Buscar

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO - DOSAGEM DO CONCRETO UFRRJ

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE FFEEDDEERRAALL RRUURRAALL DDOO RRIIOO DDEE JJAANNEEIIRROO 
IINNSSTTIITTUUTTOO DDEE TTEECCNNOOLLOOGGIIAA 
DDEEPPAARRTTAAMMEENNTTOO DDEE AARRQQUUIITTEETTUURRAA EE UURRBBAANNIISSMMOO 
 
 
Construções Rurais I– IT 462 
T 01 – T 02 
Materiais e Técnicas de Construções – IT 461 
T 01 
Edmundo Rodrigues Edmundo Rodrigues
 
 
 
 
DOSAGEM DO CONCRETO 
 
 
 
 
 
 
SEROPÉDICA – RJ 
Novembro - 2003 
 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 1
 
Determine o traço por saco de cimento para se obter um concreto de fcck=20 
MPa (200 kgf/cm2). 
 
Considere que: 
 
1. o cimento será medido em peso; 
 
2. os agregados serão medidos em volume; 
 
3. haverá correção da quantidade de água em função da umidade da areia, 
simplesmente estimada; 
 
4. o adensamento será manual; 
 
5. o cimento utilizado será o CP 32 com massa específica real Dc = 3150 
kg/m3; 
 
6. o agregado miúdo utilizado será a areia quartoza média, com as seguintes 
características físicas: 
. massa específica real Da = 2650 kg/m3; 
. massa específica aparente da = 1500 kg/m3; 
. umidade h = 5%; 
. inchamento I = 25%. 
7. o agregado graúdo utilizado será uma mistura de brita 1 e 2, com as 
seguintes características físicas: 
- brita 1 
. massa específica real Db1=2650 kg/m3; 
. massa específica aparente db1= 1450 kg/m3. 
- brita 2 
. massa específica real Db2=2650 kg/m3; 
. massa específica aparente db2= 1420 kg/m3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 2
RESOLUÇÃO 
 
1) Determinação da tensão de dosagem (fcc28) 
 
 Sejam: 
fcck = resistência característica do concreto à compressão aos 28 dias de idade; 
fcc28 = resistência média de dosagem do concreto aos 28 dias de idade. 
 
 Estatisticamente, tem-se (Figura 1): 
 
 
FIGURA 1 
 
 Então: 
 
fcc28 = fcck+1,65.Sd, onde Sd (desvio padrão) depende do controle de qualidade da obra 
(NB1). 
Observação: 
 
 
 
 
 
 
Controle de qualidade excelente Î Sd=4,0 MPa; 
Controle de qualidade bom Î Sd=5,5 MPa; 
Controle de qualidade razoável Î Sd=7,0 MPa. 
Resistência à compressão do concreto (MPa)
 10 20 30 40 50
Fr
eq
uê
nc
ia
 d
e 
oc
or
rê
nc
ia
 (%
)
10
30
20
40
50
5
f
cck3
f
cck2
f
cck1
 Logo: 
 
fcc28 = 20+1,65x7 ⇒ fcc28 = 31,55 MPa. 
 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 3
2) Determinação do fator água/cimento (x) 
 Define-se fator água/cimento como: 
 x = . 
Pag
Pc
Sendo: 
x = fator água/cimento; 
Pag = peso de água; 
Pc = peso de cimento. 
 A resistência do concreto, fundamentalmente, depende de seu fator água/cimento. 
Quanto mais baixo o fator água/cimento maior a resistência do concreto. 
 ABRAMS pesquisou a relação entre x e fcc28, a qual é representada na Figura 2 
seguinte, para as categorias de cimento especificadas pela Norma Brasileira. 
 
 
Curvas de Abrams
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
fator água / cimento (x = Pag / Pcim)
R
es
is
tê
nc
ia
 m
éd
ia
 d
o 
co
nc
re
to
 
à 
co
m
pr
es
sã
o 
 fc
c2
8 
(M
Pa
)
CP 40 CP 32 CP 25
 
FIGURA 2 
 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 4
Para o nosso problema, teremos: 
 
51,0
32
55,3128 =⇒


=
=
x
CPcimento
MPafcc . 
 
 Logo, para um saco de cimento (50 kg), vem: 
 
x
P
P
P
P kag
c
ag
ag= ⇒ = ⇒ =0 51 50 25 5, , g. 
 
3) Determinação da quantidade de agregados 
 
 A trabalhabilidade do concreto é função das características dos agregados miúdo e 
graúdo. 
 
