Buscar

DURAÇÃO DO TRABALHO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

TEMA: DURAÇÃO DO TRABALHO
1. FUNDAMENTOS:
a) BIOLÓGICOS: o excesso da trabalho traz fadiga, estresse, cansaço ao trabalhador. Atinge a saúde física e mental.
Art. 7º, XXII e 194, 196, 197 e 200, II da CRFB.
b) SOCIAIS: tempo para família, amigos. Extensa jornada segrega o trabalhador dos laços íntimos com os mais próximos e socialmente também.
Art. 6º, CF.
c) ECONÔMICOS: empregado cansado, estressado produz pouco. Isso não é vantajoso economicamente para o patrão.
2. JORNADA E HORÁRIO DE TRABALHO:
a) JORNADA: duração do trabalho diário. Ex.: 8h.
OBS.: há jornada diária, semanal e mensal.
b) HORÁRIO DE TRABALHO: é o horário da entrada e da saída do trabalhador no emprego. 
EX.: 8h às 17h (1h para o almoço). Jornada: 8h.
OBS1.: O horário de trabalho pode ser: diurno, noturno e misto.
OBS2.: duração do trabalho é gênero do qual são espécies jornada, horário de trabalho e os repousos. Estes são:
Intrajornada: ocorre dentro do expediente de trabalho. Intervalo para descanso e refeição – art. 71, CLT;
Interjornada ou entrejornadas: descansos entre um dia e outro de trabalho .
3. TRABALHO EXTRAORDINÁRIO: tempo computado na jornada ou trabalho além do limite legal ou do contrato.
a) tempo à disposição: art. 4º, CLT.
Horas in itinere.
Sobreaviso.
 Prontidão.
b)intervalo não concedido: compensado e não compensado.
C) trabalho além da jornada.
4. TEMPO OU TRABALHO ALÉM DO LIMITE LEGAL OU CONTRATUAL:
4.1. tempo à disposição: art. 4º, CLT. É tempo de serviço prestado ocorrendo ou não prestação do serviço.
EX.: trabalhador preparado para deixar o TRABALHO.
pois a jornada já estava encerrada e o patrão solicita que o empregado aguarde ali mesmo na porta para lhe passar as tarefas do dia seguinte e só aparece 50 minutos depois. O empregado receberá como se trabalhando estivesse (mais 50% de HE. Extrapolou a jornada).
4.2. HORAS IN ITINERE: (tempo de deslocamento) art. 58, 2º, CLT.
Critérios: itinerário casa-trabalho-casa: aqui pode-se excluir parte do trajeto alcançado por transporte público e regular – S. 90, IV, TST.
Empresa situada em local de difícil acesso ou não guarnecida por transporte público e regular.
Doutrina: local que tem posição geográfica atípica.
Transporte público irregular: S. 90, II e III. Horários com grandes intervalos. Não há regularidade de saída.
Insuficiente: condução suficiente. Quanto a regularidade de horário, porém no horário de pico é insuficiente – S. 90, III. 
Condução fornecida pelo empregador: o tempo despendido no transporte cedido pelo empregador que os leva a empresa que se localiza em local de difícil acesso e não servido por transporte público é computado na jornada, ainda que o patrão cobre – S. 320, TST.
SUM-90 HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as Súmulas nº s 324 e 325 e as Orientações Jurisprudenciais nº s 50 e 236 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/1978, DJ 10.11.1978)
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere". (ex-OJ nº 50 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995)
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". (ex-Súmula nº 324 – Res. 16/1993, DJ 21.12.1993)
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. (ex-Súmula nº 325 – Res. 17/1993, DJ 21.12.1993)
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex-OJ nº 236 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
SUM-320 HORAS "IN ITINERE". OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas "in itinere".
4.3. SOBREAVISO: 
Inicialmente para o ferroviário – art. 244, CLT.
Sobreaviso para: 
a) petroleiro – art. 5º, §1º, Lei 5.811/72;
b) aeronauta: art. 25, Lei 7.183/84;
Jurisprudência fixou para eletricitários.
16
BIP, celular, pager, laptop: para ser chamado uma vez ou outra – é tempo à disposição.
SPM e AS: discordam – só se aplica as situações de ir e vir mais acentuadas. AS: não atinge a locomoção. Só se ficar em algum local aguardando o chamado.
OJ 49, SDI-1, TST: BIP não enseja sobreaviso (conversão em súmula – 428, TST – alterada em setembro de 2012).
