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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ERIVAN LIMA GILBERTO LOURENÇO KAROLAINE ROCHA MARIA ENIA RAYANE ALEXANDRE SIBELLE LEMOS PARNAMIRIM/RN AGOSTO/2017 ERIVAN LIMA GILBERTO LOURENÇO KAROLAINE ROCHA MARIA ENIA RAYANE ALEXANDRE SIBELLE LEMOS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Trabalho apresentado a Professora: Fernanda Nicoline Da disciplina: Farmacologia Da turma: E, turno: Noturno Do curso de: Enfermagem PARNAMIRIM/RN AGOSTO/2017 INTRODUÇÃO: Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a interação medicamentosa é definida como uma resposta farmacológica ou clínica à administração de uma combinação de medicamentos, diferente dos efeitos de dois agentes administrados individualmente. Existem interações medicamentosas do tipo medicamento-medicamento, medicamento-alimento, medicamento-bebida alcoólica e medicamento-exames laboratoriais. As interações medicamentosas podem ocorrer entre medicamentos sintéticos, fitoterápicos, chás e ervas medicinais. Interação medicamentosa do tipo medicamento-medicamento Um exemplo comum de interação entre dois medicamentos diferentes é a aquela ocorrida entre antiácidos e anti-inflamatórios. Os medicamentos antiácidos podem diminuir a absorção dos anti-inflamatórios, reduzindo o seu efeito terapêutico. Quando for iniciar um tratamento com anti-inflamatórios, informe ao médico todos os medicamentos que utiliza, inclusive os antiácidos. Interação medicamentosa do tipo medicamento-alimento O leite e os alimentos lácteos podem reduzir a absorção das tetraciclinas e, consequentemente, diminuir o seu efeito terapêutico. Faça a ingestão desses alimentos uma hora depois ou duas horas antes da administração das tetraciclinas. Interação medicamentosa do tipo medicamento-bebida alcoólica As bebidas alcoólicas podem aumentar a toxicidade hepática do paracetamol, provocando problemas no fígado do paciente. Não faça uso de bebidas alcoólicas enquanto estiver em tratamento com paracetamol. Interação medicamentosa do tipo medicamento-exame laboratorial Durante o tratamento com amoxicilina, o exame de urina pode encontrar-se alterado, indicando uma falsa presença de glicose na urina. Sempre que for fazer algum tipo de exame laboratorial, informe os medicamentos que estiver utilizando. As interações medicamentosas em classificam-se: Interações Farmacocinéticas: São aquela em que o fármaco altera a velocidade ou a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco. Interações Farmacodinâmicas: Ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos desejados se processam. Interação de efeito: Ocorre quando dois ou mais fármacos em uso concomitante têm ações farmacológicas similares ou opostas. Podem produzir sinergias ou antagonismos sem modificar farmacocinética ou mecanismo de ação dos fármacos envolvidos. Interações Físico-químicas: As reações físico-químicas que ocorrem quando fármacos são misturados em fluidos intravenosos, causando precipitação ou inativação, são denominadas “incompatibilidades químicas”. Como precaução geral, os medicamentos não devem ser adicionados a sangue, soluções de aminoácidos ou emulsões lipídicas. Certos fármacos, quando adicionados a fluidos intravenosos, podem ser inativados por alteração do pH, por precipitação ou por reação química. A benzilpenicilina e a ampicilina perdem potência 6 a 8 horas após serem adicionadas a soluções de glicose devido à acidez destas. Alguns fármacos se ligam a recipientes plásticos e equipos, por exemplo, diazepam e insulina. Aminoglicosídeos são incompatíveis com penicilinas e heparina. Hidrocortisona é incompatível com heparina, tetraciclina e cloranfenicol. De acordo com a gravidade essas interações são classificadas em: Contraindicado: Quando os fármacos não podem ser administrados concomitantemente Grave: A interação pode ameaçar a vida do paciente, requerendo ou não intervenção médica par minimizar ou prevenir os efeitos adversos. Moderado: A interação pode resultar em uma exacerbação da condição do paciente requerendo ou não uma alteração na terapia Mínimo: A interação pode limitar o efeito clínico, mas geralmente não requer maior alteração na terapia. Efeito das interações medicamentosas As interações medicamentosas podem ter efeitos benéficos ou prejudiciais à saúde do paciente. Quando os efeitos são benéficos, geralmente, são desejados pelo médico para auxiliar no tratamento farmacológico. Entretanto, quando prejudiciais, podem colocar a saúde do