3.1) Determinação da relação água/materiais secos (A%) 
 
 A 
P
P P
ag
c m
% = +
 
 Sendo: 
 
A% = relação água/materiais secos; 
Pag = peso de água; 
Pc = peso de cimento; 
Pm = peso de agregados (areia + pedra). 
 
 A Tabela 1 (NB1), fornece valores de A%, que conduzem a trabalhabilidades 
adequadas, em função da natureza, da granulometria dos agregados e do tipo de adensamento. 
 
TABELA 1 
 
Agregado Adensamento Observações 
 Manual Vibratório 
Seixo 8% 7% * 
Brita 9% 8% ** 
* Valores da tabela para: 
- agregado graúdo = brita 1 + brita 2; 
- agregado miúdo = areia natural. 
** Se: 
- brita 1 ⇒ somar 0,5%; 
- brita 2 ⇒ diminuir 0,5%; 
- areia artificial ⇒ somar 1% 
 
 Então, para A% = 9%, vem: 
A
P
P P P
P kag
c m m
m% ,
,= + ⇒ = + ⇒ =0 09
25 5
50
233 g 
 
 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 5
3.2) Determinação da quantidade de areia e brita 
 
 A Tabela 2 (NB1), fornece a relação entre a quantidade de agregado graúdo e miúdo, 
para obtenção de uma trabalhabilidade adequada, em função do tipo do agregado e das 
condições de adensamento. 
TABELA 2 
 
Agregado % de areia Observação 
Graúdo Fina Média Grossa 
Seixo 30 35 40 * 
Brita 40 45 50 ** 
* Os valores constantes da tabela referem-se a adensamento vibratório. 
** Para adensamento, manual somar 4%. 
 Para o problema em questão temos: 
 
 % de areia = 45%+4% = 49% 
 
 Logo, o peso de areia (Pa) será: 
 
Pa = 0,49x233 ⇒ Pa = 114 kg. 
 
 E o peso de pedra (Pp) será: 
 
Pp = 0,51x233 ⇒ Pp = 119 kg. 
 
 Como se está usando brita 1 e brita 2, vem: 
 
Pb1 = 59,5 kg e Pb2 = 59,5 kg. 
 
 Tem-se pois, já calculado, o traço em peso por saco de cimento, ou seja: 
 
- 1 saco de cimento (50kg); 
- 114 kg de areia seca; 
- 59,5 kg de brita 1; 
- 59,5 kg de brita 2; 
- 25,5 l de água. 
 
4) Determinação do traço por kg de cimento 
 
 O traço por saco de cimento é: 
 
- 50 kg de cimento : 114 kg de areia : 119 kg de pedra. 
 
 Por kg de cimento tem-se: 1 kg de cimento : 2,28 kg de areia : 2,38 kg de pedra. 
 
 
 
 
 
 
 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 6
5) Correção da quantidade de água 
 
 O traço determinado anteriormente vale para a areia seca. Como a areia tem 5% de 
umidade, carreia água para o concreto, alterando seu fator água cimento e, consequentemente, 
sua resistência. 
 
 Define-se umidade (h) como: 
 
 h . P P
P
h s
s
= −
 
 Então: 
 
0 05 114
114
120, = − ⇒ =P P kh h g. 
 
 Logo, o peso de água carreado com a areia (Paa) será de: 
Paa = Ph-Ps ⇒ Paa = 6 kg = 6 l. 
 
 O traço corrigido, em função da umidade será: 
 
- 1 saco de cimento (50 kg); 
- 120 kg de areia úmida; 
- 59,5 kg de brita 1; 
- 59,5 kg de brita 2; 
- 19,5 l de água. 
 
6) Determinação do traço em volume 
 
 Na obra é mais prático medir os agregados (areia e pedra) em volume do que em peso. 
 A conversão de peso para volume é feita em função da massa específica aparente dos 
agregados. 
 
6.1) Determinação do volume de areia seca 
 
 Define-se massa específica da areia seca como: 
 
 d . P
Va
as
as
=
 
Em que: 
 
da = massa específica aparente da areia seca; 
Pas = peso da areia seca; 
Vas = volume de areia seca. 
 
