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Perfuração Professor: Josan Carvalho de Figueiredo Filho Pós Graduado em Gerenciamento de Projetos (FGV) Engenheiro Mecânico (UFS) Tecnólogo Petróleo Gás (UNIT) Sumário • Introdução à Perfuração • Sondas de Perfuração • Etapas da Perfuração onshore e offshore • Coluna de Trabalho • Brocas • Fluidos de Perfuração & Hidrostática • Sistemas de Segurança de Poço • Revestimento e Cimentação • Perfuração Direcional • Operações Especiais Etapas para obtenção do Petróleo e Gás TRABALHO GEOFÍSICO (CAMPO) GEOPROCESSAMENTO (INTERPRETAÇÃO) PROSPECTO GEOLÓGICO PROJETO P E R F U R A Ç Ã O AVALIAÇÃO COMPLETAÇÃO PRODUÇÃO PROCESSAMENTO (REFINARIA) DISTRIBUIÇÃO CONSUMIDOR PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO Objetivos gerais Comunicar as formações rochosas à superfície, de forma segura e econômica, visando a produção e injeção de fluidos, além da prospecção e desenvolvimento de novas fronteiras de hidrocarbonetos. 8 164 Milhões de anos atrás 152 Milhões de anos atrás 130 Milhões de anos atrás 122 Milhões de anos atrás 108 Milhões de anos atrás 79 Milhões de anos atrás 49 Milhões de anos atrás Forma atual do Planeta Terra SINBPA/Petrobras Scotese Formação Geológica do Pré-Sal Tipos de Rocha - Sedimentares Rochas Sedimentares – Resultam da deposição de detritos de outras rochas (magmáticas, metamórficas e até mesmo outra sedimentar) ou do acúmulo de detritos orgânicos ou, ainda, da precipitação de substâncias químicas. São chamadas também de estratificadas, em virtude de se apresentarem em camadas ou estratos. Ex.: Arenito, conglomerado, calcário, folhelhos, etc. São chamados sedimentos as partículas sólidas que são carreadas pelos agentes geológicos. Os agentes geológicos são os modificadores da superfícies da Terra: água corrente, as geleiras, os ventos e os fluxos gravitacionais. Rochas Sedimentares Bacias Sedimentares Brasileiras Classificação das Rochas detríticas Seção Transversal de Formação de Arenito (Poros em azul) Rocha (Arenito) Poros, podendo conter: - Água conata; - Água livre; - Óleo; - Gás. Porosidade x Permeabilidade Testemunhos retirados de poço com óleo vivo Noções de Geologia – Sistema Petrolífero • Rocha geradora – uma rocha rica em matéria orgânica. • Rota de migração – Os caminhos através das rochas que o óleo percorre desde a rocha geradora até a trapa. • Rocha reservatório – uma rocha na qual o petróleo pode se acumular. - Porosidade - espaço entre os grãos nos quais o óleo pode acumular. - Permeabilidade – ligações entre os poros que possibilita ao petróleo se mover entre eles. • Rocha selante – Uma rocha que barra o movimento do petróleo. • Trapa – Uma configuração estrutural e/ou estratigráfica que focaliza o petróleo em uma acumulação. Noções de Geologia – Sistema Petrolífero • Geração – Soterramento da rocha geradora até temperaturas e pressões suficientes para converter a matéria orgânica nela presente em hidrocarbonetos • Migração – O movimento dos hidrocarbonetos desde a rocha geradora até a trapa. • Acumulação – Quando o volume de hidrocarbonetos que chega na trapa é maior do que as perdas. • Preservação – manutenção das características do petróleo durante o longo tempo de permanência na trapa. • Sincronismo – Os eventos do sistema petrolífero precisam ocorrer numa ordem definida para resultarem em acumulações. Noções de Geologia – Sistema Petrolífero 18 Geofísica: um “Raio X” do subsolo Os métodos geofísicos proporcionam uma imagem geológica abaixo da superfície, reduzindo significativamente as incertezas da exploração de petróleo. 