do metal por óxido ou sal insolúvel e resistente para impedir a troca eletrolítica. Ex. anodização do Al ou fosfatização do Fe e Zn � Capeamento metálico: camada não porosa de outro metal que formará uma proteção anódica (não pode conter falhas) ou catódica. � Proteção catódica: transformar a estrutura em um cátodo, adicionando um ânodo conveniente que será destruído no lugar do metal base. Camada protetora deve ser renovada periodicamente. Ex: galvanização de ferro com Zn. � Cuidados especiais na construção: evitar contato entre metais, uniformizar o ambiente, evitar amassados, etc � Pintura superficial � Minério: bauxita � O2Al2(HO)2 ou Al2(HO)3 � eletrólise a 950-980oC � têmpera � Expansão térmica ~ dobro do aço: problemas de deformação com o concreto e o aço ↓ EAl = ↓ tensões térmicas � Principal limitação Fusão a 660 oC � CFC � Produção no Brasil: � MG, PA, BA, ES, RJ, SP ALUMÍNIO � Resistente à corrosão � Formação de pátina auto- renovável: óxido estável, duro e aderente (50 a 100 Å) � solúvel em meio alcalino � Anodização � eletrólise em meio ácido � ↑ espessura do filme óxido � introdução de corantes � ↑ dureza superficial � > brilho e Rcorrosão � Corrosão eletrolítica se em contato com o aço, Cu ou Fe � ↓↓↓↓ Rmec � 50 MPa de Rt � < 90 MPa (recozido) � 115 MPa (trat. mecânico) � ligas Cu, Mg, Mn, Zn � E = 70 GPa � Mesp = 2,6 kg/dm3 � Elevada ductilidade � Difícil soldagem ALUMÍNIO �� EmpregoEmprego �� EsquadriasEsquadrias �� TelhasTelhas �� Linhas deLinhas de transmissãotransmissão �� Revestimentos e Revestimentos e vedaçõesvedações ALUMÍNIO 4 Reciclagem do Alumínio 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 180000 200000 Primário Secundário E n e rg ia ( M J/ to n d e A l) Redução de até 95% Reciclagem do Alumínio 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 Primário Secundário E m is sõ e s (K g / to n d e A l) Emissões (ar) Efluentes Resíduo Redução de até 90% � liga de Al, Cu e Mg � solução sólida a 550oC � resfriamento rápido � Rt = 485 MPa 10X maior que do Al � = resistência à corrosão do Al � estruturas metálicas espaciais DURALUMÍNIO � Adições Mn ↑ Rmec Mg ↑ Rcor Si ↑ fluidez (fundição) Cu ↑ maleabilidade Zn-Mg ↑ Rmec e Rcor Ligas de Alumínio � Ligas tratadas termicamente � recozimento � têmpera � Precipitação � dispersão de partículas de outra fase na liga de Al � método mais usado � aquecimento a 150oC � problemas com T>250oC ex.: solda � Vantagens � Leveza � Boa resistência com o uso de ligas � Resist. à corrosão � Menor fragilização em baixa temperatura Estruturas de Ligas de Alumínio � Desvantagens � Elevado coef. dilatação térmica: dificulta estruturas embutidas � Difícil soldagem � Risco de fadiga Estruturas de Alumínio anodizado 5 COBRE � CFC � Mesp = 8,8 kg/dm3 � > Rmec e + caro que o Al � Produção: fusão + eletrólise �RS, BA, GO � Fusão 1100 oC � Mole e muito dúctil � 50% da seção na ruptura (aço - 70%) � ↑↑↑↑ condução elétrica � perde apenas para Ag � liga ou impurezas: ↓ condução, aquecimento Emprego do cobre � Fios e cabos elétricos � 99,9 % de pureza � Canalização � água quente � Evitar contato com tubo de aço galvanizado, pois pode corroê-lo. � Substituição por PVC: sem risco de formação de pilha eletrolítica e menor custo � gás Emprego do cobre �� Revestimentos e telhas de cobreRevestimentos e telhas de cobre �� Vantagens:Vantagens: �� Chapas finas (leves)Chapas finas (leves) �� Grande durabilidadeGrande durabilidade �� Grandeductilidade: detalhes Grande ductilidade: detalhes arquitetônicos complexosarquitetônicos complexos �� Desvantagens:Desvantagens: �� Desconhecimento técnicoDesconhecimento técnico �� Custo sujeito a mercado externoCusto sujeito a mercado externo �� Exige mãoExige mão--dede--obra especializadaobra especializada COBRE - Resist. à Corrosão • pHatm > 4 + (SO2) ou Cl � pátina protetora � sulfatos e cloretos de cobre � cor verde • chuva ácida � “azinhavre” (sulfeto de cobre, cor marrom ou preta), tóxico � cúpula da Catedral Metropolitana de SP • atmosfera úmida + CO2 � camada protetora (carbonato) • atmosfera seca � mantém-se inalterado Reações com o meio Corrosão galvânicaCorrosão galvânica contato com açocontato com aço corrói o açocorrói o aço Duralumínio 4% Cu LIGAS DE COBRE LIGAS DE COBRE � ↑ Rcor, ↑ Rmec � < condução elétrica � Variedade de cores � Bronze � liga + antiga � duro, baixa oxidação, bom condutor � 5 % a 25 % Sn � vermelho 5% � amarelo 15 a 25% � branco >25% � Empregos � válvulas, registros (estética) � Esculturas, Sinos... 6 � Latão (substituição) � Latão α � 70% Cu + 30% Zn � CFC � mole, dúctil � Emprego � tubos � fechaduras � torneiras � ferragens � Latão β � 60% Cu + 40% Zn � CCC � mais duro e resistente � 1% Sn ↑ Rcor � 2% Pb ↑ usinabilidade � Ni: ↑ Rmec LIGAS DE COBRE � Minério: ZnS � Produção: MG, SP � Resistente à corrosão eletroquímica, mas atacado por ácido � Corrosão: f(concentração de SO2) � Aplicações � telhas planas ou onduladas � parafusos � tubos água fria � calhas ZINCO ZINCO � Galvanização do aço � Proteção catódica (camada de sacrifício � Aplicação: a quente ou spray � Pigmentos galvânicos � Ligas � Latão (Cu + Zn) � Galvalume: 55% Al-Zn � Resistente à corrosão � D = 7,15 t/m3 � E = 70 GPa 0 10 20 30 40 50 60 70 80Te m po p/ 1a fe rr u ge m (an o s) 35 30 25 20 15 10 5 0 Teor de Al (%) � Minério: PbS � Produção � Fundição redutora � SP, PR, BA � Pouco dúctil � Baixa condutibilidade térmica � Canalizações de esgoto, tintas, coberturas � risco à saúde � Ligas de chumbo � moles, pouco resistentes e Rcor � Uso em solda � 66 Pb + 33 Sn � 240 oC CHUMBO Agradecimentos � Vanderley M. John – PCC/USP
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