 Logo: 
 
1500 114 0 076 763= ⇒ = ⇒ =
V
V m V
as
as as, l 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 7
6.2) Determinação do volume de areia úmida (Vah)Devido à agua aderente aos grãos de areia, esta sofre o fenômeno do inchamento, 
apresentando variação no seu volume. 
 Define-se inchamento (I) como: 
 
 I V V
V
ah as
as
= −
 
 Logo, tem-se: 
 
0 25 76
76
95, = − ⇒ =V V lah ah . 
6.3) Determinação do volume de brita 1 
 
L 41Vm041,0V
V
5,591450
V
Pd 1b
3
1b
1b1b
1b
1b =⇒=⇒=⇒= 
 
6.4) Determinação do volume de brita 2 
 
L 42Vm042,0V
V
5,591420
V
Pd 2b
3
2b
2b2b
2b
2b =⇒=⇒=⇒= 
 
Tem-se, então, o traço em volume: 
 
- 1 saco de cimento (50 kg); 
- 95 l de areia úmida (5%); 
- 41 l de brita 1; 
- 42 l de brita 2; 
- 19,5 l de água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 8
EXERCÍCIO II 
 
Considerando o traço determinado no Exercício I, calcule o consumo dos 
materiais (cimento, areia e pedra) por m³ de concreto pronto. 
 
RESOLUÇÃO 
 
 
1) Determinação do consumo de cimento 
 
 Prova-se que: 
 C 
D
a
D
p
D
x
c a p
=
+ + +
1000
1
Em que: 
C = consumo de cimento por m³ de concreto pronto; 
Dc, Da e Dp = massa específica real do cimento, areia e pedra, respectivamente, 
em (kg/dm3); 
a = kg de areia por kg de cimento; 
p = kg de pedra por kg de cimento; 
x = kg de água por kg de cimento. 
 Logo: 
 3/386
51,0
65,2
38,2
65,2
28,2
15,3
1
1000 mkgCC =⇒
+++
= 
 
2) Determinação do consumo de areia úmida 
 
Cimento Areia 
50 kg 120 kg 
386 kg Pa 
 
 Pa = 926 kg. 
 
3) Determinação do consumo de brita 1 e brita 2 
 
Cimento brita 1 
50 kg 59,5 
386 kg Pb1 
 
 Pb1 =459 kg. 
 
Idem para brita 2. 
 Logo: 
 Pb2 = 459 kg. 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 9
EXERCÍCIO III 
 
Considerando o traço por saco de cimento determinado no Exercício I, 
dimensione as padiolas para medição da areia e da brita. 
 
 
RESOLUÇÃO 
 
As padiolas possuem base fixa e altura variável. As dimensões da base são de 0,35m x 0,35m e 
a altura varia em função do volume de agregado a ser medido. Recomenda-se que a altura da 
padiola não exceda 0,35 m a fim de facilitar o manuseio do operário na obra, não as tornando 
extremamente pesadas. 
 
FIGURA 3 
 
 Para o exemplo em questão as padiolas ficam assim dimensionadas: 
 
 a) Padiola de Areia 
 
 V = (l1 x l2) x h 


=
=
==
ml
ml
mlitrosV
35,0
35,0
095,095
2
1
3
 
 Substituindo-se os valores na equação, tem-se: 
 
 mh
mm
mhhmmm 78,0
35,035,0
095,0)35,035,0(095,0
3
3 =∴×=∴××= 
 
 A altura excede o valor estipulado, que é de no máximo 0,35 m, pode-se então dividir 
0,78 m por 3, usando-se três padiolas com 0,26 m de altura. 
 
 
 
 
 
DAU/IT/UFRRJ ⇔ Construções Rurais ⇔ Edmundo Rodrigues 10
 b) Padiola de Brita 1 
 
 V = (l1 x l2) x h 


=
=
==
ml
ml
mlitrosV
35,0
35,0
041,041
2
1
3
 
 Substituindo-se os valores na equação, tem-se: 
 
 mh
mm
mhhmmm 33,0
35,035,0
041,0)35,035,0(041,0
3
3 =∴×=∴××= 
 
 A altura encontrada atende a altura recomendada, podendo ser usada uma padiola de 
brita 1. 
 
 
 
 
 c) Padiola de Brita 2 
 
 V = (l1 x l2) x h 


=
=
==
ml
ml
mlitrosV
35,0
35,0
042,042
2
1
3
 
 Substituindo-se os valores na equação, tem-se: 
 
 mh
mm
mhhmmm 34,0
35,035,0
042,0)35,035,0(042,0
3
3 =∴×=∴××= 
 
 A altura encontrada atende a altura recomendada, por este motivo a altura final pode 
ser de 0,34 m, usando-se somente uma padiola de brita 2. 
 
 d) Medição do traço 
 
- 1 saco de cimento; 
- 3 padiolas de 0,35m x 0,35m x 0,26m de areia; 
- 1 padiola de 0,35m x 0,35m x 0,33m de brita 1; 
- 1 padiola de 0,35m x 0,35m x 0,34m de brita 2.

Outros materiais