paciente em risco. Interações medicamentosas prejudicais Na maioria das vezes, as interações medicamentosas são prejudiciais ao paciente. Esse tipo de interação geralmente é provocado por um erro de prescrição ou por automedicação. Os principais efeitos dessas interações são intoxicações medicamentosas, anulação do efeito terapêutico, não tratamento da doença ou de seus sintomas e exacerbação de reações adversas. Esses efeitos têm impacto variado na saúde do paciente, podendo ser leve, moderado e grave e até mesmo exigir hospitalização. Interações medicamentosas benéficas Esse tipo de interação medicamentosa é intencionalmente provocado pelo prescritor devido às ações benéficas trazidas ao tratamento do paciente. Os principais efeitos provocados pela interação medicamentosa benéfica são a otimização do efeito terapêutico do medicamento ou a anulação de suas reações adversas. Mecanismos das interações medicamentosas Os medicamentos podem interagir durante o preparo; no momento da absorção, distribuição, metabolização, eliminação ou na ligação ao receptor farmacológico. Desta forma, os mecanismos envolvidos no processo interativo são classificados de acordo com o tipo predominante de fase farmacológica em que ocorrem, farmacêutica, farmacocinética e farmacodinâmica. MEDIDAS PRÁTICAS PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM No exercício diário da enfermagem, apesar da existência de rotinas institucionalizadas em relação às medicações, pode-se e deve-se interferir na forma como a assistência é realizada para que além de prevenir as interações medicamentosas adversas possa-se assegurar uma prática contextualizada na ciência. Existem situações e atividades relacionadas à equipe de enfermagem que precisam ser repensadas e talvez renovadas. O planejamento dos horários de administração dos medicamentos na prescrição médica e os intervalos entre os medicamentos são exemplos dessas situações. A seguir são listadas medidas de ordem prática com a finalidade de contribuir na prevenção de reações adversas decorrentes de interações. Nas infusões parenterais • Evitar colocar nos mesmos horários de administração vários medicamentos intravenosos; • Evitar misturar medicamentos na mesma solução ou no mesmo recipiente; • Evitar administrar nos mesmos horários medicamentos que possuem os mesmos efeitos tóxicos (Ex: Aminoglicosídeos e Anfotericina B); • Usar vias de infusão diferentes na vigência de associação de medicamentos de compatibilidade desconhecida ou duvidosa; • Usar sempre que possível a administração em "bolus"; • Observar alterações visíveis quando da reconstituição e diluição de medicamentos (turvação, precipitação, mudança de coloração); • Lavar os dispositivosde infusão com soluções neutras, se houver necessidade de administração de vários medicamentos na mesma via de acesso vascular; • Elaborar um guia de incompatibilidades medicamentosas com os agentes mais utilizados no serviço e manter em local de fácil acesso; • O farmacêutico sempre que houver dúvidas em relação os efeitos indesejados ou compatibilidade dos medicamentos; Na administração de medicamentos via enteral • Evitar colocar nos mesmos horários de administração vários medicamentos via enteral; • Evitar a administração simultânea de vários comprimidos (via oral ou sonda enteral); • Obedecer o intervalo de aproximadamente 2 horas na administração de antiácidos e outros medicamentos; • Utilizar sempre o mesmo veículo (leite, suco de frutas, água) na administração de medicamentos que sofrem alteração de biodisponibilidade (Ex: ciclosporina solução); • Evitar associar grupos de "medicamentos-alvo" e "precipitadores" nos mesmos horários de administração. Orientações gerais: Os profissionais de saúde devem estar atentos às informações sobre interações medicamentosas e devem ser capazes de descrever o resultado da potencial interação e sugerir intervenções apropriadas. Também é responsabilidade dos profissionais de saúde aplicar a literatura disponível para uma situação e de individualizar recomendações com base nos parâmetros específicos de um paciente. Bibliografias http://interacoesmedicamentosas.com.br/ http://www.hipolabor.com.br/blog/2015/05/04/hipolabor -explica-voce-sabe-o-que-e-interacao-medicamentosa/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S0080-62342001000100005 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfmcwAD/modu lo-13-interacoes-medicamentosas Farmacologia Rang & Dale 6° edição
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