19 Métodos Geofísicos comumente empregados na exploração de petróleo Métodos Potenciais - Gravimetria e Magnetometria Métodos Sísmicos - Sísmica de superfície 2D e 3D - Sísmica de poço, VSP Perfilagem de poços - Perfilagem elétrica - Perfil sônico Sísmica Terrestre Sísmica Marítima 22 Arranjo de geofones em terra Sísmica Marinha 24 Sísmica de Poço vs. Sísmica de Superfície BOREHOLE SEISMIC SURFACE SEISMIC GEOPHONES SOURCE REFLECTION GEOPHONES MAXIS SOURCE REFLECTOR T im e D ep th a nd T im e REFRACTION Processamento de Dados Sísmicos • O processamento de dados sísmicos tem o propósito de suprir o intérprete com uma imagem ou um volume 3D o mais próximo possível da geologia de sub-superfície. Imagem pobre Imagem sofrível Imagem boa 26 S A Interpretação dos Dados Sísmicos A Interpretação dos Dados Sísmicos Muitas rochas e contextos geológicos dificultam o avanço da broca seja pela dureza, plasticidade, presença de fraturas e cavernas e até pela pouca coesão da rocha. As rochas calcáreas e dolomíticas, pela sua facilidade de dissolução, apresentam-se fraturadas e cheias de cavernas. Tais litologias provocam a perda de circulação de fluido de perfuração, desmoronamento de blocos e prisão de coluna de perfuração. Geologia x Perfuração Influência da Geologia na Perfuração – perda de circulação no poço Areia inconsolidada é um fator de risco. O peso da lama deve ser adequado e o poço deve ser mantido limpo. Deixar a coluna no fundo sem circulação é outro risco. Perfurar folhelhos requer atenção ao tipo de broca. Algumas formações tem argila ou folhelho com grande plasticidade o que pode ocasionar enceramento da broca e entupimento de jatos. Manter o poço limpo é fundamental. Algumas argilas são hidratáveis e seu acúmulo no anular pode ocasionar prisão de coluna. O fluido de perfuração deve ser adequado para não reagir com esse tipo de formação. PERFILAGEM DE POÇOS DEFINIÇÃO Registro contínuo das propriedades físicas e químicas das rochas ao longo do poço, mediante o uso de equipamentos especiais. OBJETIVOS -Qualitativos Definição Estratigráfica Identificação de Litologia Correlação Geológica Identificação de Fluido Identificação de Fraturas Qualidade do Reservatório OBJETIVOS -Quantitativos Resistividade Porosidade Radioatividade Permeabilidade Saturação de HC Principais Perfis Resistividade (Rt) Densidade (Phi) Neutrão (Phi) Sônico (Phi) Raios Gama (Gr) Imagens (FMI,UBI) Sonda de Perfilagem Cabo de Perfilagem Unidade de Perfilagem PERFILAGEM A CABO • Perfilagem Durante a Perfuração (LWD) Perfilagem de poços com LWD – Logging While Drilling Poço “Seco” ; ( Uma boa perfuração consiste em… ▫ Não permitir a produção prematura e indesejada de fluidos para a superfície (Kick); ▫ Causar o menor impacto possível nas rochas, de modo que não haja dano ou interação com a formação; ▫ Isolar as zonas produtoras de gás e óleo corretamente, por meio do Revestimento e da Cimentação; ▫ Executar o desenho do poço da forma mais suave e regular possível; ▫ Perfurar no menor tempo possível, para minimizar os gastos, atentando para os cuidados operacionais e visando preservar o ambiente. RASOS Até 1500 metros MÉDIOS Entre 1500 e 2500 metros PROFUNDOS Acima de 2500 metros CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS ( PROFUNDIDADE FINAL ) 40 Perfuração Marinha O Brasil é líder mundial em tecnologia de prospecção e produção em lâminas d’água profundas e ultra-profundas, sendo reconhecido pela comunidade científica mundial e pela Indústria E&P, com vários prêmios conquistados. VERTICAL Quando a Sonda e o Alvo estão na mesma vertical. DIRECIONAL Nos demais casos. (Caso particular: Horizontal)CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS (Inclinação) POÇO DIRECIONAL Coordenadas geográficas da Locação ≠ Coordenadas do Objetivo do poço CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS ( FINALIDADE ) 1 - PIONEIRO 2 - ESTRATIGÁFICO / ESTRUTURAL 3 - EXTENSÃO 4 - PIONEIRO ADJACENTE 5 - JAZIDA MAIS RASA 6 - JAZIDA MAIS PROFUNDA 7 - DESENVOLVIMENTO 8 - INJEÇÃO 9 - ESPECIAIS Exploratórios Explotatórios CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS ( FINALIDADE ) POÇOS EXPLORATÓRIOS São aqueles que visam a descoberta de novos campos ou novas jazidas de petróleo, a avaliação de suas reservas ou simplesmente a coleta de dados para estudos geológicos. 