SUM-428 SOBREAVISO. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso.
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.
4.4. PRONTIDÃO: é o tempo de serviço em que o obreiro fica nas dependências da empresa aguardando ordens. Art. 244, §3º, CLT.
4.5. INTERVALO NÃO PREVISTO EM LEI.
PREVISTO EM LEI: são medidas de proteção ao trabalhador; são normas de medicina e segurança do trabalho; são regras imperativas.
LOGO: sempre que o empregador conceder intervalo intrajornada não previsto em lei, estará mantendo seu empregado à disposição.
Ex.: trabalho realizado entre às 8h e 17h30 minutos.
1h para o almoço;
Dois intervalos: 15 minutos manhã e 15 minutos à tarde – como esses intervalos não são autorizados por lei, considera-se tempo à disposição do empregador, ainda que o empregado usufrua do descanso – S. 118, TST.
SUM-118 JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.
4.6. TRABALHO ALÉM DA JORNADA:
 
Art. 58, CLT. S.366, TST;
Art. 58, §1º, CLT;
Art. 59, CLT.
Limitação da duração do trabalho: 8h; 44h semanais – art. 7º, XIII.
SUM-366 CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015, DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas
pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).
COMPENSAÇÃO DE JORNADA:
HE: art. 61, CLT.
Compensação (gênero): aumento da jornada em um dia pela diminuição em outra de forma que o módulo semanal seja de 44h.
Compensação é gênero cujas espécies são:
Compensação tradicional e banco de horas.
a) compensação tradicional: 
EX1.: construção civil. 
2ª a 5ª: trabalham das 8h às 18h ( 1h para o almoço);
6ª: trabalham das 8h às 17h ( 1h para o almoço).
EX2.: vigilante.
12h – trabalhadas.
36h de descanso. Não é lei.
OBS.: OJ 342, TST – cada vez mais flexibiliza (TST). Conversão na Sumula 437 itens I e II.
SÚM-437 INTERVALO INTRAJORNADA
PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012.
I - Após a edição da Lei nº 8.923/94 (acrescenta parágrafo (§4º) ao art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, prescrevendo sanção a ser aplicada em caso de descumprimento do disposto no caput do referido artigo), a não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso (adverso/contrário) à negociação coletiva. 
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e
alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.
B) BANCO DE HORAS: art. 59, §2º, CLT.
Pode ser: fixa e variável.
FIXA: trabalha-se 6 meses em um determinado período do ano (10 horas por dia) e os outros 6 meses (6 horas por dia) com o mesmo salário.
VARIÁVEL: empregador ajusta, por exemplo: sempre que acumularem 6h terão direito a uma folga (ex.: bancários).
OBS.: OJ 323, SDI-1, semana espanhola (é compensação de jornada).
1ª semana trabalha 8h/dia (2ª a sábado);
2ª semana trabalha 8h (2ª a 6ª).
OJ-SDI1-323    ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA. "SEMANA ESPANHOLA". VALIDADE. DJ 09.12.2003
É válido o sistema de compensação de horário quando a jornada adotada é a denominada "semana espanhola", que alterna a prestação de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, não violando os arts. 59, § 2º, da CLT e 7º, XIII, da CF/1988 o seu ajuste mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
VALIDADE DA COMPENSAÇÃO:
compensação: só é válida por meio de CCT/ACT. Alguns discordam e dizem que pode ser tácito (não foi ajustado expressamente).
S. 85, III,TST. Art. 59, caput, §2º, CLT c/c art. 7º, XIII, CF.
SUM-85    COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item V) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 – ALTERADA EM 2017
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. (ex-Súmula nº 85 - primeira parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003).
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. (ex-OJ nº 182 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000).
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. (ex-Súmula nº 85 - segunda parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003).
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. (ex-OJ nº 220 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III e IV: muitas vezes não há nenhum acordo de compensação de horário firmado pela empresa com os empregados, mas, na prática, a jornada é estendida em alguns dias da semana, inclusive por ajuste tácito. Também se verifica a possibilidade de o acordo existir, portem os limites diários acertadaos não serem obedecidos.
Nessas duas hipóteses, fica claro o descumprimento das exigências legais. Entende o TST que, isso ocorrendo, deve ser observado o limite da carga horária semanal. As horas excedentes diárias não concorrem para ultrapassa o referido limite semanal serão remuneradas apenas com o adicional. 
