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PEÇA DE PENAL QUEIXA CRIME

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITEROI/RJ
PEDRO, engenheiro, vem, respeitosamente, perante à presença de Vossa Excelência, através de seu advogado infra-assinado, com fulcro nos artigos 30, 41 e 44 do Código de Processo Penal, artigo 145 do Código Penal e do Boletim de Ocorrência nº 1234 incluso, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor
QUEIXA CRIME
Contra HELENA funcionário de empresa privada, Rua dos anjos nº 47, pelos motivos que a seguir passa a expor.
DOS FATOS
Na data de 19 de abril de 2016, o querelante marcou, através da rede social Facebook uma reunião com seus amigos e parentes em uma churrascaria para comemorar a ocasião de seu aniversário. Desta forma fez uma postagem publica convidando seus contatos à festa. 
A querelada, que é vizinha e ex-namorada do querelante visualizou a mensagem e de pronto publicou uma mensagem no perfil do querelante com o seguinte texto: 
	“não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”.
O Querelante, que estava na companhia de seus amigos, Marcos, Miguel e Manuel ao visualizar a mensagem, ficou mortificado e tão abatido que cancelou o evento. 
No dia seguinte aos fatos, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou o caso à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Estes sendo os fatos, passo a fundamentação
DA TIPIFICAÇÃO DO DELITO
Excelência, em conformidade com os fatos já narrados nesta petição, é sabido que a senhora Helena incorreu nos crimes tipificados no código penal nos artigos 139 e 140 c/c artigo 141, III respectivamente, Difamação e Injúria, na presença de várias pessoas, senão vejamos:
Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
Tais tipos penais são conceituados por Cezar Roberto Bitencourt como sendo:
Difamação é a imputação a alguém de fato ofensivo à sua reputação. Difamar consiste em atribuir fato ofensivo à reputação do imputado — acontecimento concreto — e não conceito ou opinião, por mais gravosos ou aviltantes que possam ser.
Injuriar é ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria, que é a expressão da opinião ou conceito do sujeito ativo, traduz sempre desprezo ou menoscabo pelo injuriado. É essencialmente uma manifestação de desprezo e de desrespeito suficientemente idônea para ofender a honra da vítima no seu aspecto interno. (Tratado de Direito Penal, Parte Especial 2, Dos Crimes Contra a Pessoa, Ed. Saraiva, 12ª ed. – 2012, São Paulo, páginas. 839-840/864.)
Ao denegrir a imagem e a honra do Querelante, depreciando-lhe sua subjetividade perante a sociedade e seus amigos, ofendendo-lhe sua boa reputação, a acusada incidiu no crime de Difamação quando transcreveu as palavras “IDIOTA”, “BEBADO” e “PORCO”, 
Da mesma forma a Querelada cometeu o crime de Injúria, uma vez que lhe ofendeu sua dignidade e decoro através dos vocábulos “IRRESPONSÁVEL” e “SEM VERGONHA”
Também é importante que seja aplicada a querelada o conteúdo do artigo 70 do Código Penal, pois, é bem verdade que suas ações caracterizaram dois crimes, senão vejamos: 
Art. 70. Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Como se há de verificar, a acusada publicou um único post ofensivo, apesar de haver tecido diversas palavras, o que configura assim a natureza do concurso formal.
Desta forma pede-se a condenação da querelada na incursão dos artigos 139 e 140, c/c o Art. 141, III, n/f Art. 70, todos do CP/1940
DO PEDIDO
Ante o Exposto, requer a Vossa Excelência:
Seja decretado “Segredo de Justiça” ao presente procedimento criminal, tendo em vista que os fatos da demanda são demasiadamente constrangedores para o Querelante, devendo os autos ser entregues apenas às partes, sob pena de responsabilidade;
Seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) para eventual composição e transação penal, e em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, CITADA a querelada para responder aos termos da ação penal;
Em não sendo a mesma encontrada, sejam os autos enviados para a Justiça Criminal Comum, a fim de citá-la por EDITAL, bem como para realização da instrução processual, abrindo-lhe a oportunidade para COMPOR OS DANOS CIVIS;
A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para se manifestar no feito, nos termos do artigo 45 do Código de Processo Penal;
A intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas;
E ao final desta, depois de confirmada judicialmente a autoria e materialidade dos delitos dos autos, seja a Querelada condenada, julgando-se procedente a presente Queixa-Crime, nas penas cominadas nos Artigos 139 e 140, 141, III do Código Penal pátrio, como também seja a pena máxima em concreto aplicada em conformidade com o artigo 70 do Código Penal brasileiro.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em Direito inseridos nesta exordial, como também especialmente pela juntada posterior de documentos, ouvida do noticiado, depoimentos das testemunhas abaixo arroladas, perícias, diligências e tudo mais que se fizer necessário para a prova real no caso “sub judice”.
Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, inciso IV do Código de Processo Penal.
a condenação da querelada ao pagamento das custas e demais despesas processuais
Termos em que,
Pede deferimento.
Niteroi, 24 14 de Agosto de 2016
DO ROL DE TESTEMUNHAS:
1 – MARCOS
2 – MIGUEL
3 – MANUEL

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