1- PIONEIRO: São perfurados com o objetivo de descobrir petróleo baseado em indicadores obtidos por métodos geológicos e/ou geofísicos. CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS ( FINALIDADE ) 2- ESTRATIGRÁFICO São perfurados visando obter dados sobre a disposição seqüencial das rochas de subsuperfície. Eventualmente o poço poderá transformar-se em produtor de óleo se descobrir novo campo. 3- DE EXTENSÃO São perfurados fora dos limites provados de uma jazida visando ampliá-la ou delimitá-la. Poderá resultar como descobridor de uma nova jazida, independente daquela para qual foi locado. 4- PIONEIRO ADJACENTE São perfurados após delimitação preliminar do campo visando descobrir novas jazidas adjacentes. Se tiver sucesso será descobridor de nova jazida; se ficar provado que se trata da mesma jazida anterior será reclassificado como poço de extensão. CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS ( FINALIDADE ) 5- JAZIDA MAIS RASA São perfurados dentro dos limites do campo, visando descobrir jazidas mais rasa daquela já conhecida. 6- JAZIDA MAIS PROFUNDA São perfurados dentro dos limites do campo, visando descobrir jazidas mais profunda daquela já conhecida. POÇOS EXPLOTATÓRIOS 7 - DESENVOLVIMENTO São perfurados dentro dos limites do campo para drenar racionalmente o petróleo. 8 – INJEÇÃO: São perfurados para injeção de fluidos na rocha reservatório para ajudar a recuperação de petróleo. Ex: Injetor de água e de gás. CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS ( FINALIDADE ) 9 - POÇOS ESPECIAIS São aqueles perfurados sem o objetivo de procurar ou produzir petróleo e que não estejam enquadrados em qualquer das categorias anteriores. Ex: Poço para produção ou descarte de água, Injeção de Vapor etc. CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS ( FINALIDADE ) Finalidade dos poços Outras finalidades Finalidade dos poços - exemplos • 1-POI-2-SE • 6-IP-18D-SE • 7-PIR-250D-AL • 8-CP-1734-SE • 9-RO-51D-RJS • 8-RO-52HP-RJS • 1-RJS-646 • 3-MG-90-SE • 3-MG-92DP-SE • 7-FU-159D-AL Bíblia: “Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume.” Gênesis, 6;14; mpermeabilizante na Torre de babel e Arca de Noé; Babilônia – Tijolos assentados com asfalto; betume nas Muralhas; Egípcios: Pirâmides, embalsamento dos mortos; Pavimentação de estradas, lubrificantes e laxativos; Chineses: 256 A.C. Poços de Sal, água e Gás; Poço de mil metros (?); Gregos e Romanos: Fins bélicos (faláricas, muros etc); Incas: Decoração e impermeabilização de potes cerâmicos; Pavimentação, Refino. “Pré-História” do Petróleo História da Perfuração – Método Percussivo China Antiga HOJE: Bate-Estaca História da Perfuração – Método Rotativo História moderna da Perfuração • Em 1858, James Miller Williams fez a primeira descoberta comercial de óleo no subsolo, perfurando um poço de 18 metros em Ontário (CAN) - ele vendeu o produto como óleo para lâmpada; • No ano seguinte (1859) o Coronel Edwin L. Drake descobriu óleo com um poço de 21 metros na Pennsylvania (EUA), sendo o marco inicial da indústria moderna do petróleo; • O poço do Cel. Drake produziu 2 m3/dia e foi perfurado pelo método percussivo; • Em 1860 o francês Lechot usa pela primeira vez o Método Rotativo; • Em 1900-01 ocorreu a primeira perfuração com método rotativo e Lama, resultando em um poço com 317 metros de profundidade. Coronel Drake “Coronel” Drake Perfuração – O Início PENNSYLVANYA - 1865 SUMMERLAND, CALIFORNIA Perfuração – O Início HUNTINGTON BEACH, CALIFORNIA LAGO MARACAIBO, VENEZUELA O Primeiro grande BlowOut da história • Texas, 1901 – O poço produziu 50 mil barris por dia de óleo de forma descontrolada durante 9 dias. Conceitos vistos • Noções de Geologia; • Rocha Reservatório; • Tipos e Classificação dos poços quanto a: ▫ Profundidade ▫ Inclinação ▫ Finalidades Dúvidas ???
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