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade "banco de horas", que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
Prazo para compensação: 01 ano.
Em caso de demissão o empregado recebe HE pela horas não compensadas – art. 59, §3º, CLT.
CONDIÇÕES ESPECIAIS:
Atividade insalubre: necessita de prévia autorização – art. 60.
Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.
EMPREGADO PÚBLICO: duas correntes:
1ª: pode ajustar (escrito e individual) na forma do art. 59, CLT – para os que defendem que não necessário a negociação coletiva.
2ª: defende a negociação. Não recepcionada a faculdade de ajuste individual conforme art. 59, CLT.
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
 § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal. (Vide CF, art. 7º inciso XVI)
 § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
 § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. (Incluído pela Lei nº 9.601, de 21.1.1998)
 § 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO:
PRIMEIRAMENTE CRIADO PELA LEI 5.811/72 PARA OS EMPREGADOS QUE PRESTAVAM SERVIÇOS A EMPRESAS DE PERFURAÇÃO, PRODUÇÃO, REFINAÇÃO DE PETRÓLEO, INDUSTRIALIZAÇÃO DE XISTO, ETC., COM TURNOS DE 8H E 12H. FACE A NOCIVIDADE A CF/88 REDUZIU A CH PARA 6H – ART. 7º, XIV, CRFB.
S.391, I, TST: entendeu que a lei 5.811/72 foi recepcionada pela CF/88 e que só é válido o turno de 6h para os trabalhadores que não são regidos pela lei.
S.112: empregado em turno de revezamento não tem direito a hora noturna reduzida.
SUM-391 PETROLEIROS. LEI Nº 5.811/1972.
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORAS EXTRAS E ALTERAÇÃO DA JORNADA PARA HORÁRIO FIXO (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 240 e 333 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - A Lei nº 5.811/1972 foi recepcionada pela CF/88 no que se refere à duração da jornada de trabalho em regime de revezamento dos petroleiros. (ex-OJ nº 240 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
II - A previsão contida no art. 10 da Lei nº 5.811/1972, possibilitando a mudança do regime de revezamento para horário fixo, constitui alteração lícita, não violando os arts. 468 da CLT e 7º, VI, da CF/1988. (ex-OJ nº 333 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003)
SUM-112 TRABALHO NOTURNO. PETRÓLEO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O trabalho noturno dos empregados nas atividades de exploração, perfuração, produção e refinação do petróleo, industrialização do xisto, indústria petroquímica e transporte de petróleo e seus derivados, por meio de dutos, é regulado pela Lei nº 5.811, de 11.10.1972, não se lhe aplicando a hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos prevista no art. 73, § 2º, da CLT.
ALTERAÇÃO DA JORNADA: a alteração do sistema de turnos ininterruptos para horários fixos, ainda que de 8h é mais benéfico para o empregado – art. 468, CLT e S. 391, TST.
NO CONTRATO POR TEMPO PARCIAL: art. 58-A, CLT.
 Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
 § 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
 § 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
JORNADA NOTURNA: art. 7º, IX, CF.
Art. 73, CLT;
S. 214, STF.
SUMULA 214. A DURAÇÃO LEGAL DA HORA DE SERVIÇO NOTURNO (52 MINUTOS E 30 SEGUNDOS) CONSTITUI VANTAGEM SUPLEMENTAR QUE NÃO DISPENSA O SALÁRIO ADICIONAL.
 
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)
§ 3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito, tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)
HE – NOTURNA: art. 73,§5º, CLT. É extra o trabalho prestado após às cinco da manhã – depois de cumprida integralmente a jornada noturna – S. 60, II, TST.
JORNADAS ESPECIAIS:
1. advogado: art. 20, Lei 8.906/94, 20 – 5h.
SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005.
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)
2. ENGENHEIROS E MÉDICOS: 
S. 370, TST.
Para jurisprudência majoritária a jornada é de 8h. Porém, contraria a lei essa jornada conforme súmula 370, TST.
SUM-370 MÉDICO E ENGENHEIRO. JORNADA DE TRABALHO. LEIS NºS3.999/1961 E 4.950-A/1966 (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 39 e 53 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Tendo em vista que as Leis nº 3.999/1961 e 4.950-A/1966 não estipulam a jornada reduzida, mas apenas estabelecem o salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado o salário mínimo/horário das categorias. (ex-OJs nºs39 e 53 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 07.11.1994 e 29.04.1994)
3. DIGITADORES: art. 72, CLT.
NR 17/MTE: limite 5h de trabalho contínuo podendo no restante do período executar outras tarefas.
4. TELEFONISTA: 6H. 
Tem jornada especial: art. 227, CLT e S. 178, TST.
SUM-178 TELEFONISTA. ART. 227, E PARÁGRAFOS, DA CLT. APLICABILIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
É aplicável à telefonista de mesa de empresa que não explora o serviço de telefonia o disposto no art. 227, e seus parágrafos, da CLT (ex-Prejulgado nº 59).
5. OPERADORES DE:
Telemarketing, televendas, atendimento telefônico de banco e telex – não tem jornada reduzida – Ojs: 213, 273 (a última cancelada em maio de 2011, SDI-1, TST.
6. PROFESSORES: 
4h: consecutivas Alterado em 2017 – ver art. 318, CLT);
6h: intercaladas.
Arts. 318 (alterado em 2017); 320; 322.
HE: 25%.
Art. 318. O professor poderá lecionar em um mesmo estabelecimento por mais de um turno, desde que não ultrapasse a jornada de trabalho semanal estabelecida legalmente, assegurado e não computado o intervalo para refeição. (Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017)
OJ-SDI1-213 TELEX. OPERADORES. ART. 227 DA CLT. INAPLICÁVEL (inserida em 08.11.2000)
O operador de telex de empresa, cuja atividade econômica não se identifica com qualquer uma das previstas no art. 227 da CLT, não se beneficia de jornada reduzida.
TRABALHADORES EXCLUÍDOS:
a) empregados de confiança;
Trabalhadores externos: não recebem pagamento extra pelo tempo à disposição, prontidão, intervalos intra e interjornadas.
Art. 62: recepcionado pela CFRB/88.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (Redação dada pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). 
FUNÇÃO DE CONFIANÇA: dois requisitos:
a) função de confiança;
b) 40% de gratificação – art. 62, parágrafo único da CLT.
Gerente: ocupa posição superior hierárquico. Poderes delegado pelo empregador.
A doutrina separa em três grupos:
1. Gerente: 499, 468, parágrafo único, 469, §1º e 224, §2º, 62, II, CLT.
Gerente pode ter um ou mais poderes:
Gestão, mando, fiscalização, admite, demite, emite cheques, etc., podendo ter ou não subordinados.
Características:
Podem ser transferidos – art.469, §1º, CLT;
Reverter para cargo efetivo – art. 468, parágrafo único, CLT e S. 372, I, TST;
Não tem estabilidade na função e no emprego – art. 499, CLT;
Se bancário e receber 1/3 estará excluído da jornada de 6h – art. 224, §2º, CLT.
2.”GERENTÃO”: tem as mesmas características do já citado, porém com mais liberdade. Sem fiscalização, limites, atua de forma autônoma.
Tem tanto poder que se confunde com o próprio empregador.
Recebem, pelo menos, 40% a mais.
3.DIRETORES: S. 269, TST. CT suspenso enquanto exercer o mister (jurisprudência majoritária).
Com a extinção do mandato de direção, a doutrina traz quatro correntes (MAGANO): mesmo sumulada a matéria não está pacificada na doutrina:
1. extinção do CT sem direito ao retorno quando findo o mandato;
2. Suspensão: retorna ao cargo anterior;
3. interrupção: conta tempo de serviço;
4. não altera a situação jurídica de empregado, não modificando sua qualidade de diretor e empregado.
SUM-269 DIRETOR ELEITO. CÔMPUTO DO PERÍODO COMO TEMPO DE SERVIÇO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Súmula A-79
O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.
TRABALHADORES EXTERNOS: incompatível com fixação de horário – art. 62, I, CLT.
OBS.: anotar na CTPS a condição de externo.
INVALIDADE DO ACORDO DE COMPENSAÇÃO:
Invalida caso não preencha as formalidades legais:
a) forma escrita;
b) ajustada em norma coletiva – S. 85, I e II, TST.
SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item V) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. (ex-Súmula nº 85 - primeira parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. (ex-OJ nº 182 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item VI) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. (ex-Súmula nº 85 - primeira parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. (ex-OJ nº 182 da SBDI-I- inserida em 08.11.2000)
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. (ex-Súmula nº 85 - segunda parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. (ex-OJ nº 220 da SBDI-I - inserida em 20.06.2001)
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art. 60 da CLT.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais